Rockstars escrita por Bastarda Legitima


Capítulo 9
Flashes & Sorvete


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!

~Desvia de Avadas e Crucios

Sim Gente, eu sei que eu demorei um século pra postar, mas eu tenho uma boa desculpa! Meu celular foi roubado e tava tudo nele >.<
Mas eu voltei com tudo! Estou de férias e agora sou toda de vocês o/ (se alguém ainda quiser)

AGORA É SÉRIO.
Daughter of The King. Sua Linda. Casa comigo? Estou te amando agora. Tipo, você não tem noção. Eu sai rodopiando pela sala abraçada no celular que nem uma retardada (acho que minha mãe quer me internar). Esse capítulo imenso é SUPER dedicado a você. ♥

Dedicado a vocês que comentaram, vocês tem um lugarzinho especial no meu coração (to muito sentimental hoje né?)

Gaysices a parte, o cap tá aqui, lindo, fresquinho e cheiroso pra vocês apreveitarem enquanto eu vou voltar a fazer uma dancinha feliz muito escrota na cadeira enquanto escrevo próximo pra compensar vocês



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Remo odiava mentir para os amigos. Mas odeia ainda mais quando eles o ficavam zoando por suas paixonites instantâneas e "sem futuro".

Mas não podia fazer nada, seu jeito era assim. Acreditava no amor, apesar de já ter sido muito magoado anteriormente, sabia que com ela seria diferente. Ela ERA diferente, não estava interessada no seu dinheiro ou fama. Também não sabia se ela gostava dele. Mas era um risco que teria de correr

Então, ele inventou uma mentira qualquer sobre querer tirar dúvidas e esperou Dorcas Meawdoes sair da aula de música, não que tivesse jogado charme para a aluna assistente da secretária para descobrir os horários dela, óbvio que não.

Ouviu os acordes do violino cessarem e o professor parabenizando-a pelo progresso e o som dos passos de Dorcas enquanto ela saia pela porta. Tratou de fingir que estava andando pelo corredor ao invés de estar ouvindo tudo desde o início.

Ok. Talvez ele estivesse meio obcecado

–Remo? O que está fazendo aqui?

Ele fingiu surpresa em vê-la e a cumprimenta com um aceno

–Tirando algumas dúvidas, afinal, há praticamente dois anos que não venho à escola.

–Ah é, as vezes esqueço essa parada de que estrelas do rock não vão à escola e tals- ela sorri e o empurra suavemente pelo ombro enquanto caminham em direção à saída do colégio.

Ele não pode evitar sorrir também, ela realmente não se interessava pela fama dele. Segurou o impulso de abraçá-la. Todas as outras só queriam saber da fama, do dinheiro, dos paparazzi, e de estar com um astro do Rock. Ele se entregava de corpo e alma. E acabava se decepcionando. Mas nunca perdeu a esperança, sabia que seu amor caminhava por aí, e que iria encontrá-la

–Já que estamos os dois aqui, quer ir tomar um sorvete comigo? Sirius provavelmente não está em casa e James comentou que ia sair- outra mentira, James foi para casa- não estou a fim de ficar sozinho

–Sei não, não posso me atrasar... Meus pais iriam comer meu fígado- ela fez uma careta

–Tudo bem, eu entendo- tentou não parecer muito decepcionado

Ela olhou no celular.

–Pensando bem, o professor me liberou mais cedo, acho que dá tempo. Mas... -Ela levantou o indicador em sua direção- Você paga. Trouxe dinheiro apenas pro lanche, não pretendia sair para tomar sorvete. E afinal, você é o homem- ela deu de ombros

Remo colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido

–Como assim? Acho que o feminismo retrocedeu uns dez anos com esse seu comentário

–Nem vem, você é uma estrela do rock, tem dinheiro, e admita, você ia insistir para pagar a conta. Só estou lhe poupando trabalho.

Ele parou por alguns instantes, sim, ela era perfeita pra ele.

–Você não vem?- ela virou de costas e continuou andando.

Remo se apressou em seguir seus passos. Com um sorriso comparável ao do gato de Alice no País das Maravilhas

–É meio assustador quando você sorri assim- ela o encarou, sem qualquer pudor

É, ela era perfeita

...

