Nossas estrelas, nossas vitórias escrita por May Campbel


Capítulo 8
Por que é isso que me torna quem eu sou


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, não postei por que estava em semana de provas.
Estou devendo muitos caps a vcs né? Não liguem, vou tentar compensar tudo.
Gente, estava lendo meus primeiros caps, pra tentar me sentir como uma leitora e ver qual impressão eu passo e ver o que vcs acham dos meus caps, e cheguei a conclusão de que vcs devem me achar uma abestalhada... Kkkkkkkk.
Sei que deve ter gente que não acha isso. Mas, pra quem acha, eu não sou tão besta, okay? Apenas era "inexperiente" Kkkkkkkkk!
Enfim, sem mais enrolação, boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600028/chapter/8

–Visitas de ultima hora? –Kiara disse, cruzando os braços.

–Por que você não pergunta ao meu pai? –Soluço retrucou. Estávamos todos no porto, a espera de alguns navios que estavam pra chegar.

Eu me encostei na parede, com uma perna dobrada, apoiada na mesma, e com a outra eu sustentava meu corpo. Cruzei meus braços, e deixei um sorriso bobo escapar, graças à ontem. Soluço também parecia estar bobo com ontem, dois bobos sorrindo.

Eles chegaram, e os navios se abriram. Tinha, aparentemente, uma multidão se aglomerando ao redor dos navios. Nossa, deveria ser alguém bem importante mesmo, por que, não é todo dia que toda Berk se reúne para ver alguém.

De lá de dentro, saíram algumas pessoas, que Berk cumprimentava. Como a multidão não nos percebeu no meio, Soluço segurou minha mão. Eu não me importei, ninguém veria.

E, um rosto conhecido saiu do navio. Eu me lembro deles de algum lugar.

Ananda e Hugo.

–Hugo, Ananda, bem-vindos de volta! –Stoico disse, dando um tapinha em suas costas. De volta?

–Obrigado Stoico. É um prazer estar de volta para defender Berk dos Exilados. –Ele disse, com um sorriso estampado na boca.

–Ananda? Como cresceu! –Valka dizia.

Ananda e Hugo são irmãos, Hugo o mais velho, Ananda a caçula. Eles ficaram presos na ilha dos Exilados comigo, e fugiram comigo. Mas, na tempestade da noite, fomos separados.

Com Hugo eu sempre me dei muito bem, mas com Ananda, não. Ela é bem, é, como podemos dizer? Complicada. Acho que não tem a melhor impressão de mim.

–Conhecem eles? –Perguntei à Soluço.

–Sim.

–De onde?

–Eles chegaram aqui alguns anos atrás, mas depois foram em busca da ilha deles, mas agora, voltaram quando souberam do ataque. Por que a pergunta?

–Não importa.

–Vamos falar com eles?

–Pode ir.

–Vem logo. –Ele puxou minha mão discretamente, e algumas pessoas notaram. Não pude deixar de ficar vermelha.

Chegamos perto deles, e eu cruzei meus braços. Ananda me notou, e me reconheceu.

Hugo, bem-vindo de volta! Você também, Ananda! –Ele falou. Como dizem, tal pai, tal filho.

–Astrid? –Hugo perguntou. Eu assenti coma cabeça. Fui recebida por Hugo com um abraço que poderia ser confundido com tentativa de me matar enforcada, e por Ananda, apenas um “quanto tempo”.

–Saudades de você! –Hugo finalmente me soltou. Não vou dizer que não fiquei feliz.

Eu virei a cabeça, à procura de Soluço, e ele estava olhando Hugo falar comigo, levemente vermelho. Ciumento? Nem um pouco.

Assim que eles foram falar com outras pessoas, fui falar com ele.

–Ciúme? –Eu perguntei, com um leve sorriso.

–Quem? Eu? Imagina... Eu só cuido do que é meu. –Ele sorriu de volta.

–Muito engraçado. –Eu disse séria.

–Ah, que foi? Não gostou? Foi você quem perguntou o motivo!

–Você é chato.

–Não sou não. Sou cuidadoso.

–Mas, sabe? Gosto de você, meu chatinho. –Eu dei uma piscadinha, e fui em direção à Kiara.

***

Os treinos estão para começar, e todos já estão divididos nas faixas etárias. Hugo infelizmente também estava lá.

