Death escrita por aboutanightmare


Capítulo 2
Perseguição em Nova Deli


Notas iniciais do capítulo

Esperamos que gostem.



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À Leste da cidade, dois homens corriam às margens do rio Yamuna. Com armas em punho, olhavam atentamente para todos os lados tentando avistar se eles já estavam longe o suficiente para diminuir o ritmo e respirar com certo alívio.

Normalmente não fugiam. Enfrentavam tudo e gostavam do que faziam, mesmo sem serem recompensados. Mas dessa vez, o país inteiro estava contra eles.

Corriam rapidamente, um ao lado do outro. Só pensavam em como sair daquele bosque que percorriam com agilidade e desviavam das árvores de troncos largos e retorcidos. Depois de um longo tempo, pararam. Exaustos, as camisas de algodão rentes ao corpo devido ao suor que pingava em cada um dos dois.

– Porque você fez aquilo, Dean? – o homem mais alto perguntou – Nós estaríamos em casa agora se não fosse por sua causa.

Ouviram tiros.

– Estamos mortos – ele sussurrou.

– Elementar – o outro respondeu.

FLASHBACK ON

Ao longe, o Templo de Lotus brilhava em dourado e prata sob luz da lua que se estendia no céu de Nova Deli. Estavam na estrada por horas. Eles seguiam a pista que o menino Jesse Turner havia deixado na Austrália. A pista os levou até a cidade. Os irmãos Winchesters procuravam – o menino meio humano, meio demônio – em prol de evitar o Apocalipse.

– Hey, Sammy – disse Dean enquanto dirigia o carro minúsculo que alugara para não chamar muita atenção.

Eles dirigiam por uma estrada vazia.

Dean estacionou abruptamente.

– Por que parou?

– Nada – desceu do carro – apenas estou com fome.

– Você comeu um dois pratos de macarrão – Sammy o olhou e franziu a testa.

– Não estou com fome disso fome disso.

Ele andou para o meio do pasto de grama alta, onde um gado pastava e descansava. A colina, não muito longe, possuía casas onde residiam agricultores. Dean destravou a arma. Sam já havia saltado do carro e como se lê-se o pensamento do irmão, correu para impedi-lo.

Sam o alcançou e segurou o braço com a mão armada, que ainda mirava no chão.

– Ah, qual é Sammy?! Não tem ninguém aqui, ninguém vai ver.

– Isso é contra a lei. Não faça isso.

– Eu estou com fome, me solta – disse com mais de forma mais áspera do que gostaria.

Ele fez um movimento com o braço e Sam o soltou. Olhou fixamente para uma vaca. Apontou o revolver para ela e atirou exatamente no meio da cabeça dela. A vaca caiu de lado e Dean avançou despreocupadamente até ela. Seu irmão foi atrás e o observou enquanto retirava um objeto do bolso. Era redondo, de metal prata e possuía um botão no meio.

– O que é isso? – Sam perguntou.

– Uma lembrancinha do nosso amigo Jesse.

Dean se abaixou até a vaca que jazia a sua frente, e, com um movimento lento, ele ajeitou o objeto na mão e pressionou-o com o botão no couro branco do bovino, que começou a fritar instantaneamente. Sammy apertou os olhos quanto sentiu o forte cheiro de carne queimada, mas não parecia surpreso, e sim apreensivo. Era um crime dos mais graves.

Ele pegou uma faca no casaco, tirou cuidadosamente uma lasca de pele, pêlos, carne e gordura da lateral do animal. Depois de muito limpar a carne, ele a comeu. Fez isso várias vezes, oferecendo ao irmão, que recusava e assistia enojado a cena que o fazia lembrar das antigas histórias dos vikings.

Uma hora depois do que nunca poderia se chamar de “jantar”, não que já tivesse saído do prato principal. Dean comia uma das costelas. Não demorou muito, o grito de um homem na colina chamou instantaneamente a atenção dos dois. Sam deu um tapa na própria testa.

– Sammy, o que ele disse? – perguntou Dean, que não falava aquela língua.

– Não entendi muita coisa, mas dentre os inúmeros insultos, ele disse que chamou a polícia e que ela está a caminho.

– Nerd – Dean revirou os olhos.

– Eu avisei, agora vamos embora.

Sam deu meia volta e enrijeceu com o olhar fixo no clarão de luz que tinha acabado de aparecer atrás dele. Ele deu alguns passos para trás, tropeçou na metade da vaca e caiu atrás dela.

– Oh Sammy, eu ia embrulhar para a viagem – Dean ainda estava agachado, perto do animal.

– A polícia – apontou e seu irmão olhou para trás.

FLASHBACK OFF

Bobby, nós estamos voltando. A busca foi um fracasso. Fomos deportados, extraditados e expulsos.

Era o que a mensagem de Sam dizia. De Nova Deli, ele e o irmão pegaram três aviões de escala e por fim, eles finalmente pegaram o último, para o Aeroporto de Sioux Falls e de lá, para a casa de Bobby.

– Olá idiotas – disse ele ao abrir a porta da casa para os irmãos.

– Que cheiro é esse? – disse Dean torcendo o nariz.

– Queimei o bolo de carne – Bobby voltou para o sofá.

– Ótimo cozinheiro você – Dean gargalhou.

– Cala a boca – Bobby retrucou.

Dean se jogou na poltrona ao lado e Sam ficou aonde estava.

– Tenho um caso para vocês.

– Mystic Falls??? – Dean parecia incrédulo – Sammy, você não acha que já devíamos saber da existência de uma cidade com esse nome no meio da Virgínia? Isso é no mínimo suspeito.

– Bom, segundo Bobby, a cidade é cheia de vampiros desde a sua fundação.

– Moleza.

Cinco horas de viagem, somadas às paradas obrigatórias para o reabastecimento de hambúrguer em Dean. Chegaram à pequena cidade ao fim da tarde. Na principal rua da cidade, havia um restaurante-lanchonete, lojas e um hotel. Os irmãos decidiram se hospedar lá.

O bed and breakfast era simples, porém charmoso e aconchegante. Dean abriu o porta- malas e pegava os pertences. Apenas o básico. Armas, facas, sal, água benta...

– Olá – disse Sammy educadamente para a recepcionista. – Queremos um quarto, por favor.

A mulher tinha pele branca e cabelos castanhos ondulados Os olhos cor de âmbar olharam os rapazes de cima abaixo.

– Aqui está – ela entregou a chave a eles. – Aproveitem a estadia. O café da manhã é servido das 7 da manhã às 9.

– Obrigada – falaram juntos e caminharam rumo à escada.

Sammy abriu a porta, acendeu as luzes e voltou para o corredor ao encontro de Dean.

– Isso é sacanagem – disse incrédulo.

– O que? – Dean passou por ele e parou na porta do quarto. – É sacanagem.

– Oi – Sammy tinha voltado à recepção. – Pode, por favor, me dar um quarto com duas camas de solteiro?

A recepcionista não parecia envergonhada.

– Ah... Perdoem-me senhores, achei que seria preconceituoso eu lhes dar um quarto com camas separadas – pegou outra chave da parede. – Mas existem casais de todo tipo, não é mesmo?

– Nós somos irmãos. – pegou a chave e começou a subir as escadas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.
(Favoritem, comentem, por favor)
— Duda e Geh.



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