Lilian queria ser uma daquelas aves gigantes que enfiam a cabeça num buraco.

Mas (infelizmente) ela não era. Ela era Lilian Evans, e estava vivendo o momento mais constrangedor da sua vida (e olha que isso era realmente grande coisa)

–Eu e Tomas discutimos uma vez sobre a origem dos canapés, se a receita era russa ou alemã, discussão boba, coisa de gente apaixonada sabe?- a mãe olhou para Lilian que encarava o chão e depois para James, que corou com o comentário e deu uma risadinha nervosa- Desde então eu sempre faço uma pesquisa completa sobre a comida...

Percebendo as indiretas da mãe, Petúnia (com o rosto vermelho de raiva), sentou-se o mais próximo que conseguia de James e se abraçou no braço dele, como se fossem aqueles casais clichê de comédias românticas.

O sorriso da mãe vacilou, assim como o de James, que pareceu muito desconfortável com a proximidade

Completamente constrangida (mais com a proximidade do casal do que com a história da mãe). Lilian subiu o mais silenciosamente que conseguiu para seu quarto, iria fingir uma dor de cabeça e comeria lá em cima.

Subiu e fechou a porta. Finalmente segura. Olhou para as paredes completamente brancas e sorriu. Apagou as luzes e fechou a janela. Suspirou com a visão do quarto, Marlene pintara as paredes com tinta Neon, como um presente de aniversário. A pintura ocupava todas as paredes e o teto de forma que quem entrasse realmente se sentia em outra dimensão. Mas apenas com as luzes apagadas.

Se jogou na cama e observou as fotografias afixadas no teto, logo acima da cabeceira da cama. A maioria mostrava ela e as amigas, uma de suas favoritas era uma em que tinham seis anos, no dia em que se conheceram. Era uma festa de aniversário de um vizinho, e elas tinham começado uma guerra de comida (na verdade Dorcas começou, apesar de jurar que foi o Lilian, que jura que apenas revidou o que Lene começou). Elas estavam cobertas de bolo e riam como lunáticas, Dorcas estava prestes a jogar mais um pedaço de bolo, Lene tinha feito uma barricada com uma das mesas e Lilian estava em cima da mesa principal, pegando mais "munição".

Havia mais gente na foto, porém ela nunca prestara muita atenção a elas. Um garotinho com cabelo loiro (e provavelmente o dono da festa) estava escondido e chorando embaixo da mesa. Outro menino estava com o cabelo escuro sujo de glacê e um sorriso lunático no rosto. Petúnia estava lá também, usando um vestido cor de rosa manchado de chocolate, chorando e brigando com um menino de óculos e cabelo escuro, que estava com o corpo curvado de tanto rir

Quando a guerra acabou, as três eram melhores amigas

Lilian respirou fundo e levantou-se para pôr em prática o plano colocar-pijama-fingir-dor-de-cabeça-e-esperar-a-estrela-do-rock-ir-embora-para-encher-a-cara-de-lasanha

Tirou a gravata por cima da cabeça, meio sem paciência para desatar o nó, arrancou os sapatos e puxou a saia para baixo, substituindo-a por um short de pijama com estampa de panda. Tirou a camisa e o sutiã (ninguém merece dormir de sutiã), pegando o camisetão que costumava usar para dormir.

Neste exato momento a porta foi aberta

–Lilian, sua mãe está chamando para Jan... Uou!- Lilian usou a camiseta ainda meio dobrada para cobrir os seios nus

O olhar de James fixou-se na ruiva a sua frente, tinha noção do quão constrangedora era a cena, mas não conseguia desviar o olhar.

Lilian não conseguia se mover. Uma lembrança tomou conta de sua mente. Olhos escuros e frios, a observando, sem tocar. Uma câmera, flashes. Medo. Ela queria gritar, mas não conseguia sequer se mover

–Achou ela?- o grito de Helena tirou James do transe.

James murmurou um "sinto muito" atrapalhado e bateu a porta do quarto

Lilian continuou ali, estática, sem se mover, a lembrança sumiu tão rapidamente quanto chegou, se lhe perguntassem, não passaria de sua imaginação. Mas o medo vindo sabe-se lá de onde ainda a sufocava.

