A Retribuição escrita por BadWolf


Capítulo 8
Devastado


Notas iniciais do capítulo

Olá, caros leitores!!!


Pessoal, desculpem a falta de atenção aos reviews! Essa semana pós-feriado tá corridíssima pra mim!
Nem sei como estou conseguindo postar um cap!
Aliás, eu fiquei o dia todo pensando em como ele ficaria estruturado, rs. Espero que gostem, e principalmente, que esse cap forneça respostas - e também alguns detalhes interessantes.
Ah, e sim, eu adoro flashbacks.

Um bj e boa leitura!



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Não parecia haver força na terra capaz de segurar Sherlock Holmes.

Provavelmente, este foi o pensamento de Edmund Reid, quando teve o maxilar quase deslocado por Holmes, ao fazer o mais sutil gesto de detê-lo. Contrariando qualquer princípio de racionalidade – sua racionalidade em especial, que gritava para escapar daquela cortina de intensa fumaça – Sherlock Holmes atravessou aqueles poucos quarteirões em breves segundos, esbarrando em pedestres atordoados e se esquivando de destroços. A explosão tinha sido considerável, a julgar pelo estrago que fez no Clube Diógenes, reduzido agora a um monte de escombros, e também aos prédios vizinhos, que provavelmente iriam sucumbir a qualquer momento.

Já na calçada, no que deveria ser a entrada do Clube, praticamente irreconhecível, Holmes tentou entrar, mas foi detido a tempo por uma “mão salvadora”. Tão salvadora que evitou que ele fosse esmagado por uma parede do segundo andar, que tornou a entrada ao local completamente inacessível.

O inspetor Lestrade era o dono desta mão.

–Mr. Holmes! – ele disse, com o rosto espantado, ainda tentando processar a magnitude do ocorrido, em pleno coração de Londres. Nem em seus piores dias na Força Londrina ele poderia sonhar com tamanho atentado.

–Lestrade, meu irmão está lá! – esbravejou Holmes, prestes a também atacar o inspetor por ousar se colocar em seu caminho também, mas conteve-se diante da resposta imediata do inspetor.

–Eu fui chamado por ele, Mr. Holmes! Não faz mais de vinte minutos que recebi um recado apressado, de próprio punho de seu irmão, Mycroft.

–O quê?! – questionou Holmes, recebendo do próprio inspetor o tal recado.


LESTRADE,

VENHA AO CLUBE DIÓGENES. COMO SE SUA VIDA DEPENDESSE DISSO.

MYCROFT.


Holmes reconheceu a caligrafia garranchada – e naquele papel, um tanto apressada – de seu irmão Mycroft.

–Ele não costuma ser tão dramático assim em seus recados. – observou Holmes. – Soa desesperado. Se não fosse por sua caligrafia tão singular, eu duvidaria que tal recado tivesse sido de sua autoria.

–Cheguei à mesma conclusão, por isso larguei tudo que fazia na delegacia e me apressei. Mas parece que não fui rápido o bastante. E você? Também foi avisado?

–Não. – observou Holmes. – Não faz meia hora, e eu estava no Clube Diógenes também. Quando a explosão aconteceu, eu estava a apenas alguns quarteirões.

–Uma fatalidade. Ei, o que pensa que está fazendo?

Lestrade questionou, ao ver Holmes tentando mover uma parede.

–Tentando socorrer o meu irmão!

–Os bombeiros já estão chegando, Mr. Holmes. Deveria deixar tal trabalho para eles, que são especializados em resgatar e salvar vidas.

–Mycroft precisa de mim. – disse Holmes, não conseguindo remover a pedra.

Lestrade estava prestes a praguejar qualquer coisa, quando ouviu o soar de um apito. Virou-se para encontrar o Inspetor-Chefe Edmund Reid, desta vez mais precavido e acompanhado de dois guardas da Scotland Yard.

–Pois aí está você, tal como eu imaginava. – observou Reid.

Holmes, que já se encontrava nos escombros do Clube Diógenes, tossindo fortemente com a fumaça e vasculhando escombros com as próprias mãos, ignorou Reid e os demais policiais, e até mesmo a dor de ter seus dedos cortados por pedras e cacos de vidros dos escombros.

–Reid, faça alguma coisa. – observou Norah, ao lado de seu marido. – Veja o que ele está fazendo. Ele acabará se ferindo desta forma.

Ouvindo o apelo de sua esposa, Reid suspirou forte, e fazendo um gesto aos demais policiais, subiu em meios aos escombros, em direção a Sherlock Holmes, sendo seguido pelos policiais. Havia uma quantidade considerável de destroços, e também alguns focos de incêndio, de modo que o próprio local era inseguro.

