Os Guardiões do Véu escrita por Moonchan


Capítulo 16
Treze- Give it to me, I'm worth it


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui, olha eu aqui :v
Eu vou ser breve porque to morrendo de cansaço: Eu demorei porque estou estudando em tempo integral e chego morta em casa; só quero saber de comer, banho, dever e dormir; tanto que alguns reviews eu demorei mais pra responder dessa vez, mas não se preocupem! A fic vai continuar saindo e eu vou continuar respondendo vocês com todo o amor que merecem! Então continuem comentando, pls!
Eu tava sem criatividade pra nome, ou música do capítulo.... Minha idosa linda sugeriu essa -q
https://www.youtube.com/watch?v=YBHQbu5rbdQ
http://letras.mus.br/fifth-harmony/worth-it/traducao.html
Espero que gostem
E eu dedico esse capítulo a Erica ♥ e a Gabriela (por serem duas leitoras amorzinhos), foi o aniversário delas entre o último cap e esse :3



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And if what they say is true
If it's true, I won't get mad at you
I may talk a lot of stuff
Guaranteed, I can back it up
I think I'mma call your bluff
Hurry up, I'm walkin' out front

Uh huh see me in the spot like
'Ooh I love your style
Uh huh show me what you got
Cuz I don't wanna waste my time
Uh huh see me in the spot like

Worth It (feat. Kid Ink)

Olhos verdes riam na minha cabeça e eu me sentia sufocar. Ao meu lado uma garota caiu rindo de tão bêbada no chão do banheiro e eu me sentia igual a ela: em uma grande viagem. Queria ir pra casa, queria a minha cama e o meu irmão, queria que a dor de cabeça fosse embora, queria que as imagens dos demônios sumissem. Queria não fechar os olhos e encontrar dois olhos azuis caçoando de mim.

Levantei-me tremendo e me olhei no espelho: meu casaco estava coberto de sangue, mas tinha protegido a roupa que estava por baixo, o que me faria evitar perguntas das meninas. Eu o joguei na lada de lixo e limpei minha bochecha suja de vermelho. Naquele momento odiei Annabelle: sabia que não deveria ter saído de casa.

– Aonde você vai? – perguntou a garota no chão com um olhar vago e voz chorosa.

Percebi que ela não estava bêbada, era pior: estava drogada.

– Os monstros vão me pegar se você for embora!

– Se eu ficar é que eles irão te pegar. – disse saindo pela porta, me arrependendo de ter aberto a boca. A voz que saiu dela não parecia com a minha.

– Você desapareceu, Ally! – disse Annabelle me avistando ao sair do banheiro. Então me deu um sorriso divertido. – Conheceu alguém interessante?

– Podemos dizer que sim... Quando vamos embora? – perguntei já sem saber quanto tempo poderia suportar ali.

– Já estávamos indo, mas você pode ficar se quiser. Parece que foi divertido pelo tanto que está bagunçada.

– Você nem imagina o quanto – disse com toda calma que possuía.

Algumas vezes, algumas poucas – muitas – vezes Annabelle sabia como ser inconveniente.

– Mas estou me sentindo mal agora, gostaria de descansar.

– Claro – respondeu me dando um sorriso. – Venha, vamos voltar para a casa de Norah, onde você finalmente vai poder descansar sã e salva.

"Sã e salva" aquela altura não parecia nada além de palavras bonitas.

*****

Pela segunda noite seguida eu não dormi.

Toda vez que eu fechava meus olhos, sentia como se fosse sufocar, como se uma grande parede de terra fosse subir e me esmagar. Em alguns dos meus cochilos, sonhava que era perseguida por olhos verdes que queriam meu sangue e em outros, eram lobos. Algumas vezes uma mulher de vermelho aparecia e me salvava, nas outras ela dizia que já estava na hora de deixar de ser fraca.

O pavor tomava conta de cada partícula do meu ser, a qualquer momento eu esperava que algo pudesse sair e me atacar. Não fazia mais ideia do que era realidade e o que era fantasia. Talvez fosse tudo culpa minha, talvez tudo se resolvesse quando eu voltasse a tomar meu remédio: então eu seria normal, conseguiria dormir, não ficaria apavorada. Então eu saberia no que acreditar.

