Lost Stars escrita por filha de Afrodite


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oie babys!
Tô. Tão. Feliz ~dancinha da felicidade
A fic recebeu a TERCEIRA, repito T-E-R-C-E-I-R-A RECOMENDAÇÃO!
Muito obrigada ao *Percy e companhia* que me fez imensamente feliz... moço, você foi incrível, obrigada mesmo pelos elogios... eu nem acredito... esse capítulo é dedicado à você, apesar de ele não estar a altura pra isso '-'
Obrigada também aos meus leitores lindosos que comentaram cap. passado :
Laís Silva (tá vendo? o seu comentário foi o primeiro!), Thalia Salvatore, arielfl15, Ashley Grace , Anônima, The Girl, one less lonely girl, Maia, vitorhmc, Lua Stoll, Luluca, Veve Percabeth, Bianca Ximenes , LauraCK, Rachel Chase Jackson e Grazi Di Angelo.
A música do capítulo é muuuuuito clichê, mas cara, eu sou muito clichê, então não é surpresa, acho que todo mundo já ouviu essa música pelo menos uma vez na vida ne?
É "Thinking Out Loud" - Ed Sheeran (foi minha amável amiga Laís quem escolheu, se não gostarem batam nela... ou então ouçam uma outra música melosa)
Enfim, é isso (e desculpem por não ter conseguido postar durante a semana, a escola tava difícil essa ultima semana)
Boa leitura!



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Annabeth se encarou no espelho de sua penteadeira e suspirou.

Depois de incontáveis tentativas, conseguira prender seu cabelo num coque frouxo, desconexo e ao mesmo tempo delicado.

Uma tarefa difícil de se realizar, diga-se de passagem.

Já devia ser quase o horário em que Percy combinara de pegá-la para a tal confraternização, e ela ainda não estava pronta.

Tecnicamente, faltava-lhe uma maquiagem, mas ela simplesmente detestava e nunca realmente se preocupara em aprender a fazer uma, então só a restava passar o básico, que certamente não daria errado: batom, rímel e delineador.

Simples, rápido e fácil.

Foi então que Thalia irrompeu pela porta do quarto onde a loira se encontrava:

– Como eu estou?

Annabeth sorriu vendo o vestido elegante de seda de Thalia. Nico, com certeza, ficaria orgulhoso por tê-la como acompanhante:

– Linda.

– Se levante para que eu possa te ver por completo.

– Thalia, não há necessidade disso - disse Annabeth franzindo as sobrancelhas.

– Há sim. Por favor, Annabeth! - a morena insistiu.

Mesmo a contra gosto a loira se levantou:

– Satisfeita?

– Você está tão linda! O Percy vai adorar te ver nesse vestido novamente.

– Ele nem deve se lembrar.

– Eu duvido. Você não percebeu a cara de idiota que ele ficou quando a viu com esse vestido. Com toda a certeza ele não se esqueceu.

– Acredita mesmo que homens reparam nesse tipo de coisa?

Antes que Thalia tivesse a chance de responder, o interfone do apartamento tocara:

– Ah, deve ser o Nico querendo subir.

– Vá lá autorizar a subida dele - incentivou Annabeth fazendo a amiga assentir e se dirigir à cozinha.

Sozinha de novo, ela deu uma olhada rápida no vestido que trajava.

Na opinião de Annabeth, ele era apenas normal, com um tecido acetinado em tonalidade de azul claro e pequeninas pérolas incrustadas ao redor da gola arredondada em forma de concha e as mangas compridas.

Ela decidiu, por fim, que estava apresentável o suficiente e, se levantando, seguiu até a sala, onde Thalia, prontamente, abriu a porta para receber o namorado.

Annabeth achou estranho e ao mesmo tempo adorável ver Nico de terno, já que ele não fazia o estilo social.

– Antes de qualquer coisa - começou o rapaz -Preciso dizer o quanto vocês duas estão incríveis.

– Espere, você não me acha incrível todos os dias? É isso mesmo, Nico? - Thalia reclamou.

Ele arregalou um pouco os olhos e fitou Annabeth como se a pedisse ajuda.

– Thalia, não é assim que se responde à um elogio - ralhou a loira.

– Não me venha defender este daqui. - A amiga apontou para Nico.

– Mas... Thalia, eu te acho incrível todos os dias, você sabe disso . - ele se defendeu e abraçou a namorada.

– É - concordou ela - Eu sei. Só queria te ver assustado.

O moreno semicerrou os olhos:

– Você não existe... Achei que já estávamos prestes a brigar.

