Making Love Out Of Nothing At All escrita por hidechan


Capítulo 3
Capítulo III: Eu sei bem onde encontrar as respostas


Notas iniciais do capítulo

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– Como assim, Dai-chan? _a menina de cabelos rosa levou outra colher do pudim à boca.

– Estou dizendo que o Kagami ficou com ciúme da Kana-chan _seus lábios tomaram um sorriso presunçoso.

– Não foi você quem falou... _apontou a o talher para frente _que entre vocês não tinha nada?

– Eu sei, Momoi! Mas será que as coisas não estão mudando?

– ...e você parece bem feliz _comentou sendo incapaz de esconder o sorriso travesso. As bochechas do amigo esquentaram.

– Sabe que eu, particularmente, não teria problemas em dar exclusividade para ele. Só que a banda não toca desse jeito _bocejou _fazer o que.

Aomine deitou no cimento frio levando as mãos para trás da cabeça.

– Ah Dai-chan, por que não tenta conhecê-lo melhor? Basquete e sexo não são tudo nessa vida. E vamos voltar para dentro, está frio! _se levantou rumando para as escadas.

As palavras de Momoi ficaram rodando em sua cabeça. Até aquele momento não tinha pensado seriamente naquilo... conhecer Taiga melhor? Fazia certo sentido.

– Mas não hoje! _disse para a menina que já estava no corredor _vou sair com a Kana-chan.

– Outro assunto que você precisa decidir, ela gosta de você. Vai magoá-la se continuar nesse leva e trás.

– ...to ligado _resmungou.

Kanade acabou se mostrando uma menina muito gentil e legal nos últimos tempos, a morena de cabelos longos estudava em outra escola, a conheceu por intermédio de uma ‘peitos enormes’ que pegou há tempos atrás. Daiki no geral não mantinha contato com suas ex-peguetes, entretanto nunca brigou com nenhuma delas, apenas perdia o interesse. Kanade poderia ser considerada a primeira que prendeu sua atenção por mais de um mês, estava animado por continuar a vendo sempre que tinham oportunidade; infelizmente os estudos era algo muito importante na vida da garota e não se permitia sair sempre. Inteligente, responsável, morava sozinha desde seus 14 anos logo muito prendada em quase tudo ligado a serviços domésticos. Além de ser uma boa esportista, ou pelo menos não era preguiçosa e fresca como a maioria em sua turma.

Sua aparência delicada também era outra coisa que deixava Aomine louco, cuidava dos cabelos, da pele e das unhas de maneira sagrada. Coisa que jamais veria em Taiga por exemplo, o ruivo era bem relaxado até com suas roupas; ele ia adorar poder ver o companheiro numa camisa social ou numa calça sem deixar a cueca a mostra o tempo todo... Infelizmente a única coisa que Kande jamais teria era o sorriso contagiante, bom ela até poderia ter, mas nada a nível Kagami Taiga.

– Será que gosto dos dois? _perguntou enfim para a amiga.

– Impossível _deu os ombros _um deles é apenas curiosidade, precisa se decidir.

– ...Momoi _estalou a língua no céu da boca _não é simples assim. O Kagami não se esforça em nada, como vou me decidir se um deles não se interessa? Nesse ritmo é óbvio que ficarei com a Kana-chan.

– Quem tem que se esforçar é você, idiota! _inflou as bochechas dando um suspiro pesado em seguida _já disse como deve dar o primeiro passo. Agora vamos, a aula vai começar _e encerrou o assunto.

Ela detestava a tal da Kana-chan, preferia que Aomine ficasse com Kagami, pelo menos era um homem e não poderia competir com esse fato. Não que ela realmente quisesse namorar o amigo, claro, mas tinha ciúme de qualquer outra menina chegando perto do mesmo, pois seu posto seria roubado. Ficou observando as costas largas do jogador da Toou enquanto o mesmo ocupada a carteira ao lado.

– Só quero te ver feliz _disse a esmo, ele não escutou.

–------ + -------------

A tarde fria fez a pequena espirrar, Aomine enrolou seu cachecol envolta do pescoço e beijou o topo de sua cabeça.

– Nos vemos na Sexta-feira então?

– Obrigada, sim! _esfregou as mãos _espero que não esteja tão frio. Estou indo _olhou de canto para a estação.

Os minutos vieram e foram sem que dissessem palavra alguma, gostavam do silencio quando enfim chegava a hora da despedida.

