Percy Jackson e o Legados dos Grandes Deuses escrita por Dark Swan


Capítulo 11
Todos temos passados sombrios


Notas iniciais do capítulo

Olá semideuses! Mais um capítulo especial para vocês com mais revelações bombásticas. E uma ótima noticia: já chegamos a 350 visualizações, 10 comentários e 2 pessoas já favoritaram. Estou tão feliz que postarei um capítulo bônus quando chegarmos aos 30 comentários ou 5 pessoas favoritarem a fic, por isso recomendem ela aos amigos, vizinhos, professores, parente legais, parentes chatos ou até mesmo para seus inimigos. Então, sem mais delongas, com vocês o capítulo 11 da história.



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Chegamos ao palácio de Hades num silêncio humanamente impossível.

Bem que eu gostaria de dizer que eles nem notaram nossa saída. Mas, como sorte não faz parte do meu vocabulário, ao chegar a sala do trono, encontramos três figuras nos encarando.

É o meu fim – pensei – Será que ainda tenho tempo para fugir?

Um silêncio tenso se assentou no ambiente. Nenhum de nós sabia bem o que falar. O deus observava a situação com um olhar divertido no rosto, como se achasse a cena no mínimo... Interessante.

–Então – quebrei o silêncio – Acho que devemos algumas explicações.

Os garotos assentiram e fizeram um gesto para que subíssemos até os quartos.

Eu me senti uma fugitiva retornando para a prisão. Sério, isso era estranho.

Chegamos ao meu quarto e nós quatro nos sentamos nas poltronas distribuídas pelo cômodo.

Annabeth me lançou um olhar do tipo “e agora?” e retribui dando de ombros em sinal de rendição.

–Ok, onde vocês estavam? – disse Bryan, obviamente se divertindo com a situação.

–No Olimpo – disse eu – Falando com Apolo.

Expliquei meu flashback recente mais uma vez e falei sobre o que faríamos a diante. Apolo deixou bem claro qual era o próximo passo e estávamos prontos para encara-lo.

Percy, que até agora se manteve calado, nos olhou com tristeza. Inspirou por um longo segundo e iniciou sua fala.

–Eu também tenho escondido coisas de vocês. No Estige eu tive uma visão. Eu me vi ao lado de um garoto ruivo, nós lutávamos contra uns lestrigões no Canadá e depois eu... Eu o via ser morto por um deles... Dylan era o nome do meu amigo. – ele tomou fôlego e prosseguiu – O que eu quero dizer é que eu já sabia que era um semideus antes de perder a memória. Desde jovem eu servi na corte de Poseidon até que ocorreu um acidente envolvendo a... – ele olhou para mim e no momento eu entendi o que ele quis dizer – Bem, não cabe a mim contar o que ouve e sim as consequências , a verdade é que eu não sou o que pareço. Eu me rebelei contra os deuses quando tinha dez anos e me juntei ao exército de Tifão. Desculpem por tudo, vou entender se quiserem me jogar no Tártaro ou algo assim. Só quero que saibam que eu me arrependo e farei de tudo para derrotar o mal, se ainda me quiserem na equipe.

Annabeth e eu corremos até Percy e o abraçamos. Ambas compartilhavam o mesmo segredo e entendíamos o que era ter um passado difícil. Até Bryan pareceu entender Percy e lhe dirigiu palavras sinceras:

–Ei, cara. Você agora está mudado, dá para perceber. Estamos aqui para isso e somos seus amigos. Vamos sempre ficar ao seu lado.

Esbocei um sorriso ao ouvir o que Bryan disse, no fundo eu sabia que ele era só um menino que se escondia atrás de uma máscara.

***

Não dormi naquela noite, as palavras de Percy se repetiam em minha cabeça. Ele sabia, sabia do meu segredo. Ele sabia, também estava envolvido nele. Um arrepio tomou conta de mim. As memórias boas daquela época ainda eram turvas, mas as ruins eram terrivelmente nítidas.

O prazo final terminaria a meia noite, mas sabíamos bem onde procurar. Infelizmente, nós sabíamos.

Ouvi batidas na porta e me levantei num pulo.

–Percy? O que você esta fazendo aqui á essa hora? – pergunto eu.

–Ashley, a gente pode conversar um minuto? – disse ele.

–Ok, eu vou trocar de roupa e te encontro lá embaixo – respondi.

Entrei no banheiro e ouvi o som da porta do quarto se abrindo.

Já trocada, eu desci até o Jardim de Perséfone, onde Percy fitava o horizonte.

–A Ilha dos Abençoados – disse ele – Se eu morrer na missão é para lá que quero ir.

Sorri de leve e ele olhou para mim com seus intensos olhos verde-mar.

–Você se lembra Ash? – perguntou ele.

Assenti calmamente e me sentei num banco onde videiras se enroscavam nos pés do assento.

–Todos nós temos passados sombrios Percy. É normal, afinal, somo semideuses. E nós, mais do que qualquer um, sabemos bem o quão difícil essa vida pode ser.

Percy se sentou ao meu lado e, juntos, observamos os Campos Elíseos.

Um silêncio se instalou no ambiente e não ousamos quebra-lo. Nossas histórias estavam eternamente ligadas por um acidente trágico. O moreno de olhos verdes que brincava comigo no lago havia crescido e agora carregava o peso do mundo nas costas.

Encostei minha cabeça em seu pescoço e cantarolei baixinho:

–When the days are cold. / And the cards all fold. / And the saints we see. / Are all made of gold.

–When your dreams all fail. /And the ones we hail. / Are the worst of all. /And the blood's run stale – continuous Percy, no mesmo tom de voz que eu.

–I want to hide the truth. /I want to shelter you. / But with the beast inside. / There's nowhere we can hide.

–No matter what we breed. / We still are made of greed. /This is my kingdom come. / This is my kingdom come. / When you feel my heat. / Look into my eyes. / It's where my demons hide. / It's where my demons hide. / Don't get too close. / It's dark inside. / It's where my demons hide…

–…It's where my demons hide – cantamos o ultimo verso juntos.

Vi em seu rosto um sorriso verdadeiro e não pude conter a vontade de repetir sua expressão. Estávamos mais perto no que nunca. Era chegada a hora.

–Sempre que precisar eu estarei aqui, Cabeça de Algas – disse eu.

–Bom saber, Para-Raios. – disse ele com um sorriso de orelha a orelha.

–Você me chamou de que? – perguntei incrédula.

Ele soltou uma gargalhada gostosa e me respondeu com um tom de voz debochado.

–De Para-Raios. Não ouviu?

–Ouvi, só não entendi quem te deu o direito de me chamar assim – disse, já me levantando.

Percy não se conteve e quase rolou pelo chão de tanto rir. Esse Cabeça de Algas me paga.

–Não entendi o motivo de tanto riso. Nem é tão engraçado assim...

–Ah Ash, você tem que assumir que foi muito engraçado. E o senso de humor? Até Hades tem mais que você! – brincou.

–Duas coisas. Primeira: o meu nome é Ashley. Segunda: você tem exatos cinco segundos para correr, ou vai se arrepender de ter me chamado de Para-Raios!

No momento que eu disse isso seu sorriso se apagou e ele começou a correr como um louco em direção aos Campos de Asfódelos.

–É bom finalmente me lembrar de você, Cabeça de Algas – disse eu, antes de sair em disparada perseguindo um certo semideus.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço comentários??? Espero que tenham gostado e até a próxima.
P.S. A música que tocou é DEMONS do IMAGINE DRAGONS, sugestão da nossa leitora Lua Azul.
P.S.2 Se tiver erros de ortografia me avisem que eu corrijo.



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