Diário de um Khajiit escrita por Lorde Rick Lefeaten


Capítulo 29
Machado dos Dwenmers


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, Dwemers!



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Dentro de sua cabana, Laasalun me dirigiu a sentar de volta na cadeira, eu estava pasmo e pálido, sem reação nenhuma, ele pegou uma concha e a mergulhou na sopa estranha que tinha na panela que estava sobre a lareira, colocou numa xícara e me serviu, peguei tentando voltar a demonstrar reações.

– Oque é isso? – perguntei

– Eu chamo de “Chá do Dragonborn” – respondeu ele

Hum, pelo nome deveria ser algo sagrado, espirituoso, bebi um gole e limpei a boca.

– É feito de que? – perguntei tomando outro gole

– É um chá normal... – respondeu ele

Revirei os olhos.

– E por que chama de “Chá do Dragonborn” se é um chá normal? – questionei o habito estranho

– Porque agora que você está tomando, ele é o chá do Dragonborn. – esclareceu ele

Ele parecia meio louco, mas estranhamente lógico.

– Hum... – falei dando outro gole

Ele se arrumou na cadeira e se inclinou em minha direção.

– Como vai suas forças? – perguntou ele

– Mal, estou sentindo como se tivesse pulado de uma montanha, ido lutar com um Troll e depois sido atacado por um dente de sabre! – reclamei

– Eu imaginei... é a primeira vez que você usa um grito do dragão, isso é normal, seu corpo não está acostumado com tanto poder saindo de simples palavras que pronunciadas em conjunto se tornam um grito que pode jogar um dragão longe! – disse ele com um sorriso satisfatório

– Vou sentir isso sempre que usar esses gritos? Se for assim nunca mais vou falar Dovah na minha vida! – exclamei

– Não, claro que não, depois de certo tempo de uso, você vai se acostumando e vai sendo mais fácil controlar o poder do grito, o alcance, e tudo mais. – explicou ele

– Parece difícil. – falei

– E é, nada em nossas vidas é fácil, se fosse, Alduin não estaria tentando reviver os dragões, e você não estaria aqui em Skyrim estou certo? – perguntou ele

Concordei com a cabeça.

– Pois é, se a vida fosse fácil eu ainda estaria em Elsweyr, comendo um fondue de Elsweyr, nas praias de água liquida de Elsweyr, com meus amigos normais de Elsweyr, eu não estaria aqui na sua cabana, tomando um chá normal que você colocou um nome exótico, nas praias de água congelada com amigos... – hesitei um pouco, não sabia se deveria falar para ele sobre ter uma amiga vampira e um amigo Lobisomem, mas com que havia acontecido, acho que não importava mais - ...com amigos anormais.

– Entendo, entendo. – disse ele brincando com uma magia em sua mão

Olhei para a xícara que agora estava vazia e a coloquei na mesinha do meu lado.

– Bem, agora eu preciso ir, tenho negócios a resolver em Solitude mais tarde, então preciso ir a Winterhold, arrumar algumas coisas, e depois voltar para cá. – falei

– Não veio preparado para oque ia fazer? – perguntou ele

– Não. – respondi

Ele se inclinou para trás de sua cadeira e de lá tirou um machado, de uma cor bonita, um dourado claro e me entregou.

– Oque é isso? – perguntei

– É um machados dos Dwemers, tenho certeza que vai ajudar nos seus objetivos. – respondeu ele parecendo saber mais do que devia

– Obrigado. – falei me levantando

– Espera, tem mais! – ele abriu a porta e me conduziu a sair

Do lado de fora, ao lado da cabana, havia um cavalo preto e branco preso à cabana com uma corda, ele desatou o nó e entregou a ponta da cor da a mim.

– Não vai poder ficar usando carroças para sempre, agora que sabe que é o Dragonborn, vai viajar mais do que imagina! – disse ele

Peguei a corda.

