Os Guardiões do Véu escrita por Moonchan


Capítulo 5
Quatro – Quem tem medo de assombração?


Notas iniciais do capítulo

I am the one hiding under your bed
Teeth ground sharp and eyes glowing red
This Is Halloween- Marilyn Manson



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Quatro

Ethan

Quem tem medo de assombração?

Ele andou depressa através da multidão, indo para onde tinha deixado a garota. A última pessoa que ele queria ver naquele momento era Havena, pois Havena significava trabalho e trabalho significava caçar youkais.

Ele encontrou a garota escondida atrás de uma barraca colorida, com o rosto mostrando algo entre o medo e o desespero. Ethan ficou tenso ao ver o que estava ao redor da garota: vários youkais pequenos se aglomeravam, parecendo que iriam ataca-la. Ele se espantou com a atitude, não era algo que aqueles demônios costumavam fazer. Os demônios o viram e começaram a se afastar.

– Ally? – falou chamando a garota.

– Oi, Ethan – disse ela, dando um sorriso genuíno.

– Você está bem? – perguntou reparando que na mão da garota havia um corte enorme.

– Sim, eu só cai.

– Eu posso ver? – perguntou se aproximando.

– Não! Não! Não precisa – falou se esquivando, para que ele não visse a sua mão.

– Quieta – disse ele com uma voz doce, como a de quem vai tratar uma criança.

Puxou a garota para perto pelo pulso, levantando-o e observando o machucado. Estava sangrando e parecia quase uma mordida, mas ele ignorou o pensamento se achando paranoico. Pegou um band-aid no bolso e colocou na mão da garota.

– Pronto. Não foi nada – disse desviando o olhar da mão para se abaixar e encarar a ruiva. Quando o olhar dos dois se encontrou, ela corou e olhou pra baixo. Ele não conseguiu evitar sorrir.

Aquela era mesmo a garota que havia dado um tapa em Yan? Pra começo de conversa, o que ele queria com uma garota tão inocente? Certamente ela não parecia com nenhuma das garotas com quem Ethan - não por escolha própria - havia acordado.

– Obrigada – ela murmurou.

Ele sorriu e novamente pensou em Alana. Sua irmã tinha a idade de Ally e era tímida exatamente como ela. Ethan estava a tanto tempo longe dela que ver uma garota desastrada e tão parecida com sua irmã,lhe despertava um sentimento protetor que o fazia querer ficar perto da ruiva.

– Quer fazer algo divertido? – perguntou tentando arrumar alguma desculpa para que não fossem procurar seus amigos.

– Que tipo de coisa divertida? – ela perguntou com um meio sorriso curioso.

– O que seria divertido para você? – disse e a garota riu.

– Quer ir no castelo mal-assombrado?

– Você não vai ficar com medo? – perguntou erguendo a sobrancelha.

– Eu não tenho medo de nada! – falou a garota se fingindo de ofendida. – Eu sou a noite.

– O que foi aquilo na roda gigante? – retrucou Ethan descrente.

– Foi um caso a parte!

Ele não conseguiu conter uma gargalhada.

– Certo, Batman.

– Sua falta de fé é perturbadora.

Ele revirou os olhos rindo e pegou a mão boa da garota, puxando-a protetoramente pelo parque a caminho da mansão. Pelo canto do olho viu a menina ficando ainda mais vermelha.

Eles subiram o parque lado a lado em direção a casa, observando o movimento. Ele pensava desesperadamente - e sem sucesso - em algo para manter a garota falando. O que ela acharia interessante? O que faria com que ela quisesse falar mais com ele?

Fracassado. Cantarolou Yan em sua mente.

Não estou falando com você hoje, Yan, você já fez demais. Retrucou.

Claro que fiz, graças a mim sabemos que ela nos acha irresistíveis.

Eu não acho que a marca na minha cara mostrou que ela nos achou irresistíveis.

Por favor! Você não sabe nada de garotas, ela só estava se fazendo de difícil.

Eu me recuso a te ouvir, Yan. E eu não estou interessado nela “desse” jeito.

