Forbidden Love escrita por Luiza


Capítulo 47
Tudo muda, tudo passa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;)



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POV Sam

Tive ela em meus braços a noite toda, nunca senti que podia proteger alguém, mas essa noite parecia que ela precisava de um porto e eu tinha que ser esse porto para ela. Nós dormimos a noite toda, acordei e ela estava deitada em meu colo encolhida, eu a abraçando. Me levantei lentamente, coloquei a cabeça dela repousando sobre um tronco, o celular dela tocou dentro de sua bolsa, eu o peguei e atendi sem nem ao menos ver o nome que estava na tela.

— Alo?

— Quem esta falando? – Perguntou uma voz irritada do outro lado do celular.

— Um amigo da Emily, quem é? – Perguntei.

—Sou o namorado dela, cadê ela? – Perguntou ele com um tom de voz irritado.

— Ela esta dormindo. – Eu disse.

Ele bufou depois desligou o celular. Olhei para o lado e Emily estava acordando.

— Quem era no celular? – Perguntou ela, entre seus bocejos.

— Ninguém importante, era seu namorado. – Eu disse.

POV Emily

Ele falou aquilo e eu dei um pulo, peguei o celular da mão dele e liguei para Nathan, mas só dava caixa postal.

— Droga! – Disse.

— O que foi? – Perguntou Sam.

Eu olhei para ele, e vi que por dentro ele dava risada.

— Você é um idiota, não sabe a encrenca que me causou. – Eu disse.

Ele chegou perto do meu ouvido.

— Na verdade eu até sei. – Disse ele, sorrindo.

Eu dei um empurrão nele, e sai andando.

— Assim você vai se perder! – Ele gritou.

Eu não dei ouvidos e continuei caminhando. Quando vi um carro parou no meio da floresta e dentro estava Nathan, ele saiu e veio até mim ele estava furioso.

— Com quem estava?! – Ele gritou.

— Comigo. – Disse Sam.

Eu me virei para trás e Sam vinha logo atrás de mim, eu me afastei um pouco dos dois mas assim mesmo ficando no meio para apartar qualquer coisa que tivesse.

— Me trocou por isso. – Disse Nathan.

— Não fale besteira Nathan, ele é um amigo e me ajudou quando precisei diferente de você. – Eu disse.

— Sim ele te ajudou tão bem a fugir não é Emily? – Disse Nathan. – A fugir dos problemas.

— Sei das minhas responsabilidades são sou mais criança. – Eu disse.

— Será mesmo? – Disse Nathan. – Perdeu o enterro de seu pai Emily.

— Como?! – Eu disse.

— Eles não puderam segurar o corpo e ninguém tinha noticias suas, pode ver no seu celular tem um milhão de ligações. – Disse Nathan.

— Não... – Eu disse.

Eu não pude nem me despedir. Eu não sabia o que dizer só queria desaparecer dali.

— Do que adianta falar tudo isso pra ela agora! – Gritou Sam. – Não viu o estado em que você a deixou, é um babaca mesmo.

Sam me abraçou por trás, Nathan ficou ainda mais furioso.

— Solta ela agora! Não basta ter dormido já com ela! – Gritou Nathan.

— Como é?! – Eu disse. – Você acha que eu seria capaz de transar estando grávida de você? Acho que você realmente não me conhece Nathan.

— Emily não quis dizer isso. – Disse Nathan.

— Tem muita coisa que você não deveria ter dito Nathan, às vezes eu me pego pensando se eu não fiz a escolha errada, quando decidi escolher você em vez dele. – Eu disse.

— E você acha que estava nos meus planos isso tudo? – Falou Nathan.

— Tudo bem, por mim pode seguir sua vida, nunca precisei de ninguém para ficar me cuidando e não é agora que vou precisar. – Eu disse.

Ele se aproximou de mim mas eu me distanciei.

— Vou embora hoje ao entardecer Emily. – Disse Nathan.

— E o que você quer que eu diga Nathan? Adeus? – Eu disse. – Eu já disse adeus demais você não acha?

— Esperava ao menos um até logo. – Disse ele.

— Não estou com clima para isso agora, desculpe. – Eu disse.

