Diário de um Khajiit escrita por Lorde Rick Lefeaten


Capítulo 33
Agora é eterno!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!



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– Eu só fui sair dessa cabana com 28 anos – continuou Laasalun – eu havia ficado sem comida, então fui numa árvore pegar mais frutas, mas ao chegar lá uma aranha congelante que devia ter metade do meu tamanho saltou da árvore, eu desviei dela num reflexo rápido, ela se levantou de sua queda e soltou um som horripilante na minha direção, eu tentaria correr para a casa, mas ela estava bloqueando o caminho, eu nunca havia lutado realmente, já treinado com os anciãos, mas sempre vivi no “mundinho” dentro da casa deles e agora nessa cabana, ela me atacou e eu fiz oque tinha de ser feito, naquele dia pelo menos, pude comer algo que não comia faz tempo, carne de aranha... – ele fez uma pausa com a minha cara de nojo – naquele dia percebi que ia precisar ter coragem, pois passar o resto da vida preso dentro de uma casa não é vida, então eu arrumei uma mala e sai da casa, viajei por toda a Skyrim, conheci cada cidade, pequena ou grande, conheci culturas diferentes, pontos de vista diferentes, conversei com muitas pessoas, e fui ampliando meus horizontes, depois disso voltei aqui e comecei a retratar tudo em livros – ele apontou para a estante cheia de livros – claro que eu continuei saindo depois disso e aprendendo cada vez mais, mas pelo menos eu podia ter a tranquilidade de deixar a porta aberta sem medo de entrar seja lá oque for.

– A história é fascinante! – exclamei

– Obrigado – disse ele com um sorriso – mas acho ela muito dramática.

– Toda a história precisa de um toque de drama. – falei rindo

Ele riu.

– Oh! Eu acho que preciso ir ver a Katrin. – falei com a mão na cabeça

– No momento você não precisa ver ninguém além de você mesmo! – exclamou Laasalun

– Eu estou bem, Laasalun, juro, obrigado! – falei me levantando – onde está meu arco?

– Não sei, você não estava com nenhum arco quando chegou... – disse ele

– Ah! Eu devo ter deixado ele na entrada ruína! – reclamei

Laasalun assentiu com a cabeça enquanto voltava a pegar o livro que estava lendo antes.

– Vá atrás dele, se tiver problemas, volte aqui. – falou ele

– Obrigado mesmo! – falei saindo da cabana

Do lado de fora, montei em Faahnu e segui de volta para ruína, mas quando estava quase chegando, achei que era melhor eu ir ver a mãe de Katrin, ela ficou muito abatida quando dei a noticia, então mudei de curso e fui para Solitude, chegando lá entrei na cidade e fui até a casa de Katrin, a porta estava meio aberta, eu a empurrei devagar olhando para dentro, entrei e fechei a porta.

– Kaarin? – chamei

Hunoor, pai de Katrin, desceu as escadas com o rosto fechado.

– Veio ver a Katrin? Ela não está! – disse ele

– Eu sei, eu vim falar com Kaarin. – falei

– Ela também não está. – disse ele

– Para onde ela foi? – perguntei

– Não sei, quando cheguei ela já tinha saído, mas deve estar bem, ela levou uma bolsa de pele e algumas poções do armário. – respondeu ele cruzando os braços

Ela foi atrás da Katrin! Espero que consiga convence-la a voltar.

– Obrigado. – falei saindo da casa

Montei em Faahnu e peguei o caminho da ruína, corri muito esperando encontrar Kaarin no caminho, no meio do caminho percebi alguma coisa estranha no meio dos arbusto, puxei as rédeas fazendo Faahnu parar, desci e fui ver oque era, era uma parte do vestido de Kaarin, estava ensanguentado e parecia ter sido rasgado por dentes poderosos, eu recuei alguns passos com a mão na boca em desespero, droga! Oque eu direi a Katrin? E a Hunoor? Oque eu vou fazer?! Guardei o tecido no meu bolço, montei em Faahnu e continuei o trajeto para a ruína, chegando lá peguei meu arco que estava no chão, o gelo da porta ainda estava intacto, tirei a adaga do meu cinto e tentei cortar o gelo, mas como já esperado, não tive sucesso, continuei tentando até que Faahnu, vendo todo o meu esforço, se aproximou e deu um coice na “porta de gelo” fazendo ela cair em vários em cacos como vidro se quebrando.

