Zodíaco escrita por Milka


Capítulo 16
Caos em Letin - Parte 2




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Justice já havia estado em Letin antes. Há uns cinco anos, sua família tinha vindo passar férias. Mas alguma coisa que ela não lembra havia acontecido e eles nunca mais voltaram lá. Não havia mudado muitas coisas. Mas ela sentiu que tinha alguma coisa errada com aquele lugar.

Ela andava rápido, dando passos pesados e intimidando a quem estava no caminho.

— Poderíamos parar para descansar? – Raíssa disse.

Justice já ia reclamar, mas viu o estado da garota. Ela tinha o cabelo muito comprido e escuro. O suor era visível. Justice pegou um prendedor de cabelos na sua bolsa e sem avisar a garota, prendeu seu cabelo em um rabo de cavalo bem alto.

— Muito melhor. Ver você assim estava me dando calor. Não pense que isso foi para você.

Raíssa passou a mão na sua testa e viu o suor.

— Muito obrigada, Jus!

— Jus? Hahah faz tempo que não me chamam por esse apelido.

Elas continuaram a andar sem rumo.

Por várias vezes homens tentaram abordar as garotas, mas Donar com sua aparência ameaçadora espantava todos os admiradores.

— Preciso de um segurança como você. Depois que toda essa bobagem terminar, saiba que você terá um emprego garantido. – Disse Jus em direção ao garoto que nem tentava escutá-la

— Ele não é de muito papo, não é?

— Acho que só o ouvi falar uma vez. – Comentou Raíssa.

A barriga de Raíssa roncou. E ela ficou vermelha

— Você está com fome? Ah eu também estou. Vamos procurar um lugar para comermos. A comida de Letin e a melhor de todas.

Elas entraram em vários estabelecimentos. Mas eles estavam sempre lotados. O cheiro de peixe assado fez a boca de Raíssa salivar.

— Isso é mesmo um problema. Por que essa cidade está tão cheia? – Justice falou muito alto. Algumas pessoas olharam para ela.

—É por causa do casamento do rei – Uma garota que não aparentava ter mais de 12 anos e de olhos pequenos e puxados disse.

— Casamento do rei? Como eu não fiquei sabendo disso? – Berrou Justice.

— O rei disse que era só para Letianos. – A garota continuou.

— Isso não importa agora. Ou garota você sabe onde podemos encontrar um lugar para comer que não seja tão cheio?

—Todos os restaurantes e hotéis estão com sua capacidade máxima.

— Eu pago para você nos levarmos em um lugar mais vazio.

— Ok!

Eles foram seguindo aquela garotinha que saltitava e falava com todos que a cumprimentava.

— Letianos são tão... – Raíssa tentou dizer

— Pacíficos? Ou amistosos? – Completou Justice.

— Sim.

— São. È que eles nunca participaram de nenhuma guerra ou conflito.

A garota as levou por uma ladeira, cheias de casas multicoloridas. Havia muita vegetação e era possível ver alguns animais selvagens vagando por ali.

— Os animais parecem agitados.

E eles estavam. Os macacos estavam silenciosos. E as aves estavam indo em direção ao mar. Justice ficou desconfiada.

A garota os levou para dentro de uma das casas. A azul. O cheiro de peixe as atingiu em cheio.

— Vó eu trouxe amigos para comer!

— Soo-min, eu já não disse para não trazer ninguém.

— Eles vão pagar vó.

Uma senhora de aspecto gentil surgiu na porta.

— Ah, turistas! A cidade está uma confusão. Entrem eu já vou servir vocês.

Ao entrarem elas viram um cachorro gigante e preto dentro da casa.

— Não tenham medo ele é bonzinho. – A garota disse.

Mas o cachorro olhou para Justice e foi correndo em direção a ela. Derrubando tudo e todos que ficavam no seu caminho. Ele pulou nela e começou a lambê-la. Raíssa se surpreendeu com Justice. Que ria com todo o carinho do cachorro.

— Agora. Tá bom. Fofo saia de cima de mim agora.

O cachorro a obedeceu e se afastou.

— Como você sabia que o nome dele era fofo? – Falou a garota

Justice desconversou.

— Mas é por que ele é fofo. Só isso.

A garota não pareceu convencida.

Eles comeram peixe com batatas. Tomaram suco de laranja com gengibre e ficaram muito satisfeitos.

— Para uma comida tão simples, até que foi satisfatório. – Comentou Justice

— Muito obrigada pela comida! - Raissa falou.

Apesar de tudo a senhora não aceitou que pagassem. Por isso Justice se ofereceu para levar Soo-min até a casa dos pais que ficava em uma área perigosa da ilha.

— Ta vendo esse cara baixinho? Ninguém vai mexer com a gente com ele por perto. Nós iremos leva-la e ela chegará sã e salva eu prometo.

E eles foram. Soo-min vivia no pé do vulcão. O caminho era tortuoso e diversos tipos de pessoas mal-encaradas começaram a aparecer.

Raíssa sentiu uma coisa ruim. Ela já havia sentido antes. Ela olhou procurando e o viu passando com um grupo de pessoas O que ele estava fazendo aqui? Ela tentou ir à direção dele, mas Justice a segurou.

