Lima,Ohio

2011

De acordo com a treinadora Sylvester, Quinn e Blaine havia corrido juntos quando o garoto fez uma visita meses depois de ter ido para o Canadá, nessa mesma corrida Quinn o derrotou, deixando o garoto arraso enquanto chorava ali mesmo na quadra, fazendo com que o coração de Quinn apertasse em culpa.

Todos sabiam do sonho de Blaine.

Ele queria ser um corredor olímpico.

Mas não conseguia vencer uma simples garota que nem mesmo se importava em melhorar seu tempo na corrida. Aquilo o deixou arrasado, ao tentar consolá-lo, Quinn fora rejeitada quando o garoto simplesmente saiu correndo dali, nunca mais dando noticias.

Agora Rachel entendia por que Quinn havia parado de correr.

Ela havia machucado o Blaine.

Esse era o motivo.

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– Consegui um membro! – Sam gritou animado enquanto olhava para Rachel, Quinn e Santana que o olharam surpresas – O nome dele é Finn Hudson – Disse logo em seguida.

– Isso é ótimo. Assim poderemos fazer revezamento.

– Eu só faço 400 metros – Quinn respondeu calmamente. Fazendo os outros três suspirarem.

– Bom, temos que conhecer nosso futuro membro! – Santana disse enquanto levantava e olhava para o resto do grupo.

Finn Hudson era pateticamente desajeitado, fora o pensamento coletivo de Rachel, Santana e Quinn ao verem o garoto tropeçar nos próprios pés enquanto carregava uma pilha de livros até a biblioteca. Porem Sam olhava para ele como se estivesse vendo um próximo campeão olímpico e parecia determinado de que aquele seria um ótimo membro para o clube.

– Ele é desajeitado – Santana falou depois de um tempo.

– Precisamos de um membro que aumente as chances que a gente ganhe – Rachel disse dessa vez.

– Ele é inútil. – Dessa vez fora Quinn, fazendo Rachel lhe cutucar, a repreendendo pela forma bruta que ela havia falado. Sam apenas resmungou.

– Não podemos simplesmente rejeitá-lo, a menos que Santana esteja disponível a correr com a gente – disse, fazendo todos encararem a latina que levantou as mãos em rendição.

– Isso não é pra mim, sinto muito.

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– Por que nunca me disse que Blaine tinha vindo pra cá meses depois de ter ido para o Canadá – Rachel perguntou, aproveitando que ambas finalmente estavam sozinha na casa da judia, seus pais tinham saído com seus irmãos, Quinn parecia ter sido pega de surpresa com a pergunta.

– Como você...

– E por que não me contou que vocês haviam competido naquele dia, que você o venceu e que se sente culpada por causa disso.

– Eu destruí o sonho dele.

– Isso não faz sentido, Quinn! Um sonho não é destruído assim tão facilmente! – Rachel respondeu, parecendo irritada.

– Ele desistiu! – Quinn gritou, fazendo Rachel a olhar surpresa pela a explosão – Blaine desistiu de correr desde aquele dia! Por minha culpa! – Continuou.

Ela não estava chorando, como Rachel pensava que ela poderia estar.

Quinn não estava triste, estava culpada.

Eram sentimentos diferentes.

– Você não tem que se culpar por uma escolha dele! – Rachel respondeu, Quinn a olhou – Ele desistiu do futuro dele! Não desista do seu por causa disso!

– Que futuro? – Quinn exclamou, andando na direção de Rachel, lhe agarrando pelos ombros e a empurrando contra a parede, Pela primeira vez a judia ficou com medo dela. – Eu não tenho nada disso! – Gritou.

– Não é verdade!

– Já chega, Rachel! Você não pode falar do meu futuro quando você nem mesmo escolheu o seu! – Quinn estava vermelha de raiva – Pare de ser hipócrita!

Elas ficaram em silêncio, apenas se encarando. Rachel estava de cabeça baixa e lentamente tirou as mãos de Quinn de seus ombros.

– Mas eu já decidi – Ela respondeu, fazendo Quinn arregalar os olhos surpresa quando a garota levantou o rosto, um sorriso no rosto, porém os olhos cheiro D’água – Eu vou para Julliard, em New York. – Respondeu.

Quinn deu um passo para trás, de repente sentiu como se todo o seu ar tivesse sumido.

Rachel iria embora, para sempre.

Ela ficaria sozinha.

– Faça como quiser! – Gritou enquanto saiu correndo, ignorando os chamados da morena.

Ela correu para casa o mais rápido que pode e sem hesitar se traçou em seu quarto assim que chegou em casa, escondendo-se debaixo do cobertor. Não em sua banheira como sempre fazia.

A Banheira era inútil agora.

Rachel não iria mais aparecer para tirá-la de lá.