Nosso futuro continua! escrita por Tuka


Capítulo 9
Estou pouco ligando...


Notas iniciais do capítulo

Helo!!! Gente, os comentários ficaram muito lindo todos, agradeço a todos, agradeço até pelos "Continua!" Que ganho em todos os capítulos. Esse capítulo é para vocês que comentam, recomendam e favoritam!
Espero que gostem!



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POV VIOLETTA

O inesperado aconteceu, o Leon me beijou. Eu esperava que ele me estrangulasse, me batesse, me empurrasse, qualquer coisa, menos um beijo igual o que ele deu.

Ele me pegou de surpresa em um beijo selvagem cheio de saudades mas sentia ainda sua sensação de decepção. Correspondi ao beijo, fui obrigada, faz cinco anos que não beijo ninguém, faz cinco anos que não beijo Leon, faz cinco anos que não sinto o toque dele...

Quando o ar se fez necessário fomos obrigados a nos separar. Eu o olhava e ele me olhava nos olhos, ele bufou e saiu correndo. Eu estava sem reação, estava completamente paralisada. Fiquei lá na parede cheia de saudade e com cara de boba.

Os meninos se aproximaram de mim.

–Vocês quase se comeram. –o Federico riu.

–Eu sei. –falei suspirando. –Foi maravilhoso. –sorri.

–Será que ele te perdoou? –o Maxi perguntou.

–Não faço a mínima ideia.

–Pelo beijo eu acho que sim. –o Broduey riu.

–Não sei não. –fechei a cara. –Bom meninos, eu preciso ir buscar a Kaila.

–Falando na Kaila, ele sabe da Kaila e do Kelvin? –o Maxi perguntou curioso.

–Só do Kelvin, se é que os paparazis não me seguiram novamente enquanto estava com meus filhos. –fiquei irritada de lembrar.

–Nada apareceu na TV.

–Eu sei...

Me despedi e fui para a casa da Angie.

Enquanto dirigia eu pensava o beijo. Foi tão bom sentir essa sensação novamente, o Leon queria me beijar, ele representou isso no beijo. Adorei o amor que ele demonstrou no beijo, mas fiquei triste ao sentir a decepção tanto em seu olhar como no beijo. É incrível, ele me ama mas não acredita em mim, ele está confiante de que eu tive filho com o Diego, mas só não sei de onde ele acha que o Kelvin puxou os olhos claros e o cabelo loiro.

Cheguei na casa da Angie que logo atender ao ouvir a campainha.

–Oi Angie. –cumprimentei-a.

–Oi Vilu, o que aconteceu que você ligou desesperada. –ela me deixou entrar.

–Oi vilu! –a Julietta correu até minha direção.

–Oi maninha. –fizemos nosso toque “secreto”. –Como você está?

–Bem, a Kaila tá no meu quarto. –ela falou.

A Julietta está com 11 anos e é um amor de criança.

–Chame-a por favor, Julie. –pedi.

Ela assentiu.

–Vocês duas. –a Angie riu. –Mas o que aconteceu?

–O Leon voltou... –falei.

Ela se espantou e fez cara de quem viu um fantasma.

–Vilu, oi filha. –meu pai apareceu.

–Oi pai. –cumprimentei-o.

–Como assim ele voltou? –a Angie perguntou espantada.

–Quem voltou? –o meu pai perguntou.

–O Leon. -respondi.

–Quem é Leon mamãe? –a Kaila apareceu com a Julietta.

A Kaila andou até mim e pediu colo.

–O tio Leon voltou? –a Julietta perguntou feliz.

–Voltou, a viajem de trabalho dele já terminou, ele já conseguiu fazer a empresa enriquecer novamente. –falei pegando a Kaila.

–Tá mas porque você me ligou com tanta urgência? –a Angie voltou a perguntar.

–Ele está nervoso e começou a brigar comigo e foi atrás do Diego, ele machucou a Francesca. –contei.

–Ele viu o noticiário? –meu pai perguntou.

–Sim, do início ao fim. –bufei.

–Calma filha, ele vai ficar sabendo a verdade e vai te perdoar. –meu pai me abraçou.

–Obriga... –fui cortada.

–Quem é Leon? –a Kaila perguntou já nervosa.

–O Leon é... –não sabia se contava ou não.

Olhei para a Angie pedindo ajuda, ela me olhou feio.

–Leon é seu pai. –a Angie falou.

–O papai?

–Sim. –respondi.

Depois de uma boa conversa com todos, até a Julietta, a Giovanna e o David vieram conversar. A Giovanna continua com aquele jeito que não vai muito com a minha cara, e olha que ela tem 14 anos já. O David está com 5 anos e é um príncipe, ele é lindo, ele perdeu os cachinhos que tinha no cabelo agora é liso.