Você quem sabe, bro, mas sabe... Devia pensar em parar de destruir as nossas esperanças de que um dia você irá desencalhar. Esse nosso rosto é lindo demais para ficar assim parado.

Por que você não cala a boca, Yan?

Diz o cara que nem consegue achar um assunto para falar com uma garota. Retrucou, antes de se retirar.

Quando Ethan se deu conta, já estavam na porta da mansão e ele havia perdido a oportunidade de falar com a garota, enquanto discutia com Yan.

O lugar tinha cinco andares e era feito de pedra e madeira. Era todo cinza, com várias teias de aranha e torres: uma tinha uma enorme trança branca, imitando o cabelo da Rapunzel – mas provavelmente seria algo mais no estilo irmãos Grimm e não Disney –. O lugar todo parecia estar caindo aos pedaços e, como se não bastasse a aparência de velho, havia várias tábuas pregadas emendando buracos nas paredes e no telhado das torres. Não havia fila e quando eles se aproximaram o portão abriu sozinho. O lugar provavelmente era assustador para humanos. Mas talvez só achassem a decoração fajuta e muito empoeirada.

A garota parou bruscamente e encarou a entrada.

– Você tem certeza que não vai entrar em pânico? Quer desistir? – perguntou Ethan com um tom de chacota.

– Você me subestima, homem! – ela retrucou, pondo as mãos na cintura.

– Então vamos fazer uma aposta – disse divertido.

– Que tipo de aposta?

– Se conseguir passar por tudo isso sem gritar ganha um prêmio.

– Que tipo de prêmio? – perguntou ela interessada.

– Hm... Que tal um desses bichos de pelúcia dos jogos de tiro?

– Mas isso é impossível!

– Você me subestima, mulher!

Ela riu.

– Certo. E se eu perder?

– Vamos na montanha russa.

– Você é mau.

– Pegar ou largar?

– Espero que tenha uma boa apontaria – falou por fim entrando.

– Tenho a melhor – Ethan murmurou e não era exatamente uma mentira.

Eles foram para dentro, parando em uma enorme sala de entrada com cerca de trinta pessoas. A sala era escura, iluminada apenas por candelabros, símbolos de magia negra e satanismo estavam desenhados por todo o lugar, o piso era de madeira antiga e rangia quando pisavam e havia uma escada também de madeira antiga no canto oposto. O lugar tinha cheiro de mofo e carne podre, o que fez com que aproximadamente seis pessoas deixassem o lugar logo de cara.

A porta abriu e fechou com um baque ensurdecedor, um forte vento surgiu e todas as luzes se apagaram, deixando os que restaram na completa escuridão. O piso do andar de cima começou a ranger, indicando que alguém se aproximava das escadas. Um vento gelado passava pelos buracos na parede, assobiando e fazendo barulhos assustadores enquanto corria pela casa. Mais algumas pessoas desistiram.

As velas voltaram a se acender, tão de repente como se apagaram. Um homem apareceu no topo das escadas e começou a descer lentamente: as escadas faziam barulho e rangiam a cada passo. O homem que descia parecia um corcunda e se apoiava em uma bengala, seu rosto era coberto por uma dessas máscaras de teatro e a única coisa que se podia ver eram os olhos, vermelhos como se tivesse sangue injetado. Ele vestia um smoking preto, desses com uma pequena cauda e pra completar uma cartola. Ao pisar no último degrau, as velas se apagaram novamente. E quando elas se acenderam, o homem não estava mais nas escadas.

– Hoje vocês vivenciarão a experiência mais assustadora de suas vidas! –disse uma voz vinda do fundo da sala. Era calma e lenta, não muito alta, mas algo nela fazia parecer que o homem estava doente, prestes a morrer; como se fosse cuspir sangue. Todos viraram para trás na esperança de ver o homem, mas ele já havia sumido. – Vocês serão capazes de escapar? – falou aparecendo por trás de Ally e pegando uma mecha do cabelo da garota, antes de sumir novamente, tão rápido como surgiu. – O que acha ruiva? Com medo? Responda garota! – exigiu a voz.