Ele me olhou no fundo dos olhos, depois entrou no carro e sumiu. Sam me abraçou por trás e eu sentia que iria chorar mas pela primeira vez não tinha nenhuma lágrima saindo de meus olhos.

— Vou para casa quero empacotar as coisas do meu pai você me ajuda? – Eu perguntei.

— Claro Emy. – Disse Sam, sorrindo.

Fomos caminhando até a moto de Sam, ele subiu e depois eu subi também, ele dirigiu até meu apartamento, nos dois descemos da moto dele. Eu abri meu apartamento e entramos. Tudo ali parecia lembrar meu pai, quando eu olhei me deu uma dor do peito, mas depois lembrei de como ele gostaria que eu lembrasse, uma lembrança boa não uma ruim. Eu joguei a chave na mesa e deixei Sam a vontade, depois fui para o quarto do meu pai, poucas vezes tinha entrado ali, queria que ele tivesse mais privacidade, queria que ele não sentisse que eu estava roubando sua privacidade. Me sentei na cama dele e sorri senti meus olhos marejarem, mas não ia me deixar chorar novamente não mais. Me levantei, abri o guarda roupa dele suas roupas estavam no mesmo lugar, arrumadas, nem dava pra perceber que ele era homem, de tão organizado que era. Toquei em uma de suas camisas que para mim era a favorita a camisa que ele usou quando eu fui conhecer ele, era quadriculada eu sorri quando a toquei, tirei ela do guarda roupa e senti o perfume do meu pai que exalou no mesmo instante o quarto. Ouvi um barulho olhei para trás e era Sam encostado na porta.

— Esta tudo bem? – Perguntou ele.

— De um maneira estranha acho que sim. – Eu disse. – Meu pai não gostava de despedidas, ele não queria que eu lembrasse dele de uma forma triste e eu até entendo ele, também odeio despedidas.

Ele se aproximou e afagou meu rosto com sua mão.

— Preciso ficar sozinha um pouco Sam. – Eu disse com um pouco de aperto do peito.

Ele sorriu e falou o mais gentil possível.

— Claro Emy, se precisar de mim é só me ligar. – Disse ele.

— Tudo bem. – Eu disse, sorrindo.

Ele beijou minha bochecha e depois sumiu. Eu sentei na minha janela, e peguei de dentro do bolso uma carteira de cigarro, que estava no armário do meu pai. Peguei um cigarro acendi e fumei bem devagar.


Ouvi um barulho na porta.

— Entra! – Eu gritei, sem me mexer do lugar onde estava.

Aquela sensação era maravilhosa e há tempos não me sentia tão calma. Quando olhei para porta a espera de saber quem estava entrando, vi Nathan entrar, ele sorria como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse falado coisas que me magoaram profundamente. Ele entrou fechou a porta e se aproximou de mim.

— Desde quando fuma? – Perguntou ele.

— Pelo menos por alguns minutos preciso ter paz. – Eu disse.

— Eu estou te atrapalhando? – Perguntou ele.

— Agora já esta aqui. Afinal por que esta aqui? – Perguntei.

— Talvez não queira me ver, provavelmente não eu creio e não tiro sua razão vim sendo um babaca há um tempo já. – Ele disse. – Mas precisava te ver antes de ir embora, preciso ver como esta o bebe, levar você a pelo menos uma ultrassom, ver o meu filho, é tudo o que eu tenho Emily, por favor não tire isso de mim.

Eu tinha acabado meu cigarro, joguei o resto pela janela. Levantei e fui até ele, via nos seus olhos que ele estava falando a verdade.

— Nunca vou tirar isso de você, somos os pais desse bebe e vai ser assim pra sempre, por que mesmo que acabe nosso amor vamos ter algo que vai simbolizar ele para sempre. – Eu disse.

Ele sorriu seus olhos marejavam por causa do choro. Eu me aproximei mais e toquei eu seu rosto, ele colocou suas mãos em minha cintura e me puxou para perto dele e me envolveu em um abraço.

— Eu te amo Emily e eu prometo amar essa criança tanto quanto você. – Disse ele.

Depois ele me afastou um pouco e sorriu para mim, me senti obrigada a retribuir o sorriso. Não podia dizer que não sentia mais nada por ele seria mentira, não tinha como eu simplesmente parar de amar ele, eu tenho um amor inexplicável por ele e sinto que o mesmo amor não vou sentir por mais ninguém, mas dói ouvir tudo o que eu ouvi dele.

