Os Guardiões do Véu escrita por Moonchan


Capítulo 9
Sete- Não irrite uma Titanoboa


Notas iniciais do capítulo

BEM, sem musica nas notas iniciais porque eu escrevi ouvindo backstreet boys (hu3) e acho que não vai combinar ai -q
Eu estava com bloqueio por isso tanta demora, mas acho que ficou até bem legal o resultado final u.u
E eu gostaria que você me dissessem o que acham das referências que eu faço, se acham exagero, se gostam ou não :C
Bem, obrigada ao pessoal que comentou nos ultimos capitulos, esses comentários me motivaram a lutar contra o bloqueio!
E pra os leitores fantasmas, desejo que vocês tenham visto o video da Soraya PORQUE EU QUERO DAR UMA DE SORAYA, VLW, FLW!
Btw, a você que está lendo... Obrigada!
Eu espero estar atendendo a suas expectativas.
pS: Eu escrevi uma one dessa história para um concurso, e caso vocês queiram ler (e comentar :") ) : http://fanfiction.com.br/historia/618499/Poison/



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Sete

Ethan/Yan

Não irrite uma Titanoboa

Havia muitas coisas nas quais Ethan acreditava, a lei de Murphy era uma delas. No seu dia de folga ela havia aparecido para dar um soco em toda e qualquer esperança de um dia normal.

Ele entrou na sala primeiro, com os companheiros atrás. Logo percebeu que essa era a maior das salas, com um enorme quadrado escuro que imitava o céu aberto a noite, 10 metros de altura e cerca de 100 de comprimento. Havia um banco de areia no início, onde eles estavam, e um no fim. O lugar parecia um pântano, coberto com um líquido escuro e pegajoso. Ethan sabia que alguma coisa perigosa estava ali, apenas esperando para atacar, só não sabia exatamente o quê e o pensamento de ter aquele monte de humanos com ele quando isso acontecesse lhe dava calafrios.

A turma se encarou sem dizer nada, havia tensão e medo no ar. Ethan se admirava com a capacidade dos humanos de se adaptar rápido as situações. Não precisava ser um gênio para saber onde estava a próxima chave. Mesmo não querendo, acabou se dando por vencido e decidiu ajudar Havena; seria melhor se ela ficasse ali, protegendo os outros.

– Eu vou – disse.

Ethan odiou Havena, odiou Micaela, odiou seus amigos. Por que ele sempre acabava tendo o trabalho? Mas era melhor assim, caso alguma coisa acontecesse, ele não gostaria de saber que Havena estava sozinha e ele poderia ter ajudado, se Will soubesse que a garota havia se machucado ficaria louco.

– Ethan... – disse a ruiva baixo, segurando seu braço. Havia uma espécie de medo controlado em seus olhos. Ele conhecia aquela expressão muito bem.

– Tudo bem, pequena – ele disse, tomado por uma onda de carinho fraternal. A garota o olhou indignada, exatamente como sua irmã caçula faria. – Eu voltarei.

– Apenas não derrube as paredes com uma viatura quando voltar – disse Ally tentando forçar uma piada.

Ethan partiu de encontro a água pantanosa e suspeita, mas quando pisou a superfície era firme o bastante para que fosse possível caminhar. Percebeu Malcon e Steve indo em seu encalço.

– Você pode ficar – disse ele a Malcon. – Alguém precisa proteger as garotas.

– C-certo – respondeu o garoto.

Ethan e Steve se seguraram para não rir. Ele tinha certeza que se fosse para proteger alguém, até mesmo Ally teria mais chances que o garoto.

Eles não podiam ir mais rápido ou afundavam, mas também não podiam ir devagar... De qualquer jeito eles começavam a afundar e isso era desesperador para alguém que controlava o ar.

Ele tinha certeza que o companheiro não havia visto, mas de algum modo Ethan conseguiu ver uma grande sombra nadando por entre aquelas águas. Todo seu corpo gelou: ele não tinha medo de uma boa luta, mas preferia evitá-las se possível, entretanto algo o dizia que dessa vez não conseguiria evitar. E bem na sua noite de folga... Custara a convencer Micaela, que a essa hora deveria estar rindo – se é que isso era possível – .