– Kana-chan... hum, pode me devolver o cachecol? Sei que acabei de te emprestar, mas não é meu.

– ...ah claro _devolveu o objeto um pouco relutante _tem o perfume de outra pessoa nele.

– É de um amigo _respondeu rapidamente trazendo uma expressão de alivio no rosto da menina _como irei vê-lo daqui a pouco acho melhor devolver de vez.

– Não me importaria de conhecer seus amigos um dia... quero dizer... _mordeu o lábio _nós estamos juntos, não?

A pergunta inevitável já estava para vir fazia dias, Daiki apenas se concentrou em evitá-la o máximo possível. Kanade mantinha o olhar baixo, evidentemente com medo da resposta.

– Kana-chan, sempre fui sincero. Estamos saindo, realmente não peguei mais ninguém além de você, mas ainda não é um namoro.

– Entendo... e-eu sei, me desculpe. Então estou indo! Mando o endereço da minha escola para você depois.

Sua cintura foi puxada e os lábios tomados com avidez, o beijo francês começou quente deixando o rosto de Kanade vermelho.

– Até mais, Kana-chan _sussurrou em seu ouvido.

– Uh... eu te odeio _riu dando um tapinha de leve em sua orelha _vou embora passando vontade, não mereço! Vai logo antes que eu mude de ideia e te leve pra casa.

– Hum _estreitou os olhos pensando na possibilidade.

– Kagami-san o nome do seu amigo, não é? Não perca os poucos que possui, Daiki.

– Tem razão _olhou para o relógio _mas já que estou atrasado, vem me dar mais um beijo!

Taiga rolou os olhos, acabou indo até o mercado ao lado da estação antes do amigo chegar e acabou o encontrando se enroscando com a suposta namorada. Se escondeu próximo ao casal a fim de pregar uma peça, porém acabou escutando algo que lhe chamou a atenção: “mas ainda não é um namoro”. O ainda ficou pairando em sua mente, pelo o que se lembra Sexta-Feira seria aniversario da menina, dia perfeito para uma declaração, não? Seu peito apertou, teriam então que terminar com aquele relacionamento superficial.

Decida-se Taiga! Não era o que estava esperando? Tinha medo que Daiki se apaixonasse por si, um medo tão grande que chegava a tirar seu sono. Era o tempo perfeito para que se separassem de vez. Ainda assim... já no final de semana? Era muito pouco tempo para muito sexo!

– Kagami? _o moreno chamou seu nome assustando o mesmo _o que está fazendo ai?

– Ah... e-eu vim comprar nosso jantar e... vocês estavam se atracando! _se justificou.

– Foi mal _sibilou olhando para o lado _podia ter me chamado mesmo assim, idiota. Obrigado por me esperar _tomou as sacolas das mãos do amigo _levo isso pra você.

– É o mínimo _cruzou os braços fingindo irritação.

– Ok, ok Kagami-sama.

Se puseram a caminhar em direção contraria a estação, Aomine não pode segurar o sorriso.

– Taiga, como é sua família?

– Uh? Ah... bom, pais separados. Meu pai viria morar comigo aqui no Japão, mas voltou a viajar por causa de negócios e a minha mãe mora em Los Angeles. Pode conhecê-la quando quiser, pelo skype ou coisa parecida. Ela é bem gentil e animada.

– Hum...

– Por que isso de repente? _olhou curioso para ele.

– Não é nada, apenas fiquei curioso. Já conhece os meus então... _deixou o resto subentendido _fica chateado por causa da separação?

– Eles se separaram quando eu tinha alguns meses de vida, quando era menor senti a falta de uma figura paterna como qualquer criança da minha idade, mas passou. Cresci rodeado de tios e primos, minha mãe inclusive é trigêmea... sério, isso me confunde até hoje _riu junto do amigo _é tranquilo.

– E... sente falta deles?

– Sempre, mal vejo a hora de ir para Los Angeles nas férias de verão! Vai ser foda e ainda vou jogar basquete de rua.

A animação de Taiga foi também o desanimo de Daiki, nunca o vira dizer sobre algo com tanto entusiasmo – fora o basquete. “Viu, seria legal você ser assim comigo também” Pensou dando os ombros.

– Desculpa não ter chamar mais para vir em casa, minha mãe é um saco... né?

– Como? Ah, não se preocupe, posso almoçar na casa dos outros. Relaxa.