— Eu também Nathan, mas o que você me disse, o que você me fez, durante esses dias você parece ligar muito mais pro que você sente do que o que eu sinto, mas não importa não é mesmo, as coisas estão sendo difíceis para você só quer se defender quer um tempo. – Eu disse.

— Não fale assim, foi tudo um turbilhão de coisas ao mesmo tempo, não sabia como agir Emily, não pode descontar tudo em mim por favor tenta entender o meu lado. – Disse ele.

— Descontar tudo em você? – Eu perguntei. – Que cara de pau não é!

Eu tirei os braços dele de volta de mim.

— Como pode falar isso olha tudo que eu passei, eu só precisava de um ombro pra chorar Nathan e você me largou sozinha quando eu mais precisava. – Eu disse.

— Me desculpe fui covarde Emily. – Disse ele.

— É foi. – Eu disse.

As lágrimas dele começaram a cair.

— Acho melhor você ir embora. – Eu disse.

— Por favor não quero uma despedida assim. – Disse ele.

— Você mesmo disse que não é uma despedida é um até logo, você vai ter outras chances para você tentar desfazer o que causou em mim. – Eu disse.

— Eu continuo e vou sempre te amar. – Disse Nathan.

— Eu também te amo Nathan e foi por isso que doeu tanto. – Eu disse.

Ele se aproximou e pensei em me afastar, mas simplesmente fiquei parada sem reação, ele beijou minha testa virou as costas e foi embora, sentia como se parte de mim fosse junto com ele. Fui para minha cama e acabei pegando no sono.

POV Nathan

Eu peguei um taxi até ao aeroporto, já tinha me despedido do meu pai e fui me despedir da Emily se da pra falar que aquilo foi uma despedida. Cheguei no aeroporto e me deparei com alguém que jamais ia imaginar ver, era Amanda com aqueles olhos azuis sorrindo como sempre. Ela me viu descer do taxi e correu em minha direção, me abraçou forte e eu a acolhi envolvendo ela no meu abraço.

— Você não tem ideia da saudade que eu estava de você. – Disse Amanda.

Eu há afastei um pouco e percebi o quanto ela sorria eu mesmo sem ter vontade por causa de tudo que aconteceu, sorri também. Sentamos em um banco meu avião havia se atrasado.

— Como esta seu pai? – Eu perguntei.

— Esta bem, pergunta sempre de você mesmo ele sabendo que eu não tenho noticias sobre você. – Disse ela.

— Desculpe por não manter contato Amanda é complicado, na verdade tudo esta bem complicado lá em casa, eu não tenho tempo nem pra mim, nem pra pensar, quando vejo tudo já aconteceu. – Eu disse.

— Sinto muito, que esteja tudo tão complicado para você Nathan. – Disse ela.

— Vamos parar de falar de mim e você como você esta? – Perguntei.

— Você sabe que eu era meio que a enfermeira dos meninos que meu pai alojava, percebi que tinha o dom para isso então com o dinheiro que ele ganha ele esta me ajudando a pagar uma faculdade de medicina. – Disse ela, sorridente.

— Serio? – Eu disse. – Não sabe como fico feliz por você Amanda.

— Obrigada. – Disse ela meio sem jeito. – E você e a Emily? Estão bem, pensei que ela estaria com você aqui.

— Estamos sim, ela não estava se sentindo bem a gravidez dela esta sendo bem agitada, aconteceu varias coisas ela precisava descansar. – Eu disse.

— Ela esta grávida? – Perguntou Amanda.

— Sim pensei que tinha comentado com você isso. – Eu disse.

— Se esqueceu que faz mais ou menos um ano que nem falar nos falávamos. – Disse ela.

— E eu peço desculpa por isso de novo, você é uma grande amiga não queria deixar você de lado como deixei. – Eu disse.

Ela chegou bem perto de mim.

— Você sabe muito bem que sou bem mais que uma amiga. – Disse Amanda.

Ela ficou me olhando, sorrindo e eu sem nem uma reação ela se aproximou da minha boca...


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Notas finais do capítulo

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