Percy Jackson e o Legados dos Grandes Deuses escrita por Dark Swan


Capítulo 10
Histórias


Notas iniciais do capítulo

Olá Semideuses! Mais um capítulo com link de roupas e música. Boa leitura!



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Depois da minha revelação, sentei-me em uma pedra na borda do Estige e fiquei relembrando as imagens que ali surgiram.

Como podia ser real?

No momento que tive consciência da minha amnesia induzida o que eu mais queria era ter as minhas lembranças de volta. Mas agora... Tudo parecia tão distante e tão impossível...

Bryan acara de sair do rio com uma pose exibicionista como quem diz “eu sei que sou demais, podem aplaudir”. Revirei os olhos com minha observação. Como coisas tão banais passam por nossa cabeça sem que nós percebamos?

Era a fez de o Percy pular, pude ver em seu rosto o medo e a angústia, como eu ele tinha perdido seu passado e acreditava que o Estige fosse trazê-lo de volta.

“Quando os deuses querem nos castigar atendem nossas preces”.

Essa sim era uma frase que fazia sentido. Às vezes a ignorância é uma benção.

Um aperto em meu peito se formou ao ver a imagem de Percy se debater no fundo do rio. O filho de Poseidon se afoga pela primeira vez.

No mínimo irônico.

Minutos depois ele voltou à superfície, visivelmente abalado. Corri até ele para impedi-lo de cair novamente.

Todos nós estávamos completamente desgastados e cansados. O Estige nos deu força, mas também nos deu sono.

Fomos até nossos quartos para passarmos a noite. Nosso prazo é de dois dias e nem sabemos por onde procurar. Algo me dizia que não era só com a profecia que devemos nos preocupar. O que eu vi no Estige me trouxe uma velha lembrança.

~ FLASHBACK ON ~

—Se destino lhe guarda muitas aventura Ash – disse Apolo.

—Que tipo de aventura? – perguntei curiosa.

Ele sorriu abertamente.

—Se eu falar não vai ter mais graça – disse brincalhão

Eu, no auge dos meus cinco anos, soltei uma gargalhada gostosa e fiz minha melhor cara de cachorrinho abandonado.

—Vai, conta pra mim, conta, conta, conta.

Apolo riu baixinho e fez uma cara de mal.

—Não, não. Nem pensar.

Fiz um biquinho e cruzei os braços.

—Conta vai! Se não contar eu deixo de ser sua amiga.

—Ah não! Chantagem não vale! – olhei para ele, fazendo uma falsa cara de séria – Tá ,tá. Você venceu. Vou começar do inicio, ok?

Fiz que sim com a cabeça.

—Quando você for bem grande – iniciou Apolo – você vai precisar de uma espada. Você sabe o que é uma espada, não é?

—Sim, tio Ares me deu uma de presente – disse – Continua logo.

—Ok, depois conversarei com Ares – disse ele, que ao notar minha expressão se apressou e disse – Na casa do seu tio Hades tem um poço bem fundo e lá estão os caras maus – Apolo disse as últimas palavras gesticulando com as mãos – E lá na bordinha desse poço, mora uma homem muito malvado e ele guarda direitinho a espada brilhante dele.

Assenti, o incentivando a continuar.

—Quando você receber sua missão, você tem que roubar a espada dele e depois...

—Ei, roubar é feio – disse o repreendendo – quem rouba é Hermes, não eu!

Apolo riu e continuou a história.

—Para isso, você precisar pular num rio e enfrentar ele ao lado de um deus. Ok?

—Ok – respondi.

Dei um abraço em Apolo e corri até o lago.

~FLASHBACH OFF ~

Levantei-me num pulo e troquei de roupa o mais rápido possível.

Eu sabia exatamente o que fazer, mas não podia fazer sozinha.

Fui até o quarto de Annabeth e bati em sua porta. Em um segundo ela já havia me puxado para dentro.

—Annie – disse – eu preciso de ajuda.

***

Contei meu plano para Annabeth, que, por incrível que pareça, acho a ideia fantástica. Desci para esperar minha amiga na saída do Mundo Inferior. Ainda era madrugada, por isso ninguém nos viu.

