Death escrita por aboutanightmare


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Esperamos que gostem.



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1256

A garota corria rapidamente onde a lua iluminava o chão. Seus cabelos encaracolados e suas vestes de tecido leve balançavam pelo vento como se fosse o som de um fantasma. Sua respiração soava alta e se misturava aos sons que vinham do bosque. Samantha Brooke segurava fortemente seu pescoço que jorrava sangue manchando seu vestido de seda perolado. Ela tinha que correr, ele estava atrás dela, atrás de mais de seu sangue.

Samantha havia acordado no meio da mata há alguns minutos quando viu o vulto do homem se aproximando. O recém chegado ao vilarejo. Um partido muito honrável e desejado por todas as damas. Kol Mikaelson era seu nome. Um galanteador charmoso e bonito que logo havia encantado todas as moças inclusive Samantha.

A respiração acelerada parecia estranhamente desnecessária aos pulmões de Samantha nesse momento. A noite, mesmo nublada e cheia neblina não incomodava a pele sensível dela. Mais alguns metros e ela já conseguia ver a luz fraca das lamparinas acesas em seu interior.

Samantha não impediu que seu sorriso de alivio escapasse de seus lábios. Ela desabou no canteiro de rosas preciosas de sua mãe. Ficou alguns segundos olhando para o tom rubro das rosas esmagadas pelos seus pés, quando ouviu um assovio ao longe. Olhou para cima lentamente e viu um dos criados de seu pai. As vestes surradas e sujas de feno demonstravam isso. Ao que parecia, ele havia acabado de voltar dos estábulos, suor percorria sua face e braços, e estranhamente ele podia tanto ver quanto sentir as veias que se dilatavam por conta do cansaço.

Ela se levantou lentamente, quase em um estado de hipnose, olhando fixamente para o homem que momentos depois a viu ali.

– Senhorita. – ele se curvou para ela, e depois olhou para seu pescoço que livre da mão da garota o sangue escorria livremente. – A senhorita está bem? Machucou-se?

Sua boca começava a salivar, quando ela chegou mais perto do homem.

– Estou bem. – ela disse. – Apenas com um pouco de fome. – ela disse delirante.

– Vossos pais estão lhe esperando para a ceia. – ele disse.

Samantha negou com a cabeça. Ela já começava a latejar insistentemente.

– Não é desse tipo de comida que eu estou falando. – e avançou sobre o homem, dilacerando seu pescoço e fazendo o sangue incrivelmente doce jorrar dentro de sua boca, provocando uma energia inesperada. O homem se contorcia e gritava a plenos pulmões no inicio, depois mais fracamente e mais tarde ficou completamente imóvel.

Samantha soltou o homem e ele caiu bruscamente no chão como se fosse um saco de batatas. Ela olhou para seus braços. O sangue os cobria como um véu escarlate. Samantha choramingou um pouco, pensou que ia entrar em desespero e sair gritando e fugindo, só não sabia como iria fugir de se mesma.

– Samantha. – ouviu uma voz masculina vinda da casa. – Samantha querida. Você está bem?

Lentamente a garota levantou a cabeça para olhar seu pai nos olhos, limpando um pouco de sangue que estava em seu rosto. Quando o fez, seu velho pai a olhou espantado.

– O que está acontecendo comigo, papai? – Ela chorou.

– SOLTEM-O. – Ela gritava enquanto os braços fortes de seu amigo tentavam segura-la. – A culpa é toda minha. Deixem meu pai em paz!

Para protegê-la, seu pai se entregou em seu lugar quando alguns de seus vizinhos ouviram os gritos e foram para a mansão e viram o homem morto que jazia numa poça de sangue no meio do gramado.

Agora seus antigos amigos e companheiros, gritavam insultos para ele enquanto sua cabeça era posicionada a guilhotina. Chamavam-no de demônio e outras coisas terríveis, mal sabendo que o verdadeiro monstro estava entre eles, na platéia.

– Samantha! Pare! – William era um dos poucos que tinha intimidade suficiente para chamá-la pelo primeiro nome. Will Longas Pernas, o apelido que ela própria havia inventado para ele. William o mais jovem Conde de Mércia. Aquele garoto que agora, este momento estava tentando evitar que ela fizesse alguma bobagem maior.

– Senhor Bartholomeu Brooke. Acusado de conspiração com atividades ilícitas, ligadas a atos demoníacos e de bruxaria. Matou a sangue frio um de seus criados, drenou até a última gota de sangue de seu corpo, e mostrou sua verdadeira face a todos aqui hoje. – um homem gritou do palanque onde seu pai estava preso. – Você criatura vil! Está condenada a uma das mortes mais dolorosas!

– Will! Deixe- me ir! Deixe-me ir! – Ela se contorcia, tentando se livrar dele. – Fui eu, não ele!

Samantha continuava a gritar desesperada. Tentando tirar o peso da culpa dos ombros de seu pobre pai. Ela apenas parou quando viu a lamina brilhante descer com velocidade e sentiu o cheiro de sangue.

Viu o que antes era a cabeça de seu pai, se desprender do corpo em um relance e rolar para o chão como se fosse um simples brinquedo masculino. O cheiro de sangue se tornou mais forte, e agora a garota podia sentir os dentes e as veias escuras debaixo dos olhos se dilatarem, em sinal de alimento.

Samantha se desprendeu de William e correu. Ela correu em direção ao mesmo bosque onde mais cedo ela havia derramado seu próprio sangue.

Depois de muito correr as cegas, sem saber por onde ir. Ela se deparou com um pequeno riacho rodeado por pedras enormes. Ela suspirou e se sentou em uma delas, colocando a mão no rosto e liberando finalmente as lagrimas.

– Belo espetáculo. Devo admitir. – ela ouviu a voz melodiosa e familiar. – Como vai, minha querida?

Samantha se levantou.

– Você me matou e fez com que meu pai fosse morto. – ela disse em uma voz mortalmente fria. – Como acha que eu estou?

– Gloriosamente bem? – ele disse dando um sorriso. – Lhe fiz um favor querida. Vampirismo é um dom, um presente que poucos merecem.

– Devia me sentir orgulhosa por ser uma sanguessuga? – ela perguntou indignada.

– Você me fascina, Samantha. – ele disse, claramente ignorando a pergunta anterior. – Você é uma garota inocente, não sabe o que o mundo pode lhe dar. Não sabe as maravilhas que te esperam. – ele sorriu. – Cabe a mim mostrar isso a você. Se você aceitar, é claro.

Então ele lhe estendeu a mão sorridente. Sua postura confiante e radiante que ele mostrava a deixava conformada e curiosa para tudo isso.

– Então? – ele a perguntou mais uma vez.

Samantha levantou o queixo, deu um passo à frente e pegou sua mão cautelosamente.

– Mostre-me. - ela disse.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem. (Comentem please!) -Duda e Geh.



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