Vikings mais velhos gritavam e se desafiavam. Eu encarava rindo. Os mais novos, se desafiavam em seu nível. Eu observava, e tinha um garoto conhecido por mim, ele agora pé um adolescente. Gustav.

–Aquele é o Gustav? –eu me virei para Soluço, e o apontei.

–É ele mesmo.

–Nossa, esse garoto cresceu. –Eu disse, e me dirigi à ele.

–E aí, lembra de mim? –Eu dei um soco leve no ombro dele, e ele se virou. Passou alguns segundos me encarando, tentando lembrar de mim.

–Astrid? –Ele perguntou.

–Isso mesmo. Nossa, você cresceu! Nem parece o mesmo de antes. Então, já treina dragões?

–Sou iniciante. Soluço diz que “não podemos arriscar” por que “podemos nos machucar”. –Ele disse, fazendo aspas com as mãos, e imitando a voz de Soluço. –Chato. –Ele disse. Soluço “apareceu” atrás de mim, e passou a mão por meus ombros.

–É melhor ser chato do que deixar vocês se machucarem. –Ele disse.

–Ah, claro, falou o cara que quase cometeu suicídio fazendo seu novo truque. –Ele disse. Eu gargalhei da ironia dele. Eu também penso assim.

–É verdade. –Eu tentei conter o riso. Sem sucesso.

–Ah, fala sério. Foram só alguns erros. –Ele disse, tentando parecer sério.

–Desculpa então, chato. –Eu devolvi. –Só não falo que não gosto de você por que seria mentira, e eu odeio mentir.

–Vem pessoal, vamos deixar o casal em paz. –Ele disse, e os outros concordaram.

Como não havia mais ninguém por perto, eu escondi meu rosto da curva de seu pescoço, envergonhada.

–Você fica tão bonita com vergonha. –Ele falou em meu ouvido.

–Vamos logo, os outros devem estar nos procurando.

***

–Então, podemos começar logo com isso? –Melequento perguntou. Stoico iria dar algumas palavrinhas antes do treino. Enquanto isso, eu observava atentamente se todos estavam ali. Aquele era um momento de distração para nós, e um momento de vantagem para Dagur.

–Ali, ali, achei, lá... –Eu falava sozinha, vendo e tentando pelo menos lembrar um pouco de cada rosto, caso alguém sumisse.

–Falando sozinha? –Hugo perguntou, atrás de mim.

–É, bem isso. –Eu terminei de olhar. Cada um estava em seu devido lugar, e nas florestas não havia ninguém que eu pudesse ver.

–Am, obrigada. –Eu falei, e me afastei rapidamente. Detesto pessoas que se acham intimas demais, e ele estava sendo uma dessas pessoas.

***

–Então, Hofferson, novamente aqui? –Dagur perguntou, se dirigindo à mim.

–Acho que você deve estar me observando demais. Sabe até onde eu vou. –Eu observei.

–Então, vocês já estão começando a “tentar” se defender? –Ele falou com um tom de deboche.

–Eles tem potencial, Dagur. Você não imagina o quanto são fortes.

–E quanto à você Astrid? Você é tão forte quanto dizem?

–Não importa.

–Astrid, Astrid, inocente Astrid, você não sabe que pode ser tão fraca e frágil quanto uma pedra de gelo. –Ele disse, segurando meu queixo. Havia outro Exilado me segurando por trás. –Por que você tem medo. Não demonstra, mas tem medo. Medo de tudo que possa destruir Berk. Por que você tem medo de simplesmente tudo que vá destruir o que você ama, e isso te destrói. É isso que te torna a garota orgulhosa que você é. É por isso que você demonstra não ter coração e dó, e te torna cada vez mais perigosa. Por que, Astrid, o que te faz diferente, também te torna perigoso. E é isso que acontece com você. –Ele falou toda a verdade. Eu era mesmo tudo aquilo, e não nego. Meu medo é exatamente esse. Eu suspirei, dando-me por vencida.

–Solte-a. –Ele ordenou. –O aviso foi dado, Hofferson.

***

Voltei para a aldeia praticamente destruída pelo medo. Minhas mãos suavam,por que eu tinha acabado de saber que o aviso já foi dado.

Nada mais que eu faça vai adiantar, ele já sabe. Mas eu não desisti, por que é isso que me torna uma Hofferson, é isso que me torna uma viking, é isso que me torna quem eu sou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, gente, espero que vocês tenham gostado!
Mil beijos