Forbidden Love escrita por Luiza


Capítulo 45
Noticias dificeis




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— Mas é claro que sim eu adoraria! - Disse Helena.

Eu a abracei.

— É melhor irmos Emily. - Disse Nick.

— Helena por favor me prometa que vai ir para casa, que vai falar com sua mãe. - Eu disse.

— Desculpe Emy mas isso é a única coisa que eu não posso prometer. - Disse Helena.

— O que aconteceu por que se afastaram tanto? - Eu perguntei.

— Eu fugi de casa por causa dela, ela não aceitava meu namoro, eu não aguentava mais ouvir ela reclamar que eu não estava mais sendo a mesma Helena que eu era. – Disse Helena.

— Mas você mudou muito mesmo. – Eu disse.

— Eu sei... – Disse Helena.

— Conversem tenta se resolver com ela, não tenho condições de te ver de novo aqui Helena, é horrível esse lugar. – Eu disse.

— Não tenho coragem de aparecer lá de novo Emy. – Disse Helena.

— Ela sempre vai te receber de braços abertos, ela é sua mãe apesar de tudo. – Eu disse.

Ela me deu um ultimo abraço, depois eu e o Nick fomos embora dali, eu fiquei quieta o trajeto todo até a parada de ônibus, a mais próxima onde Nick disse que me deixaria.

— Agora preciso ir resolver uns assuntos, diz que mandei um oi para o Nathan. – Disse Nick.

— Digo sim, obrigado por me levar lá. – Eu disse.

— Sem problema, não tinha como te deixar ir sozinha. – Disse ele.

Eu sorri e ele também. Depois foi embora. Eu entrei no ônibus pensando em mil maneiras de contar para o Nathan a difícil noticia, a noticia de que seu melhor amigo havia morrido, até para mim o ar ficava mais pesado quando eu pensava nisso. Vinha uma vontade louca de chorar quando eu lembrava nas idiotices que ele fazia, de como ele era louco, tratava tudo como se fosse coisas bobas e simples de se resolver. Imagino pro Nathan como vai ser difícil, ele mal teve um enterro digno, os pais do Stive sumiram há um tempo já. É como se ele nunca nem tivesse existido e isso dói. Quando cheguei a casa meu pai estava vendo jogo de basquetebol com o Nathan, ele e meu pai discutiam com a TV, era engraçado demais. Quando fechei a porta ela fez um barulho, os dois olharam para trás, meu pai só olhou para mim e voltou a se dirigir a TV, mas Nathan não, ele se levantou e veio até mim.

— Seu pai falou que precisava me contar algo. – Disse Nathan.

— É eu preciso, são duas coisas na verdade. – Eu disse.

Eu engoli o choro que estava quase transbordando de meus olhos. Eu segurei suas mãos, sabia que não seria fácil pra ele mas era muito importante ele saber, ele me olhava com aquela carinha doce e meiga que só ele sabia fazer.

— Esta me assustando Emy. – Disse ele. – Esta tudo bem com você?

— Comigo sim, mas não é de mim que eu tenho que falar. – Eu disse.

— Pelo amor de deus fala Emily. – Disse o Nathan.

— Não sei como começar então vou ser direta Nathan, o Stive morreu. – Eu disse.

Vi os olhos do Nathan escurecerem como se fosse a noite, ficaram tristes, percebi quando ele engoliu o choro que estava por muito pouco de transbordar.

— Quando aconteceu isso? – Perguntou ele, com toda a frieza do mundo.

— Não sei, soube hoje pelo Nick. – Eu disse.

— Ele morreu do que? – Perguntou Nathan.

— Overdose. – Respondi.

Nathan fechou os olhos, colocou uma de suas mãos na cabeça e a balançou.

— Tanto que eu disse pra ele maneirar, para tentar parar ou usar menos, cara eu sabia o final dessa historia. – Disse o Nathan.

— Não fica assim. – Eu disse.

Tentei me aproximar dele tocar em seu rosto, mas ele deu uns passos para trás.

— Eu preciso dar uma volta Emy. – Disse Nathan.

Ele enxugou suas lagrimas que caiam de seus olhos.

— Quer que eu vá com você? – Eu perguntei.

— Não Emy, preciso ficar sozinho agora. – Disse ele.

— Tudo bem. – Eu respondi.

