Nossas estrelas, nossas vitórias escrita por May Campbel


Capítulo 7
Feito uma boba...Apaixonada


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! Postando agora por que amanhã não tenho como entrar!
Bem, esse capítulo ficou bem fofo (na minha opinião), e tem uma surpresinha aí no meio dele, que eu fervi os neurônios tentando fazer,mas consegui encaixar, e acho que deu certo!
Desculpem pelo estúpido nome do capítulo, estava sem idéias, vocês vão entender o nome ao decorrer do capítulo.
Até as notas finais!
Boa leitura!



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Com o inicio de uma madrugada, todos os feridos já haviam se retirado, bem melhores do que antes.

A família de Soluço tem um grande coração, assim como ele. Até mesmo Banguela procurava ajudar. Pessoas assim realmente valem a pena conhecer. Eu não vou negar que também ajudei, era o mínimo que eu poderia fazer. Depois que todos foram embora, eu me sentei, para esperar que todos fossem embora primeiro que eu.

–Você mandou bem hoje. –Uma mulher disse ao meu lado. Ela deveria ser a mãe de Soluço. Ela era bem parecida com ele. Ela vinha com um sorriso sereno nos lábios. –Astrid, não é mesmo?

–Sim.Obrigada... –Eu fiquei em silêncio, não sabia o nome dela.

–Valka. –Ela disse. –Você realmente tem um rosto que eu poderia reconhecer em qualquer lugar. É bem parecida com a sua mãe. –Ela disse, me analisando de cima a baixo. –Afinal, sinto muito por ela.

–Não sinta, todos um dia se vão. Acho que se ela se foi, é por que já era hora, ela está em um lugar melhor.

–Você está certa. –Ela disse, sorrindo.Eu tentei esboçar um sorriso em meu rosto. –Bem, eu vou indo. Até breve.

–Até. –Ela se juntou a Stoico, e eu podia ver a felicidade em seus olhos por tê-la ao seu lado. Tenho certeza que esse é um amor para toda eternidade. Aquele amor que fazia minha mãe sair cantarolando pela casa junto com meu pai. Ela sempre dizia que um dia seria a minha vez, e eu sempre dizia: Quem? Eu? Eca! Nunca! Acho que estou começando a me contradizer.

–Astrid? –Soluço perguntou, sentando-se também ao meu lado. Estávamos a sós.

–Ah... –Eu falei, balançando a cabeça, voltando á realidade. –Oi.

–Você foi muito bem hoje. –Ele disse. Eu tenho que admitir, eu não esperava elogios hoje.

–Você também.

–Bem, eu queria te chamar para um passeio amanhã.

–Um passeio? –Eu perguntei, completamente surpresa.

–Sim, um passeio. Na verdade, é mais um divertimento. Você me parece bem preocupada.

–Am... Só nós dois?

–Bem, sim.

–Hum... Por mim tudo bem. –Eu sorri um pouco.

–Que ótimo! Te vejo amanhã.

–Á tarde?

–Pode ser.

–Então está bem.

***

–Então, povo de Berk,como vocês sabem, fomos atacados recentemente, e acho que já é hora de começarmos a nos armar. E se eles vão nos atacar, que morram tentando! –Stoico dizia, fazendo outros vikings gritarem. –Vikings antes do sangue? –Ele gritou.

–Vikings antes do sangue. –Os outros gritaram.

E por faixa etária, ele foi preparando cada etapa para treinar. Se bem que do jeito que vikings são, os treinos iriam parecer mais um festival do Degelo, mas seria algo bom conviver com eles de novo, seriam treinos até melhores, se é que me entende. Eu e a gangue estamos todas na mesma faixa etária, e eu mordi os lábios para que Kiara não ficasse em outra faixa etária, por ela ter vinte e quatro anos. Eu não desconfio de nada que ela seja minha irmã. Ninguém mais sabe disso, só a gangue, e os outros vikings sempre estranham quando nos vêem rindo, pelas poucas vezes que eu dou risada na frente dos outros, ou que eu pelo menos mostro meus dentes.

Mas eu ainda tenho medo do que venha a acontecer. E se tem algum traidor por trás de tudo, ele já contou metade dos planos para Dagur, e parece que eu terei que me virar sozinha para que nada pare nos ouvidos dele. Acredite, eu conheço bem um mentiroso. Eu já passei pelas garras de um traidor, e se ele estiver por perto, que os deuses o protejam.

Quando eu fugi da ilha dos Exilados, me traíram e me entregaram quando eu estava saindo, e eu tenho cicatrizes bem feias desse dia.

