Arizona

Tym me chamou logo em seguida.

E quando entro em seu quarto já estava tudo montado.

Era o mais novo videogame que existia, para minha surpresa.

Passamos a tarde toda jogando diversos jogos que meu irmão já tinha.

Era impressionante a forma que tínhamos certo grau de entrosamento.

Nem ao menos percebemos que hora tinha voado só nós demos conta por que mamãe ao ir para um encontro, o encontro de todas as sextas com suas amigas desde a morte de papai, nós chamou para informar que já estava de saída.

–Ah Tymothi cuidado com a minha princesinha, e você também tome cuidado, que eu não me pouparia em lhes dar umas boas palmadas. - disse mamãe com tom um tom divertido mais ainda sim com sua sobrancelha arqueada.

Esperamos mamãe sair olhamos um para o outro e demos boas risadas.

– Mamãe nunca vai perder isso, não é princesinha? - Tym disse dando de ombros e rindo.

Jogo-lhe um travesseiro e me levanto para começar a me arrumar.

–Princesinha de mamãe, anda logo, já estamos mais que atrasados, Teddy já me enviou três mensagens. - Tym diz gritando do outro lado da porta.

– Acalme-se eu não vou sair daqui sem estar devidamente arrumada, irmãozinho, e eu ainda estou em vantagem. - Digo rindo

– E porque você estaria em vantagem, anda Ari estou louco pra que você conheça a Teddy. - Ele diz suplicante.

– Por que eu sou mulher, sua irmã e ainda estou na semana do meu aniversário. - vou dizendo isso e abrindo a porta do quarto,quando vejo a boca do meu irmão abrir, pego no queixo dele e digo - Para de babar a sua irmãzinha. - Ponho um sorriso no rosto.

– Nossa você realmente está linda. - ele diz pasmo.

– Vamos! - digo animada.

Ao chegar ao tal bar Tym me puxa pela mão, e vejo em seu rosto um mega sorriso estampado, o puxo de volta pra mim.

– Tym, você gosta muito da Teddy não é, pois eu nunca te vi assim? - Digo em tom questionador.

– Sim Ari, porque acha que eu queria que você logo a conhecesse? Por que ela é incrível e especial para mim, e você Ari, você é o meu amor. - ele diz os olhos mais brilhantes que nunca ainda tinha visto.

Assenti e lhe devolvi o sorriso, ele voltou a andar me arrastando para mais perto de uma mesa, logo uma mulher loira veio ao nosso encontro, suponho que seja Teddy que logo o puxou para um beijo apaixonado. Fiquei ali parada sem saber o que fazer.

Logo eles se desvencilharam e meu irmão me apresentou a sua namorada. Dei-lhe um beijo no rosto e logo ele quem me puxou para me apresentar o restante das pessoas ali presentes.

A Mulher que estava sendo apresentada ao meu irmão, não parava de me olhar e aquilo me incomodou um pouco. Eu fiquei nervosa, achei até que eu poderia estar de alguma forma, esquisita então olhei pra baixo, pensado que poderia ter alguma coisa errada com a minha roupa e nada tinha. Ela era a mulher mais linda que eu já havia visto na vida, por isso me senti incomodada. Eu parecia um ET diante de tamanha beleza. Meu corpo formigou diante das coisas que passaram por minha cabeça em meros segundos.

Eu me senti paralisada com o olhar dela, ele era uma mistura de fervor e tristeza, mais me chamou mais atenção ainda por que os olhos dela pareciam vidrados em mim.

Enquanto meu irmão se apresentava a Callie, Teddy tratou de me apresentar a Mark, que logo me puxou para colar um beijo em meu rosto. Eu estava alheia, eu não queria deixar de olhar para ela. Foi então que fui obrigada a acabar com meus pensamentos, pois, meu irmão me puxou pelo braço para me apresentar aquela morena quente, que em poucos segundos mexeu comigo de um jeito, inexplicável.

Meio sem graça diante da beleza dela.

– Oi eu sou Arizona, Arizona Robbins - Tentei forçar um Sorriso o melhor que eu tinha.

– Eu sou Callie - Diz Callie esticando a mão em forma de comprimento.

Senti que enquanto ela apertava minha mão, seus pensamentos foi para outro lugar, então ela completa.

– É um prazer te conhecer. - Diz Callie com voz intercortada.

Eu não consegui responder. Acho que se eu tentasse dizer alguma coisa eu só iria gaguejar o que ia me fazer passar por uma tremenda idiota.

Sentei- me ao lado dela e não consegui deixar de ficar petrificada. Ela é muito linda, dei algumas olhadas para ela e sei que ela notou o que me fazia corar diversas vezes.