Ele saiu pela porta, meu coração batia mais forte, eu estava tão preocupada com ele, não queria deixar ele sair por ai sozinho, não no estado em que ele estava, já estava escurecendo, mas sabia que ele precisava de um tempo pra assimilar o que tinha acontecido, era demais pra ele saber que seu melhor amigo morreu assim sem se despedir, nem dizer um ultimo adeus, ou sem eles fumarem seu ultimo cigarro juntos como sempre faziam. Sentei ao lado do meu pai no sofá, coloquei minha cabeça em seu ombro, ele colocou seu braço envolta de mim, praticamente me envolvendo em um abraço, ele me acariciava devagar na cabeça.

— Filha não era isso que você precisava contar. – Disse ele.

— Não era eu sei, mas achei isso mais necessário agora. – Eu disse.

— Você precisa saber se esta tudo bem com o bebe, precisa saber também qual vai ser a reação do Nathan sobre isso. – Disse meu pai.

— Não é muito cedo? – Perguntei.

— Não filha, o pior é se for muito tarde e o Nathan tiver escolhido ir para longe daqui. – Disse meu pai.

— Mas por que ele escolheria isso pai? – Perguntei.

— Olha tudo que vem acontecendo Emily, eu fui covarde filha sei bem como a gente se sente, a gente sente medo muito medo, eu fugi filha, tinha coisas que eu não suportei, era pressão demais, tenho medo que ele não suporte e eu não vou estar aqui filha pra te amparar. – Disse meu pai.

— Eu sei disso, sei que sente muito por ter feito isso também, mas acho que quando o Nathan souber ele vai ficar, por mim e pelo nosso filho. – Eu disse.

— Eu sei que vai filha, mas tenho medo de você contar tarde demais e ele já tenha se decidido. – Disse meu pai.

— Vou contar para ele amanhã pai eu prometo. – Eu disse.

Ele me deu um beijo na testa e foi deitar. Eu fiquei deitada olhando TV até cair no sono. Ouvi um barulho na porta me assustei e dei um pulo do sofá eram Nathan chegando corri pra ajudar ele.

— Você esta bem? – Perguntei.

Ele olhou no fundo dos meus olhos, com aqueles olhos marejados.

— Estou ótimo! – Disse ele rindo.

Eu peguei ele e o coloquei no sofá, voltei para fechar a porta e depois me sentei no colo dele.

— O que fez com você mesmo? – Eu perguntei.

Ele me olhou novamente nos olhos dessa vez com os olhos marejados mas agora de lagrimas.

— Queria ver meu amigo pela ultima vez e fiz de tudo pra que isso acontecesse. – Disse Nathan.

— O que você fez?! – Eu perguntei assustada.

— Coisas que eu tenho certeza que você não ia gostar de saber. – Ele disse rindo com riso triste.

Ele abaixou a cabeça, eu a levantei com todo o cuidado do mundo para que ele continuasse a olhar nos meus olhos.

— Nunca mais faça isso! – Eu disse.

Eu o abracei forte, até ele envolver seus braços envolta da minha cintura.

— Emily não estou sendo forte o suficiente, me desculpe. – Disse ele.

— Não se desculpe você não tem culpa de nada sei que esta sendo difícil. – Eu disse.

Ele me afastou para olhar em meus olhos.

— Cara eu te amo tanto que é impossível de explicar, você sabe né? – Disse ele.

Ele acariciou meu rosto.

— Eu sei amor, sei bem o que sente. – Eu disse.

Nós sorrimos e nos beijamos.

— Nathan me responde uma coisa, você ainda vai para a sua missão? – Perguntei.

— Não me faça essa pergunta agora, não estou nem são para te responder direito. – Disse ele.

Ele deu uma risada fria e eu continuei a encará-lo.

— Não posso deixar você ir. – Eu disse.

— Não me obrigue a ficar Emily, não consigo ser tão forte eu preciso de um tempo de tudo. – Disse ele.

— Nathan eu te entendo só que nesse momento eu preciso de você aqui mais que nunca. – Eu disse.

— Eu sei Emy que seu pai esta mal, mas eu não tenho condições de ver mais uma pessoa morta. – Disse ele.

Caia lagrimas de seus olhos.

— Nathan não é só por isso que preciso de você aqui. – Eu disse.

Tudo ficou em silencio por um momento que pareceu longo demais. Eu queria contar para ele logo, não me sentia bem guardando esse segredo que é tão importante, que vai mudar tudo, não parecia certo guardar só para mim, mas não parecia ser o momento certo para contar isso a ele.

— Eu preciso dormir não é a melhor hora pra gente discutir sobre isso. – Disse Nathan.