–Eu pouco me importo com você, Holmes, mas é meu dever de policial garantir a integridade dos civis em situação de perigo, tal como esta.

Holmes parecia concentrado, vasculhando os escombros. Vez ou outra, ele aproximava seu rosto do chão e chamava por Mycroft. Sem obter resposta.

–Escute aqui. Este local está à beira de colapsar, com focos de incêndio por toda a parte, e francamente, eu desejo voltar para a minha família em segurança. Se não fará isso por mim, faça ao menos por Norah e por meu filho.

Não ouve resposta. Reid suspirou outra vez, pesadamente.

–Está bem. Você pediu por isso. Sherlock Holmes, você está preso por agressão a um oficial da Scotland Yard em exercício. Tudo o que disser poderá ser usado contra você. Você tem direito a um advogado...

–Me deixe em paz, Reid. – disse Holmes, contendo uma tosse.

–Stanley, algeme o meliante. – pediu Reid. O guarda pareceu hesitante.

–Er... É que...

–Robinson. – pediu Reid, ao outro guarda.

–E-Eu? Algemar Sherlock Holmes?

–Mas o que há com vocês, afinal? Não faz muito tempo, eu ficaria muito feliz em receber esta ordem. – Reid bufou. – Está bem. Eu o algemo, então.

–Toque em mim, e será um homem morto, Reid. Nada neste mundo é capaz de me impedir de salvar o meu irmão. – avisou Holmes, pesadamente.

–Eu sei disso. E é por isso que eu sempre trago um trunfo na manga.

Antes que Holmes pudesse protestar, ele logo se sentiu contido, forçado a aspirar o pesado cheiro de éter a impregnar suas narinas.

–E não se preocupe, eu não adicionarei “ameaça” à sua passagem policial... – foi o que Holmes pôde ouvir, vagamente, antes de desmaiar por completo, inebriado pela droga.

Você me paga, Edmund Reid. Você me...


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Estação de trem de Yorkshire. 16 de Novembro de 1862.


Sherlock tinha um profundo desejo de conhecer Paris. Sua mãe costumava falar da cidade, de seus museus e jardins com tanto fascínio, que ele sempre sonhara em visita-la. Depois que leu Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo, o menino Sherlock adicionou a Catedral de Notre-Dame como ponto turístico que ele gostaria de conhecer, por mais que Igrejas jamais enchessem seus olhos. Não era esta a opinião de seu tutor, Terry Cales, que chamara o livro de Victor Hugo de “romanticamente patético” e “emburrecedor”, mas Sherlock procurava ignorar os rompantes de ira de seu professor, sempre obcecado com o conhecimento e com a racionalidade. Por mais que ele também se sentisse assim, tudo que envolvia sua mãe lhe era importante. Tal como conhecer Paris e tudo que a cidade poderia lhe proporcionar, racional ou não.

Mas Sherlock estava triste por ter de ir à Paris agora.

Violet Holmes, sua mãe, tinha morrido há não mais que uma semana. A cena de sua morte ainda habitava seus sonhos – melhor dizendo, pesadelos – de modo que o menino sempre acordava chorando. No entanto, Sherlock temia contar sobre seus sonhos a Siger. Desde que ele vira seu pai matar sua própria mãe diante de si, Sherlock passou a odiá-lo, evitando qualquer mero contato, e para sua consternação, tal feito era recíproco. Siger agia friamente consigo, desde então, e Sherlock sentia-se frustrado. Não sabia se seu pai estava envergonhado por ele ter descoberto o quão fracassado ele era, por ter sido enganado por sua esposa e irmão bem debaixo de seus olhos, ou se ele o culpava também, por ter sido sempre tão parecido com o professor Terry Cales. Tão... Assustadoramente parecido.

E foi assim, durante toda a viagem de carruagem, da Manor Holmes até a estação de trem, onde Siger o deixaria aos cuidados de sua cunhada, Margot Vernet, uma solteirona de modos um tanto “peculiares”. Siger Holmes sabia que sua cunhada era uma “doidivanas”, sem dúvida herança do duvidoso sangue dos Vernet. Ela tinha amizade com intelectuais e artistas, e ele já a vira fumar algumas vezes. Há menos de um mês, Siger jamais cogitaria a menor possibilidade de deixar um de seus filhos aos cuidados de alguém como ela, mas não era o caso agora. E principalmente, não era este o caso de Sherlock, em especial. Sherringford estava triste, mas logo ocupava sua cabeça com algum assunto da fazenda. A pequena Catherine chorava o tempo todo, mas se acalmava enquanto brincava com suas bonecas. E Mycroft... Bem, pensava Siger, só Deus sabe como estava agindo Mycroft em seu luto, estando tão ocupado estudando em Oxford.