Um garoto morria nos meus sonhos. Ele não era bonito, não era especial, mas os seus gritos perfuravam a minha alma e, na cama de Norah, eu não conseguia evitar encharcar o travesseiro. As lágrimas desciam quentes pelas minhas bochechas.

Fazia tanto tempo que eu não chorava que no início não percebi o que estava acontecendo. Um terror enorme tomava conta de mim e eu só conseguia pensar em mortes; me sentia com sorte por estar viva, como se fosse uma dádiva e não a maldição que eu sempre pensei.

Minha cabeça doía, preenchida com imagens perturbadoras; todas muito vivas, muito perturbadoras, muito violentas.

Levantei-me da cama onde estava deitada junto a Norah e Annabelle. Fui até a sacada do quarto de Norah com dificuldade, o ar frio da noite atacou meu rosto. Eu não gostava do frio, mas o fato de senti-lo mostrava que aquilo era real, que eu estava ali.

Olhava para os jardins da casa de Norah em um minuto e no outro era como eu estivesse numa floresta, com oito olhos nojentos de aranha me encarando, prontos para devorar cada pedacinho de mim.

– Você está bem, Ally? – perguntou Norah aparecendo na sacada.

Escorreguei até o chão com o susto.

– Eu não sei, Norah. Eu acho que nem sei o que significa estar bem.

– O que quer dizer com isso?

– Eu sou louca, Norah. Completamente louca.

– Loucura é uma questão de ponto de vista.

– Então eu com certeza sou louca.

– Apenas se você acredita nisso.

– Eu não sei no que acreditar.

– Acredite em si mesma.

– Eu vejo coisas que não deveria ver.

– Todos veem coisas que não deveriam, o que muda é o “tipo” de coisa.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

– Eu vou dormir. Não pense em se jogar da janela, você não morreria, apenas quebraria alguns ossos – disse ela, saindo da sacada e voltando para a cama.

Isso me deixou com uma pergunta na cabeça: eu estava parecendo tão desesperada a ponto de me matar?

Olhei para cima; depois de tanto tempo eu tinha me esquecido deles, mas ali estavam e pela primeira vez me perseguiam na casa de Norah.

Sentia-me esgotada no chão da sacada. Eu já não podia oferecer nenhuma resistência.

Eles pareciam com pequenas fadas negras, prontas para sugar minha vida até o fim. Estavam sorrindo, como se soubessem que eu seria uma presa fácil.

Fechei meus olhos, tentando aceitar o final da minha noite e rezando para que eles não me jogassem da sacada, mas um par de olhos vermelhos apareceu na minha mente, com uma pergunta que eu fui incapaz de não ignorar.

É isso que você quer? Vai ser fraca até quando?

– Hoje não – respondi em um sussurro.

Abri meus olhos apenas para ver uma das pequenas fadas entrarem em combustão diante deles; as outras afastaram-se rapidamente e eu caí no sono ali mesmo.

Outro sonho cheio de sangue, gritos e mortes, mas dessa vez, quando acordei, meu corpo não tinha nenhuma marca.

*****

– Ally, o que faz aqui tão cedo? – perguntou Michi, esfregando os olhos ao me ver domingo de manhã na porta da casa de seu amigo para buscá-lo.

– Eu senti tanto sua falta!

Ajoelhei-me no chão, dando-lhe o abraço mais apertado que podia.

– Está tudo bem? – questionou, encarando-me profundamente com aqueles pequenos olhos cinzas.

Eu baguncei seus cabelos negros sem saber como responder àquela pergunta.

– Quer dar um passeio hoje?

Ele revirou os olhos sabendo exatamente o que eu estava fazendo.

– Onde vai me levar? – perguntou, dessa vez conformado e curioso.

Por mais inteligente que o meu irmão fosse, às vezes eu gostaria que ele fosse apenas normal e que seus olhos não tivessem o mesmo peso de olhos de um adulto.