— É eu concordo com você, vem vamos pro quarto. – Eu disse.

Eu levei ele para o quarto, o coloquei na cama e me deitei ao lado dele, dormimos.

(...)

Acordei no outro dia ouvindo barulhos no banheiro, me levantei e fui correndo até lá. Estava meu pai ajoelhado no vaso vomitando o que parecia ser sangue.

— Ai minha nossa! – Eu gritei.

Corri para sala para pegar dentro da minha bolsa meu celular. Liguei para a emergência, me atendeu uma mulher que falava calmamente, enquanto eu no outro lado da linha parecia uma louca gritando com ela, ela terminou dizendo que uma ambulância estava chegando para buscar meu pai. Eu desliguei e voltei correndo para o banheiro meu pai estava caído do lado do vaso aparentemente desmaiado, eu tentei levantá-lo mas conclui que não tinha força o suficiente, então voltei para o meu quarto pulei em cima da cama e comecei a sacudir Nathan de um lado para o outro até ele acordar. Ele acordou assustado.

— O que esta acontecendo? – Perguntou Nathan.

— Meu pai Nathan ele esta desmaiado! – Eu gritava desesperada.

Ele levantou num pulo eu corri para o banheiro e ele logo atrás. Tocou o telefone eu corri para atender, era o nosso porteiro avisando da ambulância.

— Nathan pegue ele! – Eu gritei.

Abri a porta e saiu eu e Nathan porta a fora, Nathan com meu pai nos braços, nos descemos escadas a baixo até chegar ao térreo, colocamos ele na ambulância, a mulher disse que só um poderia acompanhá-lo. Nathan me ajudou a entrar e disse que pegaria o carro de seu pai e me encontraria lá. Eu fui olhando para meu pai, que parecia estar longe daqui meu coração batia tão lentamente que parecia que iria parar, eu não sentia dor só um vazio um medo profundo de perder ele. Mas eu sabia que uma hora mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer, eu teria que ser forte e dar adeus a um dos homens que eu mais amo na minha vida. Chegamos ao hospital e eu acompanhei ele até onde pude, depois a enfermeira me pediu para eu ficar na sala de espera para receber noticias dele. Nathan chegou logo depois com minha mãe e seu pai.

— Ele esta bem? – Perguntou minha mãe.

Ela se sentou ao meu lado.

— Não sei ninguém deu nenhuma noticia dele ainda. – Eu disse.

Eu respirei profundamente olhei para minhas mãos e percebi que estava tremendo muito.

— Deixa que eu dou um jeito de descobrir. – Disse Arthur.

Nathan se sentou ao meu lado também, segurou minha mão e me fez olhar em seus olhos.

— Eu vou estar aqui, não vou a lugar nenhum Emy. – Disse ele.

Eu me atirei em seus braços e ele me abraçou forte. Comecei a chorar acho que desabei nos braços dele e ele literalmente me segurou com todo amor que ele podia dar.

— Amor calma, seu pai vai ficar bem. – Disse Nathan em meu ouvido.

— Não minta para mim Nathan, eu sei como ele esta e sei que nada vai curá-lo. – Eu disse soluçando por causa do choro.

Ele me afastou um pouco limpou as lagrimas do meu rosto e me fez o olhar.

— Tudo que acontecer e tudo que você passar eu vou passar com você ao seu lado, eu desisto de tudo Emily se você pedir. – Disse Nathan.

— Não quero que tenha que desistir de nada por mim Nathan não acho certo, só não quero que vá para tão longe por tanto tempo. – Eu disse.

— Emy precisava te contar uma coisa. – Disse ele.

— Eu também precisava te contar uma coisa. – Eu disse.

— Acho melhor eu te contar primeiro. – Disse ele. – Eu me ofereci para uma missão no Irã como você sabe, achei que podia depois se não quisesse mais meio que me desalistar sabe, mas não posso e segunda feira pego meu avião.

— Nathan eu sinto muito não era assim que eu queria te contar mas não consigo imaginar quando vamos conseguir falar sobre esse assunto. – Eu disse.
Ele olhava no fundo dos meus olhos prestando atenção em cada palavra que saia da minha boca. Eu não queria que ninguém ouvisse alem dele, me aproximei dele fingindo dar a ele um abraço aproximei meus lábios de seu ouvido.

— Eu estou grávida Nathan. – Eu disse lentamente.

— Você esta o que?! – Disse ele.

Continua...


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