POV NATY

–Não Maxi, não. –Neguei.

–Só mais um Naty. –O Maxi implorou.

–Não maxi, o Bruno já dá trabalho. –Falei indo para a sala.

–Mas eu quero uma menininha. –Ele me roubou um selinho.

–Mamãe onde tá o meu carrinho? –O Bruno perguntou.

O Bruno está com 7 anos e se parece com o Maxi.

–No jardim, Bruno. –Falei passando a mão em seu cabelo.

–Obrigado! –Ele saiu correndo.

O Bruno correu na direção do jardim e sumiu do meu ponto de vista.

–Viu, ele é muito comportado, vamos ter uma mini Naty, eu quero uma menina. –Ele insistiu.

–E se vier menino? –Perguntei indo na direção da cozinha.

–Se vier menino a gente desiste e fica com dois meninos. –Ele falou.

–Então vamos tentar só mais uma vez, tá? –Dei um selinho nele.

–Eba! –Ele saltitou.

Peguei um copo e enchi de água, bebi e coloquei o copo na mesa. Me aproximei do Maxi.

–O Bruno não pode estar em casa. –Falei juntando nossos corpos.

–Sem problema, peço para que alguém fique com ele. –Ele colou nossos lábios.

Começamos um beijo incrível e apaixonante que nos envolvia totalmente selando nossos lábios e nossos corpos.

–Eu te amo! –Falei terminando o beijo.

–Eu te amo mais, muito mais. –Ele me deu mais um Celinho. – Que tal um jantar a dois, hoje?

–Perfeito. –Concordei. –Preciso pedir para que alguém fique com o Bruno.

–Eu ligo pra ­­­alguém, sem problema.

–Eu ligo, vejo se uma das meninas pode ficar com ele. –Fui na direção da sala.

–Mamãe, não estava no jardim. –O Bruno apareceu fazendo bico de choro.

–Então está no baú do seu quarto, meu amor. –Beijei sua bochecha.

–Mas eu já olhei lá e não tá... –Ele choramingou.

–Posso ir procurar? –Perguntei.

–É... Não! –Ele saiu correndo na direção do quarto.

–Cuidado na escada! –O Maxi alertou.

–Eu sei! –O Bruno falou correndo.

Me sentei no sofá e o Maxi se sentou me abraçando.

–Imagina, duas crianças correndo pela casa. –Suspirei.

–Vai ser incrível, o Bruno e uma menininha com cabelos negros encaracolados. –Ele me deu um selinho.

–Se vier menino não tentar de novo, ok? –Nem dei esperanças.

–Ok. Muito obrigado, meu amor. –Ele me abraçou.

–Tudo por você...

POV LUDMILA

O Federico foi buscar as crianças na escola. A Luly está com 9 anos, o Jordan está com 7 e a Emily com 4, todos estudam na mesma escola, que é a mesma escola do filho de todos.

Eu estou no telefone com a Naty, ela quer que eu fique com o Bruno hoje para ela ir jantar com o Maxi, eu concordei e ela irá traze-lo hoje as sete. Ouvi a campainha tocar, não estava esperando ninguém, só faltava ser o Federico que esqueceu a chave.

Fui até a porta e a abri, meus olhos se encheram de lagrimas quando vi quem estava lá.

–Pai! –Abracei-o.

–Oi filha. –Ele me abraçou.

–Entra. –Dei passagem. –Estava com saudades. –Fechei a porta.

–Eu estava atolado de trabalho, mas finalmente pude vir te ver. –Ele se sentou.

–Eu estava com saudade de você. –Falei emocionada.

–Eu também, estava louca para te ver. Como você está?

–Bem, me casei com o Federico e tenho três filhos, duas meninas e um menino, eles já devem estar... –ouvi a porta se abrir com vozes entrando e risadas.

Os três correram até mim pulando no sofá e me abraçando.

–Oi mamãe! –Eles disseram me abraçando.

–Oi meus amores. –Beijei a bochecha de cada um.

–Oi meu amor. –O Federico apareceu me dando um Celinho.

–Oi.

–Olá, senhor Ferro. –O Federico cumprimentou o meu pai. –Bom ver o senhor.

–Bom ver você também, espero que esteja fazendo minha filha feliz. –Meu pai falou.

–Muito. –Falei colocando a Emily em meu colo.

–Quem é ele mamãe? –O Jordan perguntou.

–Ele é o avô de vocês. –Falei.

–Eu sou o pai da Ludmila, mãe de vocês. –Meu pai falou radiante em ver as crianças.

–Vovô? –Eles se perguntaram.

–Sim. –O Federico respondeu.

–Você não é igual a vovó, né? –A Luly perguntou desconfiada.