A garota riu com escárnio.

– Eu sou a noite. Eu não tenho medo de nada.

Ethan ergueu uma sobrancelha para a menina, descrente.

– Certo, ruivinha – falou o homem aparecendo no topo das escadas. - Vamos ver até onde você chega!

Então voltou a desaparecer, surgindo na frente de um casal. Ele os encarou de perto, com aquela máscara sorridente, e começou a rir como um louco. Algumas pessoas começaram a sair da casa enquanto o homem desaparecia e reaparecia, avaliando cada um que escolheu ficar. Depois de um tempo sem surgir novamente, ele apareceu atrás de uma garota loira e sussurrou:

– Bu!

A garota deu um pulo e o homem novamente começou a rir.

Mais pessoas saíam da casa, insatisfeitas pela atitude ou apenas assustadas. Ethan não sabia o que dizer.

– Te dou cinco minutos – sussurrou Ethan para Ally.

– Sua falta de fé é perturbadora!

– Você sempre recicla suas frases?

– Como não? Essa é um clássico – a garota riu e mudou de assunto. – Estou com medo de você. Seus amigos não foram muito gentis sobre você, talvez você seja um psicopata e eu estou aqui entrando em um lugar escuro contigo...

– Não precisa ter medo de mim, a menos que você seja um demônio.

– Por quê? É um exorcista? – perguntou brincando.

– Não. Um caçador de demônios.

– Certo, Dean. Onde está o Sam?

– Não esse tipo que caçador.

– Que tipo então?

Antes que Ethan pudesse responder, o apresentador pisou alto no chão e toda a casa tremeu. Então retirou a máscara, exibindo o rosto de um garoto de olhos verdes, deformado de forma assustadora, com pedaços de carne saindo, pus e então sangue. Ethan levou apenas um segundo para reconhecer o apresentador.

E foi aí que a ficha de Ethan caiu.

Ali estava Will, vestido, maquiado e agindo como um louco para assustar todos que pudesse e um pouco mais no fundo ele avistou Havena, de braços cruzados e parecendo nervosa.

– Silêncio, seus porcos imundos! – Will gritou, caindo na risada logo em seguida.

Ele pôs uma mão na cara e riu mais e mais, uma risada sádica, digna de um estripador. Então invocou sua foice, que parecia estar ali o tempo todo, e a girou, fazendo com que ela passasse perto demais de algumas pessoas que estavam ao seu redor.

– Agora me sigam os que tiverem coragem para ir! Vocês devem completar uma missão.

– E se não conseguirmos? – perguntou uma garota na multidão.

– Vocês não têm essa opção – disse Will, dando o seu melhor sorriso sádico. Novamente usou seu elemento e fez com que as luzes se apagassem e a casa tremesse de novo. – Vocês têm um minuto para pensar.

Ethan viu de longe Will se aproximar de Havena e ambos começarem a conversar. As pessoas estavam fazendo muito barulho, decidindo se saíam ou não, então ele não conseguiu ouvir muito da conversa.

Mas ele ouviu uma série de palavras que o deixou muito preocupado.

Portal. Dimensão. Presos. Barreira. Nível 4. Volte viva.

Ele estava com um mau pressentimento.

Mais pessoas abandonaram o castelo e, contando com ele, agora o grupo que tinha permanecido era de quinze. Ethan sabia exatamente o que o amigo estava fazendo, por isso ele se virou para a garota ruiva com desespero no olhar e a segurou pelos ombros, encarando-a.

– Ally, nós temos que sair daqui – disse, tentando ser persuasivo.

– Eu nunca fujo de uma aposta, meu caro! – a garota respondeu se afastando e cruzando os braços. – Se você está com medo, pode sair e me esperar. E treinar sua apontaria enquanto isso.

– Mas, Ally...

– Sem "mas", eu vou com ou sem você.

Ethan respirou fundo e então deu de ombros.

– Vou com você – disse, pois sabia que as chances daquela garota ingênua sair viva sozinha eram praticamente nulas.

Ele ouviu as portas da entrada batendo e dessa vez soube que mesmo que a garota mudasse de ideia não haveria mais volta.

