Zodíaco escrita por Milka
Benedict não queria ir para Letin. Justice ainda não havia o convencido. Ele foi o único que foi contra. Até Raíssa concordou com ela!
— Letin fica muito longe! E além do mais eu detesto ir lá!
— Você detesta Benedict? Não foi o que eu soube. Sabe o que disseram naquele ano que você passou quase um mês em Letin? – Falou Justice.
Benedict correu e tampou a boca de Justice com as mãos!
— Então vamos para Letin! – Ele afirmou.
Letin era uma ilha ao Leste muito pacífica e acolhedora não é necessário qualquer tipo de permissão para entrar na ilha. A única coisa necessária é o pagamento de uma taxa.
Saíram de Vinir à noite. Levaram 10 horas para chegar a Porto de Neride.
Era de manhã quando sentiram o cheiro do mar.
— Mais quatro horas até Letin! – Benedict disse já se espreguiçando.
Raíssa se debruçou na janela do ônibus.
— Quanta água!!
— Você nunca viu o mar? – Perguntou Benedict.
— Não. Nunca havia saído de Cintra.
— Você também Alex. Acho que você também nunca viu tanta água.
O garoto confirmou. Mas não demonstrou qualquer interesse.
Depois de desembarcarem. Cassie foi até o porto para pagar a taxa.
Sidney havia colocado um chapéu de palha em Alex.
— Você está ficando vermelho! Já que não quer colocar uma camiseta. Vai usar esse chapéu sim!!
— Mas eu quero sentir o sol!
— Com essa pele? Nunca! Você vai se cuidar! Não quero você reclamando depois por queimadura de sol.
— Se eu fosse você eu a obedecia. Sidney sabe do que está falando. – Falou Allen.
— Letin, eu sempre quis ir lá. Água, praia, mulheres e paz. Tudo o que eu gostaria – Comentou Billo.
— Não quero te desiludir , senhor Vilar, mas teremos tudo lá, menos paz.
— O que você quer dizer com isso?
— Você acha que é só Lorena que está em estado de atenção? Letin é bem perto de Vaslove.
Cassie voltou meio cabisbaixa
— Nosso dinheiro foi quase todo. Eles aumentaram as taxas. E eu não consegui pagar para todo mundo.
— O que você quer dizer com isso, senhorita Faber?
— Somente 5 de nós poderá entrar em Letin.
— Só cinco? De quanto foi esse aumento?
— 100%, o preço dobrou.
— Certo. Eu vou isso é certo. Agora eu quero Allen e Donar. Também levarei a Raíssa. Assim sobra mais uma vaga.
Benedict olhou para Justice e depois para Alex.
— Alex, você vai também.
— Você vai levar o anão albino e não eu?
— Vocês estão ouvindo alguma mosca?
— A quer saber, eu não preciso do dinheiro de vocês, eu vou pagar a minha taxa!
— E com que dinheiro? Você acha que eu não notei? Você não trouxe toda aquela bagagem, o que aconteceu?
— Ah, não interessa. Eu tenho o suficiente para pagar essa maldita taxa! E eu vou e ninguém vai me impedir.
E assim Billo, Cassie e Sidney ficaram no porto e o restante foi de balsa até Letin.
De longe era possível ver toda a vegetação. Letin era uma ilha pequena mas tinha quase todas as espécies de plantas do mundo.
— Saibam que Letin é um país muito liberal, e todo o tipo de coisa pode acontecer. O rei de lá é bem pacífico. Seung I é um grande amigo de longa data.
— O rei de Letin é seu amigo? – Perguntou Allen.
— Sim. Ele me idolatra. Afinal quem não me idolatraria?
— Quer mesmo que eu responda? – Comentou Justice
Todos trocaram de roupa ao desembarcarem em Letin. Benedict vestiu uma roupa típica do país. Até Alex que se recusava a vestir uma camisa se rendeu a camisa aberta e florida.
Melier era a capital e a cidade mais movimentada de Letin. As casas eram de até um andar, de todas as cores elas combinavam com a vegetação em volta. O grande Vulcão Esdeth que ficava no centro do país era visível dali.
Foram recebidos por muitas mulheres. Que os abraçaram.
— Ah, homens tão fortes! Faz tempo que não recebemos pessoas como vocês! – Uma mulher disse.
— Acho que eu vou gostar daqui. – Falou Allen.
— Eu amo estar aqui! – Falou Benedict.
