Ela não queria ouvir isso, olhou desesperadamente nos olhos de Henrique, e procurou em seus braços, algum conforto. Estava desesperada, mas não queria chorar, não agora, não ali... Tinha medo que eles sumissem por causa dela, mas não... Os Karas não seriam capazes de fazer isso, seriam?! Sentiu-se mais acalmada quando uma mão parou em seus ombros; olhou e lá estava o detetive, dando um sorriso forçado e depois de um tempo abraçando-a... Dasmin deixava algumas lagrimas cair enquanto tentava falar:

– Como você parou aqui?!

–“Você” não mocinha! Vocês! – a garota estava tão destraida que nem percebeu a presença de Lilian.

– Também é bom te ver Lilian... – Olhou para sua professora, que estava abatida, procurava informações com outros alunos... Percebeu então que Chumbinho e Lara precisavam saber que os outros Karas desapareceram. A garota agora com o celular nas mãos tentava discar o numero de um deles. Suas mãos tremulas percorriam as teclas do celular rápido demais, fazendo errar varias vezes o numero. A voz de Andrade lhe chamou atenção:

–Eduarda... Você precisa saber de uma coisa...

– Depois a gente conversa, Andrade! – virou-se e caminhou em direção ao portão da hospedagem.

–Me escute Eduarda... – a garota não ligou continuou caminhando, até que algo lhe chamou atenção, fazendo-a parar no mesmo estante. – Eu sei quem pode ter feito isso, Dasmin! - o detetive chegou mais perto e completou. - Agora temos que ir para um lugar seguro... Você também está em perigo!

***************** São Paulo *****************

–Calma, calma! Eu já vou atender! – falara a garota indo em direção a porta.

–Lara... Lara! Os Karas foram seqüestrados... Bem, fora Dasmin! – falou o Chumbinho recuperando o fôlego.

– Seqüestrados?! - O medo tomou conta da garota, como pode ter acontecido? Por quê?... pensara a garota

–Bem... Não foi bem isso... Eles sumiram, mais para mim está bem claro que foram seqüestrados! Está obvio! – a garota ainda sem entender esperou o garoto terminar. – Você se lembra porque eles foram para o Rio né?

– Por causa do telefone de Cora Albuquerque

–Exatamente... Mas antes disso começaram a desaparecer alunos não foi?! – a garota afirmou em um gesto da cabeça. – Então... Antes de vocês se tornarem Karas, a gente foi visitar alguns alunos que faltavam...

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– Então Dasmin... Graças ao seu apresso, você olhou apenas o primeiro folheto... Adiantando, Cora Albuquerque é esposa de um dos mais famosos traficantes do Rio de Janeiro... Você sabe a encrenca que se meteu, garota? - falava a advogada olhando-a seriamente. Estavam no quarto de Dasmin, a mesma havia dispensado seu “namoradinho” (como diz Andrade).

– Você esta simulando que o marido de Cora pode ter seqüestrado-os?

– Enquanto vimos para cá, recebi a informação que Cora havia denunciado seu marido á noite passada... – a garota tinha ficado feliz por Cora ter agido... Mas sentia que havia algo de errado nisso... Porque Henrique não falou com quem a garota estava mexendo?! Estaria o mesmo defendendo um traficante?

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Magri acordou ainda tonta, olhara em seu lado e via os outros Karas desmaiados, drogados talvez... Percebeu então que suas mãos e seus pés estavam amarrados e com um pouco de dificuldade procurou no bolso do seu macacão seu celular, uma atitude tola, pois não estava lá; fechou os olhos tentou se lembrar do que ocorreu, mais passava apenas imagens na sua cabeça: Uma van... Miguel correndo... A briga... Dasmin defendendo Henrique... Dasmin! Estaria bem?! Abriu os olhos e observou onde estava... Era um lugar amplo, um armazém talvez... Havia um portão grande em sua frente e também outras portas, delas saiam barulhos de maquina talvez... e por fim na atrás vários carros. Incluindo a Van que havia seqüestrado-os. Percebeu então que Calu estava despertando, seria um longa jornada, pois acreditava que ele também não se lembrava de quase nada...

Continua...