Por você escrita por Lai Universe


Capítulo 8
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo pessoal, peço desculpas pelos erros que devem ter aos montes aqui. Mas é que escrevi tudo no rascunho do celular já que meu pc ta sem word, vida triste T_T
Espero que gostem dele.
Ah fico muito feliz de vocês terem gostado da Susie, ela foi criada baseada na minha sobrinha, eu sou a "Tia Lai" kkkk



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Ronaldo parecia estar muito animado com a sua despedida de solteiro, durante a noite ele me enviou diversas mensagens falando sobre sua despedida de solteiro, acho que ele não dormiu já que elas continuaram ao longo da madrugada e de manhã também. Acho que já que ele estava tão feliz que não conseguia dormir, então resolveu não deixar ninguém dormir.
Ontem combinei com o Lars que iria para casa dele para de lá irmos à despedida do Ronaldo, como a despedida seria na cidade vizinha nós combinamos de sair as seis horas da noite.
Me levantei para fazer o meu café da manhã, olhei em volta da casa vi Ametista sentada na bancada olhando para Pérola que estava na cozinha.
— Bom dia pessoal. ­— Falei me sentando ao lado de Ametista.
— Bom dia carinha.
— Oh Steven, você já acordou? Estou fazendo seu café da manhã.
— Mas eu posso fazer isso sozinho...
— Mas você não precisa, eu gosto de cozinhar para você.
Pérola estava determinada a não me deixar cozinhar.
— Cara não discuta, se ela quer fazer o café da manhã para você deixa ela fazer, faça como eu só aproveita. — Ametista cochichou para mim.
— Não, esse café da manhã é para o Steven e não para você.
— Ah qual é, P.
Ametista protestou, mas Pérola a ignorou.
— Eu divido com você quando ela tiver saído... — Falei baixo para Ametista, para que Pérola não ouvisse.
— Vocês dois parecem duas crianças.
Pérola falou revirando os olhos.
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Mais tarde antes de ir para a casa do Lars passei em frente á casa do meu pai, fiquei alguns minutos encarando a casa, mas não tive coragem de tocar a campainha para falar com ele e me senti aliviado por ele não ter me visto ali parado, ainda não admito o fato de ele querer me substituir! Na casa do Lars depois que toquei a campainha quem abriu a porta foi a Sadie.
— Lars, o Steven está aqui! — Sadie gritou, ela se afastou da porta para me dar passagem. — Entra Steven.
— Mas já? Nós combinamos que ele só passaria aqui mais tarde. — Lars gritou de algum canto da sala.
— Mas acontece que o "mais tarde " é agora! Se você tivesse me escutado a hora que falei para você ir se arrumar, você não estaria atrasado agora!
Sadie gritava nervosa para o Lars. Esse é um daqueles momentos constrangedores onde não sei o que fazer, fui em direção á sala rindo de nervoso.
—Tio Steven!
Olhei para trás e Susie corria para perto de mim, ela estava usando um pijama de leão, ela até parecia um leão em miniatura, tinha até patinhas de leão e o cabelo cacheado ruivo dava um ar verdadeiro de leão, isso só deixou mais claro o quanto que essa garota gosta de leões.
— Susie, que bom ver você. — Me abaixei para abraçar a miniatura de leão— E aí como você tá?
— Eu to bem, tô muito feliz.
— Porque?
— Minha mamãe comprou esse pijama de leão pra mim. - Ela abaixou o capuz e o deixou cobrindo o rosto, em seguida rugiu com as mãos como se fosse me atacar.
— Sadie! A Susie se transformou em um leão! - Fingi estar assustado e entrar em desespero.
— Não me transformei não tio Steven, to aqui ó. — Ela tirou o capuz.
— Não me assuste mais assim menina. Meu coração não é tão forte.
Ela gargalhou e concordou mexendo a cabeça.
— Você veio para brincar comigo? Isso é tão legal!
Ela segurou minha mão correndo me puxou para a sala, ela se sentou no chão e ajeitou uma mesa que tinha vários papeis espalhados, junto com uma caixa de giz de ceras.
— Susie o Steven vai sair com o seu pai, ele não vai poder ficar desenhando com você aqui.
Sadie chegou perto de nós, no mesmo instante Susie fez um biquinho.
— Ah mamãe, eu queria brincar com o Tio Steven...
— Enquanto seu pai não desce, eu posso desenhar com você. — Falei antes que ela começasse a chorar, ela logo desfez o bico e sorriu feliz.
— Então... tá animado para ir a despedida? Sadie falou.
— Vai ser legal.
Confesso que não estava muito animado para participar, eu nunca havia ido a uma despedida de solteiro antes.
—É bom você ir, porque acho muito difícil ir muita gente
— Por que?
— Você sabe que o Ronaldo nunca teve muitos amigos, eu estou até surpresa do Lars ir.