Annabeth chegou dez minutos depois e saímos do Hades direto no Central Park.

Não pude deixar de admirar a beleza do mundo exterior. Vivi em Nova York por um mês, mas, como estava sempre sobre ataque constante, nunca pude parar e admirar.

Annabeth e eu nos entreolhamos e seguimos de taxi rumo a 5º AVENIDA.

Entramos no Empire State e nos dirigimos á recepção, onde o atendente lia calmamente uma história sobre bruxos adolescentes.

Pigarreei, tentando chamar sua atenção.

— Com licença, gostaríamos de ir ao 600º andar – disse eu.

—Aqui só vai ao andar 102 – disse.

Annabeth me cutucou e me lançou um olhar do tipo “deixa comigo”.

—Olhe só, querido, nós viemos aqui falar com Apolo, então se não me der essa porcaria de cartão eu faço ele te pulverizar com um simples olhar, ok? – disse ela, docemente.

—Que amiga meiga eu tenho – murmurei para mim mesma.

O recepcionista estava com uma boca em perfeito “O” e nos passou o cartão com as mãos tremulas.

—Obrigada – rosnou Annabeth.

Murmurei um “desculpe” para o homem e entrei correndo no elevador.

Notei a música que estava tocando, era... John Newman?!

“Know I've done wrong

Left your heart torn

Is that what devils do?

Took you so low

Where all that force go?

I shook the angel in you”

“Now I'm rising from the ground

Rising up to you

Filled with all the strength I found

There's nothing I can't do”

“I need to know now

Know now

Can you love me again?

I need to know now

Know now

Can you love me again?

I need to know now

Know now

Can you love me again?”

Annabeth e eu começamos a balançar a cabeça no ritmo da música como se fossemos duas loucas. Ri com esse pensamento. Era bom se sentir uma garota normal de vez em quando.

Segundos depois a porta do elevador se abriu, revelando a arquitetura familiar do Olimpo.

A minha antiga casa.

Fomos caminhando até o templo de Apolo enquanto Annabeth tagarelava sem parar sobre “como a arquitetura do Olimpo era impressionante, mas que ela faria melhor”. Entenda, Annabeth tem uma estranha obsessão com arquitetura, é o sonho dela e ela se empenha muito para conseguir construir algo sólido e eterno.

Quando cheguemos vimos Apolo conversando animadamente com a uma garota -exageradamente rosa – cujo nome eu me lembrava bem.

Kate! – exclamei.

Quando a filha de Afrodite me viu soltou um gritinho e correu até mim.

—Ash! Saudades, saudades, saudades de você princesa. Como vai a vida? Conheceu gente nova? Quem é ela? O que você faz aqui? – disse num único folego.

—Bom de ver amiga, essa é a Annabeth, filha de Atena – disse eu.

Apolo andava com um sorriso do tamanho do mundo até mim. Retribui o sorriso timidamente.

—Vejo que se lembra do seu melhor amigo – disse ele.

—Desculpe, mas ainda não sei quem é você – disse brincalhona.

Ele soltou uma gargalhada e se juntou a Kate num abraço coletivo ao redor de mim.

—Acho que não veio aqui só para me ver, estou certo? – disse tristonho.

Annabeth e eu assentimos e contamos sobre o meu flashback recente. Apolo ouvia com uma expressão confusa no rosto.

—Nem eu me lembro disso –observou ele – mas você está certa Ashley, é isso que deve ser feito.

Kate levantou-se num salto.

—Eu quero ajudar, me deixa ajudar!

Eu e Annabeth nos entreolhamos e sorrimos.

—É, pode ser – disse a minha amiga.

Katherine nos abraçou fortemente (mais uma vez) e sorriu bastante.

—Quando precisar de mim use o colar e eu irei até vocês.

Dito isso, Apolo desapareceu em um clarão amarelo como o Sol.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Mereço comentários? Espero que tenham gostado e até a próxima.
P.S. A música que coloquei se chama LOVE ME AGAIN do John Newman.



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