Apaixonada Por Um Lobisomem escrita por RebOS


Capítulo 20
A casa.


Notas iniciais do capítulo

HEY LOBINHOOOSSS :3 Capitulo novo na área. Espero muito muito muito que estejam gostando da historia e, para falar a verdade, agora que vai ficar mais "Quente". Bem, deixa de papo furado... AH ESPERA! Eu queria informar que esse capitulo funcionou com uma "ponte". Rebecca está viva? Sim, está sim. Mas esse capitulo funcionou com uma ligação para o proximo. BOA LEITURA.



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Abri os olhos. Uma preguiça enorme invadiu meu corpo. Espreguicei-me com lentidão. Pisquei os olhos e sentei na cama. Eu estava abraçada com um tigre de pelúcia. Observei o rosto do bichinho e cheirei seu pelo alaranjado. Tinha um cheiro bom... Lembrava-me algo. Cheirei mais algumas vezes... Caramba como esse cheiro é familiar. Além disso, essa cama não a minha.

Olhei ao redor do quarto...

–AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH! –gritei.

Não passou nem quatro segundos e alguém abriu a porta do quarto.

–O QUE HOUVE? –Era o Rudolph. –REBECCA, O QUE HOUVE?

Fui para perto do Rudolph e segurei o braço dele.

–Tem um bicho ali, Rudolph! –minha mão tremia enquanto eu apontava para o local onde o bicho estava.

Ele riu como se estivesse mangando da minha cara.

–Não é um bicho, calma. –Rudolph pegou a minha mão e puxou até o local. –Este aqui é o meu novo projeto.

–Isso aí é um...

–Lobisomem? Sim, é sim. Eu estou querendo fazer um lobisomem como se ele estivesse saindo da parede. Ainda nem está pronto. Quero deixar mais realista possível.

–Você quase me matou de susto!

–Desculpe, não queria te assustar. Não pensei nisso quando te coloquei aqui.

–Onde estamos?

–Na minha casa. Venha, tem hambúrgueres lá na sala nos esperando.

–Esse tigre de pelúcia é seu? –perguntei enquanto abraçava o bichinho.

–Ah... É sim.

–Ele é cheiroso. –falei. Rudolph sorriu.

–Eu durmo com ele.

Corei. Que vergonha. Estava cheirando o Rudolph?

–A-Ah...

–Vamos! Eu estou com fome! –Rudolph falou me puxando.

Saímos do quarto e vi que Amanda e Angel estavam lá. Para ser mais específica, estavam comendo hambúrguer.

–Sua alimentação é baseada em hambúrguer? –perguntei me sentando no sofá.

–Meu irmão que trouxe estes aqui. Direto da lanchonete. –ele respondeu pegando o seu hambúrguer.

–E que irmão, hein... –Angel falou.

Amanda quase cuspiu seu hambúrguer de tanto rir.

–O que tem ele? –perguntei.

–O QUE TEM ELE? Você nunca o viu? –Amanda perguntou.

–Não. Só se ele for o cara do shopping que...

–Ele mesmo! –Angel falou. –Mas ele não tem nada haver com o Rudolph. Tem estilo, é cheiroso e... Meu deus!

–Qual o problema de vocês? –Rudolph resmungou. –Não tem nada demais nele.

–Não tem nada demais em você. Mas nele? Tem sim e muito! –Angel respondeu.

–Não trouxe vocês para minha casa para ficarem falando do meu irmão.

–Isso foi uma ameaça? –Amanda perguntou. –Vai nos colocar para fora?

–Não disse isso!

–OK, OK! Vamos falar de outra coisa. –sugeri. –Quero ligar para meus pais, devem estar preocupados.

–O telefone é ali na bancada da cozinha. –Rudolph apontou.

Na verdade não tinha separação por paredes na casa do Rudolph. Tinha a sala com um sofá verde escuro e uma televisão enorme na parede com alguns jogos conectados. No centro da sala uma mesinha de centro toda bagunçada onde estávamos comendo os hambúrgueres. Atrás dos sofás ficava uma área com uma mesa com dois computadores, deviam ser dos dois irmãos. Provavelmente cada um tinha o seu. Em alguns metros a esquerda dessa área tinha a cozinha que era rodeada pela bancada de mármore. No final deste local tinha duas portas. A da esquerda era o quarto do Tristan e a da direita era o quarto do Rudolph. O banheiro ficava do lado da mesa de computadores.

Levantei e fui para a bancada. Disquei o numero e conversei com meus pais. Estavam muito preocupados, já que souberam da noticia. Meu pai viria me buscar depois do trabalho.

–E então? –Rudolph perguntou enquanto eu sentava no sofá novamente.

–Meus pais estavam preocupados. –respondi mordendo meu hambúrguer. –Depois do trabalho, vão vir me buscar. Estão despreocupados, agora que sabem que estou bem.

–Minha mãe vem me buscar. Se quiser te dou uma carona. –Angel falou. –Amanda vai comigo.

–Na verdade eu quero conversar com ela. –Rudolph falou com as bochechas coradas. Ele olhou para mim. –Poderia ficar?

