Nosso futuro continua! escrita por Tuka


Capítulo 13
A escuridão tomou minha visão...


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE!!! Animados? Aqui está o próximo capítulo que dedico a todos vocês que leem minha fic!!!
Espero que gostem...



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PO VIOLETTA

–Filha, deixa eu explicar... –Falei entre lagrimas.

–Não, você já falou tudo, explicar o quê? –Ela se afastou. –Você já falou tudo!

Ela saiu correndo para bem longe de todos nós, ela passou reto do Leon e de todos que estavam no parquinho.

–Oh D eus. –Limpei minhas lagrimas. –Isso não podia ter acontecido.

–A gente tentou avisar, Vilu, sentimos muito. –A Fran falou triste.

–Vai falar com ela. –A Cami disse.

–Tá. –Assenti suspirando.

Fui andando calmamente, pensando no que diria a ela. Quando passava pelo parquinho o Leon me parou e segurou em meu ombro me fazendo parar no mesmo instante.

–O que aconteceu? –Ele aparentava estar preocupado.

–A Daisy, eu estava... –Ele ficaria muito bravo comigo se soubesse que eu estava falando sobre isso. –Eu estava conversando com as meninas e ela me ouviu dizendo que ela não é minha filha.

–O quê? Violetta, já falei para você não tocar neste assunto com ninguém. –Falei que ele ficaria bravo.

–Bom, pelo menos não terei medo de enfrentar isso no futuro. –Falei.

–Tudo bem. -Ele respirou fundo. –Vou pegar as crianças e nós vamos para a casa, vai chama-la. –Ele segurou em meus braços.

–Tá. –Assenti.

Logo voltei a me dirigir ao meu caminho.

Encontrei a Daisy sentada em um banco chorando silenciosamente, provavelmente para que ninguém a ouvisse. Cheguei perto dela e sentei ao seu lado, ela nem ousou olhar para mim.

–Filha, vamos para a casa conversar. –Pedi.

–Eu quero o papai. –Ele fungou.

–Ele está no esperando, querida. –Falei.

Ela sem falar uma palavra, ela levantou e foi de braços cruzados até o carro. Durante o caminho de casa não tirou nem mesmo um suspiro de seus lábios, eu com certeza nunca vi minha filha tão calada desse jeito.

Quando chegamos em casa fomos conversar, nós três a sós no quarto dela. Eu e o Leon nos sentamos em cadeiras e ela na cama dela, ainda de braços cruzados e o rosto e os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar, ela já tinha se acalmado um pouco, bom, pelo menos o suficiente para conversarmos bem.

–Filha, primeira coisa, mesmo nós não sendo seus pais, nós te amamos muito. –O Leon falou.

–Então porque mentiram para mim? –Ela perguntou.

–Porque quando você chegou filha, você era uma bebezinha bem pequenininha e tínhamos que cuidar de você. –O Leon contou.

– E com você tinha um bilhete que pediu para que nós cuidássemos de você e que não procurássemos sua mãe. –Expliquei.

–Ela não me ama, minha mãe? –Ela perguntou triste.

–Não, querida, não é isso. –Parei-a.

–Sua mãe te deixou aqui porque sabia que cuidaríamos bem de você, ela fez isso exatamente porque te ama. –O Leon explicou.

–Quando você chegou, foi com certeza o pior dia daquele ano, até você aparecer. Estava chovendo muito e trovejando mais ainda. Eu e seu pai estávamos na sala assistindo filmes, a campainha tocou e eu fui atender, quando vi, eu fiquei chocada, era um bebê em uma cesta enrolada em alguns cobertores. –Contei-a.

–Tinha uma carta. –O Leon continuou. –Nela sua mãe pediu para que nós não a procurássemos e que ela sabia que nós íamos cuidar bem de você, então foi o que fizemos, adotamos você como nossa e filha e cuidamos de você, dando tudo o que podíamos.

–E cuidaram muito bem mesmo. –Ela sorriu. –Mas... –Ela fez uma pausa. –Eu queria fazer um exame de DNA. –Ela pediu.

–Por quê? Nós já te contamos a verdade. –Falei.

–Por favor mamãe. –Ela pediu.

Suspirei.

–Tudo bem. –Assenti.

–Obrigada! –Ela pulou da cama e nos abraçou. –Eu amo vocês!

–Nós também te amamos. –O Leon falou.

–Muito. –Fizemos um uníssono perfeito.

*19:03

POV MAXI

–Aqui estão as coisas dele. –A Naty estava na porta entregando a mochila com as coisas do Bruno para a Ludmila. –Estão o pijama, escova de dente, roupas, uniforme, e...

–Tá, Natália, eu sei cuidar de crianças. –A Ludmila riu.

–Naty, ela sabe, está tudo bem. –Abracei sua cintura por trás.

–Tá. –Ela riu.

A Naty se abaixou na altura do Bruno e segurou seus braços carinhosamente.

–Se cuida, filho. E se comporta na casa da Tia Ludmi. –Ela beijou a bochecha dele.

