Zodíaco escrita por Milka


Capítulo 15
Caos em Letin - Parte 1




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Benedict não queria ir para Letin. Justice ainda não havia o convencido. Ele foi o único que foi contra. Até Raíssa concordou com ela!

— Letin fica muito longe! E além do mais eu detesto ir lá!

— Você detesta Benedict? Não foi o que eu soube. Sabe o que disseram naquele ano que você passou quase um mês em Letin? – Falou Justice.

Benedict correu e tampou a boca de Justice com as mãos!

— Então vamos para Letin! – Ele afirmou.

Letin era uma ilha ao Leste muito pacífica e acolhedora não é necessário qualquer tipo de permissão para entrar na ilha. A única coisa necessária é o pagamento de uma taxa.

Saíram de Vinir à noite. Levaram 10 horas para chegar a Porto de Neride.

Era de manhã quando sentiram o cheiro do mar.

— Mais quatro horas até Letin! – Benedict disse já se espreguiçando.

Raíssa se debruçou na janela do ônibus.

— Quanta água!!

— Você nunca viu o mar? – Perguntou Benedict.

— Não. Nunca havia saído de Cintra.

— Você também Alex. Acho que você também nunca viu tanta água.

O garoto confirmou. Mas não demonstrou qualquer interesse.

Depois de desembarcarem. Cassie foi até o porto para pagar a taxa.

Sidney havia colocado um chapéu de palha em Alex.

— Você está ficando vermelho! Já que não quer colocar uma camiseta. Vai usar esse chapéu sim!!

— Mas eu quero sentir o sol!

— Com essa pele? Nunca! Você vai se cuidar! Não quero você reclamando depois por queimadura de sol.

— Se eu fosse você eu a obedecia. Sidney sabe do que está falando. – Falou Allen.

— Letin, eu sempre quis ir lá. Água, praia, mulheres e paz. Tudo o que eu gostaria – Comentou Billo.

— Não quero te desiludir , senhor Vilar, mas teremos tudo lá, menos paz.

— O que você quer dizer com isso?

— Você acha que é só Lorena que está em estado de atenção? Letin é bem perto de Vaslove.

Cassie voltou meio cabisbaixa

— Nosso dinheiro foi quase todo. Eles aumentaram as taxas. E eu não consegui pagar para todo mundo.

— O que você quer dizer com isso, senhorita Faber?

— Somente 5 de nós poderá entrar em Letin.

— Só cinco? De quanto foi esse aumento?

— 100%, o preço dobrou.

— Certo. Eu vou isso é certo. Agora eu quero Allen e Donar. Também levarei a Raíssa. Assim sobra mais uma vaga.

Benedict olhou para Justice e depois para Alex.

— Alex, você vai também.

— Você vai levar o anão albino e não eu?

— Vocês estão ouvindo alguma mosca?

— A quer saber, eu não preciso do dinheiro de vocês, eu vou pagar a minha taxa!

— E com que dinheiro? Você acha que eu não notei? Você não trouxe toda aquela bagagem, o que aconteceu?

— Ah, não interessa. Eu tenho o suficiente para pagar essa maldita taxa! E eu vou e ninguém vai me impedir.

E assim Billo, Cassie e Sidney ficaram no porto e o restante foi de balsa até Letin.

De longe era possível ver toda a vegetação. Letin era uma ilha pequena mas tinha quase todas as espécies de plantas do mundo.

— Saibam que Letin é um país muito liberal, e todo o tipo de coisa pode acontecer. O rei de lá é bem pacífico. Seung I é um grande amigo de longa data.

— O rei de Letin é seu amigo? – Perguntou Allen.

— Sim. Ele me idolatra. Afinal quem não me idolatraria?

— Quer mesmo que eu responda? – Comentou Justice

Todos trocaram de roupa ao desembarcarem em Letin. Benedict vestiu uma roupa típica do país. Até Alex que se recusava a vestir uma camisa se rendeu a camisa aberta e florida.

Melier era a capital e a cidade mais movimentada de Letin. As casas eram de até um andar, de todas as cores elas combinavam com a vegetação em volta. O grande Vulcão Esdeth que ficava no centro do país era visível dali.

Foram recebidos por muitas mulheres. Que os abraçaram.

— Ah, homens tão fortes! Faz tempo que não recebemos pessoas como vocês! – Uma mulher disse.

— Acho que eu vou gostar daqui. – Falou Allen.

