Anything could happen escrita por Letícia Rosa


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus enfim consegui postar o capitulo que já estava pronto a um tempo.

Bom meu computador ficou ruim de vez, agora somente comprando outro então derrepente devo me atrasar um pouco.

Agradeço a compreensão de vocês.

Bom chega de Lero .... Boa leitura a todos.

Desculpe qualquer erro gramatical.



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Callie

Não consegui pregar os olhos o restante da noite toda, eu não sabia o que pensar, meu corpo reagiu de uma forma irreconhecível aquele beijo.

Eu só podia estar ficando maluca, ela era apenas uma menina que acabara de fazer 18 anos. Eu sei que ela já era uma mulher, mais não uma mulher da qual eu sonhei pra minha vida, cheia de independência, mulher madura, que tivesse uma vida estável. Peguei-me pensando nisso tudo mais o que não queria sair da minha cabeça fora aquele beijo que foi o melhor da minha vida toda, foi o cheiro de Arizona entrando em minhas narinas, a pele branca e macia, tudo o que eu pude sentir com aquele toque.

Eu precisava dormir, precisava tirar aquele par de olhos azuis da minha cabeça, pois com certeza eu ia pirar.

– Calliope Ephigênia Torres, Acorde agora ! - Mark diz já irritado de tanto chamar Callie.

– Ei, Calma eu acabei de dormir, eu não quero acordar ! - Digo tonta de sono.

– O Café já está pronto e já está quase na hora do nosso plantão. - Mark diz com um sorrisinho no rosto. - Acho que eu sei o motivo de não ter dormido tanto e essa sua falta de sono parece que foi por conta de uma menininha chamada Arizona Robbins. - Disse ele agora em tom um tanto que sarcástico.

– É... Não... Não necessariamente! - Minto, sento-me na cama e com o olhar de interrogação. -Mark, sente-se aqui. - digo passando a mão pelo lençol, para que ele sentasse ao meu lado

– Por que você agiu daquela maneira comigo ontem, por que foi tão duro na hora em que me viu beijando Arizona? Pergunto por não entender a atitude do meu amigo.

– Torres, você é uma mulher madura. E se você se envolver com aquela menina pode acabar se dando mal. - disse em tom de preocupação.

– Calma Mark foi só um beijo e nada mais. Não que ela não seja lindaaaa e totalmente atraente. Mais isso definitivamente não é o inicio de um Namoro. - Digo sem ao menos entender o que eu dizia. Eu queria que fosse. Eu ter mais de Arizona em mim. Não seria de todo mal assim.

– Hum... Sei, Callie você não pode esquecer que sou seu melhor amigo e que eu te conheço muito bem. Arizona não é pro seu bico. Entenda Callie eu não quero que você saia ferida de novo por conta de relacionamento que não deu certo.

–Ela é muito nova ainda e não sabe nada da vida. De verdade acho que ela não sabe nem o que quer! –Menciona essas palavras com uma carga muito grande. O que me faz tremer por inteira parecendo até que eu ia me dar mal completamente.

– Tá, Mark, agradeço a sua preocupação, mais não acha que já estou bem grandinha? - Digo não entendendo aonde ele queria chegar.

– Tudo bem... Mais se alguma coisa acontecer, não venha me dizer que eu não avisei, ok ? - Ele diz dando de ombros. - Mais babou por ela a noite toda, pode admitir?

– Não !!! - Digo dando risadas, pois Mark me conhecia melhor que eu mesma. Eu sabia de sua preocupação comigo e sei que a culpa foi minha, pois quando Érica me deixou foi com ele que eu desabei diversas vezes. Ele não era só meu amigo era praticamente meu irmão.

–Obrigada Mark pela preocupação. - Digo abraçando-o.

– Ok Torres agora vamos, já estamos atrasados. - ele diz me puxando pela mão.

Corri para o banheiro, Tomei um breve banho peguei minha roupa em uma gaveta que já era minha na casa de Mark, logo fui para a cozinha peguei uma xícara de café e o aguardei acabar de se arrumar para que fossemos ao hospital.

Chegando ao Hospital, Logo me deparo com Bailey.

– Callie, preciso de você em um caso de uma garotinha que eu não consigo identificar o real fator de suas dores. Alias o que houve com você? Está diferente? - Bailey falou em só fôlego.