Soltou um suspiro profundo e perguntou a si mesmo por que, mesmo na sua folga, o trabalho ainda parecia chamá-lo.

– Sigam as velas – disse Will fazendo uma reverência, completando com pesar. – Espero que voltem vivos.

Novamente tudo ficou escuro e novas velas surgiram nas laterais de um corredor próximo, mostrando o caminho. Ethan olhou para trás, Will havia sumido. Continuou seguindo em frente, para a morte, ele sabia. Só não sabia de quem.

Com a pouca luz, tudo que eles conseguiam ver era uma porta de madeira antiga e alta, com pichações. Em latim estava escrito “A porta para o inferno”, que só Ethan – e talvez Havena – conseguia ler. Junto com várias correntes, havia uma fileira de carrinhos de montanha russa roxos, com desenhos de monstros. Nos carrinhos estava escrito "O show de aberrações”, uma letra em cada vagão. O grupo se sentou nos acentos duros, a porta se abriu silenciosamente e os carrinhos começaram a andar, fazendo um barulho ensurdecedor e gelando a espinha de todos ali presentes. Eles entraram na porta, engolidos pela escuridão.

*********

Os carrinhos seguiram por vários corredores escuros, dando voltas e voltas. Às vezes alguns monstros feitos de plástico desciam sobre eles, com falsos olhos de plástico que brilhavam, pegando uma ou outra garota desprevenida. As pessoas começavam a relaxar e ele quase fez o mesmo, mas então percebeu que os falsos olhos de plástico não era tão falsos assim: aquilo era um dos típicos casos de almas humanas aprisionadas. Mas, eu, caro leitor, não entrarei em detalhes, isso te faria ter pesadelos por dias.

Enquanto todos achavam o passeio chato, ele não se deixou iludir. Quando o carrinho parou, por mais que ele quisesse que aquele fosse o fim, algo dentro dele dizia que não, que não tinha terminado. Eles desceram, alguns quase correndo, ansiosos para sair e dar adeus ao lugar entediante, mas ele não. Ethan segurava o pingente de Abissal firmemente na palma da mão, pronto para invocar a sua espada a qualquer minuto. Uma fraca luz se acendeu, indicando uma porta, e eles foram por ela, pensando ser a saída. O novo lugar era escuro, frio e úmido, ele conseguia ouvir o barulho de algo rastejando, a respiração fraca de alguma coisa e o barulho de ratos roendo algo: o local por si só já era repugnante, mas tinha que ter mais.

– Pensam que acabou? – disse uma voz masculina vinda de lugar nenhum.

Poderia parecer que tinha um alto-falante escondido, mas não era bem assim. A coisa, o Youkai, conseguia se projetar e estava naquela sala. Embora Ethan não pudesse ver nem tocar, ele sentia a presença.

– O nosso jogo está apenas começando!

A coisa riu, sua risada era assustadora, era pausada e clara, um pouco rouca, como se viesse de alguém doente e com dificuldade de falar e a pessoa ainda fosse alemã. Era a voz de um monstro tentando falar a língua dos homens. Por mais que os humanos não pudessem sentir a presença da coisa, eles sentiam medo; era algo instintivo, um medo tão denso e palpável que você poderia cortar com uma faca. O riso continuava, derramando-se sobre eles, reverberando nas paredes e em suas mentes. Apesar de todo o passeio ridículo, aquela som sim, trouxe a eles medo.

Antes que os humanos recobrassem o controle, ela novamente falou, fria e firme:

– Achem a saída ou me encontrarão pessoalmente.

É incrível o que uma simples frase é capaz de fazer; nesse instante as pessoas se agitaram procurando uma saída e mesmo o passeio não sendo tão assustador, ninguém queria ficar para achar o dono das palavras. Ethan tinha a impressão que, mesmo tentando se manter fora disso, iria encontrar o dono daquela voz. Então disse a si mesmo que jamais tiraria folga outra vez.

As luzes se acenderam.