– Não entendo como vocês dois conseguem namorar dessa forma - disse Annabeth - Parecem crianças.

– A Thalia é uma criança mandona então. - refletiu Nico.

– E o Nico é uma criança irritante. - retrucou Thalia.

Annabeth riu:

– É hilária essa relação dos dois.

– É o amor, minha cara Annabeth - Nico sorriu - Enfim, eu só vim até aqui pra te buscar, Thalia. Vamos?

– Ah, sim. - a morena concordou.

– E, Annabeth - o rapaz chamou - Falei com Percy a alguns minutos atrás, ele me disse que já está à caminho, por isso não a levarei também.

– Tudo bem, podem ir. Vou esperar o Percy.

– Tchau. Nos vemos na festa. - Nico acenou com Thalia ao seu lado.

E assim, a última visão de Annabeth antes de fechar a porta foi dos dois amigos entrando no elevador.

(...)

Quando chegou à porta do apartamento de Annabeth e depositou duas batidas ali, Percy tinha total consciência de que seu cabelo negro, o qual ele se empenhara para ajeitar bem direitinho, já estava despontando para todas as direções, e sua gravata cinza também devia estar torta.

Com o ímpeto de arrumá-la novamente, o rapaz baixou os olhos e suas mãos se dirigiram ao tecido acinzentado, então o som da tranca da porta sendo aberta se fez presente, o despertando.

Ao erguer a cabeça mais uma vez, Percy encontrou os olhos de sua amiga.

Não fôra uma escolha proposital, mas sua gravata tinha o mesmo to escuríssimo das orbes de Annabeth.

Ele não saberia dizer se sorrira com este pensamento ou ao notar como a loira se encontrava deslumbrante à sua frente.

Do vestido ele se recordara, era o que ele havia visto alguns dias atrás , ainda na loja, antes de convidar a garota para ser sua acompanhante. Se é que fosse possível, Annabeth estava ainda mais linda que na ocasião anterior, tinha uma coque frouxo e com alguns fios soltos, além da franja lateral, emoldurando seu rosto delicado, o que combinava com o modelo clássico de vestido e os sapatos escuros de médio salto que ela usava.

Para a surpresa de Annabeth, Percy deixou um assovio baixo escapar dos lábios:

–Uau...! Annabeth, você está estonteantemente magnífica.

Ela arqueou uma das sobrancelhas:

– Percy, não exagere. Basta me dizer que eu estou, sei lá..., bonita.

– Não. Não basta. Sério, você está tão... meu Deus! Simplesmente não consigo pensar em um só adjetivo pra te descrever nesse exato momento. - falou ele meio desconcertado - Não é justo, quer dizer, não estamos no mesmo nível de beleza, estou quase me arrependendo de ter escolhido uma acompanhante tão linda.

Ela sorriu olhando para o chão, e Percy quase se ajoelhou diante dela, implorando para que deixasse de ser tão adorável.

– Você está me deixando constrangida.- Annabeth sussurrou

– Não sei se posso me desculpar por dizer a verdade.

– E alguém, por acaso, já lhe disse hoje como você está extremamente maravilhoso? - indagou ela.

– E sexy... até o porque, pode falar, eu fico irresistível de terno. - ele sorriu divertido enquanto se escorava no batente da porta. - É brincadeira.

– Está bem.- Annabeth deu um meio sorriso.

– Então, podemos ir? - Ele a ofereceu o braço - Preciso que todos daquela festa vejam como eu sou o cara mais sortudo por ter uma melhor amiga capaz de arrancar suspiros.

(...)

– Este ano minha mãe quer que eu interaja mais com os convidados - começou Percy enquanto entrava com Annabeth no salão de festas alugado - Então, se você se sentir chateada ou entediada, é só me dizer, que eu darei uma desculpa e iremos embora.

Annabeth o olhou e assentiu, apertando de leve o braço do amigo.

Havia uma boa quantidade de pessoas espalhadas pelo local e , os primeiros que notaram Percy e Annabeth foram os pais do rapaz.

– Ah, Annabeth! - disse Sally - Você está lindíssima, querida.

– Ahn - a loira ficou sem jeito - Obrigada, Sally.

Poseidon sorriu:

– Fiquei feliz quando soube que viria, Annabeth.

– Eu que agradeço por Percy ter me convidado.

– Pai - chamou Percy - O senhor viu o Nico por aí?

– Vi sim - Poseidon respondeu - A namorada dele também é encantadora, não é Sally?

– Realmente, uma pessoa adorável - ela comentou em acréscimo.