–Sim, claro. –Mordi o hambúrguer para esconder minha vergonha.

Nós comemos em silêncio por um tempo. Apenas trocávamos olhares. Eu tentava não olhar diretamente nos olhos do Rudolph. Encará-lo seria horrível depois de saber que ele queria falar comigo.

–Então... –Amanda puxou conversa. –Será que ainda teremos aulas?

–Não creio. A escola estava toda incendiada. –Rudolph sugou o resto de refrigerante com o canudo, fazendo barulho.

–O que aconteceu depois que eu desmaiei? –perguntei.

–Um bombeiro queria te levar para o hospital, mas o Rudolph negou. –Angel falou. –Então ele telefonou para o irmão e nós o ajudamos a te trazer aqui.

–Eu fiquei muito tempo dormindo?

–Algumas horas. –Rudolph respondeu. –Por um tempo fiquei com medo que você precisasse mesmo da ida ao hospital. Principalmente quando gritou.

–Desculpe. –Tentei sorrir. –Você colocou um lobisomem no quarto! A culpa não é minha!

–É o meu projeto! Não queria te assustar!

–Mas para que diabos você fez esse projeto? –Amanda perguntou.

–Eu sempre fiz desenhos realistas de lobisomens, só que eu queria algo a mais. Então tive a ideia de fazer um em 3D como se estivesse saindo da minha parede. Fiz a estrutura e agora eu estou fazendo ele tomar forma de um de verdade. Com expressões, com pelos e dentes... Vai ficar animal! Literalmente.

–Você não acha que está levando essa paixão longe demais? –perguntei.

–Não! Nunca!

–E você consegue dormir? –Angel perguntou.

–Eu não tenho medo de lobisomens, ok? –Rudolph ergueu uma sobrancelha desafiando Angel.

–Ok... –ela ergueu as mãos como se estivesse se rendendo.

Ouvimos uma buzina de carro e Amanda levantou para olhar pela janela.

–É a sua mãe, Angel.

–Vamos. –Angel se levantou.

Elas pegaram suas mochilas e abriram a porta. Eu e o Rudolph levantamos também e ficamos na janela até elas sumirem das nossas vistas.

–Então, o que você queria falar? –perguntei observando a rua. Não tinha quase nenhum movimento.

–Queria que marcássemos um dia para nos encontrarmos. Só nós dois. –ele respondeu. Seus olhos amarelos movimentavam de um lado para o outro.

–Por quê?

–Quero te contar algumas coisas. –Rudolph passou a mão pelo seu cabelo, fazendo os fios pretos ficarem entre os dedos. –E também quero passar um tempo contigo.

–Ok... Sem problemas. Vamos providenciar isso. –respondi colocando meu cabelo atrás da orelha.

–Gosto quando você me entende.

Virei o rosto rapidamente e Rudolph estava me encarando. Eu sempre tomara susto com seus olhos amarelos. A pupila sempre se destacava no meio da imensidão amarelada, o que fazia parecer que o Rudolph ia me atacar.

–Está com medo. –Ele sorriu.

–N-Não! Só... Tomei um susto. –Voltei a olhar para a rua.

–Pode ser amanhã?

–O que?

–O nosso encontro.

–Ah, claro. Pode sim.

–Pizzaria? Lanchonete? Cinema? Ou os três? –Rudolph ainda me olhava.

–Pode ser cinema e pizzaria.

–Eu pago.

Virei com rapidez para encará-lo. Ele sorriu e ergueu uma sobrancelha.

–Não precisa. –respondi.

–Eu faço questão, por favor.

–E-Eu não vou me sentir bem. Cada um paga o seu.

–Não, eu pago. Nem precisa levar o seu dinheiro.

–M-Mas...

–Eu pago, prometo.

–Eu confio em você... Mas não precisa dar uma de cavalheiro.

–Eu não sou cavalheiro. Eu quero pagar, deixe-me pagar antes que eu desista.

Suspirei.

–Ok, então você paga a conta. –falei.

–Isso!

–E eu pago o cinema.

–REBECCA!

–Você não tem como pagar tudo isso sozinho!

–O dinheiro não é meu!

–Por isso mesmo! O dinheiro não é seu e você vai gastar com duas contas.

–Eu nem saio de casa direito e a primeira vez que eu saio você quer pagar a conta? Não mocinha, pode guardar sua mesada.

–Aff, quer saber? ENTÃO PAGA ESSA DROGA.

–Obrigado.

Comprimi os olhos.

–Você está na minha mira, Rudolph Ehrlich. –Apontei para ele.

–Era tudo o que eu queria.

Revirei os olhos.

–Onde está minha mochila? –perguntei.

–No meu quarto.

–Pode ir buscar pra mim?

–Claro... –ele respondeu sorrindo. –Medrosa.

–Não enche.

Rudolph pegou minha mochila. Ela estava queimada em quase todas as partes. Coloquei-a no chão e sentei no sofá. Meu pai estava prestes a chegar, já estava quase no horário. Rudolph sentou ao meu lado e ficou me observando.

–Por que me beijou? –ele perguntou.

