Lilian Evans, a melhor aluna da turma, estava com a cabeça apoiada na mão, com o pensamento bem longe da aula. Ela pensava no que seria do seu trabalho final do curso, não fazia ideia do que fazer.

Lily está no ultimo ano do curso de Psicologia na Universidade de Cambridge, com seus 21 anos, ela pela primeira vez está perdida.

Entretida nos pensamentos ela nem percebe que a aula chegou ao fim, e o seu professor preferido, Alan Potter, notou a “ausência” dela. Ele chega perto de sua mesa e pergunta:

- Tá tudo bem Lily? Vi você perdida a aula toda.

Lily levanta a cabeça e olha para o professor. Alan deve ter em torno de uns 50 anos, alto, cabelos castanhos e meio bagunçados, olhos castanho-esverdeados e deveria ter sido muito bonito quando era jovem.

- Desculpa professor, é que eu tava pensando no meu trabalho – disse ela, voltando para a realidade.

- Falando no seu trabalho, como ele anda?

- Péssimo – ela diz recolhendo seu material e colocando na bolsa.

- Por quê? – Alan pergunta curioso.

- Eu tinha uma ideia sobre ele desde o começo, mas não consigo realiza-la, preciso de alguém para ser minha “cobaia”, alguém para eu estudar, mas não acho quem queira, agora estou sem ideias para substituir a principal.

Alan fica pensativo, ele conhece exatamente quem pode ser a cobaia de sua melhor aluna: seu filho.

- Lily, quero te fazer uma proposta.

- Diga – diz ela, desconfiada.

- Eu tenho sua cobaia.

Mal ela sabia que essa não seria a solução do problema, seria MAIS problema.

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James Potter esta curioso, porque seu pai o chamou em sua sala de novo? Ele nem fez nada, não que ele lembre pelo menos. James bate na porta do pai e o ouve dizendo para entrar. Abre a porta lentamente.

- James, sente-se – Alan diz.

James caminha rapidamente até a cadeira e pergunta nervoso:

- O que eu fiz dessa vez?

- Você não fez nada James. Te chamei para te fazer uma pergunta.

- Pode fazer então.

- Você ainda esta com aquela ideia de que para descobrir o que você quer da vida você precisa viajar e conhecer a você e o mundo?

- Sim, tenho certeza que é disso que eu preciso.

O senhor Potter se recorda de como é a vida do filho: cheia de mulheres, baladas, dormir o dia todo, um “faz-nada”. Já tentou dar um basta nisso, mas James não toma jeito, não se interessa por nada. Chegou a hora de dar a ultima chance ao filho.

- James, tenho uma proposta para você: eu apoio a sua viagem, forneço o carro, a verba, tudo, mas com uma condição.

- Qual condição? – pergunta James desconfiado, quando ele viu a luz no fim do túnel aparece à condição.

- Quero que leve uma aluna minha com você.

- O QUE? – James não se controla.

- Me deixe explicar: ela precisa de alguém para basear a sua tese, e você precisa de alguém para te ajudar a se entender. Ela está no ultimo ano de Psicologia, vai te ajudar.

- Pai, eu nem conheço ela, ela pelo menos é bonita?

- Que tal você conhecer ela, ai você decide, e ela também – disse o pai, rindo da pergunta do filho.

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Lily esta parada na porta da frente da casa dos Potter, super nervosa. Ela aperta a campainha e uma senhora vem atender.

- Bom dia querida, você deve ser Lilian Evans, não é? O senhor Potter esta te aguardando, vamos, entre – diz a empregada.

Lily entra na casa, e que casa, segue a empregada até uma porta de madeira, a empregada bate e abre a porta dizendo:

- Senhor Potter, a senhorita Evans está aqui.

- Mande-a entrar.

Ela entrou na sala e perdeu o ar. As paredes eram todas estantes, cheias de livros, e se existe um paraíso, esse seria o de Lily. Havia uma mesa no centro com duas cadeiras na frente e ao lado um sofá de couro marrom, Alan se levantou do sofá.

- Bom dia Lily, querida – se aproximou e beijou sua mão – Quero lhe apresentar meu filho, James – se virou e apontou para a outra pessoa sentada no sofá.

O coração de Lily parou. Ela prendeu a respiração, olhou o cara se levantando e pensou “MEU DEUS”. James e o pai eram bem parecidos, mesmo tamanho, cabelos bagunçados, olhos castanho-esverdeados, e um sorriso de desmaiar qualquer uma. Vestia uma camiseta branca e um jeans vinho, começou a se aproximar, estendeu a mão e disse:

- Muito prazer Lily.

O prazer é todo meu, ela pensou.

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Quando James viu Lily entrando por aquela porta, seu primeiro pensamento foi: puta que pariu. Não tinha como pensar outra coisa. Ele não acreditava que ia viajar durante um mês, dentro de um carro, com ESSA garota.

James a olhou de cima a baixo. Lily era ruiva. Eu tenho queda por ruivas JESUS, pensou ele. Cabelos longos e ondulados até a cintura, usava uma saia preta até a metade das coxas, uma blusa branca, uma jaqueta de couro preta, carregava uma bolsa nos ombros e uma bota de salto grosso. Quando ele se aproximou para cumprimenta-la notou as leves sardas que ela tinha no nariz e os olhos mais verdes que ele já viu. Deixam ela mais linda ainda, pensou ele.

- Muito prazer Lily.