Nosso futuro continua! escrita por Tuka


Capítulo 11
Não quelo ir cum vucê...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu estava morrendo de saudade de vocês!
Olha gente, eu não achei o meu pendrive então perdi os meus capítulos, e minha saída foi rescreve-los, foi o que fiz!
Estou rescrevendo e espero ter sempre um capítulo para lhes dar!
Espero que gostem do capítulo!



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Notas iniciais!

POV VIOLETTA

–Depois você vai ver seu pai... –Suspirei. –Depois...

–Tudo bem... –Ela fungou triste. –Eu sei que você num qué que eu conheça ele. –Ela derramou algumas lagrimas.

–Não filha, não é isso. –Abracei-a. –É que...

Olhei para a Cami que estava ao nosso lado. Ela me olhava dizendo “Leva ela, não custa nada”.

Suspirei soltando um sorriso em seguida.

–Tudo bem, vamos. –Peguei-a no colo.

–Obligada, mamãe!!! –A Kaila me abraçou sorridente.

–Faço qualquer coisa por você, querida. –Abracei-a. –Kelvin!

O Kelvin apareceu seguido pelo Miguel.

–Você quer vir comigo? –Perguntei.

–Posso ficar pla blincar com o Miguel? –Ele perguntou.

– Claro, Kelvin, vai lá brincar. –A Cami respondeu por mim.

Os dois saíram correndo para o jardim.

–Eu cuido dele. –A Cami falou.

–Obrigada.

Me despedi de todos e fui com a Kaila pro carro.

Ela falou o caminho todo, perguntava do Leon, como ele era, se era legal, se amava ela, se ele iria achar ela bonita...

–Filha, é claro que ele vai te achar bonita, você é linda. –Respondi dirigindo.

–Eu sei, mamãe. –Ela falou feliz.

Continuei dirigindo. O apartamento do Leon fica afastado então demora. A Kaila acabou dormindo no caminho o que deixou o carro um silencio, o suficiente para pensar em várias reações que o Leon poderia ter ao ver a Kaila ou me ver. Ele com certeza ficaria bravo por eu ir buscar os meninos, pois ele quer a guarda deles, ele ainda não entrou na justiça por eles, e não quero que entre.

No tempo que ela dormiu, foi o tempo que usei para pensar como o Leon reagiria ao ver a Kaila, não sei se ele ficaria bravo ou encantado com ela. A Kaila é um amor, é meio tímida quando conhece alguém novo mas quando se acostuma adora divertir a pessoa e brincar com a pessoa. Ela é divertida, encantadora, fofa e muito engraçada... Não tem como não se apaixonar por ela.

Quando cheguei a Kaila já estava acordada e bem agitada.

–Filha, ele não te conhece então sem muita animação. –Falei trancando o carro e ela no meu colo.

–Eu sei, mamãe. Sem nimação, eu julu. –Ela colocou a mão sobre o peito e a outra para cima.

–Tudo bem. –Ri. –Vamos...

Entrei, peguei o elevador e fui para a cobertura. A Kaila não parava quieta no elevador, falava, falava, falava, e falava. Chegamos na porta, bati três vezes e esperei. Em pouco tempo ouvi ele dizer.

–O que você veio fazer aqui. –Ele disse antipático.

–Buscar meus filhos. –Falei.

Ele não respondeu.

Ouvi um barulho da tranca se abrindo e logo o Leon ficar a minha frente me encarando ríspido com aqueles olhos verdes penetrantes dele. A Kaila de repente parou. Ficou olhando o Leon de cima a baixo.

–Já falei, eles vão morar comigo. –Ele falou seco.

–Eles são meus filhos, Leon. Cuidei deles pelos cinco anos que você foi em bora. –Falei olhando em seus olhos.

–Mas também são meus filhos para a sua informação. Eu mandei dinheiro todo mês. Já que você estaria gastando todo o dinheiro com o seu filho e do Diego. –Ela falou inconformado ao pensar que só cuidaria do meu “filho com o Diego”.

–Eu sempre cuidei bem dos meus filhos. –Falei tentando me controlar.

–E quem é ela? –Ele fez cara de mal gosto.

–É a sua filha.

POV LEON

–É sua filha.

Quando a Violetta falou isso, não sei se acreditava, se era mentira, não sabia...