Doeu. Quer dizer, não era para valer, ele respondeu sem ler as entrelinhas, afinal era de Kagami Taiga que estava falando. Entretanto achou que ter o ruivo em casa era um conforto para o mesmo, uma vez que sentia falta de sua própria em Los Angeles. Pelo jeito se enganou – de fato uma família nunca substitui outra...

– Va-vamos logo, está frio! _devolveu o cachecol colocando ao redor do pescoço do ruivo _obrigado por isso.

– ...está com o perfume dela. É bom _cheirou o tecido macio _está com o seu também.

– Você tem o olfato apurado, gosta do meu perfume?

– É bom _respondeu simples _mas vou lavar quando chegar em casa, essa mistura de aroma me dá dor de cabeça. Ah, droga, esqueci de comprar café... ah foda-se.

– Quer que eu compre pra você?

– Não precisa _franziu o cenho _você está estranho hoje.

– O único estranho aqui é você, olha essas sobrancelhas!

A onda de provação começou durando todo o caminho de volta para o apartamento de Taiga, ao final de tantos xingamentos os amigos já não se lembravam mais o motivo da ‘briga’. Rindo, deixaram as sacolas na cozinha e entraram juntos no banho. O sexo daquela noite foi um pouco mais intenso, Kagami insistiu que fizessem sem as incomodas camisinhas, também deixou que Aomine tentasse o famoso 69 quando voltaram para o quarto. Do ponto de vista AoKaga aquilo foi um ato de carinho (toda aquela atenção/empolgação na transa); algo estava pairando no ar e nenhum deles sabia como colocar em palavras. As coisas enfim pareciam mudar.

O jogo da NBA encerrou com uma vitoria apertada dos Clippers, Taiga desligou a tv antes de levar a louça suja na pia. Na sala, sua visita arrumava suas coisas para ir embora, olhou em volta, como de costume, procurando algo mais que poderia vir a esquecer.

– Estou indo!

– Beleza _respondeu por de trás do balcão onde se agachara para limpar o shoyu derramado horas mais cedo _ Oe!! _sentiu os lábios de Daiki tocarem sua nuca.

– Nessa pose ai fica difícil, sabe.

– Tarado... aliás, você não disse a ela que não está saindo com mais ninguém?

A pergunta fez o ar sumir de seus pulmões, literalmente. Sinceridade era algo que rolava entre eles, então foi obrigado a dizer a verdade.

– Eu disse, ficou chateado?

– Por que eu ficaria? Foi só um comentário, relaxa _deu os ombros indo em direção a pia.

– O que eu poderia responder? Estou saindo com um cara também?

– Já disse que não fiquei chateado _olhou para trás desligando a torneira e desistindo de lavar o pano que usara minutos antes _não precisa se explicar, também acho que foi melhor assim.

– ...mas você deveria _resmungou soltando o ar de forma exagerada _bom, vou vazar.

Kagami abriu e fechou a boca sem conseguir dizer, aquele resmungo o pegou de surpresa; não estaria ele... estaria? Assistiu Aomine sair do apartamento sem se despedir.

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Boy George esta fora de moda a séculos, foi a frase que Kuroko usou quando ouviu Taiga tocar ‘Cum on feel the noize’ na guitarra, o menor levou um tapinha no ombro. Depois de jogarem basquete com a equipe do colégio, resolveram terminar a Quinta-Feira no apartamento do ruivo, fazendo o de sempre: nada. Taiga achava que o lance de fazer nada era culpa de Daiki, mas descobriu que isso vinha de si, pois até Kuroko, que detestava ficar parado, concordou com aquela situação.

– ...que tédio _olhou para a palheta gasta _ah desculpa, não é por sua causa _se apressou quando percebeu a indelicadeza da frase.

– Também estou, entendi o que quis dizer _sorriu de forma despreocupada _alguma coisa está te incomodando, Kagami-kun?

Taiga torceu os lábios.

– Talvez.

– É sobre o Aomine-kun?

– Isso parece conversa de menina _suspirou se jogando na cama onde estavam sentados até então _mas é sim.

– Apesar disso, não consigo imaginar o problema _brincou com seus próprios dedos.

– Também não sei bem qual é o maldito problema. Só estou ansioso.

– Por que não tenta organizar seus pensamentos? É como num jogo de basquete, se sair atacando sem pensar em seus próprios passos, acabará perdendo a bola, se lançar do ponto em que está, acabará perdendo a cesta _fez um gesto de arremesso com as mãos _o que acha?

Durante um minuto inteiro os amigos se concentraram apenas no barulho da chuva do lado de fora. Taiga rolou para o lado tentando se lembrar dos fatos desde o começo.

