Diário de um Khajiit escrita por Lorde Rick Lefeaten


Capítulo 30
Grunhidos de Falmers!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem Elfos das profundezas!



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– Oque é isso? – perguntei

– Isso é uma localização, latitude e longitude! É a localização de uma ruína dos Dwemers! Agora posso ir ver uma de verdade! – Katrin apertou o machado com força novamente

– Achei que atualmente as ruínas Dwemers estavam destruídas e tomadas pelos Falmers... – falei

– E estão, mas nada que uma espada ou machado e um pouco de sangue derramado não resolva! – disse ela

Eu sorri.

– Você poderia vir comigo? – perguntou ela

– Vai querer a ajuda de um Khajiit de arco? – perguntei rindo

– Ué, toda a rainha precisa de seu bobo da corte! – respondeu ela rindo

Rimos juntos por alguns segundos.

– Eu vou precisar estudar os mapas um pouquinho... – ela entrou e sumiu na escuridão da casa

Fiquei na porta com as mãos atrás das costas olhando para os lados.

– Vai ficar esperando um convite formal? Entra logo! – exclamou Katrin

Entrei na casa que estava mais escura do que ela já era antes, agora não entrava luz natural nenhuma, nem por frestas na parede que agora estavam tapadas, oque iluminava o cômodo é era uma única tocha na parede, Katrin subiu as escadas e depois voltou cheia de mapas que ela jogou sobre a mesa, fiquei observando enquanto ela resmungava algumas palavras em tom baixo e mexia o dedo pelos mapas.

– Acho que descobri onde é, e que bom! Fica perto, na fronteira com Markarth! – disse Katrin virando para mim

Hunoor desceu as escadas e olhou para mim franzindo o rosto, depois se virou para Katrin.

– Estou indo trabalhar, Katrin. – disse ele

– Está bem, vai com Sithis. – disse ela sem tirar os olhos do mapa

– Oque está fazendo? – perguntou ele

– Nada. – ela se virou para Hunoor, e junto os mapas atrás de suas costas parecendo não querer que ele visse – já pode ir, até mais tarde!

Hunoor saiu e fechou a porta com força, Katrin se virou pegou os mapas e começou a fazer sua mochila.

– Por que fez isso? – perguntei

– Agora que aconteceu isso de descobrirem meu Vampirismo em Winterhold, meu pai não quer que eu saia para lugar nenhum fora de Solitude, eu normalmente seguiria as regras dele, afinal ele só quer me proteger, mas de jeito nenhum vou perder a chance de ver uma ruina Dwemers com meus próprios olhos! – exclamou ela

Ela colocou os mapas, 2 poções de cura e o machado Dwemer na mochila e a colocou nas costas.

– Vamos? – perguntou ela

Concordei com a cabeça.

– Ah! Espera! Eu já ia me esquecendo. – ela subiu as escadas novamente e dessa vez desceu com outro vestido, era totalmente preto tirando pelos detalhes em roxo na lateral e um capuz grande – agora estou pronta!

– Para que isso? – perguntei

– É pro Sol... como já disse fico mais fraca sobre a luz dele. – respondeu ela abrindo a porta

Saímos da casa que ela trancou bem, e ao chegar do lado de fora ela puxou o capuz que cobria grande parte de seu rosto.

– Nunca percebi você estar mais fraca no Sol. – falei

– Não da para notar, mas eu fico com menos força, mais dificuldade de soltar feitiços e me canso mais rápido. – explicou ela

Passamos por toda Solitude e saímos da cidade.

– Vamos andando? – perguntei

Ela abriu o mapa.

– Não é longe, e me recuso a pagar uma carroça para chegar lá! – exclamou ela

– Eu tenho um cavalo! – falei

Ela abaixou o mapa juntando seu olhar ao meu.

– Tem? Desde quando? – perguntou ela confusa

– Faz pouco tempo... praticamente agora. – respondi

– Está bem, vamos nele então, se permitir. – disse ela

– Claro. – fomos até onde eu havia deixado Faahnu

Ao chegarmos ele deu um relinchar levantando as patas da frente, e parecia agitado, não sabia oque estava acontecendo, e acho que Katrin notou minha duvida, ela se aproximou e acariciou o focinho dele deixando-o mais calmo.