Resolvi olhar para a menininha em seu colo. Ela me olhava analisando meu rosto. Ela sorriu para mim e desceu do colo da Violetta. Ela andou até mim e me analisou novamente, de baixo a cima, após me analisar ela levantou os braços e pediu colo. Fiquei olhando-a. Suspirei e peguei-a.

–Oi! –Ela disse simpática e sorridente.

–Oi. –Falei ainda com um certo receio.

–Vucê é bunito, qual seu nome? –Ela perguntou ainda.

–Leonard Vargas. –Respondi. –E o seu?

–O meu era Kaila Catillo. –Ela falou. –Mas agola é Kaila Catillo Vagas.

–Quem disse que você é uma Vargas?

–Vucê. –Ela respondeu levantando os ombros pouco preocupada.

–Eu nunca falei isso. –Falei tentando entende-la.

–Então pu que me pego no colo? –Ela jogou comigo.

Não consegui responder, ela tinha razão, por que peguei-a? A Violetta me olhou meio que “Ela joga bem”.

–Quem tá aí, papai? –O Nathan perguntou se aproximando com a Daisy.

–Mamãe!!! -Os dois abraçaram a Vilu.

–Oi, amores. –A Vilu os abraçou.

–Ei, eu era seu amo? –A Kaila reclamou no meu colo.

–Você também, querida. –A Violetta falou simpática.

–Pegue ela. –Coloquei a Kaila no colo da Vilu. –Vamos entrar crianças. –Chamei a Daisy e o Nathan.

–Queremos ficar com a mamãe. –Eles abraçaram a Violetta.

–Mas ela fez coisa errada. –Falei. –Coisa que vocês não entendem.

–Olha, pai. Ninguém namoro a mamãe quando você foi em bora. –A Daisy falou inocente.

–Ela namorou sim. –Falei ficando irritado.

–Pai, você tem que ouvir a mamãe. –O Nathan pegou meu braço.

Suspirei.

–Tudo bem...

POV FRANCESCA

–Diogo, larga a sua irmã. –O Diego pediu.

–Então pede pra ela brincar comigo. –O Diogo protestou.

–Eu tenho lição, Diogo. –A Bella soltou a mão dele de seu braço.

–Vem cá, filho. –Chamei-o. –Vem...

Ele soltou o braço da Isabella e correu até mim, pegou minha mão e me seguiu. Fui com ele até o jardim, pedi para que ele brincasse no playground e deixasse a Bella fazer a lição quietinha. Me sentei no banco fiquei olhando ele brincar. Ela corria, pulava, escorregava, balançava, fazia de tudo. Ele brincava feliz, sorridente, era pelo menos o que alguém diria. Ele estava solitário sem ninguém para brincar com ele, por isso ele é bem “grudado” na Bella. Ele desanimava e ia mais devagar, seu sorriso desaparecia de vez em quando.

–Oi, amor. –O Diego apareceu me dando um selinho.

–Oi. Onde a Bella está?

–No quarto. –Ele se sentou ao meu lado.

–Olha ele. –Falei observando o Diogo.

–Qual problema? –Ele me perguntou o observando também.

–Ele está muito sozinho, não está feliz. Me sinto mal. –Falei triste.

–Ele está bem, Fran. –Ele me abraçou de lado.

–Não está. –Afirmei. –Está se sentindo triste, sozinho. Fico pensando como seria se ele soubesse que tem um irmão, que o melhor amigo dele e ele são irmãos.

–Não podemos falar, Fran. –O Diego me olhou.

–Eu sei, mas ele talvez se sinta menos triste.

–Você fala como se fosse culpa sua, mas não é. –Ele me olhou.

–Mas é. Fico me sentindo a pior mãe do mundo ao ver o Diogo triste. –Olhei-o a pedido de ajuda.

–Você é a melhor mãe do mundo, Francesca. Não é culpa sua. –O Diego me abraçou me aconchegando em seus braços.

Ficamos um tempo abraçados, deixei algumas lágrimas caírem. Ainda no abraço

–Nós vamos dar um jeito, Francesca. –Ela beijou minha bochecha.

Separamos o abraço e eu seguei meus olhos. O Diego foi ver a Bella. Suspirei e voltei a observar o Diogo brincando. Ele parou de brincar e andou até mim.

