Diário de um Khajiit escrita por Lorde Rick Lefeaten


Capítulo 34
Um feriado?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey! Espero que gostem!



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Ao chegar à Winterhold desci de Faahnu e fui para o portão, passei pela ponte e entrei no Colégio, fui para meu dormitório, ao entrar, Bazzir estava mexendo em algo em cima de sua cama.

– Oi... – falei

Bazzir ergueu a cabeça, olhou para mim e chacoalhou a cabeça negativamente.

– Demorou, achei que tinha morrido! – disse ele rindo

– Digamos que eu poderia... – falei fechando a porta atrás de mim

– Âlara está te procurando, ela está preocupada. – informou ele sem tirar os olhos do que fazia

– Oque está fazendo? – perguntei

Ele colocou na altura dos meus olhos um graveto no formato de “Y” com uma corda amarrada nas duas extremidades de cima.

– Oque é isso? – perguntei curioso

– Não inventei um nome, mas tenho certeza que vai ajudar a ferrar com a vida de algumas pessoas! Eu coloco a pedra aqui e a atiro! – respondeu ele olhando animado para sua criação “maligna”

Dei risada enquanto colocava meu arco em cima da cama junto com as outras coisas, era bom ter Bazzir como amigo, ele me fazia rir o que talvez me ajudasse a esquecer oque aconteceu com Katrin e sua mãe. Sai do quarto e fui ao encontro de Âlara, andei pelo Colégio todo até encontra-la sentada no pátio central, em frente a estatua de um mago.

– Estava me procurando? – perguntei sorrindo

Ela levantou o olhar até alcançar o meu, deu um sorriso no canto da boca, se levantou e me abraçou.

– Você foi atrás dela? Achou a Katrin? – perguntou ela com os olhos radiantes

– Meio que sim, ela estava em Solitude, na casa dela, mas dai aconteceram algumas coisas e... – olhei para Âlara que ficou com um ar preocupado e amedrontado, como se achasse que eu fosse dizer que Katrin morreu – mas, ela está bem.

Ela sorriu novamente.

– Que bom! – exclamou Âlara passando a mão no cabelo

– Perdi alguma coisa da escola? – perguntei rindo

Ela lançou um olhar estranho na minha direção, como se tivesse dito uma besteira.

– Não, não teve aula... – respondeu ela

– Mas, como não? – questionei indignado e ao mesmo tempo aliviado

– Foi feriado! E ainda é! – respondeu ela parecendo animada

Fiz uma careta enquanto tentava puxar em minha memória oque era.

– Oque é “feriado”? – perguntei

Ela repetiu o olhar anterior.

– Feriado é um dia onde se comemora algo, não tem aula e costumam se juntar aos fins de semana, vocês também não tem isso em Elsweyr? – perguntou ela rindo

– Não, pelo menos que eu soubesse. – respondi

– Coitado de vocês! – disse ela

– E oque se comemora nesse feriado? – perguntei

Ela apontou para a estatua.

– Oh! Ele? Quem é ele? – perguntei olhando para a estatua

– Ele foi um dos únicos magos que foi Dragonborn! – respondeu Âlara

A palavra “Dragonborn” ecoou na minha mente como mil martelos batendo em ferro ardente que acabou de sair da forja de um ferreiro.

– A estatua dele está aqui por que ele estudava aqui antes de se tornar Dragonborn, ou melhor, antes de descobrir, imagine só! Descobrir que é o Dragonborn?! – disse ela animada

Minha garganta se contorceu.

– Deve ser uma noticia e tanto né? – falei rindo e dando um sorriso forçado

– Eu amo a história dele, é demais e tem uma musica sobre os Dragonborns que também sou fanática! – disse ela juntando as mãos e as esfregando como se estivesse hiperativa

– Hum... posso ouvir? – perguntei sorrindo

As bochechas dela ficaram vermelhas enquanto ela encolheu os ombros.

– Eu não canto bem. – disse ela rindo

– Duvido, você tem uma voz bonita! – insisti

– Vou tentar... – ela saiu andando em direção aos dormitórios

Ela voltou logo depois com uma harpa, se sentou em frente a estatua e eu fiz o mesmo, começou a tocar notas bonitas que fariam até o guerreiro mais duro e horrível ficar sensível por um breve espaço de tempo.

– Nosso herói, nosso herói... – ela tocou uma nota errada e sua bochechas ficaram mais vermelhas ainda

– Sem pressa, faça com calma e você consegue! – falei sorrindo

– Nosso herói, nosso herói, exige o coração do guerreiro!
Eu lhe digo! Eu lhe digo! O Dragonborn virá!
Com o poder da voz, da antiga arte Nórdica!
Acredite, acredite, o Dragonborn virá!
É o fim do mal, e todos os inimigos de Skyrim!
Cuidado, cuidado, o Dragonborn virá!
A escuridão passou e a lenda ainda cresce!
Você saberá, você saberá da vinda do Dragonborn! – ela fez uma pausa mais longa enquanto tocou mais notas da harpa –

Dragonborn, Dragonborn, por sua honra jurou,
manter o mal sempre a distancia!
E os mais ferozes inimigos caem ao ouvir teu grito de triunfo!
Dragonborn, por tuas bênçãos oramos! – ela terminou fechando os olhos e respirando fundo depois olhou para mim com os olhos brilhando – e então?

Bati palmas enquanto sorria.

– Foi demais! Como pode dizer que não canta bem? – elogiei

Ela riu.

– Obrigada! – agradeceu ela – eu preciso ir visitar meus pais nesse feriado, e... eu não queria ri sozinha!

– Quer que eu vá? – perguntei rindo

– É, podíamos, só precisamos de um cavalo! – sugeriu ela

– Oque?! Quer ir até o outro lado de Skyrim só comigo?! – exclamei

Ela abaixou a cabeça, acho que confiava em mim, até demais.

– É, talvez, achei que você quisesse passar mais tempo comigo... – disse ela com um sorriso significativo – mas tudo bem.

Droga! Por que as meninas tinham que ser tão persuasivas?!

– Eu vou! Tenho um cavalo. – respondi rapidamente

– Obrigada! – ela beijou minha bochecha e saiu andando para seu quarto – saímos amanha de manha!

– Está bem, vou estar preparado! – falei

Ela deu um sorriso bonito de longe e sumiu no corredor, suspirei e joguei minha cabeça para trás deixando institivamente minha boca soltar um “Ai” quando bati na pedra dura da estatua.

– Ficar batendo a cabeça nas coisas não é bom para o ‘celebro’ – disse Bawh que estava na minha frente segurando um machado

– Se diz “cérebro” – falei, não faça oque eu fiz, nunca corrija um Orc com um machado, eu tive sorte que eu e Bawh já éramos amigos

Ele riu alto e mostrando os dentes pontiagudos e fortes nas laterais da boca.

– E então, onde vai passar o feriado? – perguntou ele me ajudando a levantar

– Pelo jeito, vou viajar com a Âlara! – respondi

Ele deu um sorriso de uma orelha a outra, segurou nos meus ombros e me chacoalhou.

– Oh! Você vai sair com a Âlara?! – gritou ele

– É. Eu acho que sim. – falei levantando uma sobrancelha

– Como você tem sorte! – exclamou ele me apertando

– Ok, já pode me soltar! – reclamei ficando sem ar

Ele me largou e ficou acenando com sua mão enorme enquanto eu ia para meu quarto.


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Notas finais do capítulo

Pelo menos a parte triste já acabou! e.e



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