Leiam as notas pfv

No momento em que entramos somos aplaudidas por todos. O local esta lindo, tudo em seu devido lugar. Algumas pessoas vem nos cumprimentar enquanto outras continuam o que estavam fazendo, vejo Zac no bar e no exato momento passa um garçom em minha frente, pego uma taça e viro de uma vez.

Nada de muito interessante acontece nas primeiras horas de comemoração, as meninas e eu recebemos muitos parabéns e dançamos bastante, não vou mentir e dizer que não bebi, mas foi só um pouquinho.

Já tava mais pra lá do que pra cá quando ouço alguém dizendo que eu estava “pra lá de Bagdá” mano, rimou É porque eu sou demais CC, eu sou demais. Falando em Bagdá fui olhar a hora que era lá. Aff, quem não tem o horário de Bagdá no “relógio mundial” do celular? Eu não tenho! E você lá tem celular CC.

Foi olhando as horas e calculando nos dedos porque não confio no meu celular, mas sem querer bato em uma parede que não estava aqui antes.

–Você tem que contar pra ela!- afirmava uma voz conhecida.

–Não agora, ela esta bêbada e cheia de holofotes- Esse é Zake, eu sei que é.

– Zake a Natasha tem que saber que é sua irmã, papai pode morrer a qualquer momento, os testes foram feitos, os exames deram positivos, só falta você ter coragem de contar pra ela- a oura voz esbraveja atrás da parede, espera isso não é uma parede, é uma porta, ela é tão linda, já sei! Vou passar a eternidade com ela, vamos casar e ter dois filhos.

–Zac como você acha que ela reagiria sabendo disso agora?

“Disso o que? Ah, da Natasha ser irmã do Zake, mas quem é Natasha? Eu sou Natasha, eu sou Natasha, meu nome é Natasha e a Natasha gosta de cachaça” penso olhando para a parede que na verdade é porta e começo a saltitar comemorando por Natasha ser eu.

Paro de pular e minha cabeça parece funcionar um pouco: como assim Zake é meu irmão? E se Zake é meu irmão e Zac é irmão de Zake eu beijei meu irmão? Mas hã? Como eles podem ser meus irmãos? Papai? Morrer? Meu pai esta morto ou ao menos eu acho, minha mãe nunca falou muito sobre isso, ela sempre desviava do assunto, que testes?

–Que porra o que esta acontecendo?- sem perceber acabo por gritar, algumas pessoas me olham sem entender e a porta na qual eu estava escorada e aberta revelando dois garotos que devem star fazendo cosplay de papel de tão brancos. Minha cabeça esta confusa e ate roda um pouco, reconheço Zac e Zake me puxando pra dentro do que parecia um quarto, começo a me debater e a gritar.

–Calma, nós vamos chamar a Cassie- diz um deles e eu começo a chorar.

–Jess? –choro mais ainda.

– Kate?- meu choro aumenta.

–Annie?- paro de chorar e percebo Zac saindo às presas do quarto, isso é a ultima coisa que lembro antes de ser levada para um mundo terrível onde tudo é possível, o mundo dos sonhos.

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“Querido diario,

Sei exatamente onde estou, estou em meu apartamento toda bagunçada ouvindo Adele e olhando para o nada, essas ultimas vinte e quatro horas foram muito complicadas, descobri coisas que preferia passar a vida sem saber, descobri que: minha mãe não é minha mãe, ela era a enfermeira que cuidou de minha verdadeira mãe quando estava grávida de mim, que ela praticamente me sequestrou e que mesmo assim eu a amo, que Zake é meu meio irmão e que Zac não tem nenhum parentesco comigo, que Annie e Laísa também não tem, nem mesmo vovó Alexia; descobri também que meu pai esta vivo e se chama Giuseppe, mas que esse status de vivo pode não durar por muito tempo, que quando minha falsa mãe forjou minha morte ele mandou me enterrar como indigente e pagou para Jenna sumir do mapa.

Daqui a algumas horas Zac ira vir me buscar, ele foi quem mais me apoio nisso tudo, depois de Stella. Ele e Zake acreditam que eu seja a ultima esperança de fazer nosso pai aceitar o devido tratamento, é estranho dizer nosso pai. Ele me pediu para conversar com ele, conhecer ele de verdade e dar uma chance já que todo mundo erra.

Bem é isso, se passaram dois dias dês do fim da turnê, no primeiro eu só fiquei trancada em caso e no segundo permiti que eles falassem.

Ate mais diário e me deseje sorte”

Fecho meu “diário” com delicadeza colando-o sobre a mesa de cabeceira, desligo a musica e tampo os ouvidos, me permitindo o silencio ao menos uma vez.

Me visto da forma mais simples que consigo, deixo meus cabelos bagunçados e jogados de lado. Apreensão é essa palavra quem vem a minha mente, o que eu vou fala? Como reagir? E se ele não me quiser? Calma Nat quem tem que negar ele é você não o contrario!

Sou avisada que Zac esta subindo então termino a foto que tirava com puff no sofá e logo a posto sem filtro nem nada com a legenda “alguém estava com saudades da mamãe!” e alguns emojis bonitinhos. Puff é meu cachorro há um tempo ele é muito fofo e me deixa colocar roupinhas nele, alem de ser companheiro e respeitar meu espaço tem bichinho mais perfeito?

“My mama don't like you and she likes everyone
And I never like to admit that I was wrong”

Ouço de longe e vou abrir a porta cantando o resto da musica, sim minha campainha é personalizada com musicas do momento e eu escolho uma nova todo dia, dois beijus pro recalque.

– Oi, só não te convido para entrar porque estamos saindo, tchau amor- me despeço de Puff pegando a minha bolsa e em seguida fecho a porta

–Natasha, você não precisa dizer nada de mais só pedir pra ele se tratar- diz Zac o que eu já ouvi umas vinte e cinco vezes.- sei que ele pode ser apenas ninguém para você, mas foi ele quem me criou, me criou como um filho, me deu seu sobrenome.

– Pois é, a mim ele não deu nada disso, foram bailes da escola, competições de dança, primeiros shows, nada, eu estou fazendo isso por um único motivo tanto minha mãe como Kate me pediram isso- respondo o mais fria que consigo ser, me derramaria em lágrimas quando estivesse sozinha, mas agora nada nem ninguém passaria por minha armadura.

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Ao entrar no quarto de hospital vejo um homem adormecido no leito, com vários aparelhos ligados a ele, coloco minha bolsa em cima da poltrona próxima a janela e observo o quão luxuoso o quarto é enquanto caminho ate ele, o mesmo abre os olhos fazendo certa força para falar:

–Minha bella ragazza -começa ele com seu sotaque italiano- Sonhei por tanto tempo com você, estas tão bela, tão formosa, peço-lhes perdono por na ter isso te procurar, perdono por acreditar no primeiro que me dizes que morrera.

–Para- o interrompo de supetão- por favor só para, eu vim aqui para pedir que se trate, eu não sei quem você foi nem é, mas Zake sabe e Zac também, eles precisam de você aqui, eles não sabem o que é não ter um pai, então te peço para não fazer com eles o que fez comigo, não os deixe ir quando pode lutar para ficarem.

–Se eu fizesse isso me perdoaria mia bambina?

–Sim, eu perdoo- respondo em um suspiro alto pegando minha bolsa e saindo dali, minha mente não sabia para onde ir, era como se fosse dar pane a qualquer momento.