–Não, não sou igual sua avó. –Meu pai sorriu.

–Que bom. –Os três sorriram.

Eles foram conversar com o papai e eu fiquei com o Federico, eles foram mostrar a casa para o avô. O Federico começou a me contar um monte de coisas, até que ele chegou no assusto Leon. Ele falou que o Leon tinha voltado e eu fiquei surpresa pois ele não tinha me falado antes e eu não fazia ideia de que ele estava de volta nem que ele estava voltando.

POV CAMILA

–Como assim o Leon voltou? –Eu estou no telefone com a Fran. –Ele fez o quê? –Fiquei inconformada. –Mas você está bem amiga? –Preocupação batendo na porta. –Tá, tudo bem, tchau amiga.

Desliguei o telefone.

Já é de noite, as crianças estão na cama e o Broduey está no quarto me esperando para dormir. Subi, passei pelo quarto da Melody e do Miguel para ter certeza de que os dois estão dormindo sem problemas.

O Miguel parou de chegar machucado da escola, ainda tem alguns machucados, mas esses eu socorri no jardim de casa quando aconteceu. O Miguel já está com quatro aninhos e a Melody com 9, meus amores, minha vida, eles e o Broduey.

Quando garanti que os dois estavam dormindo fui para o meu quarto onde encontrei o Broduey sentado na cama só de calça.

–Não deu tampo de se trocar? –Perguntei me aproximando dele e dando um selinho nele.

–Se quiser coloco a camisa. –Ele me deu outro selinho.

–Por mim tudo bem, sem problema nenhum. –Ri indo ao armário.

Pequei meu pijama e comecei a me trocar pois estava com a roupa social do trabalho, passei o dia de pé no hotel, andando pra lá, e pra cá!

Enquanto me trocava o Broduey me secava deitado na cama com a coberta até a altura da cintura.

Terminei de me trocar e fui me deitar ao lado do meu marido que tanto amo no mundo. Me deitei dando um selinho nele em seguida, ele me abraçou e beijou minha bochecha.

–Você está linda. –Ele me elogiou mexendo em meu cabelo.

–Não estou linda, não tomei banho e meu cabelo está todo embaraçado. –Reclamei.

Ele se virou e pegou algo na gaveta, de repente senti algo em meu cabelo, ele começou a pentear meu cabelo, com cuidado e carinho.

–Se você me machucar vou te bater. –Ri.

–Não vou te machucar, querida.- Ele me deu outro beijo na bochecha.

Ele ficou penteando meu cabelo por um tempão, comecei a relaxar e adormeci em seus braços...

Acordei com o chato despertador tocando ao meu lado, me levantei e desliguei o despertador. Acordei o Broduey e nós dois fomos tomar banho juntos. Depois do banho eu fui acordar as crianças e troca-las enquanto o Broduey faz o café da manhã. Nos sentamos todos na mesa para tocar o café, então começou a primeira conversa em família do dia.

–Como vocês dormiram? –O Broduey foi o primeiro a se pronunciar.

–Bem. –Os dois assentiram.

–Mamãe, o papai disse que você sabe falar francês. –A Melody falou pegando uma maça.

–É verdade? –O Miguel perguntou.

–É. –Assenti colocando café em minha xícara.

–Fala alguma coisa! –Eles pediram.

O Broduey me olhou sorrindo.

–Vous êtes le plus grand trésor de ma vie ! (Vocês são a maior preciosidade da minha vida!) –Falei e eles fizeram expressão de dúvida.-O que você disse, mamãe? –O Miguel perguntou.-Vocês são a maior preciosidade da minha vida...

POV GERMÁN

–Se você não for escovar os dentes vou chamar sua mãe! –Falei ameaçando a Julietta.

–A mamãe não! –Ela juntou as mãos implorando.

–ANGIE! –Gritei chamando-a.

–Pai... –ela reclamou.

Em pouco tempo a Angie chegou com o David no colo.

–O que foi, amor? –Ela perguntou colocando o David no chão.

–A Julietta está fazendo pirraça. –Falei e a Julietta fez cara feia.

–Mentira! –A Julietta protestou.

–Julietta! Escove os dentes rápido, você tem que ir para a escola! –A Angie falou autoritária.

–Mas a Giovanna nem veio escovar os dentes!

–Eu cuido dela. –Falei me retirando do banheiro.