– Calma Bailey eu vou verificar sua paciente, só preciso me trocar, tudo bem?! E outra coisa Eu continuo a mesma. - Vejo Bailey dar de ombros, ela nunca foi do tipo de se interessar muito pela vida das outras pessoas. E eu Falei como se aquilo fosse a melhor coisa a se fazer, eu estava de bem com a vida de bem com a minha vida.

Logo depois me troquei, fui encontrar Miranda para que pudéssemos encontrar o real motivo das dores da menina. Quando entro no quarto e olho para a menina a minha frente vejo como ela era parecida com a Arizona, e tudo volta a minha mente me fazendo lembrar do beijo mais doce que já tive em minha vida e do cheiro mais gostoso que já pude sentir.

Natasha a paciente tinha apenas 5 anos, mais era tão linda quanto Arizona. Ela tinha os olhos azuis os cabelos loiros e o rosto... Era o rosto de Arizona, senti um frio em minha espinha.

Pedi alguns exames e fui fazer minhas rondas enquanto aguardava o resultado dos de Natasha.

Até que uma idéia se formou em minha cabeça. Se eu enviar uma mensagem a Arizona será que ela vai gostar? Como? Eu nem ao menos tenho número dela.

–Preciso conseguir! -Sussurrei, dando passos largos para falar com Mark.

Fui até a sala dos atendentes e nada de encontrar Mark, cadê ele nessas horas?

Fui até o quadro de cirurgias e nada do nome dele.

Perguntei a uma enfermeira que me indicou a sala do Chefe Webber. O que ele poderia estar fazendo lá.Quando chego a sala do Chefe o vejo com Teddy já saindo da sala.

– Torres deixa eu te apresentar - Mark grita em meio ao corredor.

– Pelo que eu me saiba já a conheço não é mesmo Teddy? - Digo dando um sorriso para os dois.

– Não da forma que eu vou te apresentar agora, sua nova colega de trabalho Teddy Altman . - Ele diz um sorriso imenso nos lábios.

– Nossa que maravilha bem vinda a nossa corja - Digo em tom zombeteiro.

–Obrigada Callie, vamos ser grandes amigas. - Ela chega mais perto e Poe a mão em meu ombro.

– Bom então para começar a nossa amizade, por favor, será que você consegue o número de Arizona pra mim hoje, não hoje não, agora? - Digo isso em um fôlego só.

Altman de imediato cedeu ao meu capricho sem ao menos perguntar o porquê, mas mesmo assim sinto em seu semblante um ar curioso. Vejo Altman se afastar e fazer uma ligação que creio eu seja para Tym. Logo escuto Mark dar um suspiro, como se aquilo fosse errado.

– Marck, nem pense! Definitivamente eu sei o que eu estou fazendo, ok?! - digo firme mais meus olhos vacilam por um momento.

– Ok, Ok! Eu nem disse nada ainda! - Lhe dou um olhar ameaçador

– Calma Torres, não fique pensando que eu sou um homem pré histórico, somente prezo pela sua felicidade e se é isso, que seja Ok?! - Ele diz com um sorriso no rosto o qual de fato me confortou.

Teddy volta e para ao nosso lado novamente e me passa em um papel o numero de Arizona tento pega-lo de imediato mais ela recua, sinto o olhar dela em cima de mim.

– Te entrego somente se contar quais são as reais intenções com esse número de telefone aqui? - Ela diz sugestivamente dando diversas risadas por me ver corar diante da intromissão voraz dela, fujo de seu ataque de curiosidade.

– Vai me entregar agora ou vai continuar tripudiando do meu interesse? - Digo isso tentando não mais deixar ela perceber a minha timidez, logo me entrega o papel com o número.

– Estou atrasada, preciso ir, tenho que pegar os resultados de um exame, até mais Teddy depois conversamos. - Digo já correndo pelos corredores em direção aos quartos de internações.

Chegando lá me deparo com Bailey já me aguardando para que eu pudesse verificar os resultados. Puxo-a para uma sala, pois de cara tinha visto algo errado com o exame de Natasha.