***

E a tarde finalmente chegou, com fortes raios solares. Mas em compensação, os raios trouxeram um passeio junto.

–Pronta? –Soluço me perguntou, montando em Banguela.

–Pronta. –Eu respondi,montando em Tempestade. E alçamos vôo juntos.

Novamente era ótimo sentir as nuvens desfazerem-se em minhas mãos. São geladas e macias.

–Então, para onde está me levando?

–Uma Hofferson curiosa? Isso é inédito! –Ele falou, rindo.

–E é aqui. –E finalmente chegamos. Eu olhei em volta.

–Uma caverna? –eu perguntei, incrédula.

–Não é só uma caverna, é o que tem dentro dela. –Ele falou.

–Okay. –Eu falei, soando a palavra meio sem confiança.

–Vem. –Ele me guiou, e os dragões vinham atrás de nós.

Bem no fundo da caverna, eu pude ver algo mais claro, que a escuridão guardava em si. Ele segurou minha mão e entrou, eu entrei logo depois.

–Nossa. –Eu me encantei. Aquele era o lugar mais bonito que eu já vi. –Mas que lugar é esse?

–É uma recente ilha que eu e Banguela encontramos em um dos nossos últimos vôos. Gostou?

–Soluço, é realmente incrível. –Aquela ilha era fria, o bastante para que no inverno nevasse. Um rio cristalino era levado pela correnteza. E junto á tudo aquilo, dragões. Eram vários tipos, que enfeitavam a ilha escondida.

–Eu sabia que você iria gostar.

–E qual é o nome desta ilha?

–Bem, essa ilha eu queria deixar para você. –Ele me olhou, e eu fiquei sem reação.

–Para mim?

–É. Essa ilha me lembrou você, decidi que você deveria escolher o nome dela.

–Eu? Mas quem descobriu foi você! –Eu insisti.

–Exatamente, por isso, eu quero que você escolha, da minha autoria.

–Olha só? O Soluço mandão! –Eu falei, dando risada. Só aí nos demos conta que segurávamos um a mão do outro. Nos separamos envergonhados.

–Vai nomear de que? –Eu observei ela novamente.

–Acho que... –A ilha tinha uma extensão redonda, e no centro dela, era a vida dos dragões. –Ilha Coração de Dragão.

–Coração de Dragão. –Ele disse, tirando alguns papeis do bolso, e foram desdobrando-o, revelando um mapa.

–Que incrível. –eu falei, olhando. Ele já tinha tudo na manga para desenhar uma ilha. –Posso? –Eu perguntei, em relação aos seus materiais de desenho.

–Claro que sim. –Ele disse, sorridente. Eu então comecei a tentar desenhar aquela ilha, como eu via, e ele me ajudava. Tocava na minha mão e a guiava, me ajudando a desenhar. –Você desenha bem.

–Acha mesmo?

–Tudo é uma questão de prática. –Ele disse, e guardou tudo. –Quer explorar mais?

–Por que não? –Eu perguntei. Nossos dragões já deveriam ter ido se divertir. Agora era a nossa vez.

***

E no final da tarde, ríamos como crianças. Soluço sabe me surpreender, e eu não duvido nada dele. Estávamos sozinhos.

–Cadê os dragões?

–Não se preocupe, Banguela sabe a hora de voltar. –Ele disse

–Soluço, obrigada. Eu só tenho a agradecer á você. –Eu o abracei. Me senti mal por não poder fazer nada ao respeito de Dagur, ou nada para ajudá-lo. Mas eu vou tentar.

Quando nos separamos do abraço, ele falou, inseguro:

–Espero que não me dê um tapa ou algo do tipo. –A principio, eu fiquei confusa, mas depois, entendi.

Ele pousou seus lábios sob os meus, e me beijou. Ele envolve minha cintura em seus braços, e eu envolvi minhas mãos sob sua nuca. Ele devia pensar que eu bateria nele, ou algo do tipo. Mas quando eu apenas levei as coisas para á frente, ele pareceu seguro, e continuou.

Quando nos afastamos lentamente, ele parecia envergonhado. Eu sorri, e ele também.

***

–Boa noite. –Ele disse

–Boa noite. –Eu entrei em casa, eu pensava que isso jamais aconteceria.

Eu não posso negar que estou feito uma boba. Uma boba apaixonada.


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Notas finais do capítulo

Ta aí o tão amado Beijo Hiccstrid! Ficou bom? Gostaram? Espero que sim.
Beijos e até...