– Começamos a jogar o mano a mano depois da winter cup e de lá até agora, nossa amizade se firmou. Certo? _ganhou um aceno de concordância _e... bom, ele é... uh _não conseguiu escolher as palavras tomando um forte tom carmesim em seu rosto.

– Bom de cama? _a pergunta que soou mais como uma afirmativa arrancou um resmungo do outro.

– Sim, então começamos com essa relação complicada. Quer dizer, não é complicada, é apenas isso e basquete.

– Está ansioso.

– Estou... e se ele estiver gostando de mim? _se virou de repente encarando os olhos grandes e límpidos do amigo _o que eu faço?

– ...simples como a relação de vocês, aceite ou termine _disse o obvio esperando a conclusão de Taiga _mas não é bem isso, certo?

– Vamos continuar sendo amigos e... ele vai pedir a menina dele em namoro.

– Admita de uma vez que não quer isso. Entretanto, Kagami-kun, ele também é meu amigo, não o machuque. Espero que suas intenções sejam as melhores possíveis.

O tom de sua voz poderia ser ameaçador se ele quisesse, porém veio mais como uma suplica e isso deixou Taiga desconcertado. Estava certo, precisava abrir de vez o jogo com o moreno... ou pelo menos tomar alguma atitude.

– Não quero que ele se apaixone por mim _disse por fim _nem por ela. Sei que é impossível.

– Como você é egoísta _balançou a cabeça de forma negativa.

– ...perdão.

– Mas sei que é gentil e um bom amigo, não fará nada que machuque o Aomine-san _afagou os cabelos macios de Taiga _por confiarmos em você, que nos tornamos seus amigos.

A declaração simples fez o outro se sentir orgulhoso de si mesmo, retribuiu com um largo sorriso.

– Obrigado, Kuroko. Gosto muito de vocês dois! Vou conversar com o Daiki e perguntar o que ele está sentindo... bom, espero que dê tempo.

– Como assim?

– Acho que pedirá ela em namoro amanhã ou então se recusará por minha causa. Não posso deixar que faça nenhuma das duas coisas sem antes ter certeza do que sente!

– Kagami-kun _o pequeno riu _se ele a pedir em namoro, não ficará tudo bem? Quero dizer... você está se contradizendo. Se ele desistir dela por você ai sim deverá perguntar a ele.

– ... _umedeceu os lábios querendo protestar, mas sabia que não tinha a razão_ podemos pedir uma pizza? Sério.

Kuroko encerrou o assunto se deitando ao lado do amigo, puxou a coberta sobre seus ombros resmungando algo que lembrava ‘sabor quatro queijos’.

– ...obrigado _pegou o celular jogado debaixo da cama discando os números já decorados _ah, Kuroko, decidi voltar para Los Angeles depois da forma- ... alô? Oi, posso fazer um pedido? Sim, duas quatro queijos, grandes.

...Los Angeles?

–--------- + --------

Sexta-Feira. Meio dia e meio. Colégio feminino Bijinzaka.

– Kana-chan, estou na frente do seu colégio _olhou ansioso ao seu redor.

– Um segundo amor, já te vi, mas tem um monte de gente na minha frente _riu _hey, está lindo.

A ultima frase fez Aomine se arrepiar, Kanade estava atrás de si sorrindo de forma travessa.

– Oh, me enganou é! _a levantou no ar _boba, feliz aniversário!

– Obrigada _beijou seu rosto _pode me colocar no chão agora, sabe.

– Não. Vou te levar assim _ajeitou melhor a mulher em seus braços e saiu a carregando como uma princesa _onde iremos?

– Pra lá! _apontou para o sul _vamos comer estou faminta. Se conseguirmos comer o hambúrguer todo, não precisamos pagar.

– Mentira! Onde?

– Para lá príncipe! Anda preguiçoso, corre!

Aomine perdeu a força por causa do riso que se tornou impossível de ser contido, com cuidado, colocou a garota de volta ao chão.

– Du-duvido que coma tudo _segurou a barriga se acalmando aos poucos.

– Já consegui três de cinco tentativas.

– ...vai se foder. Saco sem fundo!

– Vem, Daiki! _o puxou pela mão _vem!

O moreno precisou piscar duas vezes antes de voltar a realidade, estava vendo o impulsivo Kagami Taiga no lugar de Kanade. “Ah não... fiz outra vez” Pensou estalando a língua no céu da boca. Precisava mesmo parar de procura-lo em outras pessoas.

