If I lose myself - Lily Evans e James Potter escrita por Ali Weasley


Capítulo 11
Birmingham


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tá suuuper grande, mas vale a pena, eu prometo !!!



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Uma semana se passou desde o incidente com o nariz de Snape. Os cinco amigos seguiram viagem por algumas cidades e agora estavam em Birmingham. Uma cidade grande e cheia do que Sirius mais gosta: perigo.

Passava das onze da noite e eles estavam indo para uma estrada afastada onde Sirius ficou sabendo que teria uma corrida ilegal de moto.

– Você é maluco, a gente vai acabar sendo preso, ou atropelado – reclamava Lene, inconformada.

– Relaxa Lene, não vai dar nada.

Desde a noite em que eles se beijaram e aconteceu tudo aquilo com a Lily eles não tocavam no assunto. Depois que o efeito da bebida passou ambos perceberam que aquilo não ia dar certo.

Quando eles chegaram ao lugar deram uma olhada geral. Motoqueiros, jaquetas de couro, muitas mulheres e briga. Típico, pensou Lene. Foi quando Remo olhou em um grupo de garotas ali perto que viu ela. E ela o viu também.

– Remo – gritou ela, acenando e indo em direção a ele.

– Dorcas – disse ele, paralisado. Ela chegou perto e deu um enorme abraço nele.

– Tá fazendo o que aqui?

– To viajando lembra? Acabamos de chegar aqui, e você?

– Eu moro aqui.

– Você é de Birmingham? Não acredito – disse ele, sorrindo.

Lily puxou os outros amigos para longe, pra deixar Remo à vontade. Ele percebeu e deu um sorriso pra ela, e ela fez um joinha pra ele.

– Olha gente, briga – falou Sirius, apontando para o meio de um circulo de pessoas.

Dois caras estavam realmente brigando, parecia um ringue, socos e chutes pra todos os lados. Até que o rapaz de camiseta preta acertou um soco certeiro que derrubou o outro, desmaiado. Ele levantou os braços, vitorioso, e as pessoas em volta gritavam.

– Parece que esse não vai correr mais – falou James.

– Será que ele se importa de eu pegar a moto dele emprestada? – perguntou Sirius, dando um sorriso de canto.

– Você pirou Sirius? – James segurou o braço dele – Melhor não.

– Relaxa você também James, eu sei o que faço.

Sirius foi até o grupo e bateu um papo com eles. Logo voltou acelerando a moto e parando na frente da Lene.

– A corrida vai começar, preciso de uma acompanhante, me concede a honra? – perguntou ele, pegando na mão dela.

– Eu que não vou participar disso, você tá maluco – respondeu Lene, puxando a mão.

– Eu aceito – disse uma garota. Sirius olhou pra ela e pensou: não é a Lene mais serve.

– Tem certeza? – perguntou ele para Lene.

– Absoluta – Lene cruzou os braços com raiva.

– Sobe – disse ele para a outra garota.

Ela subiu, se agarrou a jaqueta de couro de Sirius e deu um olhar safado para Lene. E Lene com certeza matou ela com os olhos. Sirius saiu acelerando e ficou lado a lado com outras motos esperando o inicio da corrida.

– Idiota – falou Lene, entredentes.

Quando a corrida começou Lene se agarrou a blusa de frio de Lily. E no meio da corrida ela já estava apertando o braço de James loucamente.

– Ai Lene, tá doendo.

– Desculpa.

De repente começou um barulho de sirene e as pessoas começaram a correr. Eles olharam ao redor a procura de Sirius e não o acharam. Remo apareceu com Dorcas e ela disse:

– A gente precisa ir, agora.

– Mas o Sirius tá correndo, a gente não vai embora sem ele - disse James.

Nesse momento uma moto parou do lado deles.

– Vocês precisam ir, eu vou despistar a polícia – falou Sirius, apressado.

– Sirius.. – começou Lene.

– Nada de Sirius, vão logo.

James pegou a mão de Lily e ela a de Lene. Remo puxou a Dorcas e eles correram até uma ponte não muita alta.

– A gente precisa pular – falou James – são só uns 4 metros.

Remo pulou na frente, seguido da Dorcas, depois James e Lene. Quando já estava lá embaixo e olhou para cima é que James lembrou que a Lily tinha medo de altura. Merda, pensou.

– Lily, pode pular, eu te seguro – gritou ele.

Lily ouviu o barulho da sirene chegando mais perto. Sentou no muro, fechou os olhos e pulou. Ela sentiu um vento gelado na espinha e a sensação de frio na barriga. No fim ela só sentiu os braços de James a segurando e ele sussurrando no ouvido dela: te peguei.

Foi o arrepio mais intenso que ela já sentiu. Ele colocou ela no chão e quase que seus joelhos não a aguentaram. Ela cambaleou e James a segurou.

– Você tá bem?

– To, foi só uma tontura.

– Vamos logo – gritou Remo.

Eles continuaram correndo e quando chegaram ao hotel foi um alivio. Menos pra Lene.

– Ele é um grande idiota – disse ela, e subiu pro quarto.

– Ela gosta dele – disse James – Muito.