–Uhum. –Ele assentiu sorrindo. –Tchau mamãe. –Ele beijou a bochecha da mãe.

–Tchau, querido.

Ele veio até mim e pulou no meu colo.

–Tchau, papai! –Ele me abraçou.

–Tchau, garotão. –Deixe-o no chão.

Ele correu até a Ludmila e segurou em sua mão.

–Tchau Naty, tchau Maxi. –A Ludmila se despediu.

–Tchau. –Falamos juntos.

Eles foram em bora e a Naty foi se trocar. Eu já estava de terno e pronto para o nosso jantar.

Fiquei esperando-a no sofá. Ela demorou uma eternidade, olhava no relógio o tempo todo, e afinal ela demorou uma hora para se arrumar. Mas valeu a pena. Quando ela apareceu na escada ela estava linda com um vestido preto colado e solto na parte de baixo com uma pequena renda. Ela estava incrível, linda, excepcional.

Fomos para o restaurante, era um pouco longe, mas tínhamos nossa mesa garantida.

O caminho até o restaurante foi meio silencioso, nós não trocamos nenhuma palavra, mas isso não duraria muito, com certeza a Naty começaria a falar sobre o assunto de ter outro filho.

Nós chegamos no restaurante e subimos para o segundo andar, o restaurante não tinha muita gente, mas apenas o que tinha lá eram casais, era até engraçado.

O garçom nos levou até nossa mesa, nos sentamos.

–Maxi, eu... –Ela ia falar mas interrompi-a.

–Naty, -Peguei em sua mão e a acariciei com o polegar. –se não quiser ter outro filho agora, tudo bem, bom, podemos esperar um pouco.

–Não. –Ela riu leve. –Não é isso, é que... Eu andei conversando com as meninas e elas me disseram que é tão bom quanto o primeiro.

–Então... –Pedi uma continuação.

–Podemos tentar. –Ela sorriu.

–Espero que seja uma menininha. –Sorri. –Uma mini Naty.

–Vai ser incrível, mas se for menina eu não quero cena de ciúmes quando ela crescer, Maximiliano!

–Vou pensar no assunto. –Falei feliz.

–Depois pensamos. –Ela sorriu.

Sorri logo em seguida.

Nós passamos o jantar sorridentes e alegres. Nós conversamos bastante e saímos tarde do restaurante, mas isso, não importa, pois hoje a casa seria só nossa.

*9:37

POV FRANCESCA

–Eu te falei que não deveríamos ter voltado para a casa. –Falei colocando uma blusa rapidamente.

O Diego quis mudar a rotina hoje, ele falou para nós levarmos as crianças e voltarmos para a casa para nos arrumarmos e depois ir trabalhar, invés de logo após levar as crianças irmos trabalhar. Agora estamos atrasados.

–Eu já falei desculpa Francesca, mas pensa no lado positivo, tivemos mais tempo juntos. –Ele colocou os sapatos.

–Mas agora estou atrasada! –Entrei no banheiro do quarto. –A Vilu vai me matar. –Peguei minha escova de cabelo.

–Mas você não vai ser demitida, nem eu. –Ele falou do quarto.

–Mesmo assim, tenho que trabalhar. –Penteei o cabelo.

–Eu também, mas sou o chefe, ninguém vai me demitir. –Ele entrou no banheiro.

–Sorte sua que não podemos ser demitidos. –Comecei a prender o cabelo. –Mas você não divide a presidência com outra pessoa, muito menos com a Violetta. Você nem acredita como ela ficou responsável, mudou muito desde o Studio. –Terminei de prender o cabelo e voltei para o quarto.

–Todos mudamos, Fran. –O Diego falou me seguindo.

–Verdade.

Nós fomos trabalhar, eu dirigi o mais rápido possível, mas mesmo assim peguei transito cheguei 10:21, a Vilu vai me matar.

Eu entrei e corri para o elevador. Eu subi até o último andar onde tem apenas uma sala, a maior, minha e da Vilu. Eu espiei dentro da sala e vi a Vilu de costas para a porta com o caderno dela na mão e fazendo as típicas anotações diárias.

Entrei na ponta do pé para não fazer nenhum barulho, quando estava quase perto dela ela se virou e me olhou brava.

–Onde estava, Francesca? –Ela se levantou e andou até o painel.

–Como sabia que eu estava aqui? Não fiz nenhum barulho. –Andei até a mesa curiosa.

–Pedi para o Carl me avisar pelo interfone que logo que você chegasse. –A Vilu falou me olhando.

–Aquele traidor. –Rosnei.

–Mas afinal, por que demorou?

–O Diego, ele me fez atrasar. –Falei.

–Sorte sua que o a cliente que ia vir gravar hoje cancelou. –Ela começou a me olhar de cima a baixo. –Mas... –Ela deu uma volta em mim, me olhando por completa, cada fio de cabelo. –Hm. –Ela riu.

Ela andou até uma cadeira e sentou. Fiquei olhando-a curiosa.

–E então? –Ela me olhou sorrindo estranha.