– Obrigado, não sai dai eu já volto! – falei acariciando a cabeça de Faahnu

Entrei na ruína e percorri ela toda o mais rápido que consegui, não encontrei nenhum Falmer no caminho para me atrasar, quando cheguei no lugar onde Katrin havia jogado a magia em mim, haviam esculturas de gelo muito bem feitas, parece que Katrin havia decorado o lugar para ela morar, as esculturas eram dos ídolos dela, os Dwemers, o gelo já havia envolvido o lugar todo, ele brilhava de uma forma bonita com o feixe de luz no teto, tochas colocadas bem alto nas paredes não permitiam que a escuridão invadisse os cantos que o feixe não iluminava, no meio havia uma espécie de trono, também feito de gelo, Katrin estava sentada nele debruçada no descanso de braço do trono, seu vestido estava rasgado e sujo.

– Katrin? – chamei

Ela levantou a cabeça e me olhou fixamente, deu um sorriso enquanto se arrumava no trono.

– Veio me visitar mais cedo do que imaginava! – disse ela

– Oque aconteceu? – perguntei

– Oque? – ela seguiu meu olhar para o vestido rasgado dela – ah! Isso? Lembra que falei de treinar os Falmers para me trazer comida? Não deu muito certo.

– Eu te falei que morar aqui não ia ser como você estava pensando! – exclamei

– Ah! Mas eu não disse que estava ruim, só não deu certo treinar os Falmers, mas o resto – ela apontou para a volta dela – estou muito bem acomodada, e a comida posso eu mesma pegar...

– Ah! Oque faço para te convencer a voltar?! – gritei

Ela suspirou, se levantou e veio andando na minha direção, colocou a mão nas minhas costas.

– Nada que você disser me fará voltar, estou mais segura aqui do que lá fora... e as pessoas a minha volta também... – disse ela

– A sua mãe morreu! – gritei com as mãos no rosto

Ela fez uma cara estranha e se afastou dois passos de mim.

– Está mentindo para eu sair daqui! – gritou ela franzindo o rosto

Tirei o tecido rasgado do vestido de Kaarin do meu bolço e joguei na direção de Katrin, ela pegou no ar e olhou com os olhos se enchendo de lágrimas.

– Mas... como?! – perguntou ela chorando

– Procurando você! Ela veio atrás de você! – respondi

Ela abraçou o tecido enquanto chorava muito.

– Não pode ser! Não pode ter acontecido! – exclamou ela tentando limpar as lágrimas que só aumentavam em seus rosto

– Mas aconteceu! E foi por causa de você, desse lugar! Se você não tivesse vindo para cá, não teria acontecido! – gritei

Esperava que culpar ela, ia fazer ela repensar se quer mesmo morar em sua “nova casa”, mas diferente do que eu imaginava, ela franziu o rosto para mim, o gelo nas paredes e no teto começou a tremer.

– Vamos embora, antes que seu pai resolva fazer a mesma coisa... – falei estendendo a mão para ela

– Não! Já falei que não vou embora, e pare de por a culpa em mim! – ela jogou o tecido no chão e veio na minha direção com passos fortes que rachavam o gelo onde ela pisava

– A culpa não foi minha! – ela parou na minha frente e colocou a mão no meu peito, me empurrando com o dedo – foi você que falou para ela que eu estava aqui! Ela não precisava saber!

– Você disse que eu podia falar! – exclamei tirando a mão dela de perto de mim

– Foi modo de dizer, não era para fazer! – gritou ela

– Mas eu fiz, eles tinham que saber! – falei

– Ah! – ela gritou e depois se sentou novamente em seu trono – sai daqui agora, antes que eu jogue outra magia em você!

– Vai continuar aqui? Mesmo depois disso?! – exclamei

– Sim, eu vou, agora sai, quando eu quiser voltar a te ver aviso. – disse ela

Franzi o rosto e sai resmungando pelo mesmo lugar por onde entrei, do lado de fora, montei em Faahnu e sai em direção ao Colégio de Winterhold, eu precisava voltar.


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Notas finais do capítulo

Sad ;-;



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