— Eu também.
— Ele e o Lars não eram muito amigos, depois que você foi embora eles brigaram mais um pouco.
— Entendi.
— Sadie, aonde ta a minha camisa azul? — Lars gritou.
— Qual? Você tem tantas camisas azuis!
— Aquela azul que tem uns riscos.
— Ah claro ajudou muito — Sadie suspirou e se levantou do sofá — Vou lá ajudar ele a se arrumar, porque senão vocês não saem hoje.
Concordei enquanto vi ela subindo as escadas, olhei para Susie.
— Olha o que eu desenhei. — Susie mexeu nas folhas procurando pelo desenho dela, os desenhos que consegui ver antes dela espalhar, eram bem abstratos — Esse aqui é o leão, você e eu junto com ele.
No desenho dela, nós três estávamos sorrindo e embaixo de um arco íris.
— Ficou lindo seu desenho, Susie.
— Eu fiz ele para você.
— Obrigado, vou guardar com muito carinho.
Peguei o desenho e o dobrei com cuidado para guardar no bolso da calça.
— Steven, vamos!
Lars desceu as escadas de casa correndo, pegou a chave que estava pendurada perto da porta e abriu a porta para sair.
— Ei, que presa toda é essa? — Sadie se levantou indo para perto dele.
— Já estamos atrasados, se não formos rápido o manezão lá vai surtar.
Ele falou com tanta naturalidade que acho que ele está falando do Ronaldo.
— Não esqueceu nada?
— Ah é.... — Ele foi para a sala.. — Susie, não vai dormir muito tarde e obedeça sua mãe.
— Não estou falando disso. To falando de mim.
Lars se abaixou e deu um beijo em Sadie.
— Ai que baboseira, vou esperar no carro.
— Ai ai...a doce inveja de quem é um encalhado na vida. — Lars falou para me provocar.
— Não sei que inveja.
— Até mais tarde, amor. — Lars falou para Sadie, depois correu e me empurrou. — Não precisa ficar nervosinho porque é encalhado, também passei por isso.
— Eu não tô “nervosinho” e nem encalhado!
— Steven, não minta pra mim. Eu sou vizinho do seu pai, sei tudo que se passa na sua vida.
— Ah é, esqueci que você faz parte do clube dos fofoqueiros.
— Como é que é?
Droga. Sai correndo para bem longe em uma tentativa frustrante de fugir do Lars, eu e minha boca anormalmente grande. Ele se apressou para correr atrás de mim.
— Steven, não vou te machucar.
— Vai sim!
— Vamos logo, temos que ir para a outra cidade e demora um pouco. — Ele falou enquanto eu me aproximei dele. — Ih era brincadeira, vou te matar sim.
Ele deu a risada maléfica, um sorriso aterrorizante e antes que eu pudesse correr para longe dele para um lugar seguro, quando eu falo lugar seguro quero dizer Sadie. Ele me puxou e me jogou no chão.
Já dentro do carro para ir para à despedida de solteiro do Ronaldo, depois de ter ganhado um dedo molhado de cuspe dentro do meu ouvido, eu tentava me recuperar emocionalmente. Apesar de ter minhas dúvidas de quanto tempo vai demorar para eu conseguir esquecer isso. Que nojento!
— Steven, você já foi a uma despedida de solteiro?
— Não.
— Não acredito nisso cara! Como assim?! — Ele gritou incrédulo.
— Caso você tenha se esquecido, eu passei os últimos anos afastado de tudo e de todos.
— Você tem que ver os vídeos da festa que deram pra mim.
— Você filmou sua despedida de solteiro?
— Claro, um evento daquele só acontece uma vez na vida. — Só de lembrar, ele já estava sorrindo. — Ah Steven, aquilo que foi despedida de solteiro. Muitas mulheres, música boa.
— A Sadie nunca achou esses vídeos?
Ele gargalhou.
— Estão todos enterrados no quintal, dentro de uma caixa, muito bem protegidos.
Não sei se isso é medo da Sadie achar ou apenas um jeito novo de guardar coisas memoráveis. É a primeira opção mesmo.
— Medo...
— O que?
— Nada... não falei nada. Como você decidiu que a Sadie era a mulher da sua vida?
Não estava preparado para receber outro dedo babado, me apressei para mudar de assunto, mesmo achando ser um assunto delicado já que ele ficou um tempo em silencio, batendo os dedos no volante como se tivesse um ritmo imaginário.
— Não foi bem uma decisão, é só que ela sempre foi uma pessoa presente na minha vida, sempre esteve do meu lado, sempre se esforçou para me ajudar... Ela sempre foi o amor da minha vida, eu só não tinha percebido isso ainda ou talvez tivesse percebido mas não queria admitir.
Não sei se foi impressão minha, mas senti como se ele estivesse lamentando todo o tempo que perdeu agindo como um idiota.
