Nossas estrelas, nossas vitórias escrita por May Campbel


Capítulo 6
Um pequeno ataque


Notas iniciais do capítulo

OI oi gente! Bem, sumi né? Mas eu tenho motivos! Vocês me deram vácuo! :( Mas eu decidi postar, afinal, é sempre melhor continuar tentando!
Esse capítulo ficou grande, mas eu nem gostei tanto dele.
Obrigada pelo aumento de favoritações e acompanhamentos!
Boa leitura!



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ASTRID P.O.V.

Os treinos haviam acabado de começar, Soluço estava ajudando a treinar os dragões, e os outros ensinando os métodos de luta. Chegou a minha vez de ensinar, com armas, com pontaria. Admito, até que não é ruim treinar e ensinar, como eu pensava que era.

Aos invés de ser uma “treinadora”, eu prefiro ser “instrutora”. Apenas dar as instruções e nada mais, eu não levo jeito para mandar nas coisas, eu sou mais de treinar só (na maioria das vezes eu também não encontro nenhum outro atirador de machado ou de arco e flecha, ou simplesmente com os mesmos gostos para armas que o meu), então, assim fica. Embora me achem mandona, eu não tenho intenções, mas, a primeira impressão é a que fica. Então coitada de você.

Treinávamos bem, cada um na sua categoria. Na minha categoria de hoje, é pontaria.

Os outros ficarão segurando, cada um, um alvo, eu tenho que acertar todos os alvos, sem deixar que nenhum toque em mim. Isto prova meu foco e minha mira.

–Pronta? –Bocão disse, ele é um bom treinador, sabe muito.

–Pronta. –Eu disse, já mirando.

Os alvos começaram a se mover, e eu ainda estava mirando.

–Quanta demora! –Cabeça-Dura reclamou. Essa reclamação me irritou, então, automaticamente, eu acertei seu alvo, bem no centro. Algumas pessoas assistiam ao treino, e algumas crianças pareciam estar se divertindo olhando.

Eu tentava acertar cada um bem no centro, o de Soluço era o mais difícil, por que ele é ágil, e se move rápido.

–Não consegue acertar o Soluço? Tá de brincadeira! –Cabeça-Quente disse. Ah, agora o bicho pegou. Aquilo me irritou, e eu seguia o alvo de Soluço. De repente,me lembrei de uma técnica, ensinada na outra ilha.

Eu mirei no alvo que Melequento segurava, e sabia que Soluço estava atrás de mim. Quando eu aparentava estar quase largando a flecha, eu me virei rapidamente, e soltei a flecha na frente de Soluço. Como ele não esperava aquilo, não se preparou, e eu acertei bem no centro.

Aquela foi a última flecha, e o jogo terminou.

–Boa Astrid. –Kiara disse, com sua doce voz, fazendo criar um pequeno sorriso sem mostrar os dentes.

Agora era a vez dos outros tentarem, mas sem alvos se movendo, isso seria difícil.

***

Quando o treino acabou, eu estava prestes a ir embora, quando todos já estavam indo, quando três ou quatro crianças vêm falar comigo.

–Nossa cara, você é muito boa. –Um garotinho disse.

–É verdade,há quanto tempo você prática? –Uma garotinha disse.

–Desde mais ou menos a idade de vocês. –Eu respondi

–Nossa, deve ser por isso. E todos aquelas suas miras. –Ela disse, imitando meus movimentos. –E aquele seu truque do final.

–É, isso foi genial! –Uma garotinha falou

–Cara, você é demais. –Um deles disse, me arrancando uma risada, mas não debochada, uma risada de alegria.

–Obrigada. Vocês também! Treinem bastante e podem se tornar tão bons quanto eu hoje, ou até melhores.

–Você acha?

–Claro! –Eu falei, de bom grado.

–Que legal!

–Catarina, temos que ir! A mamãe já deve estar preocupada! –Um garotinho falou,puxando a garotinha.

–Já vamos Edgar! Tchau! –Ela disse

Admito, fiquei um pouco envergonhada com o carinho deles. Já haviam dito que eu era demais, mas não crianças.

Eu parei para pensar no que havia acontecido, era muita coisa, a voz de Dagur não sai da minha cabeça. Eu já nem sei mais o que eu sou.

***

Estávamos eu e Kiara, conversando na minha casa. Talvez os outros tenham estranhado de eu estar tão próxima a ela. Mas ela me entende, me compreende, e não há motivos para ser rude ou qualquer coisa do tipo com ela. E além de tudo, ela é minha irmã. Ela não é aquele tipo que acha que está certa por que é a mais velha. Acho que em 75% de nossas conversas ela fala Você está certa. E mesmo sem lembranças, é algo que se percebe.