–Então, o quê? –Fiquei confusa.

–Como foi sua noite com o Diego? –Ela perguntou com o mesmo sorriso.

–Hã, como sabe –Perguntei mais confusa, mas era verdade.

–Você fica mais bonita, sei lá, fica diferente, mas diferente para bom. –Ela falou enquanto eu me sentava.

–É, mas está certa. –Ri.

Nós fomos cada uma para sua sala trabalhar.

Eu fui para a minha sala, atendi à três de meus 7 clientes de hoje e quando deu meu horário de pausa assim como a da Vilu, nós nos encontramos em nossa sala para darmos o primeiro de nossos dois descansos do dia.

Eu e a Vilu estávamos conversando, ela levantou de repente e andou até a máquina de café

–Lembra que dia é hoje? –Ela perguntou pegando um café.

Pensei por um tempo.

–Não. –Respondi ainda pensativa. –Não sei.

–Hoje é o dia em que eu, voc...

Ela foi interrompida.

–Vilu!!! Fran!!! –A Ludmila entrou na nossa sala correndo. –Nossa paz acabou!

–Mas já, achei que ia ser atarde. –A Vilu falou olhando para a Ludmila.

–Ele saiu mais cedo. –A Ludmila disse nervosa.

–Não acredito que fizeram isso. –Elas continuaram me excluindo.

–Gente, estou aqui! Dá pra me explicar a conversa? –Pedi levantando.

–Hoje a nossa paz acabou Francesca! –As duas fizeram um uníssono.

–Por... –Pedi uma explicação.

–Hoje o Tomás sai da cadeia! –A Vilu disse.

–E já saiu. –A Ludmila complementou.

–Mas não era só daqui a 4 anos? –Perguntei confusa e apavorada.

–Ele pagou a fiança. –Ela explicou.

–Ai não! –Tapei minha boca. –Vocês acham que ele vai mexer conosco?

–Sem sombras de dúvida. –As duas assentiram.

–Nós temos que tomar cuidado. –A Ludmila disse.

–Nossa família também, e, Fran, a Bella. A Isabella assim como nós três é uma das principais vítimas do Tomás. –A Vilu lembrou.

–Espera, que horas são? –Perguntei.

As duas olharam no relógio.

–São... 14:27. –A Vilu falou. –Por quê?

–Quando o Tomás saiu da cadeia? –Perguntei novamente.

–Acho que as nove da manhã, a essa altura do campeonato ele pode estar nos procurando, planejando algo ao até já nos achou. –A Ludmila respondeu.

–Por que, Fran?

–A Bella está atrasada, devia ter chego a uma hora, a escola fica a 20 minutos, ele nunca se atrasa. –Falei pensando. –Será que tem algo a ver com o Tomás?

–Não tem como saber, Fran. Mas não seria a primeira vez que o Tomás usa a Bella para te conseguir. –A Vilu falou.

–Não está ajudando, Vilu. –Levantei começando a andar em círculos.

–Só estamos sendo realista, Francesca! –A Ludmila discutiu.

–Não quero pensar nisso, é a minha filha! –Praticamente berrei. –Imagine se fosse a Luly um alvo do Tomás!

–Não fale sobre minha filha! Ela não tem nada a ver!

–Então não fale da minha!

Começamos uma gritaria que todos os andares conseguiriam ouvir.

Fomos interrompidas por uma voz.

–Mãe... –Ouvi uma voz baixa.

–Bella! –Corri até ela e abracei-a beijando sua cabeça logo em seguida. –Por que demorou?

–Estava com a Claudia. –Ela me olhou. –Por que está tão preocupada?

–Nada, só fiquei preocupada.

*3 semanas depois

POV LUDMILA

Estava atrasada para o trabalho, eu e a Naty combinamos de nos encontrar em um restaurante para começarmos a combinar as preparações de um evento muito importante, vai ser para o presidente de Buenos Aires e vai ser daqui a um mês.

Eu estava sem carro tive que ir a pé me encontrar com a Naty.

Eu estava correndo enquanto falava com a Naty e com o Federico por mensagens de texto. Eu olhava pra rua apenas para não cair pois meus olhos miravam totalmente para o celular. Tive que parar porque o farol de pedestres fechou, isso me deu tempo para conversar com a Naty. Eu estava no centro então estava um tumulto.

Olhei mais uma vez para o farol e ver se ele ainda estava vermelho, no momento em que eu olhei ele se abriu. Comemorei e dei um passo, esse um passo foi o suficiente. Senti uma pressão em minha barriga, olhei já quase sem folego, tinha um pequeno buraco e sangue escorrendo, fui baleada. Ouvi várias pessoas gritarem e saírem correndo. Pousei a mão instantaneamente na lesão, minha visão ficou embaçada, minha respiração parando, tentei me segurar em algo, mas já não tinha mais força, cambaleei até que caí no chão e a escuridão tomou minha visão...


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Notas finais do capítulo

Meu coração... A Ludmila tem que ficar bem...
Bom, espero que vocês tenham gostado!!!
Comentar não caí o braço...