— Mas o que fez você enxergar?
— Quando ela começou a namorar o Ronaldo.
— O quê?!
Sadie e Ronaldo? ...Ronaldo e Sadie? ...Como isso foi acontecer? Só pode ter sido um acidente de percurso, um acidente de um cupido cego, que por sinal deve ser o mesmo que fez a M-I-N-H-A Connie ficar com o Pedee. Nada contra os Fryman, são todos legais, menos o Pedee.
— É, eles namoraram um tempo depois que você foi embora.
— Quando?
— Você sabe que depois daquela história no haloween, eles ficaram bem amigos. Não sei bem quando, os dois ficaram tão próximos que começaram a namorar.
— Como você suportou isso?
— Não suportei, sabe o jeito que você se sente quando vê a Connie com o Pedee? — Ele me olhou, o olhar dele era uma mistura de pena e alegria. Eu concordei. — Eu me sentia desse jeito, cada vez que ele chegava lá no big rosquinha para sair com ela, ou até mesmo quando via os dois juntos no cinema, no parque de diversão seja onde quer que fosse, eu me sentia péssimo, eu não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo comigo.
Não posso negar que ver a Connie com o Pedee é algo extremamente doloroso, eu sempre pensei que fosse construir uma vida com ela, sempre criei tantas expectativas, tantos sonhos, mas agora tudo isso parecia...nada.
— O que você fez para ter ela?
— Em um momento de desespero, não estava em casa chorando imaginando o quanto ela seria feliz sem mim se é isso que você está pensando, eu só corri para a casa dela e pela primeira vez em muito tempo eu fui sincero e abri meu coração. No começo ela achou que eu estava brincando, mas depois que ela viu meu desespero, ela falou o que sentia, falou dos medos dela... — Ele parou, começou a rir. — Você não sabe como foi maravilhoso ouvir tudo aquilo, apesar do momento trágico dela estar chorando e meus olhos terem ficado irritados com uma poeira básica, foi algo memorável e deu tudo certo no final.
— Eu sempre soube que você gostava dela.
— A cidade toda sabia. — Nós rimos, isso era um fato. — Agora que te contei toda a minha história de amor, você vai tomar um rumo na vida?
— Como assim? — Perguntei para ele sem entender o que ele havia dito.
— Cara, a garota por quem você é apaixonado desde a primeira vez que à viu vai ser casar com um idiota, e você não vai fazer absolutamente nada para impedir isso? Sério mesmo? — Lars gritou para mim pulei no banco do carro por causa do susto, senti como ele estivesse brigando comigo, mas acho que estava mesmo.
— Ela escolheu ficar com ele, não tem muita coisa que eu possa fazer... — Falei abaixando meu tom de voz.
— E depois o idiota que não admite os sentimentos sou eu, não acredito que você vai deixar isso acontecer. — Ele estava indignado.
— Eu não tenho o que fazer!
— Vem cá, você quer que eu escreva para você o que você deve fazer ou você consegue pensar sozinho?
— Porquê você tá brigando comigo? Você acha que eu tô gostando de ver ela com o Pedee? Você acha que eu to adorando sofrer né? Lógico que não, não sou nenhum masoquista.
— Olha, não quero que você sofra. Eu consegui ficar com a Sadie, você só tem que lutar. Lute até o fim.
Nunca tinha visto o Lars falar assim antes, muito menos me motivar do jeito que está motivando. Se ele conseguiu ficar com a Sadie, mesmo tendo agido muito errado com ela durante muito tempo, eu posso também ficar com a Connie.
— Agora você vai lá lutar e não desista até ter ela de volta, tá ouvindo?
— Obrigado Lars.
Lars nunca havia me dado um conselho antes, ele só gostava de implicar comigo, acho que agora ele está finalmente se comportando como um adulto. Acho que minha situação tá tão ruim que até ele se sensibilizou.
— Não há de que, tem muita coisa em jogo aqui.
— O que?
— Nada não... já estamos chegando. Lembre-se, nada de gravar vídeos meu.
Achei muito estranho isso de ter muita coisa em jogo principalmente por ele ter mudado de assunto tão rapido.
— Porquê?
— Porque não quero que fiquem me gravando.
— Mas você tem videos da sua despedida em casa... Ah entendi! Você tá com medo da Sadie ver. — Falei já sabendo que a verdade.
— Eu com medo da Sadie, fala sério! ... eu morro de medo dela mesmo.
Ele abaixou a voz ao confessar o medo dele, não consegui me conter e gargalhei bem alto dentro do carro, ele aumentou o volume do rádio para que não pudesse me ouvir gargalhando dele, finalmente encontrei o medo do Lars.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, já comecei a escrever o capítulo 9 espero que consiga postar ele até final do mês.
Não deixem de acompanhar e comentar.
Até o próximo capitulo ^^