Diário de um Khajiit escrita por Lorde Rick Lefeaten


Capítulo 35
Eu odeio o frio!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Entrei no meu quarto e fechei a porta, Bazzir não estava lá, peguei minha mochila e coloquei em cima da cama, e comecei a por minhas coisas lá dentro, poção de cura, cura, cura, um pano e roupas, coloquei a aljava e meu arco perto da porta. De repente Bazzir entrou correndo e fechou a porta com força, ele estava ofegante e suando.

– Parece que estava fugindo de uma multidão – falei rindo

– Oque lhe assegura que não estava – Bazzir disse rindo – não, não estava, apenas usei meu graveto com a corda em uma pessoa, não sei se ela me viu!

– Hum... eu queria estar lá para ver! – falei rindo – em quem foi?

– Azyra! – respondeu ele

– Oque?! Você jogou uma pedra na coordenadora?! – exclamei

– É... – disse ele colocando a mão atrás da cabeça

– Meu Shegorath! Você é louco! Mas chega a ser engraçado – falei não me aguentando e dei outra risada

Ele sorriu e se sentou na cama.

– Está fazendo malas? Vai viajar? – perguntou ele

– Vou, vou sim, á a cavalo! – respondi

– Arriscado... onde vai? – perguntou ele mexendo em minha mochila

– Markarth! – respondi rapidamente, já esperando uma resposta negativa

– Depois eu que sou louco! Vai sozinho para lá? – questionou ele suspirando

– Sei que fica muito longe e tudo mais, a Âlara me convidou... – respondi me deitando em minha cama

Bazzir deu um sorriso significativo no canto da boca com uma risada.

– Sei, entendo, na verdade não, não entendo – disse ele rindo

– Está bem né – falei rindo – agora eu vou dormir por que amanha terei que acordar cedo.

– Como quiser – disse Bazzir se levantando da cama e fechando a janela

– Boa noite, lobinho. – falei fechando meus olhos

– Boa noite, gato de rua. – disse ele rindo e se deitando novamente na cama

No outro dia, abri os olhos me deparando com o quarto escuro e quieto, Bazzir estava dormindo, me levantei fui até a janela, ao abri-la olhei para fora e o Sol ainda nem tinha nascido, acho que acordei cedo até demais, abri a gaveta e peguei minhas roupas mais quentes já esperando que fossemos sair, um casaco de pele de Tigre dente de Sabre, era estranho usar como roupa a pele de um animal tão parecido comigo mesmo. Sai do quarto, os corredores estavam vazios e só era visível por causa das tochas na parede, fui andando por eles até o pátio, para minha surpresa Âlara estava lá olhando para a Aurora Boreal no céu.

– Bom dia! – falei

Ela se virou assustada e depois que viu ser eu, relaxou.

– Bom dia, está com frio hein! – disse ela sorrindo

– Estou acostumado a acordar no calor do Sol – falei

Ela riu.

– Quando saímos? – perguntei

– Quando quiser. – respondeu ela se aproximando de mim

– Por mim o quanto mais cedo melhor, não quero ouvir as perguntas das pessoas sobre isso – falei – desde que a gente espere o Sol nascer para ficar mais quente.

– Está bem, saímos no nascer do Sol então. – sugeriu ela

– Perfeito! – concordei

Ficamos nos olhando por alguns segundos, o silencio venenoso nos cortava a garganta.

– Acho melhor você dar o aviso à Bazzir não? – perguntou ela

– Já falei ontem, – respondi – já avisou Brinahliil?

– Já sim, vou pegar alguns mapas na biblioteca. – disse ela

– Claro. – falei

Ela sorriu e passou por mim indo para a escada da biblioteca, voltei ao quarto e sentei na cama, pensando, passei muito tempo lá, quando o Sol começou a nascer, peguei a aljava coloquei nas costas junto a mochila e peguei meu arco em mãos, ao sair do quarto dei de cara com Bonery.

– Oi, você foi atrás da Katrin né? – perguntou ela sem graça

– Fui, fui sim. – respondi

– Ela está bem? – perguntou ela interessada

– Está sim, mas caso você não saiba, foi culpa sua tudo ter acontecido, se não fosse seu ego e “orgulho Nórdico” – respondi passando por ela e indo na direção do pátio, enquanto me afastava conseguia sentir a culpa que Bonery estava sentindo, talvez tivesse sido muito duro com ela, mas não disse nada que não fosse verdade.

No pátio Âlara estava com uma bolsa e segurando uma espada de cor azul clara, bonita e que refletia a luz.

– Está pronto? – perguntou ela se afastando da estatua onde estava apoiada

– Estou, já podemos ir. – respondi

Saímos do Colégio passamos pela ponte e chegamos a cidade de Winterhold, onde Faahnu nos esperava pacientemente.

– Oh! – exclamou ela acariciando as costas do cavalo – ele é lindo! Como se chama?

– Faahnu, significa, amigo destemido. – respondi sorrindo

– espero que combine com ele! – disse ela rindo

Montamos e continuamos a ir, passamos pela montanha, pela praia congelada, até chegarmos a estrada que realmente nos levaria direto a Markarth.

– Quanto tempo acha que levaremos? – perguntei

– Se pararmos pouco, dois dias são o bastante! – respondeu ela

– Fico feliz com isso. – falei

Passado um tempo, começou a nevar, e muito, quando a neve alcançou os joelhos de Faahnu já estava difícil andar.

– Eu acho que levaremos mais tempo que só dois dias. – falei rindo

– Precisamos achar um lugar para ficar! – exclamou ela

Entramos numa caverna, e descemos do cavalo que se posicionou perto da parede a neve cobriu boa parte da entrada, mas ainda era possível entrar e sair, lá dentro havia uma fogueira apagada e um esqueleto no canto da pequena caverna, reacendi a fogueira enquanto Âlara evitava olhar o esqueleto.

– Te incomoda ter a morte tão perto? – perguntei

– Só prefiro não ficar olhando para gente morta! – respondeu ela

Peguei os ossos e joguei para fora da caverna, eles rapidamente foram soterrados pela neve.

– Obrigada – disse ela relaxando – não me diga que o esqueleto não te incomoda!

– Incomoda, mas... acho que já estou me acostumando. – falei me encostando na parede, estava com muito frio!

– Oh, isso é estranho, mas está bem! – ela se aproximou de mim – posso ficar perto de você? Estou com frio...

Aham, estava óbvio que não, já que eu estava cheio de casacos e tremendo e ela com aquele vestido de mangas finas, mas... não ia recusar, né.

– Pode. – respondi

Ela se aconchegou ao meu lado e estendeu as mãos para o fogo, esfregando-as de vez em vez.


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Notas finais do capítulo

e.e



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