...

–Impossível!- Remo apontou a colher de plástico para Dorcas.

–Te juro. Pergunte a Lilian e Lene, elas estavam junto- Dorcas roubou uma colherada de sorvete do pote de Remo.

–Ei! Meu sorvete!

–Supere isso- Dorcas lançou-lhe uma piscadela cúmplice

Nesse momento o telefone de Dorcas recebeu uma mensagem.

"Onde você está???? Está atrasada!"

–Droga! É minha mãe. Tenho que ir- levantou-se rapidamente e pegou a bolsa.

–Calma, eu te acompanho até lá- Remo tirou uma nota de vinte da carteira e deixou em cima da mesa

–Ok, mas vamos rápido. Fica à algumas quadras daqui.

Saíram praticamente voando e caminharam apressadamente pela calçada.

–Seus pais são sempre assim?- Remo perguntou, sem diminuir o ritmo- sem querer ofender.

–Sim. Eles só são meio superproterores. E um pouco controladores, sabe, coisa normal de pais- ela deu de ombros, atravessando a rua.

Silêncio foi a única resposta que Remo soube dar. Seus pais não foram exatamente um exemplo. Sendo o caçula de seis irmãs, (um dos motivos para seu apelido ser "Aluado") nunca teve muita atenção dos pais, ele podia fazer o que quisesse, ele nunca ficava de castigo ou levava bronca. Qualquer um iria se revoltar e fazer exatamente tudo o que quisesse (como Sirius), só para chamar a atenção. Mas não Remo. Ele se esforçou na escola para ser o primeiro da turma, tirava as melhores notas e nunca aprontou.

Decidiu aprender a tocar bateria quando pai, enquanto assistia um show de rock na TV, resmungou "olha que obra de arte, dão atenção demais pra guitarra e o baixo, mas a musica não é nada sem a bateria". Pensou que se soubesse tocar, o pai teria orgulho dele. Cerca seis meses depois já conseguia tocar um solo de bateria sem errar uma batida. Mas quando se apresentou para pai, usando lápis como baquetas e a própria mesa e diversos objetos como bateria improvisada, obteve apenas uma levantada de queixo indiferente.

Apesar de todos esses esforços, sempre recebia a mesma levantada de queixo indiferente. Todas as notas "A+" no boletim? Levantada de queixo. Arrumou um emprego? Levantada de queixo. Comprou a própria bateria? Levantada de queixo.

Tudo isso mudou quando conheceu James e Sirius, eles foram vizinhos desde sempre e iam as festinhas uns dos outros, (na verdade, ele tinha um pouco de medo daqueles dois garotos incontroláveis que sempre pareciam estar aprontando alguma) mas aos treze viraram amigos inseparáveis, Remo descobriu que a vida era mais que tentar agradar os pais. E então, com quinze anos, eles montaram a banda.

Começaram na garagem dos Potter, e logo no inicio, Charles Potter viu potencial e investiu pesado neles.

"Vocês tem um... algo a mais, não sei explicar, mas sei que vai dar muito certo" O visionário filantropo de empreitadas arriscadas lhes dizia e bagunçava os cabelos de Remo

–Estou certo Six?- Perguntava ao "Filho-adotado-porém-sem-a-papelada", tanto que em algum ponto o garoto o chamava de pai

–Certeza pai

–Correto Jay-Jay?- Perguntava ao filho legítimo

–Como dois mais dois são quatro

–E você Aluado?- usava o apelido dado a Remo pelos amigos - Está nessa com a gente?

Remo olhava ao redor, para os amigos que considerava mais como irmãos, e para Charles, o pai que nunca teve, e acenava positivamente com a cabeça.

Estava dentro.