– Bailey, veja essa mancha aqui, está centralizada na parte inferior da coluna. - Digo isso com ar total em preocupação, as dores nunca iriam sumir se fosse o que eu estava suspeitando, mais para isso precisava pedir mais alguns exames e solicitar uma consulta com Drº Sheppard.

Bailey logo se ofereceu para falar com Derek eu somente assenti com a cabeça que sim. E logo sinto meu Pager vibrar era uma emergência. Corri para ala solicitada e comecei a fazer o atendimento para um senhor que acabou de cair de um telhado. Logo precisei levá-lo a cirurgia, que por final fora uma cirurgia complicada devido à idade daquele senhor.

Passei o dia praticamente me esgotando de trabalho até que por volta das 15:00 hrs resolvo parar para almoçar, precisava, pois se não o fizesse eu seria a próxima paciente neste hospital.

Servi-me e por conta do horário, não havia ninguém ali para que pudesse me fazer companhia, enquanto intercalava entre uma garfada e outra peguei em minhas mãos meu celular, pensei que a um tempo atrás peguei esse mesmo celular somente para verificar se Érica havia pelo menos enviado algum tipo de mensagem, e agora era eu pensando em enviar uma mensagem para uma menina que nem ao menos conhecia e que de uma noite para outra me fez sentir viva de verdade.

Desfiz-me de meus pensamentos ao me lembrar das palavras de Mark, parecia colidir em minha cabeça, o que me fez pensar de outra forma diante da situação. Lembrar o quanto eu sofri por conta de uma mulher que nem ao menos se importou comigo, será que com Arizona não seria diferente? Ela é apenas uma menina. Balanço a cabeça para acabar de vez com meus devaneios. Guardo meu celular e decido não enviar a tal mensagem. Terminei o almoço e logo voltei aos meus afazeres, afinal o que eu fazia em meu trabalho era mais importante que qualquer coisa.

Enquanto faço meu caminho para a sala dos atendentes meu Pager vibra, vejo que era uma chamada de Mark, me encaminho até a sala de plástica e quando abro a porta dou de cara com Aqueles pares de olhos azuis me encarando.

Senti meu chão sumir diante dos meus pés. Fico parada na porta perplexa a menina que não parava de rondar minha cabeça desde a noite passada estava ali.

– Torres, cadê a sua educação, não ira cumprimentá-los?! - Mark diz entendendo o meu nervosismo diante de todos.

– Olá, tudo bem, como vocês estão? - Digo com a voz totalmente entrecortada, eu realmente estava nervosa. Os Robbins responde em coro que estão bem.

– Bom tenho um paciente que me aguarda, preciso ir! - Digo desviando o meu olhar de Arizona e mudando para Mark arqueando levemente minha sobrancelha. E saio da sala totalmente atônica do que eu acabara de fazer.

Poderia ter sido mais receptiva! -Grita meu cérebro.

Vou para um quarto de descanso para tentar sair da própria tempestade que eu mesma criei dentro de mim. Eu já havia pensado em tudo, lembrei das palavras de Cristina - Pegar e não se apegar!

Ponho minha cabeça em ordem e saio da sala de descanso decidindo ver Natasha. Quando estou próxima a ala dos quartos de internações sinto como se alguém estivesse a me seguir.

Quando olho para trás vejo a loirinha mais linda que já conheci na vida, ando mais rápido que pude em direção ao quarto de Natasha, após fechar a porta, tento me acalmar mais uma vez e vejo que Natasha está dormindo, porem ao lado de sua cama encontra-se um rapaz parecendo ser seu irmão, talvez.

– Olá, boa tarde! - Digo suavemente tentando com minhas palavras acalmar o semblante do rapaz a minha frente.

– Sou a Drª Torres, Natasha é minha paciente. - Digo estendendo a mão para o Rapaz.

– Oi eu sou John, sou Pai de Natasha - Ele diz aceitando o meu comprimento.

– É... P. Pai? Desculpe o meu rompante, eu não esperava. - disse tudo isso entre um gaguejar e outro não escondendo meu espantamento diante do rapaz. A mãe de Natasha aparentava uns 16 anos mais velha que John, e aquilo de fato me assombraram um pouco.

– Não tudo bem, não precisa ficar Tímida Drª, já nós acostumamos a isso. É não tenho muito tempo para ficar com as duas aqui no hospital, eu queria, mais eu ainda tenho que estudar e também trabalhar.