–Eu estou cansado. –Ele riu ofegante.

–Vamos entrar. –Peguei em sua mão e entrei com ele.

Fomos para a cozinha para que ele bebesse um copo d’água.

–Mamãe. –Ele me chamou colocando o copo em cima da mesa.

–Sim?! –O atendi.

–Está chegando meu aniversário. –Ela falou feliz.

–Eu sei, qual problema? –Não entendi a pergunta.

–É que eu estava pensando no que eu quero de presente. –Ele ficou um pouco sério.

–E o que você quer? -Perguntei.

–Eu não quero brinquedo. –Ele falou.

Estranhei, todo ano ele pede brinquedo. Ele tem vários brinquedos, mas ele é organizado e nós temos um quarto só de brinquedos, então isso nunca foi um problema.

–O que você quer então? E lembre que já falei que eu não vou te dar um tigre. -Ri ao lembrar do pedido dele nos últimos aniversários.

–Não. –Ele riu. –Não é isso, eu queria um irmãozinho.

Ao ouvir aquela frase meu coração parou por um estante. Eu não sabia o que responder a ele, não sabia como reagir. Aquela frase me pegou desprevenida.

–Filho, vem aqui. –Chamei-o.

Fui até a sala e ele foi me seguindo. Me sentei no sofá e ele sentou ao meu lado. Suspirei e falei.

–Filho, você se lembra do Matheus? –Perguntei me segurando para não chorar.

–Lembro. Ele está bem lá no céu, não está? –Ele perguntou inocente.

–Está. –Respondi deixando uma lagrima escorrer junto com um sorrisinho fraco. –O Matheus, ele foi pro céu porque lá ele vai ficar melhor.

–Mais todo mundo gosta de ficar com a mãe. –Ele ficava inconformado.

–Sim, mas não foi escolha dele. –Tentei explicar. –Se eu tiver mais um bebê, talvez ele tenha que ir junto com o Matheus, e eu não quero. Você vai querer que ele vá com o Matheus?

–Não. –Ele disse triste. –Eu só queria um irmãozinho para eu brincar com ele, eu ia ensinar ele a jogar bola, andar de bicicleta, escrever, ia ensinar tudo a ele. –Ele disse um pouco mais animado. –Eu seria um bom irmão mais velho. –Ele sorriu.

–Eu sei, querido. –Abracei-o. –Você é um ótimo menino.

–E você é a melhor mãe do mundo. –Ele beijou minha bochecha.

–Obrigada, mas mesmo assim, mando em você, então vai escovar os dentes para ir dormir.

–Tá. –Ele correu na direção da escada.

Quando ele desapareceu do meu ponto de visão eu parei por um estante e suspirei.

POV VIOLETTA

Depois que eu e as crianças contamos toda a história detalhadamente e responder as perguntas e questionamentos do Leon ele ficou meio sem saída.

Eu e o Leon fomos para o quarto dele, precisamos conversar a sós.

Entramos, o Leon fechou a porta e pediu para que eu me sentasse na cama, me sentei e ele fez o mesmo.

–Você não sabe pelo que passei, Leon. –Falei triste. –Você não faz ideia.

–Eu não queria te deixar. –Ele falou pegando em minha mão.

–Você não sabe como é seus filhos perguntarem sobre o pai todo dia e ele não está lá para ajudar. Você não sabe como é seus filhos não quererem participar da peça da escola porque só a mãe está lá para assistir. Você não sabe como é ver seus filhos tristes e desistindo de fazer a peça do dia dos pais porque não tem pai para assistir. Você não sabe como é ver seus filhos chorarem porque querem o pai, eles tinham apenas 4 anos, Leon. Você não faz a mínima ideia, Leon, de como é ter que consolar seus filhos por anos toda noite porque eles sofrem bullying e gozações dos colegas de classe porque o pai deles os abandonou, porque eles não tem pai, porque o pai deles não ama eles. –Falei chorando, mas era verdade.

–Você sabia que não era verdade. –Ele derramou algumas lagrimas.

–Eu sim, Leon, eles não. –Falei. –Você não teve que explicar para seus filhos de dois anos que eles tinham um pai, só não estava lá para dar boa noite ou incentiva-los a fazer algo. Você não tem ideia de como é criar 4 filhos sozinha. –Continuei.