– Agora que você percebeu? – brincou Lily, rindo.

– Ai – reclamou James, colocando a mão no abdômen.

– O que foi?

– Não foi nada, acho que foi o impacto de te pegar daquela altura.

– Como não foi nada? Deixa eu ver isso – ela tirou a mão dele e levantou a camiseta.

A primeira coisa que ela reparou foi à definição do abdômen dele. Meu Deus, pensou. Depois caiu na real e viu um hematoma ficando roxo na lateral.

– Vem, vou passar alguma coisa nisso – disse ela, puxando ele até o quarto dela.

Remo e Dorcas ficaram sozinhos de novo e ele resolveu a chamar pra tomar alguma coisa no bar do hotel. Depois de uns drinks e um pouco de conversa ela tomou uma atitude.

– Quer dançar?

Ele olhou ao redor e começava a tocar uma música lenta. Ele pegou na mão dela e a puxou pro meio da pista. Pegou ela pela cintura e a puxou pra perto.

Settle down with me, cover me up, cuddle me in…

Ela passou os braços pelo pescoço dele e deitou a cabeça no seu ombro.

Lie down with me, yeah, and hold me in your arms..

Ele passou a mão pelas costas dela e ela encostou o rosto no pescoço dele.

And your heart’s against my chest, your lips pressed to my neck, I’m falling for your eyes but they don’t know me yet, and with a feeling I’ll forget, I’m in love now..

Quando ele percebeu que música tocava e onde ela estava chegando ele se afastou um pouco, a puxou pelo queixo e olhou nos olhos dela. Eram verdes, não verdes como o da Lily, verdes apenas como os dela poderiam ser. Escorregou a mão pelo pescoço dela e a beijou.

Kiss me like you wanna be loved, you wanna be loved, you wanna be loved, this feels like falling in love, falling in love, we're falling in love..

Os lábios dela eram macios, como ele imaginou. Ela passou as mãos pelos cabelos dele e ele pelos dela. Escorregou os dedos pelas costas dela e apertou sua cintura. Ela correspondeu totalmente ao beijo, com a mesma vontade, e quando ele pediu passagem para aprofundar o beijo ela concedeu, sem hesitar.

Essa é a melhor cidade até agora, pensou ele.

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Lily mandou James sentar na cama e tirar a camiseta. Ele fez o que ela pediu e não perdeu a piada.

– Se queria me ver sem roupa era só pedir.

– Você tá andando muito com o Sirius, engraçadinho – disse ela, revirando os olhos – Falando nele, será que ele tá bem?

– Tenho certeza que sim, ele é esperto.

Lily passou uma pomada que começou a esquentar seu hematoma. Depois ela pegou uma faixa e enrolou ao redor do corpo dele.

– Prontinho, amanhã nem vai doer mais.

– Eu não me importo com a dor – disse ele, pegando na mão dela enquanto ela virava pra guardar a pomada.

– Desculpa por te machucar – ela disse, olhando para o chão.

– Eu já disse que não ligo, só pensei em você naquele momento – ele esperou, mas ela não falou nada, então continuou – Me senti culpado por deixar você sozinha lá em cima, eu sabia que você tinha medo.

Ele estava sentado na cama, e ela de pé. Ele puxou ela pela mão pra mais perto. Ele era alto e ela pequena, o que deixou os dois quase da mesma altura.

– Eu não sei como consegui, eu só.. confiei em você – disse ela, com a voz trêmula.

Os corpos dos dois estavam muito perto, ele sentia a respiração ofegante dela e o coração disparado de ambos, então resolveu falar:

– Eu to apaixonado por você.

Ela abriu levemente a boca para falar, mas não saíram as palavras. Ele olhou para os lábios dela e aquela vontade de beijá-la apareceu novamente e ele não pensou duas vezes.

Pegou no pescoço dela e a puxou lentamente, esperando qualquer sinal de objeção da parte dela. Nada aconteceu, ela não o empurrou, não virou o rosto, nada. Simplesmente correspondeu. Ele tocou os lábios dele nos dela e sentiu aquela sensação mágica de sempre.

Quando aprofundou o beijo ela pegou na nuca dele. Ele desceu as mãos até a cintura dela e depois até as pernas. Passou a mão atrás das coxas dela e a sentiu se arrepiar. Ela levantou as pernas e sentou sobre ele, com uma perna em cada lado do corpo. Ele segurou as pernas dela com força e a deitou na cama, ficando sobre ela.

Tudo começou a ficar mais quente, o corpo dela, as mãos dele. Ele desceu os beijos pelo pescoço de Lily e ela suspirou em resposta, completamente entregue. Ele voltou a beijá-la e ela o puxou pra mais perto com as pernas. Quando ele achou uma brecha na blusa dela e começou a passar a mão pela sua barriga ela caiu na real.

– Não posso fazer isso – disse ela, empurrando ele e levantando da cama.

– Por que não? – perguntou James, frustrado.

– Preciso dormir James – disse ela, indo até a porta e abrindo pra ele.

Ele entendeu o recado. Levantou da cama, pegou a camiseta e foi até a porta. Olhou nos olhos dela e viu que ela também queria, mas estava com medo. Ele agradeceu pelo curativo e saiu do quarto.