Mas não Sherlock.

Afinal, ele vira tudo. E o ódio que havia em seus olhos cinzentos era assustador demais para Siger aceitar. Por mais que não gostasse de admitir isto, Siger temia o que poderia acontecer, se ele não fizesse o menino “trocar de ares”.

–Mycroft! – exclamou Sherlock, ao avistar seu irmão aparecer surpreendentemente. Nem mesmo Siger esperava por sua presença ali.

O jovem Mycroft, de apenas dezesseis anos, se aproximou de seu pai e de seu irmão mais novo. Perguntou por Sherringford, sendo avisado de que ele ficara em casa, cuidando de Catherine. Foi uma conversa de poucas palavras, até vir à tona o motivo da repentina aparição de Mycroft.

–Pai, eu vou ficar com Sherlock

–Mas meu filho... Eu já combinei com sua tia Margot e...

–Sim, eu sei. Mas eu gostaria de ficar um pouco com Sherlock. Creio que duas semanas comigo em Sussex, enquanto as aulas em Oxford não recomeçam, farão bem a ele. Sussex é uma cidade pequena, mas bastante acolhedora. Além de ter uma ótima comida.

–Mas Mycroft, meu filho, você está em Sussex para ter aulas particulares de Finanças. Seu irmão só irá atrapalhar... – insistiu Siger.

Mycroft franziu seus olhos.

–Sim, eu sei de minhas obrigações, pai. Mas creio que posso administrar algumas aulas, e também levar meu irmão para passear um pouco, não?

Depois de uma pausa considerável, Siger aceitou.

–Está bem. Mas quando suas aulas voltarem, você entregará Sherlock para sua tia Margot. Sem discussão.

Mycroft observou com pesar o seu irmão Sherlock. Mycroft era o único dos irmãos que sabia verdadeiramente do que tinha acontecido, e por isso, sabia que Sherlock tinha se tornado uma criança indesejável agora. Siger estava desconfortável com a presença do próprio filho de oito anos de idade, que não tivera culpa de presenciar a morte de sua mãe. Por mais que esse súbito desprezo de Siger pelo jovem Sherlock irritasse Mycroft profundamente, ele precisava acatar seu pai.

–Nós não iremos a Paris? – perguntou Sherlock.

–Agora não. – disse Mycroft.

Baixando os olhos para o chão, tudo que Sherlock pôde sentir foi um abraço. O único abraço sincero que recebera, de alguém diferente de sua mãe.

E este abraço viera de Mycroft.

–Eu jamais te abracei, sabia? – observou Mycroft. – Eu jamais te peguei no colo, nem mesmo quando você era um bebê. Eu jamais te ajudei a andar, jamais apertei a sua mão ou fiz qualquer coisa que demonstrasse afeto. Aprendi a ver tais coisas como sinal de fraqueza, mas hoje vejo que não há fraqueza maior que tentar exibir uma força que não possuímos.

Sherlock virou rapidamente os olhos, e notou que seu pai, Siger, observava a interação entre os dois irmãos com profundo desagrado. O gesto de Mycroft tinha sido surpreendente, mas reprovador para a rígida educação dos Holmes, que desaprovava qualquer demonstração de sentimentalidade em público – ou mesmo em privado. E um abraço trocado em uma movimentada estação de trem era algo horrendo demais para suportar.

Além disto, aquela última frase tinha sido claramente direcionado a ele, e sua gritante hipocrisia.

Desacostumado com tal demonstração de afeto, Sherlock demorou a se entregar a isto, até finalmente ceder e envolver seus pequenos braços ao redor de seu irmão, bastante roliço.


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Holmes estava voltando a si, mas ainda se sentia tonto pelo éter.

Ele tentou se levantar, e acabou por perceber que suas mãos estavam algemadas. Ele olhou ao seu redor, e logo deduziu onde estava. Uma delegacia. A julgar pela infraestrutura decadente, provavelmente era a Delegacia de Whitechapel, em Lemon Street. Sim, era ela. Ele já estivera ali algumas vezes e era capaz de reconhece-la.

As lembranças não tardaram a chegar. Sim! Ele estava tentando socorrer seu irmão, quando recebeu voz de prisão e foi subitamente atacado por Reid. Esta lembrança lhe deu forças para se levantar, em vão. A algema estava presa sob a grade da cadeira, dando a Holmes pouca liberdade de movimento.

–Mas então, acordou a Bela Adormecida...

–Reid, seu bastardo...!

–Mais uma ofensa, e eu realmente vou adicionar agressão verbal à sua ficha.

