Alan Potter resolveu tudo na universidade para que Lily pudesse viajar em pleno mês de junho. Lily estava em casa fazendo a mala, encheu uma mala média de mão e uma mochila, só ia precisar de roupas.

Enquanto terminava pensava se essa viagem ia dar certo, seus pais não gostaram muito da ideia, mas aceitaram, era importante pra ela. Sua irmã ficou com ciúmes, como sempre, e inventou vários empecilhos. Já Lily estava apreensiva, nos poucos minutos que conversou com James já sentiu que ele era um imbecil mimado, apesar de lindo, e não sabia se ia suportar um mês com ele, mas tinha que ter paciência.

Ouviu a buzina do taxi que ela chamou, verificou se não tinha esquecido nada, pegou tudo e desceu. Se despediu da família, entrou no carro e partiu rumo a casa dos Potter.

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James também terminava de fazer as malas, não queria levar muita coisa, então estava levando uma mala pequena e a mochila. Desceu as escadas de sua casa, abriu o porta-malas do carro que estava estacionado em frente a casa e guardou as coisas.

Pensou em Lily e em como queria essa viagem há tanto tempo, mas nunca imaginou que seria com alguém como ela. Não queria fazer essa viagem com uma mulher, ele adora mulheres, mas elas são um pé no saco depois de um tempo, ficar um mês com apenas uma seria difícil.

Ouviu um carro parando atrás dele, se virou e viu Lily descendo do táxi. Estava de calça hoje e com um coturno, carregava a mala pesada pra fora do carro. Ele sentia uma coisa diferente por ela, algo que nunca tinha sentido, uma sensação esquisita no estômago a cada vez que seus cabelos ruivos esvoaçavam. Saiu apressado para ajuda-la com a mala:

– Deixa que eu pego pra você Lily.

– É Evans, Potter. E não precisa, não esta tão pesada – disse ela irritada.

Que bicho mordeu ela?, pensou ele.

– EVANS, isso só vai funcionar se nós dois cedermos – disse ele, dando ênfase no sobrenome dela.

Lily bufou:

– Tudo bem, ela é toda sua – disse ela, lhe oferecendo a mala, que a pegou e colocou no porta-malas junto com a sua.

– Pronta para partir? – perguntou ele enquanto fechava a tampa e limpava as mãos na calça.

– Prontíssima – disse ela. Só que não, pensou.

– Então vamos.

James apontou o outro lado do carro para Lily entrar e entrou no lado do motorista. Ela se sentou, virou para ele e perguntou:

– Qual vai ser a rota?

– Que rota? Não precisamos de rota, vamos pra onde a estrada nos levar – disse ele, rindo.

– Você nem sabe pra que direção vai? – perguntou ela, incrédula. Como assim não tem roteiro?, pensou ela.

– Claro que eu sei, vamos para o sul, depois daremos e volta e vamos para o norte e voltaremos para Cambridge, sãos e salvos.

Isso eu duvido muito, pensou ela.

– Certo – Lily tirou um mapa da mochila e o abriu – para o sul daqui tem... Londres.

– Vamos pular Londres, já fui lá milhões de vezes, não é mais novidade – debochou ele.

– Não conheço Londres muito bem, nem tenho uma foto com os soldados da rainha – Lily pensou alto – Acho que falei isso em voz alta – ela olhou para James e começou a rir.

– Eu não acredito que você não tem uma foto com eles, COMO ASSIM? – ele começou a rir, entrando na brincadeira – Primeira parada: LONDRES.

James ligou o carro e eles partiram rumo a capital do país. Era por volta das 8 da manhã e estava um clima ameno, uns 23°. Para um inicio de verão estava ótimo. Ele ligou o rádio e tocava If I lose myself – One Republic.

– Eu amo essa música – Lily falou.

– Minha preferida – ele piscou para ela.

Lily colocou os pés em cima do porta-luvas, tirou um caderninho da mochila e começou:

– Então Potter, me fale sobre você.

James olhou para ela meio perplexo.

– Sério? Se nossa relação for assim eu não vou te aguentar – riu voltando a olhar para frente – Primeiro: me chama de James, segundo: que tal nós conversarmos como pessoas normais, assim você me conhece e eu te conheço, sem esse caderninho de gente louca – disse ele, apontando para as mãos dela – terceiro: posso te chamar de Lily?

– Primeiro: Tudo bem, JAMES, segundo: é que eu sempre quis usar um desses – comentou ela, jogando o caderno no banco de traz – terceiro: pode, fazer o que – disse ela, revirando os olhos – Então James, me fala sobre você.

– Bom LILY, tenho 21 anos, sou rico, lindo e gostoso – respondeu ele, rindo – o que mais você quer saber?

– Você esqueceu do convencido e idiota – disse ela bufando – quero saber coisas mais intimas, sei lá.

– Eu estava brincando ruiva...

– Ruiva? Já deixei me chamar de Lily, não força a amizade James – Lily o interrompeu, irritada.

– Bom, como eu ia dizendo RUIVA...algo intimo... eu não tenho amigos de verdade, apenas colegas de balada, e eu sou muito bom no futebol – James respondeu, para irritá-la mais – e você?

Lily respirou fundo. Não mate ele, não mate ele, pensou. Ignore.

– Minha irmã me odeia, tenho um melhor amigo chamado Severo Snape e não suporto que me chamem de ruiva.

– Que nome escroto desse seu amigo – não gostei dele, pensou – e porque sua irmã te odeia? – perguntou ele, ignorando a ultima parte.

– Ela tem inveja de mim, tudo que eu tenho ela quer ter também, insuportável – respondeu ela – e o nome dele não é escroto, é diferente.

– Então tá né – James deu de ombros.

Eles teriam muito que se conhecer em uma hora e meia de viagem...