Andei até o quarto da Giovanna onde não a vi, continuei andando pela casa e a encontrei no quarto onde nós guardamos as coisas da Violetta que conseguimos salvar do incêndio. Tinha algumas fotos o teclado e o Violão dela. Parei na porta e fiquei observando-a sem que ela me visse. Ela observava as fotos cautelosamente, ela parou ao ver o teclado, ela tocou algumas notas que sabia de alguma música. Me espantei ao ouvi-la tocando uma música, não fazia a mínima ideia de que ela tocava. Ela parou de tocar e se assustou ao me ver na porta olhando-a.

–Que susto, pai... –Ela sorriu fracamente.

–Não sabia que tocava. –Me aproximei dela.

–E eu não sabia que prestava atenção na aula de música. –Ela riu.

–Sua irmã adora música. –Falei clicando em uma das teclas do teclado.

–Eu sei, ela tem um Studio. –Ela riu irônica.

–Como está indo o ballet? –Perguntei rodando-a.

–Bem, vocês vão na minha apresentação mês que vem?

–Não perderia por nada...

*18:30

Faz pouco tempo que busquei as crianças na escola e todos estão na sala de jantar com a Angie, toda vez que eles voltam da escola eles voltam cheios de fome então sempre fazem um lanche quando chegam da escola. Estou no meu escritório trabalhando quando ouvi a campainha tocar e a Olga chamando a Angie logo em seguida. Saí d minha sala e encontrei a Angie antes que ela chegasse na porta.

POV ANGIE

A Olga me chamou e fui na direção da porta, antes que chegasse na porta o Germán apareceu e me disse que subiria para o quarto e qualquer coisa era só chama-lo. Assenti. Continuei andando até a porta onde vi uma pessoa inesperada.

–Leonardo?

–Sou eu meu anjo. –Ele veio me abraçar.

–O que quer? –Perguntei parando-o com a mão.

–A guarda da minha filha. –Ele logo mudou de expressão e tom de voz.

–Eu já não te falei que você nunca vai tira-la de mim. –Falei tranquila. –E só ara te lembrar, a última vez que ela te viu, ela tinha 4 anos, você só lembrou dela hoje? Ela já tem 14 anos.

–Ela é minha filha, se quiser luto pela guarda dela, e posso vir vê-la quando quiser, dane-se que ela só tinha 4 anos. -Ele falou convencido.

–Ela não... –Fui interrompida.

–Quem tá aí, mãe? –A Giovanna apareceu. –Pai... É... Leonardo? –Ela se aproximou de mim.

–Você está linda filha. –O Leonardo se aproximou dela mas ela foi para trás de mim. –O que foi, meu amor?

–Você não é meu pai. –Ela falou indo ao meu lado.

–Claro que sou! –Ele pegou na mão dela.

A Giovanna rapidamente soltou a mão dele e deixou uma lagrima cair.

–Não é... –Ela limpou a lagrima.

–O que você fez com ela? –Ele veio na minha direção. –Você fez ela acreditar que não é minha filha!

Ele começou a vir pra cima de mim.

–Eu não fiz nada! Ela não é sua filha! –Falei sem medo.

–ELA É MINHA FILHA!!! –Ele começou a gritar.

Ele começou a me “atacar” e a Giovanna entrou em desespero.

–PAI!!!! PAI!!! PAPAI!!! –Ela começou a gritar quando o Leonardo me deu um empurrão.

–Leonardo PARA!!! –Gritei tirando sua mão de mim.

–PAPAI!!!- Ouvi a Julietta gritar de longe.

–O que foi? –O Germán apareceu.

Quando o Germán viu o Leonardo puxando meu cabelo ele veio e empurrou o Leonardo para longe até ele cair fora de casa.

–Você saia da minha casa e nunca mais se aproxime da minha família! –O Germán falou em bom tom.

O Germán bateu a porta e correu na minha direção me abraçando em seguida.

–Você está bem? –Ele perguntou beijando minha cabeça.

–Estou...

POV VIOLETTA

São sete horas e com certeza o Leon já buscou as crianças na escola pois quando fui buscar os gêmeos na escola a Daisy e o Nathan não estavam mais lá. Só dei roupa para um dia de escola então vou busca-los hoje e traze-los para casa. Não vou deixar meus filhos com o Leon, quem mandou ir em bora por cinco anos.

Como sabia que o Leon faria um barraco deixei o Kelvin e a Kaila na casa da Cami.

–Vocês ficam na casa da Tia Cami e eu vou buscar os irmãos de vocês que está com o pai de vocês. –Falei abaixada na altura deles.

–Tá bom! –O Kelvin disse.

O Kelvin foi brincar com o Miguel, mas a Kaila queria falar comigo.

–Mamãe, você disse que eu ia ver o papai... –Ela falou choramingando para conhecer o pai.

Sabia que não seria uma boa ideia leva-los lá.

–Depois você vai ver seu pai... –Suspirei. –Depois...