– Oque houve? – perguntei

– Os animais conseguem saber quem é vampiro ou Lobisomem, eles sentem e tem medo, até a pessoa demonstrar que não é perigosa para ele, eles entendem que ela não fará mal, diferente das pessoas idiotas... eu prefiro muito mais animais do que humanos e elfos, talvez seja por isso que sejamos amigos, Khajiit. – disse ela rindo

– Não sei se levo isso como uma brincadeira, ou como uma ofensa... – falei rindo

Montamos em Faahnu e Katrin nos guiou até o lugar que realmente não era longe, ao chegarmos era uma caverna com tubos de cor dourada saindo dela, Katrin desceu de Faahnu com os olhos brilhando.

– Ah! Estou mesmo aqui! Eu estou aqui! – disse ela com lagrimas de alegria

– Faahnu pode entrar com a gente? – perguntei

– Eu acho melhor não, dizem ser um lugar extremamente perigoso, e não temos como dar uma arma a um cavalo... – disse ela entrando na caverna

Amarrei Faahnu numa arvore torta que havia ali por perto e segui Katrin, a entrada estava estreita, parecia que havia desabado e as pedras dificultaram nossa passagem, que bom que eu não trouxe o Faahnu, ele teria ficado entalado ali facilmente, ao passarmos pela entrada estreita chegamos a um salão quase intacto, era grande e alto, a iluminação não era boa, pois não havia tochas e única luz vinha de um feixe quebrado no teto que deixava entrar luz solar, Katrin tirou o capuz melhorando sua visão do lugar.

– É tão bonito! – exclamou ela abrindo os braços

O lugar era bem decorado, com muitos vasos e estatuas do dorso dos Dwemers, colunas rachadas enfeitavam em volta perto das paredes e seguravam o teto acima de nossas cabeças e uma bela porta nos esperava no canto do salão, Katrin tirou o machado da mochila e ficou com ele na mão, fiz o mesmo com meu arco, fomos até a porta a qual abrimos devagar e do outro tinha mais uma sala, menor que a anterior e essa estava mais destruída, pois no meio do caminho havia varias partes do teto que caíram, dava para ouvir sons estranho, grunhidos, vindo de longe.

– Isso são Falmers, pelo som ainda estão longe, mas vai ser a primeira vez que vejo um! – disse ela animada

Seguimos pela sala passando por entre os destroços que cobriam o chão e andamos até uma entrada quebrada na parede, passamos por ela e do outro lado as paredes já não eram mais do material que os Dwemers usavam, eram paredes de uma caverna como qualquer outra de pedras.

– Ué, já acabou? – perguntei

– Não, os Dwemers criavam tuneis entre as cavernas para poderem chegar de uma para a outra. – disse ela seguindo o túnel

Eu fui atrás dela com o arco preparado, pois os grunhidos dos Falmers ficavam cada vez mais altos, até chegamos em um ponto onde a caverna ficava larga e tinha até uma lagoa minúscula no meio, onde uma criatura estranha, de corpo cinza e magro, usando roupas que cobriam apenas suas partes intimas e um elmo, bebia água, seus olhos eram totalmente negros e suas orelhas eram alongadas e pontudas oque indicava serem elfos.

– São Falmers! – sussurrou Katrin animada

– São muito feios. – sussurrei olhando para a estranha criatura

Katrin riu.

– Eles pensariam o mesmo de nós se conseguissem ver. – sussurrou ela

– Ah! É mesmo, são cegos né? Eu achei que fosse ser difícil passar por eles... – sussurrei

– Não se engane, são bem mais inteligentes do que parecem, e conseguem ouvir muito bem! – exclamou ela

– Como não estão nos ouvido? – perguntei

– Ainda estamos longe, mas eles podem ouvir nosso passos passando perto deles... – explicou ela


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Notas finais do capítulo

Katrin é tão inteligente, é uma pena que tenha tido que sair do colégio...



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