Yan estava quieto demais dentro de sua cabeça e isso nunca era bom sinal, ele sentia o companheiro avaliando o local e tinha certeza que Yan tinha visto a mesma coisa que ele.

Apesar da dificuldade de acertar na velocidade dos passos, eles chegaram ao banco de areia com um tempo bom, mas ambos, Ethan e Steve, sabiam que o pior estava por vir; nada naquele lugar era tão fácil. Então ali, bem na cara dos dois, estava a chave: uma pequena bola de vôlei, com uma marca de mão e um rosto desenhado nela. Ethan riu do senso de humor daquele lugar. Talvez aquilo fosse, além de tudo, uma pista.

– Quando pegar nessa bola, alguma coisa vai acontecer – disse com a voz vazia encarando Steve.

– E o que de pior pode acontecer? – perguntou o homem.

Ethan não respondeu, mas conseguia pensar em inúmeras possibilidades. Antes de pegar na bola olhou para Steve, que lhe deu um aceno de incentivo.

Algo está aí e está vindo, disse Yan, eu posso sentir na água.

Que tipo de coisa?

Não consigo dizer ao certo, mas é algo... Primitivo... E forte.

Bem, seja o que Deus quiser, respondeu antes de pegar a bola.

Primeiro tudo ficou muito quieto, mas a porta se abriu e todos começaram a comemorar.

Steve pisaria na água para voltar aos outros, mas Ethan o puxou para trás. No mesmo instante, uma cobra de 14 metros surgiu na superfície, os olhos fixos nos dois. Do outro lado os amigos estavam gritando. Era a mesma cobra da primeira sala, a que eles tinham libertado.

– Eu devo ficar para trás – disse Ethan suspirando, com os olhos da serpente presos nele. – Ao meu sinal, corra!

– Você é só um garoto! – disse ao entender o que Ethan quer dizer. – Não posso deixar que faça isso.

A cobra continuava os encarando, apenas esperando para dar o bote.

Ethan revirou os olhos e arrancou o seu cordão. Instantaneamente surgiu na sua mão uma espada gigante, a Abissal Misuryo, o senhor dos ventos. Ethan ergueu uma sobrancelha pra Steven.

– Boa sorte garoto – murmurou o homem sem fazer nenhuma pergunta, enquanto a cobra saía da água e seus 14 metros iniciais pareceram ser na verdade 18.

– Agora! – Ethan gritou no mesmo segundo em que a cobra desceu, pronta para dar seu bote.

Steven começou a correr, mas a cobra mal o notou: estava ocupada demais prestando atenção em Ethan, que desviou por pouco rolando para o lado, apenas para ver a cabeça da cobra virando-se em sua direção, com aqueles assustadores olhos presos nele. Com um salto ele levantou-se e correu, sem saber se os outros conseguiram ver Mizuryo ou não, mas não se preocupou, porque se – e um "se" bem grande – eles saíssem vivos, jamais se lembrariam de nada. Will era muito bom no que fazia.

Ele ouviu alguns gritos de protesto da ruiva para que não o deixassem para trás, mas ela foi arrastada pra fora do cômodo e a porta se fechou. Será que ela ainda se preocuparia se soubesse a verdade? Ele se perguntou por um momento, mas logo estava ocupado demais bloqueando uma mordida da cobra com a sua espada, o que seria impossível, se Mizuryo não tivesse mais de um metro e meio. A cobra então circulou em volta dele, querendo dar o seu abraço mortal, mas ele pulou em cima do animal e tentou enfiar Mizuryo em sua pele. Não fez nem cócegas e o animal, com raiva, o jogou pra cima com um movimento; subiu com a intenção de abocanhar o garoto por inteiro, mas Ethan usou seu controle sobre o ar e projetou-se para o alto. A cobra o olhou com ódio e voltou para a água, esperando o momento certo de atacar.

Ethan... Você sabe o que temos que fazer, disse Yan se manifestando. E temos que fazer agora. Ou vamos apanhar mais que o Kuririn.