A vejo cochichado com Mark, e dai penso será que os dois... Hum... Não, não pode ser! Na verdade parecem ser mais amigos que outra coisa.

Quando percebo que Callie não está mais conversando com Mark e sim com a Teddy, o que me faz tirar dos meus pensamentos, pois, as duas falavam e olhavam para mim !

– Oh não precisem cantar parabéns, por favor! - Digo totalmente envergonhada. E Mark logo me interrompe dizendo que comemorar aniversário sem ter parabéns não era aniversário.

Encolhi-me na cadeira pensando no pior.

Teddy dá uma ideia melhor, dizendo que então cada um deles ali presente iria me dar os parabéns em um abraço.

Senti Callie exitar por um momento quando Teddy disse isso, quando chegou a hora de abraçar Callie.

Quando os meus braços se chocou contra o corpo dela, é como se o mundo tivesse parado por uns segundos.

Eu senti uma descarga elétrica passar por todo o meu corpo, não sei por que, senti que o mesmo ela sentiu. Eu não queria que aquele abraço acabasse nunca, por mim eu ficaria ali pra sempre quando bem próxima ao meu ouvido escuto ela me parabenizar, naquele momento pude sentir o quão doce era sua voz e me encolho por que senti meu corpo responder ao seu toque, as suas palavras! Eu nunca senti isso na vida.

– É... Parabéns e espero que esse ano você possa conhecer pessoas que te levantem e te faça feliz. - Callie diz com toda doçura na voz

– Então eu já comecei bem, conheci você! - Digo isso e retiro o rosto do ombro de Callie para encara-la, e a vejo corar diante das minhas palavras. Meu cérebro grita comigo - mais o que é que você esta fazendo?

Tym me chama para dançar nós tirando da nossa bolha, o que me faz, recusar de imediato eu não queria sair de perto de Callie. Eu nem a conhecia e já estava ficando impossível me desvencilhar dessa mulher, quando escuto.

– Arizona, vá dançar com seu irmão faça dessa noite especial pra ele e pra você- Callie diz olhando para Tym, que de imediato abre um sorriso de covinhas para ela, sinto que isso ainda era pouco, Callie me puxa pelo braço com delicadeza.

– Acho melhor você ir, ele não vai desistir assim tão fácil- Quando Callie disse isso em meu ouvido sugestivamente, pude sentir que ela um dia seria a minha morte.

– Só se você vir com agente, ai sim eu vou! - Coloquei essas palavras alimentando todo fogo que eu tinha dentro de mim, e fiz isso com classe, olhei bem no fundo de seus lindos olhos.

Então Teddy gritou para que todos nós fossemos dançar, vejo Callie implorando para Mark que rejeitou o pedido de cara, o que foi um alivio para mim. Eu queria dançar com ela e eu ia.

Nós guiamos até a pista e uma súbita vontade era de pegar não mão de Callie, assim como estava Teddy e Tym, mas me contive, ai seria demais né!

Dancei a primeira música com Tym, mais eu não tirava os olhos de Callie.

Senti mais uma vez que Callie ficava tensa próxima a mim. Então sugestivamente cheguei bem perto dela e pedi para que fossemos até o bar pegar umas bebidas. Eu precisava saber até que ponto ela gostava de mim ou se ela não gostava de mim, quero dizer se ELA IA com a minha cara ou não.

Ela concorda mais vai logo pedindo para que pudéssemos sentar junto a Mark, por sorte ele conheceu uma mulher e estava atracado nela.

– acho que ele está curtindo bem mais que nós então acho melhor nós fecharmos em uma cúpula e esquecer-se dos dois casais "apaixonados"- Disse isso cerrado os olhos e senti como se ELA voasse para bem longe de mim.

– Ei você ainda está ai? - Provoco alertando de minha presença ali.

Ela puxou uma conversa que na verdade não era o momento de falarmos sobre isso, então tratei logo de mudar de assunto e a pedi para que fossemos lá fora para pegar um ar.

Ela não negou o meu pedido.

Quando chegamos lá fora Callie sentou no Capo de um lindo carro, carrão, então percebi que se tratava do carro dela.

– Então Arizona, como você se sente completando 18 anos? - Callie pergunta tentando puxar conversa.

– Eu me sinto Ótima, não sei ao certo e como se eu ainda não tivesse 18 anos... É... Eu não ligo muito para essas datas comemorativas. - digo uma parcialmente cabisbaixa.

– E eu posso saber o por quê ? - Diz Callie curiosa.