Fui para a casa da Fran pois tinha que buscar meus outros filhos que deixei lá. A Kaila ficou o caminho todo falando do pai, ela queria saber de tudo até os mínimos detalhes, ela ficou bem feliz por saber que o pai estava de volta.

Cheguei na casa da Fran conversei com ela e com o Diego e depois fui em bora, estava cansada, precisava descansar um pouco.

Logo que cheguei em casa fui para o meu quarto descansar e as crianças foram brincar, como sempre. Enquanto fico sentada na cama comecei a pensar se o Leon seria capaz de me perdoar. O Leon que conheci com certeza seria, mas, o Leon que vi hoje eu duvido muito.

–Oi mamãe. –vi o Nathan e a Daisy entrarem.

–Oi amores. –me sentei reta na cama.

–Mamãe, nós queremos ver o papai. –a Daisy falou.

–Eu não sei onde ele está, querida. –acariciei seu rosto.

–Por que você não liga pra ele? –o Nathan perguntou.

–Eu não sei o número dele. –respondi.

–Sabe sim mamãe, para de mentir. –a Daisy ficou irritada.

–Olha crianças, seu pai não quer me ver, vocês lembram daquele jornal que eu contei a vocês e que tudo daquele jornal era mentira?

–Sim. –eles assentiram.

–Aquele que falou que a Kaila e o Kelvin são filhos do tio Diego? –o Nathan perguntou.

–Sim. –assenti.

–Mas é mentira. –a Daisy falou inconformada.

–Eu sei, mas seu pai acha que é verdade.

–Deixa a gente falar com ele. –o Nathan pediu.

–É, afinal, ele é nosso pai. –a Daisy falou confiante.

Meu coração se quebrou ao ela falar tão confiante de que é filha do Leon, ela e o Nathan.

–É, e ele ama muito vocês. –falei puxando os dois cuidadosamente para o meu colo.

–Você leva a gente pra ver o papai?

–Levo. –suspirei. –Onde estão o Kelvin e a Kaila.

–O Kelvin estava no jardim, e a Kaila na escada... –a Daisy falou.

–De novo. –indagamos nós três.

Saí do meu quarto e andei por todo o segundo andar até chegar na escada onde vi a Kaila andando de degrau a degrau batendo palmas e contando. Me aproximei dela e a observei, ela vem fazendo isso bastante ultimamente, só não entendo porquê.

–Por que ela faz isso, mamãe? –o Nathan perguntou.

–Eu não sei, querido. –respondi sincera.

–Ela é estranha. –a Daisy riu.

–Para Daisy!

–Desculpa.

Desci e me aproximei da Kaila, que primeiramente levou um susto.

–Oi meu amor. –falei me sentando no degrau.

–Oi, mamãe. –ela falou concentrada no que estava fazendo.

–O que você está fazendo? –perguntei.

–Num sei. –ela respondeu sem parar.

–Por que você está fazendo isso?

–Pra eu conhecer o papai. –ela finalmente parou.

–Por que pra conhecer seu pai? –eu estava confusa.

–Se eu num conta até deiz pizando nos degais da iscada eu num vo conhece o papai. –ela falou.

–Quem falou isso?

–Eu num sei, minha cabeça pediu –ela falou.

Já tive essa conversa com ela várias e até hoje não entendo então apenas peço para que que ela não repita, mesmo sabendo que ela vai fazer novamente.

O Nathan e a Daisy não pararam de me pedir para ir ver o Leon, na hora que fomos brincar, na hora de jantar, na hora de escovar os dentes, na hora de dormir, ao amanhecer, no café da manhã, na hora do almoço, durante a tarde, no parque, na janta...

–Mamãe deixa a gente ir ver o papai... –a Daisy falava já na cama pronta pra dormir.

–Filha eu já falei que...

–Mas mamãe, e se eu e o Nathan falar com ele, o papai vai acreditar, sabe, as pessoas que eu me lembro de cuidar de mim nos meus primeiros momentos que me lembro são você e o papai. –ela implorou.

–Eu vou ver o que consigo fazer, pode ser? –perguntei com dó no coração.

–Obrigada! –ela agarrou meu pescoço em um abraço.

–Tudo por vocês. –beijei sua bochecha. –agora vai dormir que amanhã tem aula.

–Tá. –ela assentiu.

Dei um beijo em sua testa e fui para meu quarto.

Me deitei pensativa, eu tenho o número do Leon, só não tenho coragem de ligar. Fiquei um tempão com o meu celular na mão olhando-o sem saber o que fazer, eu olhava na tela escrito “Leon” com o número dele em baixo. Eu não fazia ideia do que fazer. Quando deu 23:48 eu resolvi ligar, sei que está tarde mas sei também que ele está acordado.

#Ligação on#

–O que foi? –ele foi rápido.