Nós não podemos Yan... É muito arriscado. E Mizuryo não gosta disso.

Vamos lá, pequeno Aang, nosso trabalho já é ariscado.

Ethan suspirou.

Elektra ou Diana?

Elektra, ela te odeia menos.

Ele tirou do pulso a pulseira de Elektra, que se transformou em uma katana, e então, com toda a sua concentração, fez com que Mizuryo diminuísse seu tamanho para que pudesse ficar compatível com Elektra. Isso era uma habilidade única daquele damned. Só se podia controlar um elemento, mas quando a outra alma no seu corpo podia controlar a água, você tirava algum proveito disso. Era uma técnica secreta que os dois estavam desenvolvendo, mas era algo perigoso, pois exigia energia demais.

Ethan respirou fundo, desceu até o banco de areia e esperou pacientemente a cobra atacar novamente.

Ele odiava aquele tipo de Youkai... Youkais primitivos eram movidos somente por instinto e tinham alguns milhares de anos. Era quase impossível achar algum, se escondiam muito bem e passavam a maior parte do tempo hibernando. Algumas vezes, no entanto, podiam ser encontrados por humanos. Quando morriam, dependendo do lugar, podiam ser conservados e mostravam a idade que realmente tinham. Uma cobra daquela era chamada Titanoboa no mundo dos humanos.

Ela está vindo, eu posso sentir, disse Yan.

A cobra levantou-se da água com rapidez. Sem pensar muito sobre isso, Ethan correu em sua direção, desviando do bote, e a atacou na barriga com as duas espadas.

Desse vez ele conseguiu machucar a cobra, que com um urro, se afastou dele e voltou rapidamente para dentro da água.

Deixe-me assumir, disse Yan. A melhor defesa é o ataque.

NÃO!

Vamos Ethan. Deixe de ser uma garotinha narcisista que quer toda a glória para si mesma.

Ethan suspirou e deixou que Yan tomasse o controle. Com Yan no comando, eles caminharam até o meio das águas e, com uma concentração admirável, Yan dividiu o lago em dois.

Você é tão exibicionista Yan.

A inveja mata Ethan, respondeu com um sorriso sarcástico.

No momento seguinte, tudo que os garotos viram foi a cabeça da cobra saindo da parte direita.

O resto é com você, disse Yan saindo do comando, mas ainda manteve seu controle sobre a água.

Ethan defendeu-se da mordida fatal do youkai com Mizuryo e atacou com Elektra. As duas juntas conseguiam penetrar a couraça da cobra, mas esta se recuperou rápido e voltou a atacar, dessa vez com o resto do seu corpo, surpreendendo Ethan e dando-lhe um “abraço” sufocante.

O ar ficava cada vez mais fora do seu alcance, estava sufocando. Ethan deveria fazer algo e rápido ou morreria. Juntando todas as suas forças, ele resolveu usar uma coisa que não deveria: o ar.

Foi como se uma mão invisível pegasse a cobra e a jogasse para longe. No mesmo segundo, a concentração de Yan se quebrou e as paredes de água começaram a desmoronar. Antes que fosse esmagado pela água, Ethan pulou e com a ajuda de Yan, pousou na superfície ficando em pé sobre as águas.

Amanhã provavelmente se arrependeria de usar tanto poder, pensou, mas naquela noite não. Sabia que ainda usaria mais. Naquele momento ele só pensou em duas coisas: ajudar Havena e salvar a garota que fora involuntariamente arrastada para tudo aquilo.

Quando a cobra voltou a se mover, Ethan estava preparado. Quando a boca dela estava no exato lugar onde ele estava, ele já estava no ar, com a cobra de boca aberta em seu encalço. Aquela era uma má ideia, na verdade era uma péssima ideia, mas acabaria rápido e ele era mesmo o garoto do trabalho sujo. Se preparou para ser engolido na descida e então abriu os braços com as duas espadas preparadas. E a medida que descia pela garganta do animal ele a partia ao meio.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Principalmente da luta, eu quero fazer muitas outras daqui pra frente :c
Comentários são bem vindos! Críticas, elogios, qualquer coisa :3
Até o próximo!



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