Justine Delohti e o mistério de Pandora escrita por Polliana Nolasco
— Quem esta ai? – Justine perguntou aflita.
— Madeline, sou eu querida. – A voz misteriosa era uma voz feminina. — Venha até mim. Ajude-me.
— Quem é? – Justine girava, olhando de um lado ao outro procurando a misteriosa voz. — Onde você está?
— Sou eu, a mamãe.
Justine paralisou. Mamãe. Não era possível.
— Mãe? Não é possível, minha mãe não esta na escola. Ela não pode vir aqui. Pode parar! Seja quem for!
— Não. Se acalme querida. Sou eu, Chrisse. Preciso que me tire daqui.
— Você não a minha mãe! – Justine estava assustada. — Onde você esta? Eu lhe ajudo, mas você tem que me prometer que não irá me machucar.
— Eu nunca lhe...
— Prometa!- Justine exclamou.
— Tudo bem. Eu prometo. – Disse Chrisse, a voz misteriosa. — Agora me ajude, por favor. A caixinha a sua esquerda.
Justine olhou e viu uma pequena caixinha, se parecia mais com um porta-jóias.
— Você não está na caixa? Está? – Justine perguntou, óbvia.
— Claro que não, querida. – Disse a voz misteriosa, sarcasticamente. — Abra. É uma chave.
— Tudo bem. – Justine pegou a caixinha, mas ao tentar abrir percebeu que estava trancada. — Não consigo abrir. Esta trancada. O que eu faço?
— Use a varinha. Que isso Madeline, se esqueceu dos feitiços?
— Mas eu não sou... – Justine poderia retrucar, afinal, quem era Madeline? Mas ela preferiu ficar quieta. — Qual feitiço?
— Alorromora.
— Alorromora! – Feito. A caixinha se abriu. Havia um objeto espiral, nada parecido com uma chave. — Não parece uma chave.
— Mas é! – A voz misteriosa estava meio irritada no momento. — Agora quero que você ache outra coisa.
— Que tipo de coisa? – Justine estava ficando preocupada.
— Algo que se pareça com um caixão. Está em algum lugar no castelo.
— Caixão?!- Justine se assustou. — Não! Não mesmo! Para que um caixão?
— É onde eu estou.
— Não. Isso está me assustando. – Justine se virou e foi em direção a saída.
— Madeline! Volte aqui!
Enquanto Justine caminhava, alguns objetos foram caindo das pilhas de tralhas atrás dela. Ela começou a correr. Assustada.
— Madeline!
O último suspiro soou como um grito preso na garganta de alguém muito cansada e velha assim que as imensas portas se fecharam.
Justine correu incansavelmente até se esbarrar com Alvo e Rose.
— Onde você esteve? – Perguntou Rose.
— Me perdi por alguns minutos.
— Minutos? – Alvo retrucou. — Você ficou fora por horas.
— O que? – Justine estava confusa. Situação que ficou freqüente após sua ida para Hogwarts. – Não é possível.
— É verdade. – Continuou Rose. — Você até perdeu a apresentação da professora nova de poções. Sra. Madeline Price.
Madeline Price? Pensou ela, mais confusa ainda.
— Ela é muito divertida. – Disse Alvo.
— Madeline?
— Sim. – Rose notou algo estranho na expressão de Justine. — Qual o problema? Você a conhece?
— Não.
— Ela se parece com você. – Alvo ficou observando Justine. Meio estranho. — Seu cabelo loiro e ondulado, seus olhos azuis e até o formato de seu rosto. — Em outra vida, ela poderia ser você mais velha.
Os três permaneceram em silêncio. A situação ficou estranha pelo fato de Alvo ter dito cada característica de Justine.
— Nossa, Alvo. – Rose sorriu. — Não sei o que é mais estranho. Você ter reparado tanto na Sra. Madeline ou em Justine.
— Eu... – Alvo se sentiu envergonhado. — Eu não... Ah... Esquece.
Justine corou.
— O que é isso? – Rose pegou a caixinha da mão de Justine. — Nossa!
— Você achou! – disse Alvo. — Incrível!
— Ah... Isso. É apenas uma caixinha que achei.
— “Apenas uma caixinha”. Está é a Caixa de Pandora
— Caixa de Pandora? Igual o mito?
— Não. Ela se chama assim por causa de sua dona. Chrisse Pandora.
— Minha mãe me contou essa história uma vez. Pensei que fosse um conto. — Alvo completou, atravessando a frase de Rose.
— A história diz que... – Justine foi interrompida por um barulho vindo do corredor em direção á eles, eram passos. — Espera. Vem vindo alguém. Vamos embora.
Eles começaram a andar. De repente notaram que os passos estavam chegando mais pertos e quando viraram deram de cara com Sr. Filch.
— O que fazem fora da cama?- Sr. Filch colocou a lamparina tão perto dos olhos de Alvo que o fez espremê-los.
— Nós perdemos. – Alvo empurrou a lamparina para o lado com as mãos. — Meu olhos Sr. Filch.
— Vão para suas casas. Agora!
O grito do Sr. Filch foi tão alto e firme que ecoou pelo imenso corredor. Os três correram assustados.
Alvo foi para seu quarto. Justine e Rose foram para o quarto delas. Justine mais uma vez não conseguia dormir, pensando na voz que ouvira na misteriosa sala.
— Rose? – Justine levantou a coberta e ligou o abajur. — Está acordada?
— Sim. – Disse Rose meio sonolenta. — O que foi?
— Eu achei um lugar estranho no castelo.
— Que... Tipo... de lugar? – Rose abriu os olhos e bocejou.
— Uma sala enorme e cheia de coisas. Eu nunca havia visto ela antes.
— Eu acho que... É a sala precisa. – Rose fechou os olhos novamente. — Agora, volte a dormir.
— Sala Precisa? – Disse Justine á ela mesma. — Tudo bem.
Passaram alguns minutos.
— Rose? – Justine mais uma vez acendeu seu abajur.
— Oi? – Disse Rose ainda com o rosto coberto.
— Foi lá que achei a caixinha.
— Foi é? Lá na onde?
— Na sala Precisa. – Justine se sentou.
— É mesmo? Legal. – Rose descobriu o rosto. — Vá dormir Justine.
— Não consigo.
— Então, me deixe dormir.
— Tudo bem. Vou deixar. – Justine se deitou novamente e apagou o abajur. — Rose?
— O que é agora, Justine?
— Boa noite.
— Ok. Vá dormir.
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