Nosso jeito de se vestir também era bem semelhante, assim como o de pensar e se organizar. Mas ela se veste à moda viking, e eu, bom, com roupas “não usadas por vikings”. Principalmente por mulheres.

Mas eu ainda não confio o suficiente nela para contar o que Dagur disse. Não confio em ninguém para isso. E além do mais, Tempestade não vai me responder.

Estávamos numa conversa paralela e boba, mas ela me animava. Quando escutamos um barulho, seguidos de inúmeros gritos. Eram eles.

Eu e Kiara abrimos a porta. Algumas casas estavam pegando fogo.

–Tempestade! Vamos! –Eu gritei, e ela veio. Seu olhar era tão espantado quanto o meu.

Eu procurava Dagur com os olhos enquanto sobrevoava Berk, e encontrei sua silhueta. Ele tinha uma criança em mãos. Será que ele iria levá-la, assim como fez comigo? Garanto que não. Ninguém merecia sofrer como eu sofri. Automaticamente, puxei uma pequena adaga de meu cinto, e tentei ter precisão de pontaria. Acertei perto de sua mão, causando um arranhão profundo, e ele soltou a criança.

Assim que pousei, tentei não inalar fumaça, haviam muitas crianças correndo, algumas para suas mães, outras para se esconder. Mas aquela que Dagur soltou parecia perdida. Ela corria procurando esconderijo, mas todos já pareciam ocupados. Eu a chamei:

–Ei! Você! Vem! –Eu gritei apontando. Ela ouviu e correu até mim. Eu a coloquei nos braços e a levei para um corredor entre duas casas.

–Fique aqui e não saia! Só quando eu ou alguém da sua família vier te buscar! –Eu falei colocando-a no chão com cuidado. Ela assentiu.

Eu vi Exilados matando pessoas, eu vi com meus próprios olhos crianças gritando desesperadas enquanto os Exilados matavam seus pais ou responsáveis.

Em seguida, todos os dragões com armaduras com homens vestidos e pretos decolaram. O pior passou.

O fogo passou com cerca de pouco tempo, pois não tiveram tempo de incendiar mais nada. Eu tentei ajudar a todos. Soluço e Stoico vão guiando todos ao Grande Salão, onde os feridos deveriam ir.

Eu tremia por debaixo do casaco preto, tremia de medo. Um peso incontrolável foi colocado em minhas costas. E pensar que Dagur praticamente me avisou. Mas, eu estava tentando me lembrar de outra coisa.

Aquela criança! Eu corri em direção a aquele corredor, e a encontrei, chorando.

–Ei,sou eu. –Eu falei, e ela olhou para mim. -Pode vir, não tenha medo de mim.

Ela caminhou lentamente até mim, e pude ver que ela tinha pequenos arranhões e um corte bem feio na perna. Não que eu estivesse com boa aparência.

–É você! A garota demais de ontem! –Ela parou de chorar,e olhou para mim. Eu a coloquei no colo, pois aquele machucado não a deixava andar.

–É, sou eu. –Eu disse, a levando até Tempestade.

–Qual é seu nome? –Ela perguntou.

–Astrid Hoferson.

–Que nome bonito! Já ouvi falar de você! –Ela diz

–Que legal! E qual é o seu nome?

–Catarina.

–Catarina? Gostei. É diferente. –Eu falei, tentando animá-la. –Então Catarina, você já voou num dragão.

–Não. –Ela disse

–Bom, hoje você vai. –Eu disse, e ela seanimou.

***

Quando entrei no Grande Salão, a Catarina ainda estava em meus braços. Eu chamei Kiara para me ajudar, e Soluço veio junto.

–Astrid, você sabe o que foi aquilo? –Soluço perguntou.

–Soluço, eu não fazia idéia de que isto aconteceria. Eu pensava que seria mais tarde. Mas esta não foi a guerra. Disso eu tenho certeza. –Eu disse, enquanto sentava Catarina em alguma das mesas. –Você pode trazer alguma coisa que amenize um sangramento? E um curativo e uma agulha?

–Posso sim. Espere aqui. –Ele disse

–Astrid, vai doer?

–Claro que não.

Assim que Soluço chegou com o que eu pedi, eu disse:

–Catarina, agora olhe para mim, não vai doer está bem?

–Está certo. –Ela falou. Quando eu terminei, ela me deu um abraço.

–Obrigada Astrid. –Ela disse

–Você foi muito corajosa! –Eu a abracei.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu queria opiniões sobre o capítulo! E espero que vcs não me deixem no vácuo!
Amo vcs!
Beijos e até breve!