Holmes tentou se soltar, em vão. Pensou em recorrer a um grampo, que sempre guardava na manga da camisa para tais ocasiões, mas logo sentiu que ele não estava lá.

Reid colocou um grampo sobre a mesa.

–Sabe, você não é o único com artifícios como este. – disse Reid vitorioso.

Holmes riu, desesperado.

–Você precisa me soltar. O meu irmão, ele...

–Seu irmão... – interrompeu Reid. – Está vivo, Mr. Holmes. Enquanto você... “descansava” em minhas belas instalações, os bombeiros conseguiram resgatá-lo.

Holmes suspirou em alivio.

–Onde ele está? Eu quero vê-lo! – exaltou-se Holmes. – Me tire daqui, Reid!

–Só se você pedir, “por favor, senhor Inspetor-Chefe”.

Holmes bufou. – Não seja ridículo, Reid.

Quando Reid estava prestes a repreendê-lo outra vez, uma batida na porta o interrompeu. Ao abri-la, ele notou Norah, acompanhada de Esther. Reid sentiu vontade de rir da cena patética de ver um homem da estirpe de Sherlock Holmes sendo “resgatado” pela esposa – ainda por cima, secreta.

–Norah, quantas vezes eu tenho que te dizer que...

–Que delegacia não é lugar para mulher, e blá-bla-blá. – caçoou Norah. – E nós ouvimos o que você disse a Mr. Holmes, Edmund. Saiba que isto é ridículo de sua parte.

–Norah, não comece...

Sabendo que não havia necessidade de esconder qualquer coisa, Esther se aproximou de Sherlock. Sua interação com o detetive logo atraiu a aenção de Norah e Reid, que jamais viram os dois juntos, longe de máscaras ou do usual fingimento. Ela estava claramente com o semblante preocupada, em especial ao notar que as mãos de Holmes estavam feridas.

–Mas o que você fez com ele? Violência policial? – exclamou Esther, horrorizada.

–Ele causou isto a si mesmo, bancando o herói! E eu não cometi excesso algum. Ele realmente me agrediu, Mrs. Holmes. – zombou Reid, fazendo Esther ouvir pela primeira vez o título da boca de um estranho. Isso causou-lhe estranheza, pois ela estava sempre acostumada a se ouvir como Mrs. Sigerson, e não Mrs. Holmes – por mais que o segundo título fosse o correto.

–Cale-se, Reid. - ´pediu Holmes. – Alguém pode nos escutar...

Reid resmungou, até finalmente ceder e jogar a chave da algema sobre a mesa.

–Está bem. Agora deem o fora da minha delegacia.

Norah pensou em protestar e se desculpar a respeito da grosseira de seu marido, mas logo Esther o deteve, libertando Holmes dali e o acompanhando para fora da delegacia.

–Eu não discordo muito da opinião de Reid quanto à presença de uma mulher em uma delegacia... – disse Holmes, após lançar um olhar de ira a um bandidinho, que observava Esther com malícia. – Por que Watson não veio, ao invés de você?

Esther rolou os olhos, com mais uma típica atitude machista.

–Eu não sei. Eu tentei procura-lo, mas ele não estava no consultório. O que quer dizer que ele só pode estar... Você sabe aonde. – ela disse, levando Holmes a assentir.

–Tudo bem. Eu vou mandar um recado para ele, pedindo para que ele se encontre comigo no Hospital. Gostaria de saber uma opinião médica a respeito do estado de Mycroft. Deixe que eu transmita o recado.

–Agora, vamos. – disse Esther. – Você ainda precisa passar em casa e se lavar.

–Ora, e por quê?

Esther parou de caminhar, cruzou os braços e observou Holmes. Apenas com esta atitude, Holmes passou a se analisar. Ele realmente estava imundo. Seu terno tinha desaparecido, seu colete e sua calça estavam cinzentos de tanto poeira, e ele estava com as mãos feridas e com dois rasgos nos joelhos das calças. E sequer tinha reparado nisto.

–Acho difícil que um médico aceite alguém em tal estado visitar um paciente em estado grave, portanto...

–Sim, eu já entendi. – disse Holmes, assentindo abnegado, provocando um discreto sorrisinho vitorioso em Esther.


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Notas finais do capítulo

No fundo, eu gostei de escrever esse cap, rs. Foi divertido.
Pessoal, eu espero que estejam gostando da história. Ela está se movimentando, mas no meu ritmo. Fiquem sempre atentos, porque quando vocês menos esperarem, o trem vai de 40km para 220km!!! rsrs Verdadeiro trem-bala.

Deixem reviews! A opinião de vocês é importante - ainda mais porque essa história ainda não está concluída. Eu posso mudar de idéia também, rs.

Um grande bj, e até sábado!!!



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