– Está me dando o seu cavalo? – perguntei

– Não é exatamente meu, eu o encontrei, estava andando nos meus passeios matinais por perto, a mais ou menos 2 dias e encontrei ele num acampamento destruído o suposto dono dele estava morto com poças de sangue se formado a sua volta, e o pobre cavalo estava desesperado, acho que ele havia tentado salvar seu dono antes de acontecer, mas não conseguiu, esses animais são muito leiais – ele acariciou o rosto do cavalo que retribuiu com um relinchar

– Obrigado, ele é muito bonito. – falei acariciando as costas do animal

– O nome dele é Faahnu, significa amigo destemido. – disse ele

Sorri e agradeci novamente puxando a corda do cavalo, ele largou o animal e se afastou cruzando os braços, montei no cavalo puxei a rédeas e saímos galopando, era bem mais rápido que uma carroça, e mais prático, cheguei não muito tempo depois em Winterhold, deixei-o na entrada do Colégio e entrei, fui ao meu dormitório, estava vazio, comecei a arrumar minha mochila, depois de um tempo pensando, cheguei a conclusão que Katrin provavelmente voltaria a sua casa, mas eu não podia simplesmente ir, coloquei algumas poções de cura e comidas na mochila, peguei a aljava e o arco e coloquei nas costas, ao olhar para o lado vi o machado dos Dwemers que Laasalun havia me dado, e o coloquei na mochila também. Voltei a entrada do Colégio e parecia que não tinha sido notado por ninguém conhecido, montei em Faahnu e voltei a Solitude, na entrada desci do cavalo e o deixe no estabulo da cidade, entrei e fui andando por meio daquela capital movimentada em direção a casa de Katrin, chegando lá bati na porta e fiquei esperando alguns segundos até que a abriram, era o pai de Katrin, Hunoor.

– Sim? – disse ele revirando os olhos

– Katrin está? – perguntei

– Não. – respondeu ele fechando a porta

Poucos segundos depois, Katrin abriu a porta.

– Desculpe, meus pais estão bravos, e com medo, por causa do que aconteceu – ela falava calmamente, e suas características humanos já haviam voltado

– Com medo? Medo de que? – perguntei

Ela suspirou fundo, e acariciou a própria testa, olhou em volta.

– Ninguém em Solitude sabe, porém se qualquer um dos filhos de bruxa Harpia que mora em Winterhold, vier para cá, vão espalhar o boato, e eu terei que ir embora de Solitude... – respondeu ela

– Para onde? – perguntei

– Esse é o problema! Não tem mais ninguém da minha família em Skyrim, se eu sair de Solitude terei que ir para Cyrodill. – explicou ela

– Oque?! Cyrodill?! Você vai para outro país?! – questionei

– Se acontecer de alguém ficar sabendo... e depois vai ser só uma questão de tempo até toda a Skyrim ficar sabendo e começar a se espalhar para outros países, nessa época é capaz que meus pais já estejam mortos, dai vou ter que me virar sozinha e dar um jeito! Talvez eu saia de Tamriel. – disse ela

Percebi que ela estava muito triste e incomodada de falar sobre tudo isso, precisava de algo para acalma-la ou deixa-la mais feliz, então lembrei do machado dos Dwemers que Laasalun me deu.

– Tenho um presente para você! – falei abrindo a mochila

Ela bufou.

– Nada que você me deu vai fazer eu ficar feliz com esses acontecimentos! – exclamou ela

Tirei o machado e entreguei a ela, seus olhos brilharam e um sorriso surgiu de ponta a ponta de seu rosto.

– Ah meu Sithis! É... é um... – ela mal conseguia falar com a emoção

– Sim, é um machado dos Dwemers. – falei

Ela abraçou o machado com lagrimas de alegria nos olhos.

– Obrigada, obrigada, obrigada! – exclamou ela dando saltinhos poucos centímetros acima do chão

– Não tem de que, mas acho que poderia ser algo melhor né? – falei

– Não – ela virou o machado e o colocou na minha direção, havia alguns números desgastados escritos na lamina – isso é que o torna muito especial!


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Notas finais do capítulo

Paixão platônica pelos Dwenmers e.e



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