Ela fechou a porta e se encostou atrás dela. Respirou fundo algumas vezes e escorregou até o chão. Idiota, idiota, idiota, pensou ela.

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Lene bateu a porta do quarto e deitou na cama, com raiva. Eu me recuso a chorar, pensou ela. Bateu várias vezes no travesseiro e decidiu dormir. Levantou e tirou os sapatos, quando ia deitar de novo alguém bateu na porta. Ela levantou, irritada e abriu a porta.

– Você tá bem? – perguntou Sirius.

– Se eu to bem? Você perdeu todo o juízo que te restava? Sai daqui – falou ela, exaltada e começou a fechar a porta.

Ele foi mais rápido, abriu a porta e entrou, fechando a porta atrás de si.

– Lene.. – começou ele.

– Sai daqui Sirius – gritou ela – não quero te ver.

– Lene, se acalma.

Ela olhou furiosa pra ele e foi pra cima. Começou a dar socos no peito dele e tapa pra todos os lados.

– Me acalmar? Você podia ter morrido, você podia ter sido preso, você não se importa com a sua vida? Você não se importa comigo? Por que você não volta pra aquela vadia? Vai viver a sua vida perigosamente – ela gritava e batia nele com todas as forças.

– Chega Lene, você tá me machucando – ele segurou os punhos dela e como ele era mais forte ela não teve escolha.

Ela olhou pra ele, ofegante. E ele olhou para a boca dela.

– Você tá com ciúmes? – ele deu um sorriso maroto.

– Ciúmes? Claro que não. Me solta – respondeu ela, tentando se soltar.

– Tá com ciúmes sim.

– Não estou, agora me larga – ela ficou séria e o encarou.

Ele não se contentou com aquela resposta. Empurrou-a até a parede e perguntou de novo.

– Fala a verdade.

– Por que eu teria ciúmes de você? Eu fiquei com raiva por você ter se arriscado daquele jeito, só isso.

– Então você se preocupa comigo?

– Não – disse ela, confusa – Esquece, me solta Sirius.

– Não, não solto – ele olhou nos olhos azuis dela – você vai ter que assumir.

– Para com isso, me deixa sair – ela já estava perdida no olhar dele, não sabia mais o que dizer.

– Fala.

– Eu fiquei com raiva por você não ter me ouvido, e mais ainda por você ter me trocado por aquela vadia nojenta – ela falou tudo de uma vez e suspirou – Pronto, é isso que você queria ouvir?

– Era.

Ele sentiu seu estômago virar quando ouviu ela dizer aquelas coisas. E naquele momento ele só queria ela, e apenas ela. Ele ainda segurava os punhos dela contra a parede e não pensou duas vezes e a beijou. Sentir os lábios dela de novo era a melhor sensação pra ele.

Ele desceu as mãos para a cintura dela e diminuiu a distância entre eles. Ela correspondeu a aqueles beijos no mesmo instante e passou os braços pelo pescoço dele. Ele pegou nas pernas dela e a levantou do chão e ela cruzou as pernas ao redor do quadril dele e afogou as mãos nos seus cabelos.

– Sirius – ela suspirou quando ele apertou as coxas dela.

Ele carregou ela até a cama e a deitou nela. Ela tirou a jaqueta dele com uma incrível rapidez e depois começou a puxar a camiseta. Ele se ajoelhou na cama e jogou a camiseta do outro lado do quarto. Ela gemeu com a visão. Ele sorriu e tirou a blusa dela.

Antes de voltar a beijá-la ela inverteu as posições e passou as pernas por cada lado do seu corpo, sentando sobre ele. Ele passou a mão pelas costas dela e abriu o fecho do sutiã. Eu sou muito sortudo, pensou ele com a visão.

Ele ficou sobre ela novamente e tirou o seu short. Pegou o pé dela e foi beijando todo o corpo até chegar à boca. Ela colocou o braço entre os dois e começou a puxar a calça dele para baixo. Sirius sorriu e tirou ela rapidamente.

Passou a mão por todo o corpo dela e a beijou de novo. Puxou o cabelo dela e falou no seu ouvido:

– Quando aquele tumulto começou eu só conseguia pensar em você. Eu corri o mais rápido que pude pra te ver, precisava te ver. Você abriu a porta e começou a gritar comigo, mas tudo que eu queria era beijar a sua boca. Só a sua boca. Eu te amo.

Lene não sabia o que fazer. Ela estava completamente paralisada com aquilo. Ele me ama, pensou ela. Sirius olhou nos olhos dela e continuou falando:

– Eu sei que você é minha chefe e eu me controlei ao máximo pra isso não acontecer. Mas eu não consegui.. – Lene colocou a mão na boca dele.

– Cala a boca – e puxou ele pra mais de um dos milhões de beijos e outras coisas que eles fizeram naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Tava super empolgada em fazer esse momento para os casais. Comentem por favor... AAH, a música do Remo e da Dorcas é Kiss me do Ed Sheeran, se quiserem ouvir pra acompanhar. E ela vale para os outros casais também.



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