–Alô? Remo? Terra chamando Remo Lupin- Dorcas estalava os dedos em frente ao seu rosto- Acorda! Chegamos

–Oi?- Remo voltou de seu breve mergulho ao passado

–Caraca, você viajou legal agora- ela sorriu- então, chegamos

Apontou para a casa a sua frente, pintada de azul céu, com a grama aparada e a cerca branca impecável

–Espere Dorcas... Você tem uma irmã certo? Valerie, Valerie Meawdoes, Sabia que conhecia esse nome de algum lugar!- Remo de repente se lembrou de sua primeira paixonite de infância. Como não se lembrou antes? Dorcas era idêntica a Valerie, também, fazia anos que não se viam! Mas ao ver a casa... Sim! era a casa dela, ele se lembrava perfeitamente que seu primeiro beijo foi naquele quintal, pouco antes de sair em para a primeira turnê da banda. Com Valerie, depois nunca mais a viu- Caramba! Como ela está?

A expressão de Dorcas se tornou sombria.

–Melhor você ir embora- e virou as costas, após alguns passos começou a correr. Entrou, bateu a porta e respirou fundo

–Mãe! Cheguei! O que tinha de tão urgente pra... Jace?!

–Oi- o moreno levantou-se do sofá e acenou para ela, com uma xícara de chá nas mãos

–Ai Meu Deus, JACE!!!- mau deu tempo do garoto soltar a xícara antes da loira jogar-se em seus braços, ele tirou os pés dela do chão a rodou pela sala- Não acredito! Está esperando a muito tempo? Quando você chegou? Por que não me ligou antes? A Lene já sabe?

Bombardeou-o de perguntas ficando cara-a-cara, porém sem se soltar se soltar do abraço

–Ele chegou tem uns vinte minutos- a mãe de Dorcas respondeu por ele

–Ah, oi mãe- Dorcas se soltou do abraço, constrangida com a intimidade que demonstrou sem pensar. A mãe era muito rígida quando o assunto era garotos

A mãe a olhou com desagrado.

–Aonde você estava? Está atrasada. Quem era aquele garoto com você na sorveteria? A Dona Tereza viu vocês e me ligou.

–Não era nada, mãe- sua voz vacilou, maldita vizinha fofoqueira- a aula terminou mais cedo e eu fui tomar sorvete com um amigo

–Já disse que não quero você perto de garotos, sua irmã...

–EU NÃO SOU A VALERIE!- Dorcas perdeu momentaneamente o controle com as palavras da mãe

–Não grite comigo garota! Sou sua mãe! E NUNCA mais diga o nome dela dentro dessa casa!

Os olhos de Dorcas se encheram de água e cerrou os punhos. Quando estava prestes a retrucar lembrou-se da presença de Jace

–Desculpe por isso Jace. A Lene já sabe que você está aqui?- mudou de assunto bruscamente

Jace saiu do transe em que tinha entrado e acenou negativamente

–Ela mudou de telefone. Você foi a única pessoa que eu conseguia pensar. Esperava que... que pudesse me ajudar, dizer onde ela mora e tals.- engoliu em seco- Mas posso voltar outra hora...

–Não, eu te levo até lá. Vou dormir na casa da Lilian hoje- encarou a mãe- a não ser que haja alguma objeção

A mãe a encarou friamente, porém não disse nada

–Ótimo. Espere aqui enquanto pego minhas coisas

–Espere, você vai com ele?- a mãe apontou para Jace como se ele fosse uma montanha de gosma verde

–Pelo amor de Deus mãe, é só uma carona!

–Prometo não tocar nela sra. Meawdoes.- Jace se pronunciou- Jamais faria algo do gênero.

A carranca da mãe aumentou, porém ela assentiu e voltou para a cozinha

Jace ergueu as sobrancelhas como quem diz "o que aconteceu aqui?"

Dorcas apenas revirou os olhos e disse com os lábios "depois explico" subiu as escadas e foi pegar uma muda de roupa


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Notas finais do capítulo

E aí??????

Gente do céu. Quem é essa tal de Valerie? e o que ela fez de tão ruim? E aquela micro memória da Lili? O que era? Quem mais quer por o Remo num potinho e levar pra casa? Qual vai ser a reação de Lene ao ver o irmão?
Tantas perguntas! Fiquem de olho! O próximo vem ainda hoje!

Digam o que acharam, qualquer erro ou algo do gênero (meu PC não tá colaborando) me avisem!

XoXo