–Eu não queria te deixar. –Ele se aproximou.

Me afastei.

–Mas podia ter me contado. –Protestei. –Não te custaria nada.

–Não sabia como te contar. –Ele derramou outra lagrima.

–Podia ao menos ter se despedido dos seus filhos? Você tem ideia de como eles ficaram? Eu te segui Leon, te segui até o aeroporto.

–Eu não aguentaria me despedir deles sabendo que não voltaria. –Ele se aproximou novamente. –Eu te amo, Vilu, mas que minha própria vida.

Esse era o Leon que eu queria voltar a ver, esse é o Leon de que estava com saudade.

–Eu também te amo, mas você me magoou muito.

–E eu faço qualquer coisa para me reconciliar com você. –Ele me deu um beijo.

Ele me pegou de surpresa, não imaginava que ele iria fazer isso. Ele me beijou profundo, amoroso, romântico, um beijo cheio de saudade. Não tive como não corresponder ao beijo dele.

–Eu estava com saudades. –Separei rapidamente dando outro em seguida.

Ficamos um tempo nos beijando, com certeza nós já estamos bem um com o outro, mas acho que não aquentaria mais muito tempo sem ele.

–MAMÃE!!! –Ouvi um grito da Kaila me chamando.

Paramos o beijo no susto.

–Acho melhor irmos. –Me levantei. –Se não irmos logo ela vai ter um dos surtos dela.

–Surtos? –Ele perguntou indo até a porta comigo.

–A Kaila vai no psicólogo, ela tem alguns surtos de vez em quando. –Expliquei.

–Ela me parece normal. –Ele questionou.

–A verdade é que ela não teve nenhum desde que soube que você estava de volta. –Abri a porta.

–Isso é bom?

–Maravilhoso. –Sorri.

Andamos até a sala. Logo que chegamos a Kaila me viu e veio chorando até mim com os braços esticados para eu pega-la no colo.

–O que foi, amor? –Perguntei pegando-a.

–A Daisy... e... e o Nathan num... num dexa eu blinca. –Ela falou entre os soluços.

–Pronto, já foi. –Tentei acalma-la. –Eu vou falar com eles, tá?

–Tá. –Ela assentiu fungando.

–Leon, pegue-a por favor. –Coloquei a Kaila no colo do Leon. –Eu já volto, amorzinho. –Beijei a bochecha dela.

Fui até o quarto onde a Daisy e o Nathan estão brincando. Chamei-os e conversei com eles, dei algumas broncas e falei que quando chegássemos em casa os dois ficariam de castigo. Eles concordaram e voltaram a brincar no quarto.

Voltei para a sala e logo de cara vi o Leon ninando a Kaila, ela dormia tranquilamente em seu colo, com as bochechas avermelhadas e o cabelo loiro dela caído sobre as costas dela, um pouco abaixo dos ombros.

–Faz cinco anos que faço isso, mas ainda levo jeito. –O Leon riu.

–É mesmo. –Ri leve. –Leon, -Peguei a Kaila de seu colo. –Preciso ir para a casa.

–Fique. –Ele pediu.

–Já está tarde e eles ainda precisam jantar. –Ajeitei a Kaila.

–Jante aqui. -Novamente um pedido.

–Tenho que buscar o Kelvin na Cami.

–Eu pego ele e já volto. –O Leon andou até a porta. –Eu já volto.

O Leon passou pela porta e sumiu do meu ponto de vista.

Tinha apenas um problema, mandei a Cami não entregar o Kelvin ao ninguém, apenas a mim ou a Angie e o papai.

POV LEON

Dirigi o mais rápido que pude. Cheguei na casa da Camila e do Broduey em vinte minutos.

Quando cheguei toquei a campainha a esperei para que alguém atendesse. Logo o Broduey atendeu com o Miguel dormindo em seu colo.

–Oi cara. –Cumprimentei-o.

–Oi Leon. –Senti receio em sua voz.

–Vim buscar o Kelvin.

–Leon? –A Camila apareceu. –O que está fazendo aqui?

–Oi, vim buscar o Kelvin. –Falei.

O Kelvin apareceu e ficou ao lado da Camila.

–Sua mãe pediu para eu te buscar. –Falei olhando-o.

–Eu não quelo i cum vucê...


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado, então, beijinhos para todos você que me acompanham!