– Aonde quiser ir.

Ele riu.

– Não sabe onde me levar, né?

– Culpada – disse. – Mas quero passar um tempo com você.

– Ally – começou, me abraçando e encarando-me com aqueles olhos e com cara de cachorrinho pidão. – Tem certeza que está tudo bem?

– Tenho – acenei com a cabeça e sorri, mas sei que ele não acreditou. –Decidiu aonde vai querer ir?

– Não quero ir a lugar algum – disse ele, sério.

Ergui uma sobrancelha.

– Michael, esse é um momento raro. Não vou te convidar outra vez pra algo tão cedo.

– Eu estou falando sério. Vamos pra casa, assistimos alguns filmes e comemos pizza. – Sorriu. – Tem muito tempo que não fazemos isso, Ally.

Eu passei a mão pelos cabelos dele vendo-o corar e eu apenas o abracei outra vez.

*****

Olhei para o meu irmão dormindo tranquilamente no meu colo e senti uma espécie de paz. Quando eu estava com ele nada importava: ele era a única coisa que eu tinha e a única que eu queria proteger. Às vezes a única que podia me manter sã.

Estávamos no sofá da sala, havia uma embalagem de pizza na mesa de centro e na TV estava uma comédia sem noção. Meu irmão adorava filmes de terror e daquela vez tinha me feito ver "It – Uma Obra-prima do Medo", mas no final acabava sempre do mesmo jeito: ele com medo e indo para o meu quarto. Eu não me importava, muito pelo contrário.

Às vezes quando eu o olhava dormir até parecia uma criança normal: sem uma irmã louca para se preocupar, sem precisar bancar o durão o tempo todo.

Eu não pude conter um sorriso. Talvez eu fosse uma irmã babona – só talvez –, mas ele parecia tão fofo com o cabelo preto caindo sobre o rosto. Éramos uma boa dupla: os dois fingindo ser durões, mas a verdade era que não sabíamos qual de nós era o mais medroso.

Quando deu dez horas eu desliguei a TV e levei Michi comigo para o meu quarto.

Dormi uma noite cheia de sonhos. Sonhos que queimavam.

Ethan

A verdade era que o garota não queria acreditar nem um pouco no que Yan dizia – era realmente um inconveniente não lembrar de nada do que a outra alma fazia –, mas, como até mesmo Will havia confirmado, ele não tinha outra escolha a não ser fazer o que era certo: arrastar a garota para toda aquela bagunça... Antes que ela fosse morta.

Na verdade ele queria tirar a prova real e teria feito isso no domingo mesmo... SE ele não tivesse entrado em uma espécie de coma, devido à exaustão e ao abuso do poder. Bem, às vezes ter uma segunda alma tinha – mais – esses contratempos.

Você consegue, disse Yan na mente do garoto, é só uma mensagem e ela vem correndo.

Cale a boca, Yan. Eu não preciso de você fazendo mais merda.

Ai, ta nervosinho, é? Tenha calma, bela adormecida.

Ethan revirou os olhos. Esperou até às sete para poder mandar uma mensagem para a garota – o que o deixava um pouco nervoso.

A mensagem era a seguinte:

"Ei, Ally, como você está?

Eu espero que bem!

Gostaria de saber se – caso queira e esteja livre – você não poderia me encontrar hoje. É que eu realmente preciso daquela minha blusa de volta... E claro, falar com você outra vez."

É sério isso? Perguntou Yan. Mesmo? Vai dizer que precisa da blusa pra falar com ela?

Nem todos nós possuímos habilidades sociais desenvolvidas como as suas, Yan.

Bem, você com certeza não.

A resposta veio dez minutos depois.

"Ok, aonde quer me encontrar?"

Era tudo que dizia.

Ally

Aquela era a primeira vez que eu entrava em St. Valence; eu sabia que era grande, mas não imaginava que fosse tanto, acabei me assustando com o tamanho do lugar.