– Elas são os meus amores gostaria de lhes proporcionar uma vida melhor. Eu sei que está sendo difícil para elas mais eu preciso tentar. Eu só preciso que a senhora me diga se e minha loirinha vai ficar bem, por favor, eu só preciso saber disso. - John diz com os olhos marejados em um só fôlego, e sim foi de arrepiar que ele mesmo aparentando o que de fato era ele tinha um amor tão grande pela sua família.

– John, tudo bem, Você precisa ficar calmo - Digo em tom de súplica.

Bailey entra na sala e interrompe nossa conversa.

– Senhor John, quando a Drª Torres diz que e pra ficar calmo é para acreditar mesmo nela, sua filha está nas mãos da melhor Ortopedista de Seattle. - Bailey diz e John logo abre um sorriso.

Tendo em vista o quanto já havia demorado na sala de Natasha, imaginei assim que Arizona já estivesse ido embora.

Despeço-me de John e Bailey continua fazendo seus exames de rotina e saio da sala.

Quando me viro e olho para o balcão onde se encontravam as enfermeiras vejo ali parada a própria Arizona olhando para o seu celular, aproveito sua distração e devagar tento sair dali quando escuto a voz doce a me chamar.

– Drª Torres, estou a sua espera desde o momento em que entrou neste quarto. - Ela diz cerrando os olhos, o que me deixara um pouco desconfortável.

–Desculpe, eu estou um tanto ocupada - digo não tentando olhar diretamente em seus olhos, eu não sabia mentir muito bem.

– Será que você ainda vai fugir de mim Drª Torres, mais uma vez? - Ela diz um tanto decepcionada com minha atitude. -Podemos conversar, um pouco? - Ela diz me encarando sem dar chance de dizer um não.

– Vamos até a lanchonete, aproveitamos e tomamos um suco, ok?! - digo e vejo um sorriso de convinhas aparecer.

Chegando a lanchonete pedimos os sucos e procuro uma mesa afastada onde logo nós sentamos.

– Callie, eu sei que eu sou uma menina, menina não mulher da qual ontem você beijou, foi o melhor beijo que eu tive em toda minha vida, e eu não sei, não consegui parar de pensar em você desde o nosso encontro naquele bar.

E hoje chego aqui e você não me dá à mínima, você fingiu que eu nem estava aqui e estou, sabe por quê? Por que eu gostei de beijar você! E foi somente isso. - Arizona diz tudo num fôlego só sem ao menos dar chance de responder, senti a tensão em sua voz ela estava realmente nervosa em me dizer aquilo tudo, faltava pouco para que a beijasse de novo, talvez para acalmá-la, precisava dela comigo. Meu Pager me chama.

– Desculpa! - São as únicas palavras que consigo dizer antes de sair dali a deixando sozinha.

Por sorte não era nada demais a chamada em meu Pager. Decido então voltar até a lanchonete para que eu pudesse ser ao menos gentil e lhe dar atenção necessária.

Quando chego lá, ela não mais estava.

Terminei minha rondas e logo terminou meu plantão.

Chegando em casa percebo que não havia ninguém. Fui para o meu quarto e entrei no banho, enquanto a água quente caia sobre meu corpo eu fui lembrando, Arizona dizendo as coisas que disse hoje mais cedo, eu fechei os olhos na busca de dissipar os meus pensamentos, mais a única coisa que eu via era aquele par de olhos me encarando.

Saio do banho visto meu pijama, estava cansada demais para me preocupar até de comer, logo escorrego para de baixo dos lençóis depositados em minha cama.

Fechei meus olhos na busca pelo sono. O cansaço era latente mais eu não conseguia dormir de maneira alguma, a única coisa que pensava era Arizona.

Lembrei-me de John contando um pouco de sua vida, um amor puro não pode existir barreiras, independente da idade que eles tinham nada era impossível para eles e isso era nítido. Pego o celular e decido fazer o que já era para ter feito antes.

– Alô !


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Notas finais do capítulo

Como será que Arizona vai reagir?

Prometo não demorar postar outro capitulo.

Estão gostando? Não deixem de comentar... Please !!

Beijos !



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