Para os humanos que finalmente conseguiam ver o lugar, podia ser uma visão bem perturbadora, nenhum filme de terror os prepararia para isso: era como uma masmorra, a sala em forma de ampulheta, com eles no centro, onde não haviam celas. Pelos corredores, os buracos escuros e a sombra de grades, denunciavam a presença de algo. A medida que você olhava para o final, o corredor ficava cada vez mais escuro; no centro, manchas de sangue no formato de mãos humanas estavam nas paredes e no chão havia pedaços de mãos, braços, pés e cabeças em decomposição. Esqueletos presos as paredes por algemas, insetos passeando pelos corpos, ratos e baratas por todo lugar. E o cheiro. O cheiro era o que parecia mais real, aquele cheiro de podridão e corpos em decomposição, um cheiro que ele conhecia muito bem. Cheiro de morte. O mesmo cheiro dos seus demônios.

O grupo começou a andar, hesitante. A medida que eles passavam pelas celas, algum barulho surgia: em uma delas foi um rádio com estática e, na última, era como o grunhido de um animal faminto. Quando eles chegaram ao final do corredor, um pouco afastados das celas, uma pequena luz iluminou duas portas: uma de madeira comum e a outra de metal.

– E então, por onde vamos? – perguntou Ally, apontando para as portas no corredor mais a frente.

O tempo está passando – disse a voz.

Ethan deu de ombros, ignorando a voz.

– Escolha você.

A primeira era de aço e tinha uma janelinha, parecia gelada e lembrava o frízer de um açougue; Ally tinha a impressão de que se abrisse aquela porta encontraria corpos em ganchos como carne. A segunda era apenas uma grande porta de madeira.

Mas quando os barulhos das celas sendo abertas vieram, ninguém pensou por muito tempo antes de entrar correndo na porta mais próxima.

Seis pessoas conseguem segui-los – total de oito pessoas – antes de Ethan fechar a porta com toda a força e sentir um baque tão forte que quase foi jogado longe, mas mesmo assim permaneceu pregado a porta. Então veio a pior coisa para um caçador: o grito humano de alguém sendo devorado vivo.

Instintivamente seus olhos se encontraram com os de Havena, que havia vindo parar na mesma porta que eles. Os dois dividiram o sentimento de impotência, mas as luzes acendendo os tirou dos seus pensamentos de remorso. Havia trabalho a ser feito.

Havia cinco portas no corredor; duas na direita, duas na esquerda e uma no final, e ao lado de cada porta um quadro. As paredes estavam rabiscadas com palavras escritas em “sangue”; depois de um minuto tentando decifrar, ele descobriu que eram uma frase: “A morte está aqui! Fuja!”, parecia só algo exagerado ao estilo de uma casa mal-assombrada de quinta, mas ele sabia melhor que isso. A luz começou a falhar, piscando e voltando. Vários cacos de vidro estavam esparramados no chão, cacos de vidro e mais “sangue”.

O grupo espalhou-se pelo corredor e tentou abrir todas as maçanetas. Ethan seguiu com Ally até o fim do corredor.

– Fechada – falou a garota, ficando emburrada.

– Não esperava que fosse tão fácil, esperava?

Deu de ombros.

– Na verdade, sim.

– Fechada.

– Fechada.

– Fechada – falou Havena, checando a última.

– Gente, não era pra ter uma porta ali? – disse um garoto magricela, que havia vindo com eles, apontando para o lugar onde estava a porta pela qual eles tinham acabado de entrar. Havena estava mais perto e foi até lá checar. Ela passou a mão na parede e não encontrou nada.

A porta tinha sumido.

Com toda a certeza do mundo, ele voltava a afirmar que jamais tiraria uma folga outra vez.


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Notas finais do capítulo

Leitores? Alguém vivo por aqui? D;
Ninguém pra me dizer o que achou da Havena e do rumo que a história está tomando?
Espero que estejam gostando, eu estou chegando perto de onde eu parei, então,provavelmente os capítulos vão demorar mais pra sair :c
Espero que tenham gostado.
Até mais :3
Musica: https://www.youtube.com/watch?v=jU6iP0WLsU8