Todo o espaço era coberto por grama verde bem cuidada, em alguns lugares árvores enormes davam boa sombra para um ou outro aluno sentado embaixo e atrás uma floresta de pinheiros poderia ser vista. O prédio escolar era feito de pedra, esculpido para parecer um castelo antigo em formato de "U , tinha quatro andares. Era, sem dúvidas, uma construção imponente.

Eu não tinha ideia de onde acharia Ethan. Em frente ao prédio da escola havia uma enorme fonte com alguns alunos sentados em volta; uma das garotas acenou pra mim e demorei alguns minutos para reconhecer o par de cristalinos olhos azuis.

– Ally! – gritou Havena. Acenava parecendo um pouco surpresa.

Fui até ela.

– Oi – disse com um sorriso, um pouco sem jeito. – Você sabe onde está o Ethan?

Ela me deu um sorriso malicioso, assim como Annabelle teria dado.

– Não é nada do que você está pensando! – disse corando e tirando o casaco recém lavado de dentro da bolsa. – Eu apenas vim devolver a blusa que ele me emprestou.

– Certo... – Ela disse rindo. – Ele provavelmente está treinando. Se você for pra parte de trás vai ver uma descida com várias construções. Você só tem que descer, o tatame é o segundo a esquerda.

– Obrigada.

Antes de seguir meu caminho uma voz chamou Havena; eu me virei por instinto e encontrei um par de olhos verdes que gelaram minha alma.

– Olá, meninas – disse ele, avaliativo.

Eu tentei não gritar enquanto procurava na minha mente de onde o conhecia.

– Você estava na casa mal-assombrada! – exclamei encarando-o, mas me controlei ao vê-lo erguer as sobrancelhas.

– Estava? – perguntou, dando um passo em minha direção e me encarando com olhos calculistas.

– Sim! Você era o apresentador! – gaguejei, mas algo me dizia que não era só isso. – O que fazia lá se estuda aqui?

Vi suas feições aliviarem. Ele deu de ombros.

– A vida não está fácil pra ninguém – respondeu o garoto de olhos verdes.

Eu nunca teria imaginado que um aluno do St. Valence precisaria de dinheiro.

– Eu vou procurar Ethan – disse a eles, querendo me afastar logo. – Obrigada outra vez, Havena.

Senti os olhos de ambos queimarem minhas costas.

Eu segui pelo caminho que Havena indicou e cheguei à uma construção de madeira com alguns degraus, de lá vinha o barulho de briga. Na ponta dos pés, subi os degraus e me pus a observar pela porta entreaberta.

Ethan era fascinante. Incrível. Eu não podia parar de olhar para ele, mesmo que olhá-lo me deixasse sem ar: ele bloqueava chutes e socos tão rápido que eu mal podia acompanhar, quando atacava era firme e impiedoso.

Ethan aplicou uma rasteira no parceiro, que caiu e logo depois o ajudou a levantar para que eles recomeçassem. O outro garoto bloqueou um chute e tentou atacá-lo, mas Ethan segurou-o pelo braço e o jogou ao chão. O garoto caiu – eu ouvi o baque e senti a dor em mim –, mas o seu rosto nem demonstrava que tinha se machucado.

Dei um passo para trás e o piso velho rangiu embaixo de mim.

Ethan virou-se, vendo-me através da fresta da porta. Vi um sorriso brotar em seu rosto, mas seu parceiro se aproveitou disso para aplica um mata-leão de surpresa.

Eu me senti culpada por distraí-lo e desci as escadas apressada. Logo ouvi um barulho de porta se abrindo e lá estava ele, parecendo até um pouco surpreso de me ver.

– Não achei que você viria! – exclamou, apressando-se em se por ao meu lado.

– Eu disse que viria lhe devolver a blusa! – respondi, entregando o casaco enquanto olhava para baixo.

– Obrigado, Ally. – Sorriu.

– Pode voltar pro treino, está tudo bem.

– Bobagem! O treino estava quase no fim... Além do mais, eu não tenho mais tanta coisa assim para aprender – disse dando de ombros e eu finalmente reparei na faixa preta em sua cintura.