— Eu amo estar aqui! – Falou Benedict.

— Aff, esses dois são pervertidos. Raíssa? Acho que esse é o seu nome. Venha comigo, antes que essa perversão a afete. – Falou Justice

— Não você não vai levar a minha Raíssa!! -- Reclamou Benedict.

— Claro que vou. Eu sou uma dama de classe, eu não tenho que ficar assistindo vocês fazendo essas coisas.

— Que coisas? Nós não podemos ser felizes? Só estamos nos divertindo. E a Raíssa não quer ir com você!

— Eu vou! – Falou Raíssa.

— Raíssa?

— Eu não quero ficar rodeada de tanta perversão.

— Mas...

— Está decido ela vai ficar comigo. – Comemorou Justice

— Vocês não vão se livrar de nós. Eu preciso proteger a Raíssa.

— Ah, vocês são tão dramáticos. Você ai. O baixinho. Qual é mesmo o nome dele?

— Donar.—Completou Raíssa.

— Ele vai com a gente. Ele parece ser o menos pervertido. Se acharmos alguma coisa eu te encontrarei.

— E como você vai fazer isso?

— Isso não importa eu tenho os meus meios.

E Justice, Raissa e Donar foram se distanciando do grupo.

— Ela cresceu tanto.

— De quem você está falando? Falou Allen

— Raíssa. Obvio!

— Mas o que temos que procurar afinal? – Perguntou Alex

— Ah, não importa. Já que estamos em Letin. Vamos andar por ai. E descobrir alguma coisa!

A todo momentos eles eram abordados por vendedores e mulheres.

— Eles são muitos receptivos. Mas tomem cuidado. Essas coisas costumam ser bem caras.

— Entendido.

A cidade estava movimentada. Benedict nunca tinha visto Letin assim.

— O que está acontecendo? -- Benedict perguntou a uma garota que estava passando.

— Você não sabe moço? E o casamento do Rei.

— Casamento do rei? E ele nem me convidou?

— Acho que você não é tão amigo do rei assim.

— Ah, Seung vai ter que me explicar isso. Vamos para o palácio.

Benedict realmente estava chateado. Ele fez muitos favores para o rei de Letin e ele não teve nem a consideração de chama-lo para o casamento. Ele teria que se explicar.

O palácio era majestoso, o castelo de Lorena nem se comparava. Os mastros pareciam ser feitos de ouro e o chão era como um espelho. O jardim era uma obra de arte a parte.

Allen e Alex seguiam Benedict que parecia saber onde está.

— Isso não vai ficar assim.

— Você está nervoso só por que não te convidaram para um casamento?

— Sim, e isso é um ultraje, senhor Becker. Na cultura de Letin, não ser convidado para um casamento é sinal de repudio completo.

— Mas e se não conseguiram falar com você?

— Isso não interessa, casamentos em Letin são marcados com a antecedência de pelo menos um ano.

Benedict estava tão decidido a entrar no castelo, que os guardas acabaram arrastados por ele.

— O senhor não pode entrar por aqui. Siga pela lateral e veja se seu nome está na lista e entre pela frente.

— Não! Eu vou entrar agora!

— Não, a cerimônia já vai começar.

— Alex, me ajude a para-lo!

— Não posso. Se for da vontade dele atrapalhar a vida de um homem por um motivo tão fútil, eu não posso impedir.

— Não é fútil!

Benedict caiu em cima dos guardas. Abrindo caminho para o grande salão.

Uma quantidade enorme de pessoas estava lá. E os noivos já estavam no altar.

O noivo olhou para tudo aquilo abismado.

— O que está a acontecer no meu casamento?

Allen estava imaginando uma pessoa da idade de Benedict, mas o noivo e possível rei de Letin tinha aparentemente a idade de Allen.

— Você, seu bastardo! Você não me convidou. Sabe como isso é uma ofensa!

— Benedict?

— Sim, vossa alteza. A pessoa que você considerava seu melhor amigo.

A noiva não parecia ser mais velha que ele. Ela tinha longos cabelos negros presos em um véu azul. Seus olhos puxados estavam delineados e sua boca muito vermelha. Seu vestido combinava com o véu.

— Benny?

Benedict se recompôs.

— Shin Yi?

A moça correu em direção a Benedict. O abraçou e deixou todo mundo de queixo caído.

— Eu sabia que você iria voltar para me buscar!

O noivo o olhou com os olhos em fúria.

— Eu posso explicar. – Falou Benedict


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