– Wow, acho melhor não falarmos sobre isso agora, não quero estragar essa noite que se tornou especial para mim! - Digo isso com certo pesar, mais quando lembro que conheci Callie essa noite, não podia deixar nenhum drama da minha vida atrapalhar o momento.

– Já percebi que a mocinha não gosta muito de falar de sua vida, não é mesmo? - Callie diz cerrando os olhos, o que me deixou tensa.

– É... Não é isso... É que às vezes a vida parece tão difícil que quando tenho o melhor momento da minha vida não quero que acabe e muito menos lembrar de algumas coisas. - Digo isso para que possamos tentar mudar logo esse assunto.

– Tudo bem, não vamos mais falar sobre isso, ok?! Mas posso saber o que ah de tão bom que te faz querer esquecer tudo essa noite? - Ela pergunta saindo do capo do carro e sugestivamente chegando bem próxima a mim.

Meu coração parecia que ia explodir! Aquela mulher, ela nem ao menos imaginaria o que poderia estar fazendo com a minha cabeça, eu não consegui formar palavras concretas diante da pergunta dela.

– É... Digo... É... - gaguejei e não conseguia falar mais nada eu fiquei muito nervosa com o jeito de ela olhar, quando ela falou aquelas palavras a boca dela se mexia de um jeito.

– Você é a menina mais linda essa noite, sabia? E fica mais linda quando fica envergonhada e não consegue dizer uma só palavra. - Callie diz com um mega sorriso no rosto que me faz sorrir também.

– você tem namorado, Arizona? - Ela diz com suas temporãs franzidas.

Saio do meu mundo de vergonha e ponho força nas palavras para não gaguejar novamente.

– Não! - digo com firmeza .

– Wow... Callie da uma pausa inesperada para mim o que me deixa mais nervosa ainda.

– Tudo bem! Callie diz mais para ela mesma. - Arizona eu vou fazer uma coisa que eu tenho vontade e não estou conseguindo para de pensar desde quando você entrou naquele bar! – Callie diz apontando em direção ao bar.

– Se caso você não gostar... -

– Shhi... - Interrompo-a, pois não queria que ela falasse alguma besteira, olhei no fundo dos olhos dela, eu não sabia o que estava acontecendo comigo eu me sentia vulnerável a ela.

Era uma vontade inexplicável de me fazer dela e sei que ela sentiu isso também.

Quando sou tirada de meu devaneio, Callie me puxou para os braços dela mantendo todo o meu peso em seu corpo, que estava recostado no carro dela, me encarou e disse.

– Arizona você é linda demais e eu estou hipnotizada por você! Callie disse e parecia que eu podia sentir sua boca seca de tanta vontade.

Eu não conseguia falar nada foi quando Callie encostou seus lábios no meu, a boca dela era doce, e se encaixava perfeitamente na minha, a língua dela pediu acesso e logo cedi.

Eu nunca havia tido um beijo desses na minha vida, eu posso dizer com Clareza que aquele momento não tinha bar, não tinha carros, não tinha rua. A única coisa que tinha era eu e Callie.

Eu estava louca por ela até a hora que fomos obrigadas a nós separar, pois nossos pulmões clamavam por oxigênio.

Você sentiu o que eu senti? - Digo a ela com a voz um pouco rouca de tanta vontade em Callie, lembrando a sensação de não existir mais nada e nem ninguém a nossa volta.

– Sim! -Ela respondeu me puxando para outro beijo. Beijo no qual foi terno cheio de desejo.

Até que somos cortadas por um pigarrear intencional de Mark.

Ela se afastou de mim mais não tirou a mão de minha cintura. O que me fazia arrepiar por completo.

–Ei Mark o que foi parece que viu um fantasma? - Disse olhando para o Seu amigo bem a sua frente.

– Não nada! Torres está na hora de irmos, amanhã você terá uma cirurgia comigo as 10 da manhã. E já e Bem tarde. - Senti Mark tenso perante nós duas.

– Oh, sim tudo bem. - Que raiva daquele homem, a vontade que deu foi de dizer que ela já é bem crescidinha e sabia tomar conta de si, Callie olhou para mim pensei que ela iria me dar um beijo de despedida, mais o beijo não vieram. Callie passou a mão pelo meu rosto e disse - Você é o mais lindo dos Bebês que eu já vi na minha vida. - Aquilo partiu o meu coração por que eu não queria que ela fosse embora eu queria que ela ficasse e eu não queria ser chamado de bebê o que me fazia sentir uma criança.

Quando ela se virou para ir, repousei a minha sobre a minha boca. Eu queria que aquele momento não acabasse.

Senti na pele o quanto aquilo que havia acabado de acontecer, foi o mais intenso dos deleites mais imaginados por mim em toda a minha vida.