–Oi. –falei sarcástica.

–O que você quer? –ele falou grosso.

–A Daisy e o Nathan querem te ver. –fui rápida.

–Eu irei busca-los aí amanhã, já tinha te falado.

–Eu sei, mas eles tem escola e você não tem roupa deles na sua casa. –falei.

–Quando eu for aí pego a roupa deles. –ele continuava seco.

–Tá. –falei triste.

–Boa noite. –ele falou e desligou.

#Ligação off#

–Boa noite. –falei triste quando ele já tinha desligado.

Coloquei o celular na pequena estante que tem ao lado da cama e deitei abraçada ao travesseiro do Leon, como sempre.

POV FRANCESCA

–Eu estou bem meu amor. –dei um selinho no Diego.

–Tem certeza, sua mão não está doendo? –ele me perguntou preocupado.

–Não, foram só alguns cortes. –tentei deixar de lado.

–Você quer que eu volte antes do trabalho para pegar as crianças na escola?

–Pode ser. –sorri. –Ai! –senti uma pontada na minha barriga.

–O que foi? –o Diego perguntou preocupado me guiando até a cama.

–Não sei, ai, ai, ai... –me sentei na cama sentindo outra pontada forte. –AAHHHHH!!!! –berrei de dor.

De repente vi sangue descer pelas minhas pernas e em pouco tempo dei outro berro de dor e tudo ficou preto, simplesmente não vi mais nada.

Acordei em um quarto branco, o Diego estava ao meu lado sentado na poltrona com lagrimas nos olhos. Olhei em volta, não vi mais nada.

–Diego. –falei rouca.

–Oi meu amor. –ele limpou os olhos e se aproximou de mim.

–O que aconteceu? –perguntei um pouco mais “acordada”.

–Você estava grávida, amor, você sofreu um aborto espontâneo. –ele derramou uma lagrima.

Deixei algumas lagrimas caírem, o Diego acariciou meu rosto e me deu um selinho. O Diego falou que eu já estava liberada, ele me ajudou a levantar, quando eu já estava de pé eu o abracei com os olhos molhados.

–Me perdoe. –Falei abraçando-o.

–Pelo que, querida? –Ele perguntou me aconchegando em seus braços.

–Por não te dar um filho, eu sei como você quer. –Falei entre choros.

–A culpa não sua Francesca. –Ele me olhou. –Vamos.

Ele continuou abraçado a mim, fomo para o carro. Ele foi dirigindo e eu no banco do passageiro. Não podia ser, eu não posso ter perdido mais um filho, o Diego está louco para ter outro filho e eu não consigo ter outro.

–É tudo culpa minha. –Eu me culpava.

–Não se culpe, Fran. –O Diego afagou meu braço.

–Eu não consigo segurar um bebê, esse é o oitavo aborto que sofro desde que o Matheus morreu.

–Mas a culpa não é sua, o médico já explicou que a chance de você engravidar e conseguir segurar o bebê pelos nove meses é de 5%, a culpa não é sua de ter problemas para segurar o bebê. –Ele me lembrou.

–Eu sei. –Cruzei os braços emburrada. –Mas porque isso teve que surgir só agora. –Eu não me conformava.

–Esquece isso Francesca. –Ele parou no farol e me deu um selinho.

–Eu te amo. –Falei.

–Eu te amo muito mais. –Ele me deu outro selinho.

POV LEON

*19:00

Estou voltando para a casa da Violetta para pegar meus filhos, eu vou leva-los para casa, para a minha casa. Eu cheguei no horário marcado, sete horas da noite, assim eles já estariam de banho tomado e sem uniforme da escola. Quando deu sete horas eu toquei a campainha e esperei que alguém atendesse, em pouco tempo a Violetta atendeu. Ela me deu as duas mochilas de roupas.

–Podemos conversar? –Ela perguntou calma.

–Só vim pegar meus filhos, mais nada. –Fui rápido.

–Leon, vamos conversar, por favor. –Ela implorou com os olhos molhados.

–Só vim buscar meus filhos. –Olhei nos olhos dela.

Ela assentiu deixando uma lagrima escorrer.

–Daisy, Nathan! –A Violetta os chamou.

Os dois apareceram correndo, eles pularam e me abraçaram.

–A gente ficou com muita saudade papai. -Os dois disseram em uníssono.

–Vamos? –Perguntei feliz em vê-los.

–Uhum. –Eles sorriram. –Tchau mamãe!

–Tchau, amores. –a Violetta beijou a bochecha de cada um. –Tchau Leon.

–Vamos crianças. –virei e fui em bora, não me importo se ela fica triste ou não, estou pouco ligando...


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Notas finais do capítulo

Meu deus, será que o Leon vai perdoar a Vilu? Eu estou torcendo para que ele a perdoe o mais rápido possível, e vocês?