– Annabeth e eu vamos procurar os dois, se me derem licença. - disse Percy.

– Percy, espere. - Poseidon falou - Preciso te contar algo importante.

– Depois, pai - o rapaz respondeu se afastando dos pais, trazendo a amiga, delicadamente, ao seu lado.

– Mas, Percy... - insistiu o mais velho.

– Nos vemos de novo depois. - Percy assegurou olhando para trás.

(...)

Annabeth perdera as contas de quantas vezes murmurara "Obrigada" para todos aquelas pessoas que Percy cumprimentava e que insistiam em elogiá-la de todas as formas possíveis.

Um homem de meia idade, um médico cardiologista do qual ela não recordava do nome, até se arriscara ao dizer que Percy e a loira formavam um belo casal.

Mas não era o tipo de comentário com o qual Annabeth não era capaz de lidar. Assim como Percy, ela se limitava a sorrir todas as vezes que diziam coisas semelhantes.

Percy achava que, até o momento, tudo estava correndo muito bem, ainda não havia achado Nico, o amigo devia estar conversando com a maioria dos convidados dali, exatamente como Percy, que se encontrara com Apolo, um de seus colegas de trabalho, e entraram numa conversa informal, já que ele não era velho, devia ter uns 29 ou 30 anos de idade, no máximo.

– Então é você quem vem fazendo o Percy mudar sua antiga rota " do trabalho pra casa, da casa pro trabalho"? - disse o loiro se dirigindo à Annabeth.

Ela olhou para Percy:

– Me diga você, Percy. Sou eu apenas ou há uma outra garota na história?

Apolo riu e Percy se defendeu:

– Eu sou um homem sério. É claro que só há você na história, até porque, de qualquer forma, eu não teria tempo para mais de uma garota.

– Ah! Então é assim? - falou ela tentando parecer brava, mas o sorriso a denunciou da farsa.

– Sabe, Annabeth - disse Apolo - Você tem que se sentir honrada por toda essa atenção especial. Percy não trocava os livros relacionados à psicologia por nada nesse mundo.

– E agora eu largo tudo quando ela me chama - Percy acrescentou - É uma grande evolução, eu deveria fazer uma estudo detalhado dessas minhas mudanças de comportamento.

A garota sorriu, encostando a cabeça de leve no ombro do moreno.

Percy estava tão absorto na conversa, que mal percebera quando uma garota magra, de pele clara, olhos verdes e cabelos ruivos preenchera seu campo de visão.

"Não" - pensou ele - "Não pode ser."

– Rachel - disse Apolo - Como vai?

Antes de escutar a resposta, Percy percorreu os olhos rapidamente pelo salão e , instintivamente achou o pai, que, notando o filho, fez uma expressão de quem pede perdão.

Claro, Percy percebeu, era isso que Poseidon tinha de tão importante para o contar.

Rachel estava ali.

– Apolo. - a moça sorriu e quando seus olhos encontraram os de Percy, o sorriso se ampliara ainda mais - Percy.

– Ãn... Rachel. - o moreno tentou sorrir naturalmente.

– Bem - disse Apolo - Foi bom revê-la Rachel e quanto à você, Annabeth, foi um prazer conhecê-la, mas tenho que ir. Até segunda-feira, Percy. - o loiro se despediu, logo se afastando.

Percy fez uma aceno com a cabeça, e pôde notar o sorriso de Rachel vacilando quando percebeu a garota loira de mãos dadas com ele.

– Sua...? - ela deixou a frase morrer no ar, incapaz de completá-la.

– Minha melhor amiga - explicou ele - Annabeth.

Rachel assentiu.

– A Rachel é uma ... colega minha, Annabeth. - Percy olhou para a amiga.

– Claro - sorriu ela - Tudo bem, Rachel?

– Tudo, querida - a ruiva respondeu - E com você?

– Estou ótima.

– Então... eu... não sabia que você viria, Rachel. - comentou Percy, afinal, Rachel não era médica, seu pai, o Sr.Dare, que era um dos acionistas da clínica Center Life, e ele não estava ali.

– É, não comentei com ninguém mesmo - concordou ela - É uma volta definitiva.

– Quer dizer que não vai mais morar em New York? - indagou Percy, surpreso.

– Pois é, estou com saudade dos ares londrinos.

– E seu pai? Não o vi ainda.

– É por isso que estou aqui, Percy - disse ela - Ele não pôde vir, então me mandou como uma espécie de representante.

Annabeth focou o olhar em algo atrás da ruiva e sorriu:

–Percy, vi Thalia e Nico logo ali, se importaria se eu fosse até lá?