Virei o rosto para encará-lo e senti minhas bochechas corarem.

–Eu... Não devia ter feito aquilo. Foi...

–Apenas fale por que.

–Foi... Foi o momento. Eu fui movida pela situação.

–Queria me dar forças? –ele ergueu a sobrancelha. –Como se estivesse dizendo: “Você é capaz, você consegue.”

–Quase isso... Mas... Esqueça-o. Não quero que fique perguntando isso pelo resto da vida.

–Sem problemas. Não quero te constranger.

–Obrigada.

Ouço a buzina do meu pai na porta e me levanto com rapidez. Rudolph também.

–Eu... Acompanho até a porta. –ele pegou minha mochila do chão e foi até a porta. Eu o segui.

Rudolph abriu a porta e me deu a mochila, mas segurando a minha mão.

–Até amanhã.

Sorri para ele.

–Tchau, Rudolph. –andei até o carro. Nossas mãos se soltaram no meio do caminho, mas Rudolph continuou na porta.

Entrei no carro e fiquei olhando até o Rudolph desaparecer do meu campo de visão. Pelo que eu percebi que ele morava no centro da cidade, mas num bairro muito distante dos outros. Era como se fosse um bairro dentro da floresta. Estávamos seguindo por uma estrada cercada pela floresta. Então, de repente, estávamos numa rua conhecida do centro da cidade. Agora seguíamos pela estrada da minha casa.

Depois de um tempo, chegamos até minha residência. Saí do carro e vi que minha mãe, Nick e a irmã dele estavam na porta. Minha mãe me abraçou e falou que estava preocupada. Nick quis saber mais sobre o assunto e eu expliquei o que havia acontecido. Na hora do jantar, após eu tomar banho, vimos que o ocorrido se espalhava por todos os noticiários. As cenas eram assustadoras e me faziam pensar como eu consegui ultrapassar o fogo.

Acho que sem a ajuda do Rudolph eu não teria conseguido. Ou teria? Bem, o desespero é algo curioso. Não sabemos o que iríamos fazer na hora que estivesse acontecendo. Sei que se estivesse sozinha, não teria ficado parada esperando o fogo penetrar na minha pele e me matar. Mas a ajuda do Rudolph me fez sentir... Segurança. Como se eu pudesse confiar nele. Na verdade, eu posso confiar nele. O Rudolph é meu amigo e eu aposto que não me machucaria de nenhuma forma.

Depois de estar completamente de barriga cheia, subi para o meu quarto. Deixei a porta aberta, como de costume. Sentei na cama e procurei meu celular. Quando achei, vi que tinha uma mensagem.

Rudolph Ehrlich: Estarei te esperando no Cinema na Avenida Central às 5 horas da tarde. Espero te encontrar lá. Beijos J

Ouvi uma batida na minha porta. Era o Nick.

–Oi Nick, pode entrar. –deixei o celular de lado.

–Não estou atrapalhando?

–Não, que isso.

Nick se aproximou e sentou na minha cama.

–Quero saber se... Se você viu a pessoa que fez aquilo. –Nick rodava seu anel pelo dedo.

–Não, não vi.

–Não tinha ninguém suspeito? –ele perguntou.

–Espera... AH! SIM TINHA!

–Você viu o rosto dele?

–Não, mas ele procurava o livro. Parece que o Rudolph o encontrou tentando arrombar seu armário. –respondi.

–E o que o Rodolfo...

–Rudolph.

–Isso! E o que ele fez?

–Deu uma surra no cara. Não sei se ele fugiu antes que a policia conseguisse pegá-lo.

–Você deu queixa na policia?

–Não! Mas... Eles devem querer saber de alguma pista para uma escola ter pegado fogo.

–Tem razão... Pelo menos as aulas já estavam acabando.

–Sim, isso me deixa calma.

–Deve ter sido um ano cansativo para você.

–Na verdade minha vida só mudou completamente quando o Rudolph apareceu. Desde então foi tipo um acontecimento atrás do outro.

–Ele apareceu no inicio do ano não foi?

–Não, na verdade foi no final.

–Ele mudou de escola no final do ano? Que loucura.

–É muito curioso. Eu vou perguntar isso para ele algum dia.

–NICK! –alguém gritou.

–É a minha irmã, vou lá ajudar ela a dormir. –ele levantou e foi até a porta. Depois virou para mim. –Boa noite.

–Boa noite, Nick.

Desliguei a luz e me enrolei com as cobertas na cama. Antes de dormir, peguei meu celular.

...Estarei lá. Durma bem


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Notas finais do capítulo

Esperam que tenham gostado! Comentem o que acharam, acompanhem a história para saber quando eu posto novo capitulo, se gostarem muito favoritem e qualquer erro me avisem. Agradeço muito as pessoas que sempre comentam em todos os capitulos ♡ Também agradeço a recomendação feia por Mandenha ♡ Isso me deixou muito feliz pq nenhuma história minha teve recomendação. Obg mesmo ♡
Aaaaah, proximo cap tem novidades "quentes". LITERALMENTE.
ABRAÇOS PELUDOS DE LOBISOMEM E ATÉ A PROXIMA.



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