— Onde você está indo?

— Ele está aqui! Temos que avisar a todos! – Ela disse muito nervosa.

— Quem está aqui? Respire e me conte.

— Dimitri Lyra a pessoa que me atacou no castelo.

— Espera , aquele que invadiu o castelo e matou a sra Tunder?

Raissa engoliu em seco.

— Eu tenho certeza que era ele. Eu não me esqueci daqueles olhos violetas.

— Donar leve a garota, eu e a Raíssa vamos atrás dele.

— De forma nenhuma – Ele finalmente disse.

—Você fala?

— Estou seguindo ordens. E tenho que proteger vocês.

—Não tem jeito. Não podemos perdê-los. Soo-min, você vai com a gente!

E eles se desviaram do caminho e foram atrás da pessoa que Raíssa diz ser Dimitri Lyra.

Elas viram o grupo indo em direção ao centro.

Donar se adiantou e tentou acompanhar o grupo que entrava em uma rua vazia.

— Mas que bela coincidência! - A voz dos pesadelos de Raíssa disse.

— Não podemos nos distrair Lyra, temos uma missão. – Um rapaz alto de cabelos descoloridos disse.

— Ah, mas o destino está conspirando ao nosso favor. Vai ser como matar dois coelhos com uma cajadada só ,Draco.

— Eu não vou conseguir te convencer. Faça o que você quiser. Eu vou para o palácio.

— Sim, podem ir. Eu já alcanço vocês.

— Você acha que vou te deixar com toda a diversão? – Falou uma mulher de cabelos vermelhos como o fogo e de pele tão escura como o carvalho.

— Eu sempre posso contar com você Fornax.

Os outros seguiram o caminho, mas aqueles dois ficaram esperando o grupo.

Raíssa não perdeu tempo viu as auras daquelas pessoas. Sem sombra de dúvida aquele era Dimitri, mas aquela mulher tinha uma aura tão ruim quanto a dele. A dele era escura a dela era como uma chama que consumia tudo a redor.

— Peixes! Como é bom te ver novamente! – Disse Dimitri aparentemente empolgado.

— O que você faz aqui?

— O que eu faço aqui? Eu que deveria estar te perguntando. E ainda trouxe a Touros!

— Touros? – Raíssa olhou para Justice. A aura dela era de um verde brilhante que a deixou por alguns segundo hipnotizada.

— O que está acontecendo? – Justice estava confusa.

— Podemos parar de enrolar? Eu quero participar do ataque ao palácio. Lyra faça logo, eu quero ver essas pessoas queimando. – A mulher disse.

Ninguém viu quando Donar atacou. Ele era rápido como uma flecha. Ele cortou o rosto da mulher que esquivou quando ele foi dar o segundo ataque. Quando ela foi revidar ele se afastou.

— Agora eu estou brava! Olha o que esse anão fez com o meu rosto. Eu quero vê-lo queimar até as cinzas!

Não era fogo. Mas a cada passo que a mulher dava em direção a eles o chão sedia e se transformava em lava.

— Sem muita destruição, por favor. Pode fazer o que quiser com ele, mas deixe Touros e Peixes para mim.

Soo- min não acreditou quando viu aquilo. Ela sentiu tanto medo que tentou correr para longe, mas ela não estava conseguindo se mexer.

— Não queremos que você conte para ninguém o que está acontecendo, garotinha. – Dimitri disse.

Ele havia sacado a espada.

— Eu não vou contar. – Soo-miin disse em transe.

— Isso é ótimo. E também quero que você vá até o centro da cidade e diga que Lorena está atacando! E que eles matarão todos.

— Eu vou dizer.

— Ótimo. Pode ir então!

A garota saiu correndo.

— O que você fez com ela? – Justice perguntou.

— Isso? Ah essa é minha magia. Você tem a sua e eu tenho a minha. Isso é óbvio.

— Mas isso não é possível.

— Claro que é. Você recebe essa magia da sua Constelação. Eu também tenho a minha. A constelação de Lyra. Com ela eu posso dominar o som e fazer com que as pessoas me escutem e façam o que eu digo.

— Por que você está nos contando isso? – Falou Justice

— Ah, deve ser por que eu quero que vocês saibam quem matou vocês!

Fornax se aproximou de um poste e ao toca-lo derreteu o metal. Pegou aquela forma de metal derretido e foi para cima de Donar.

Ele se desviou, mas um pouco do metal pingou na sua pele. Ele gritou de dor, mas logo se recuperou.

— Precisamos ajudar Donar! – Raíssa disse.

Ela tocou no poste mais próximo. Ele se ergueu.

— Proteja Donar.

Justice estava impressionada com a coragem de Raíssa. Ela estava com medo. Ela nunca tinha estado em uma batalha real. Ela não sabia o que fazer.

— E você Touros, o que você pode fazer? – Falou Dimitri em direção a ela.


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Notas finais do capítulo

Como o Nyah não está deixando eu postar o mapa.
Hospedei em outro servidor :http://www.casimages.com.br/i/150325080202890272.jpg.html
Será que agora da para ver?