– Eu vou com você.- disse ele - Rachel, preciso ver Nico, me desculpe.

– Não há problema, Percy. - falou ela - Quem sabe não saímos por aí um dia desses.

O rapaz olhou para Annabeth antes de responder:

– É , quem sabe, não é? De qualquer forma, foi... bom revê-la. - mentiu ele.

É claro que ele não achara bom ver Rachel novamente, ainda mais nessa fase de sua vida.

– Idem.

– Até. - falou ele, para logo depois conduzir Annabeth até onde o casal de amigos, Nico e Thalia, estavam.

(...)

– Nico - chamou Annabeth - Quem é Rachel?

O rapaz quase engasgara, olhando na direção de Percy, à 50 metros de distancia deles.

– Não conheço nenhuma Rachel. - ele mentiu.

–Conhece sim - Thalia interviu - Não é aquela ruiva que veio falar com você, Nico?

– Hum... - ele pareceu pensar - É.

– Então? - continuou Annabeth - De onde ela conhece o Percy?

– Da escola. Nós estudamos juntos.

– Ah.

– Não me diga que você namorou com ela - disse Thalia em escárnio.

–Eu não. - Nico negou.

– E o Percy?

– O Percy nunca namorou, Annabeth. Você sabe disso.

– Mas... ele ficou estranho perto dessa Rachel.

– Acho que é porque se dependesse dela, os dois já estariam casados desde os dezesseis anos de idade.

– Espere - interrompeu Thalia - O Percy deu um fora nela. É isso?

– É... pode ser classificado como mais ou menos isso.

– Não acredito... - a morena comentou - Percy Jackson quebrando corações... quem diria. Fica ligada, Annabeth.

– O quê?

– Nada - Thalia suspirou - Depois eu te explico.

(...)

– Hora da dança - Percy sussurrou próximo a orelha de Annabeth, percebendo o toque de uma música romântica preencher todo o espaço. - Me concederia a honra?

– Eu não sei dançar. - Annabeth confidenciou.

– Nem eu. Não é maravilhoso?

– Provavelmente eu iria pisar no seu pé.

– E o que há de errado com isso? - indagou ele.

– Tudo. Há tudo de errado.

– Você confia em mim?

Ela hesitou:

– Confio.

– Então, acredite em mim, se dançarmos você não irá pisar no meu pé. Só depende de como eu a conduzirei.

– Percy...

– Por favor - ele a olhou com os olhos verdes escuros tão intensos e desejosos, que Annabeth teve que ceder:

– Está bem.

O sorriso dele ao ficar de frente à ela e unir seus corpos enquanto colocava as duas mãos, uma de cada lado de sua cintura, foi tão reconfortante que fez tudo aquilo valer a pena para Annabeth.

O toque da música deu lugar à letra também, e com isso a garota passou seus braços em torno do pescoço do rapaz, os aproximando ainda mais um do outro.

"When your legs don't work like they used to before

And I can't sweep you off of your feet

Will your mouth still remember the taste of my love

Will your eyes still smile from your cheeks

Darlin' I will be lovin' you

Till we're seventy

Baby my heart could still fall as hard

At twenty three"

E ali, por mais que houvessem mais diversos casais dançando, era só ele e ela. Envolvidos num momento só deles.

"I'm thinkin' bout how

People fall in love in mysterious ways

Maybe just the touch of a hand

Me, I fall in love with you every single day

I just wanna tell you I am

So honey now

Take me into your lovin' arms

Kiss me under the light of a thousand stars

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are"

A música podia ter sido uma escolha aleatória, mas a letra fazia tanto sentido para Percy, que ele imaginou como seria possível que ela descrevesse seus sentimentos, suas dúvidas, suas vontades, assim, por acaso.

When my hair's all but grown and my memory fades
And the crowds don''t remember my name
When my hands don't play the strings the same way (hmm)
I know you will still love me the same


Cause honey your soul
Could never grow old
It's evergreen
Baby your smile's forever in my mind and memory


I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe it's all part of a plan
I'll just keep on making the same mistakes
Hoping that you'll understand"

O rapaz tinha certeza que, dali alguns dias, horas e até mesmo anos, não seria capaz de esquecer daquele momento, se lembraria de tudo, da forma como se sentia envolvido pela proximidade de Annabeth, de seu aroma, ou de como eles pareciam se encaixar perfeitamente um no outro.