— Aff, esses dois são pervertidos. Raíssa? Acho que esse é o seu nome. Venha comigo, antes que essa perversão a afete. – Falou Justice
— Não você não vai levar a minha Raíssa!! -- Reclamou Benedict.
— Claro que vou. Eu sou uma dama de classe, eu não tenho que ficar assistindo vocês fazendo essas coisas.
— Que coisas? Nós não podemos ser felizes? Só estamos nos divertindo. E a Raíssa não quer ir com você!
— Eu vou! – Falou Raíssa.
— Raíssa?
— Eu não quero ficar rodeada de tanta perversão.
— Mas...
— Está decido ela vai ficar comigo. – Comemorou Justice
— Vocês não vão se livrar de nós. Eu preciso proteger a Raíssa.
— Ah, vocês são tão dramáticos. Você ai. O baixinho. Qual é mesmo o nome dele?
— Donar.—Completou Raíssa.
— Ele vai com a gente. Ele parece ser o menos pervertido. Se acharmos alguma coisa eu te encontrarei.
— E como você vai fazer isso?
— Isso não importa eu tenho os meus meios.
E Justice, Raissa e Donar foram se distanciando do grupo.
— Ela cresceu tanto.
— De quem você está falando? Falou Allen
— Raíssa. Obvio!
— Mas o que temos que procurar afinal? – Perguntou Alex
— Ah, não importa. Já que estamos em Letin. Vamos andar por ai. E descobrir alguma coisa!
A todo momentos eles eram abordados por vendedores e mulheres.
— Eles são muitos receptivos. Mas tomem cuidado. Essas coisas costumam ser bem caras.
— Entendido.
A cidade estava movimentada. Benedict nunca tinha visto Letin assim.
— O que está acontecendo? -- Benedict perguntou a uma garota que estava passando.
— Você não sabe moço? E o casamento do Rei.
— Casamento do rei? E ele nem me convidou?
— Acho que você não é tão amigo do rei assim.
— Ah, Seung vai ter que me explicar isso. Vamos para o palácio.
Benedict realmente estava chateado. Ele fez muitos favores para o rei de Letin e ele não teve nem a consideração de chama-lo para o casamento. Ele teria que se explicar.
O palácio era majestoso, o castelo de Lorena nem se comparava. Os mastros pareciam ser feitos de ouro e o chão era como um espelho. O jardim era uma obra de arte a parte.
Allen e Alex seguiam Benedict que parecia saber onde está.
— Isso não vai ficar assim.
— Você está nervoso só por que não te convidaram para um casamento?
— Sim, e isso é um ultraje, senhor Becker. Na cultura de Letin, não ser convidado para um casamento é sinal de repudio completo.
— Mas e se não conseguiram falar com você?
— Isso não interessa, casamentos em Letin são marcados com a antecedência de pelo menos um ano.
Benedict estava tão decidido a entrar no castelo, que os guardas acabaram arrastados por ele.
— O senhor não pode entrar por aqui. Siga pela lateral e veja se seu nome está na lista e entre pela frente.
— Não! Eu vou entrar agora!
— Não, a cerimônia já vai começar.
— Alex, me ajude a para-lo!
— Não posso. Se for da vontade dele atrapalhar a vida de um homem por um motivo tão fútil, eu não posso impedir.
— Não é fútil!
Benedict caiu em cima dos guardas. Abrindo caminho para o grande salão.
Uma quantidade enorme de pessoas estava lá. E os noivos já estavam no altar.
O noivo olhou para tudo aquilo abismado.
— O que está a acontecer no meu casamento?
Allen estava imaginando uma pessoa da idade de Benedict, mas o noivo e possível rei de Letin tinha aparentemente a idade de Allen.
— Você, seu bastardo! Você não me convidou. Sabe como isso é uma ofensa!
— Benedict?
— Sim, vossa alteza. A pessoa que você considerava seu melhor amigo.
A noiva não parecia ser mais velha que ele. Ela tinha longos cabelos negros presos em um véu azul. Seus olhos puxados estavam delineados e sua boca muito vermelha. Seu vestido combinava com o véu.
— Benny?
Benedict se recompôs.
— Shin Yi?
A moça correu em direção a Benedict. O abraçou e deixou todo mundo de queixo caído.
— Eu sabia que você iria voltar para me buscar!
O noivo o olhou com os olhos em fúria.
— Eu posso explicar. – Falou Benedict
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