No começo era algo inconsciente, sempre que saia com alguma garota a escolhia por ter algo parecido com Taiga. O sorriso, o jeitão desleixado, as vezes a animação; somente depois de várias delas ele se deu conta que estava fazendo aquilo. Não era algo ruim, por causa disso acabou ficando mais sociável e aprendeu a separar as coisas, só que as vezes ficava complicado continuar, pois Taiga estava sempre a sua espera. O original era sempre melhor afinal, não? Entrava então em seu dilema, ficar com a garota incrível (e com tudo o que gostava, mesmo que sendo igual ao amante) ou voltar para os braços do ruivo? Ele sabia que não seria amado da mesma forma, ele também sabia que gostava de namorar e ter todo aquele sentimento bom... e ele também sabia que se continuasse a ficar com Taiga, sairia machucado. Sabia? Eram apenas hipóteses.

– Depois podemos ir ao cinema _chamou a atenção de Daiki que se mantinha ocupado em seus próprios dilemas.

– Hn, claro _escondeu seu desanimo, geralmente ia sozinho por detestar o gosto das pessoas por filmes. Taiga sempre queria ver romance, por que diabos um homem de quase dois metros e totalmente insensível gostava de romances?!

– Vai me deixar escolher? É meu aniversario _mexeu despreocupada no cabelo.

– Iremos ver os romances _suspirou.

– Ew, Daiki! Romance não, terror. Estreou ‘Annabelle’, fiquei esperando para ir ver com você. Ou o ás de Toou tem medo?_disse com um tom leve de ironia.

Ok, aquilo foi perfeito demais para ser verdade!

A lua já estava alta quando o casal deixou o shopping, o moreno entrou no trem segurando a mão fria da pequena e ocuparam os assentos do fundo. O silencio constrangedor fez ambos desviarem o olhar para qualquer ponto dentro do vagão, tinha chego a hora.

– ...Daiki, acha melhor ficarmos apenas como amigos? _ainda sem levantar o olhar, acabou por se ocupar com as unhas _gosto de sair com voc-

– Não sei, e-eu não sei... estou confuso _afagou os cabelos macios de Kanade _é horrível não é? Essa sensação.

– Falando assim, parece que você também está na mesma situação _disse assusta.

– Não! Já passei por isso, é, eu passei a um tempo atrás _mentiu tomando cuidado para não tropeçar em suas próprias palavras _por isso queria fazer tudo certo dessa vez.

– De qualquer forma, não quero que isso se estenda. Só estou me protegendo, me desculpe, ainda assim seremos amigos então... bom, espero que isso seja algo bom pra você.

– Se continuar sendo compreensiva assim ficará difícil _sussurrou para si mesmo recostando a cabeça no metal frio _sei que esperava mais de mim hoje.

– Tudo bem _se levantou ao perceber que sua estação estava próxima _jamais exigiria algo assim de uma pessoa tão sincera, Daiki-kun. Obrigada por hoje, foi muito divertido _e voltou a exibir um sorriso largo.

– ...foi sim.

Eles descerem do trem, a noite enfim não acabaria ali.

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Sexta-Feira. Meia noite e meia. Kagami Taiga.

O celular seguro entre os dedos do jogados da Seirin voltou a vibrar, abriu os olhos de forma preguiçosa para ler a mensagem de Aomine.

“Foi mal, estou na casa da Kanade. Você está bem?”

Ok, aquilo foi errado da parte de Kagami. Ele sabia que o amigo estava tendo um encontro, que iria passar o final de semana no apartamento da menina, que ele talvez até chegasse a pedir em namoro... então porque diabos tinha mandado um maldito sms dizendo que precisava dele ali?

– ...cara, como sou ridículo _resmungou se arrependendo.

Atrapalhar os sentimentos pelo puro egoísmo de não o querer com ninguém lhe fazia perder todos os creditos, sentir nojo de si mesmo.

“Estou sim! Só queria que fosse lá comprar meu café, puta preguiça!”

Digitou qualquer coisa numa tentativa de provocá-lo e desfazer o clima tenso, Aomine ainda responderia que iria vê-lo na Terça, quando fossem jogar basquete no amistoso contra sua escola e que iria levá-lo numa cafeteria nova.

Taiga nem gostava tanto assim de café, se sentiu duplamente culpado.

Para: Aomine

12:30 pm

“Preciso de você aqui...”


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