"That baby now (ooh)

Take me into your loving arms

Kiss me under the light of a thousand stars

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are

Baby now

Take me into your loving arms

Kiss me under the light of a thousand stars (oh darlin')

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are

Maybe we found love right where we are

And we found love right where we are"

(...)

– Pronto. Você está entregue - disse Percy logo após estacionar o carro em frente o condomínio de Annabeth, como já fizera tantas vezes.

– Obrigada. - agradeceu ela.

– Por te deixar em casa? É o minimo que eu poderia fazer.

– Não só por me deixar em casa, você sabe disso, Percy. Estou agradecendo pela noite de uma forma geral.

– Então eu lhe digo que não há de quê pela noite em geral. - respondeu ele enquanto afrouxava o nó da gravata cinza e arregaçava as mangas da camisa social preta.

Um silêncio se instaurou por dentro do veículo, até que Percy não aguentou e, ao olhar para Annabeth, soltou uma risada.

– O que foi? - perguntou ela

– Só estou curioso com relação à algo.

– Acha que eu posso esclarecer a sua curiosidade repentina?

– Bem, creio que sim. - contou ele.

– Então diga.

Os olhos verde-mar dele a percorreram por inteira numa análise:

– Seu vestido. Eu disse que esperava que você o comprasse e ...

– Eu o comprei. - interrompeu ela, concordando.

– Agora, me resta saber: você pensou em mim quando decidiu usá-lo hoje, como eu esperava que pensasse?

– O que você acha?

– Eu acho que você pensou sim e o colocou como uma provocação à mim, o que funcionou perfeitamente.

Annabeth riu da teoria dele:

– Percy, você anda muito convencido ultimamente.

– Você me provoca e eu que sou o convencido?

– Você é um cara, definitivamente, engraçado. - disse ela balançando a cabeça de um lado pro outro.

– E você bem que gosta. - disse ele abrindo a porta do motorista e logo em seguida, abrindo a do passageiro para que Annabeth saísse.

– Tchau. - se despediu ela, se preparando para entrar no condomínio.

– Ei - Percy a segurou pelo pulso, fazendo-a se virar para ele de novo.

– Sim?

– Onde está meu beijo de boa noite? - ele deu um sorriso torto.

– Que história de "beijo de boa noite" é essa? - a loira franziu as sobrancelhas.

Percy indicou a própria bochecha com o dedo:

– A que eu acabei de inventar.

Annabeth suspirou, revirando os olhos, e se inclinou da direção do amigo, com o propósito de depositar um beijo ali, só que Percy foi mais rápido e virou o rosto no exato momento, causando o leve encontro dos lábios dos dois. Um selinho delicado e inocente, sem mais intenções. Porém, não menos significativo.

Fôra tão rápido, que num piscar de olhos já não seria mais visto.

– Boa noite. - murmurou ele, deslizando um pouco a boca, mas com os lábios ainda roçando o canto dos dela, e assim soltando-a pelo pulso que o mesmo ainda segurava.

Annabeth, por sua vez, sussurrou um "Boa noite" meio atordoada e se afastou, tropeçando três ou quatro vezes durante o caminho até o portão de moradores.

Percy a observou até entrar, sem olhar uma vez sequer para trás, e mordeu o lábio inferior, passando uma das mãos por ali, numa forma de impedir que um sorriso desnecessário surgisse.

Mas o que ele faria se já se encontrava num estado avançado de louco apaixonado?

Sim. Apaixonado.

Ele admitia que se encontrava com esse sentimento. No fundo, sempre soubera, talvez desde o momento em que vira Annabeth pela primeira vez, toda desajeitada andando por um corredor de uma Universidade e esbarrara nele, aquilo tinha sido o suficiente.

Agora, ele queria correr atrás dela, queria que ela encostasse sua cabeça em seu peito e descansasse ali por toda uma vida, porque ele ainda podia sentir o gosto dos lábios dela nos seus.

Ele, finalmente, tinha encontrado o amor.

Estava só perdendo tempo, o que ele mais buscava, o modelo de seus desejos, se encontrava exatamente ao seu lado.

E era sua melhor amiga.

E não importaria o que viesse a acontecer, ele estava, mais do que nunca, empenhado em fazer de um tudo para conquistar aquela que era o motivo de suas faltas de ar, de suas batidas descompassadas no peito e de suas noites em claro.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, eu achei o capítulo meio confuso, mas espero que vocês tenham gostado.
Podem favoritar, recomendar e comentar.
Gente, COMENTEM, senão o próximo cap. vai demorar ne.
A Tha ama vocês, podem amá-la também nos reviews e surpreendê-la.
Podem dar sinal de vida.
Beijos!