– Você é bom – disse a ele.

– Eu sou razoável

– Quanta modéstia.

Ele riu.

– Deve ser legal saber lutar – comentei sorrindo e tentando imitar alguns movimentos que tinha visto na TV.

– Errado.

Com um "quê" de divertimento na voz, coloca-se atrás de mim, aproximando-se o máximo possível. Segurou minhas mãos, fechando-as em punhos com meus dedões pra fora.

– É assim.

Então fez movimentos rápidos, como socos alternados.

Sorri, era divertido.

Ele se afastou e voltou a se posicionar a minha frente.

– Conserte essa base, separe mais as pernas.

Ele abriu as mãos na altura das minhas e indicou para que eu socasse. Cada vez que eu o fazia, ele sorria, como se eu estivesse fazendo certo.

– Agora cuide da defesa. – disse, mostrando-me como se faz um bloqueio.

Imitei-o e coloquei os dois braços na altura do rosto, ele me atacou logo depois. Bloqueei desajeitadamente e senti meus braços doerem: era como se a pele dele fosse dura como aço; perguntei-me quanto tempo ele treinava pra conseguir esse resultado.

– Boa! – falou ao me ver defender o segundo golpe.

Ethan me atacou novamente, mas dessa vez não consegui defender e o seu soco quase me atingiu, mas ele parou o punho antes que atingisse a minha bochecha.

– Você está bem, Ally?

– Como se você estivesse colocando força nesses golpes... – respondi revirando os olhos.

Ele me deu um meio sorriso e bagunçou os cabelos, fazendo-me ter certeza que realmente estava pegando leve comigo.

Como uma nota a parte, eu sempre odiei ficar perto de garotos depois que eles faziam algum esporte, mas ele era lindo até assim: as calças pretas folgas, a blusa que caberia cinco de mim e o cabelo molhado de água ou suor; a melhor parte, no entanto, é que ele não cheirava a suor e desodorante em excesso.

Eu tive que me concentrar para não babar enquanto o observava.

– Estou feliz que tenha vindo hoje. – Ele disse e depois bagunçou meu cabelo.

Me perguntei se ele era tão sozinho quanto seus olhos demonstravam... Talvez por isso ele gostasse de mim, como se eu fosse uma espécie de irmã mais nova. Eu queria saber mais sobre ele, apesar de achar um saco me sentir tão terrivelmente atraída por alguém com quem eu provavelmente não teria chance. Maldita seja a "sisterzone".

– Você provavelmente gosta muito dessa blusa.

Desviei o olhar, não queria pensar que acabava de abrir mão da última desculpa para vê-lo e que, provavelmente, nunca o veria outra vez. Eu queria desesperadamente vê-lo outra vez...

Ethan sorriu pra mim. Meu fôlego sumiu.

– Não... Eu gosto de você – disse antes de bagunçar meu cabelo outra vez. – Você é como uma criança pequena: nos apegamos fácil, apesar de sempre se meter em confusão.

Foi como uma facada no meu peito.

– Acho que me comparar com um cachorro também seria válido – comentei, tentando disfarçar meu pequeno sangramento no coração.

– Cachorros são corajosos.

– Ai... Essa doeu.

Ri, mas antes que pudesse fazer outro comentário, senti meu celular vibrando. Olhei o identificador: era Michi.

Uma onda de preocupação me atingiu, ele nunca me ligava... Principalmente naquele horário, ele devia estar tendo aula.

– Alô? – Atendi preocupada. – Aconteceu alguma coisa?

– Ally... – respondeu gaguejando, a voz baixa.

– Michi? – Eu me desesperei. – O que houve? O que está acontecendo?!

– Ally... – começou com voz de choro, ainda gaguejando, enquanto meu desespero aumentava. – T-tem alguns mon-nstros querendo me pe-pe-gar...


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? O forninho de vocês está bom?
PLS, eu já vi vários autores fazendo grupos pras fics e tava pensando em fazer um também... Vocês gostariam disso no lugar de um tumblr?
Btw, espero que tenham gostado e me deixem comentários xD



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