Minhas palavras sabem suas ações no escuro. escrita por AmazonaNegra


Capítulo 2
Sejam bem vindas a Terra média, descobrindo a herança perdida




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–como assim Miranda? –Myle comentou a olhando com angustia, não havia entendido as palavras de sua amiga.

– Kelsey, se prepare. – A mesma olhou assustada para os lados, o que Miranda faria? Esperou cerca de dois minutos para poder voltar a falar algo.

–Myle, a gente de vê e cuide da Luna. – Miranda sorriu, mas um sorriso que fez o estomago da Myle doer, estava com medo, assustada. Simplesmente Miranda soltou da mão de sua amiga, Kelsey continuou segurando mas não pode agüentar por muito tempo e as duas giraram para longe de Luna e Myle.

–SUA DESGRAÇADA, SE SAIR DESSA EU TE MATO DEPOIS VIU? – foi à única coisa que pode ouvir antes de surgir uma fenda que as sugasse para dentro, tudo ficou escuro, porém continuavam em queda livre. Miranda podia ouvir com mais nitidez uma voz que parecia chamá-la.

“-Miranda Snape, sua presença causará intrigas mas também a salvação, eu sei quem é, eu sei o que esconde e deves aprender a aceitar isso”

Foi o que conseguiu ouvir, engoliu em seco olhando Kelsey que tentava a toda maneira lhe dar alguns socos.

–Você é louca? Ei ei ei, pode pelo menos prestar atenção antes de morrermos?

–Calada. Isso é algo que nem eu entendo. – Miranda disse calmamente a desviando de um soco direito de Kelsey. Novamente algo acontecia a sua volta, o negro aos poucos virava um azul profundo, era o céu. Por sorte ou vontade do destino caíram sobre algumas árvores que amenizaram os danos que sofreriam com a queda direta ao chão. Miranda caiu de pé com os joelhos um pouco flexionados, Kelsey não teve a mesma sorte ou agilidade, caiu sentada.

–Ai... Aqui é o céu? – Perguntou Kelsey se levantando olhando em volta.

–Não, e não existe essa coisa de céu e inferno. – Disse como se fosse para si mesma. O lugar onde caíram era entrada para uma grandiosa floresta, do outro lado um vasto e vazio campo cheio de pedras e algumas trilhas, não era um cenário que estavam acostumadas a ver em Hogwarts.

–Que lugar é esse? É o passado? – Kelsey Olhou para Miranda que em nenhum momento olhou para a morena, a ruiva parecia mais focada em “estudar” o lugar.

–Não, é um mundo alternativo, florestas e vegetação assim não existe no mundo dos bruxos e muito menos no mundo dos trouxas, a questão é saber o que tem aqui.

–Você quer dizer algo como dinossauros?

–Não seja engraçadinha Kelsey, estou falando que tipos de criaturas teriam aqui... Tanto mágicas quanto feras.

Foi então que a ruiva olhou para trás tinha a sensação que estavam sendo observadas. Kelsey Ficou parada seria, empunhou a sua varinha, Miranda continuou apenas olhando para os lados.

–O que acha que é?

–Não faço idéia... Mas me parece que isso não é um ataque.

–E como sabe disso Miranda?

–Elementar meu caro Watson – Disse Miranda tentando ser irônica por um momento deu certo – Se fosse um ataque, estaríamos em combate e certamente já teríamos paralisado seja lá quem for com o Petrificus Totalus

–Será? Quer dizer... Será que sabem que somos bruxas?

–Não sei, se não souberem vamos manter assim até que seja de extrema emergência denunciar isso ouviu?

Kelsey Confirmou com a cabeça, Miranda seguiu na frente abrindo caminho enquanto sua amiga a seguia guardando a varinha em seu bolso novamente. A sensação de estarem sendo observadas crescia mais em seus corações, o pior era a situação de Miranda, o que a voz disse antes de caírem naquele lugar a deixou confusa, ninguém sabia o que ela realmente era, aquela voz estaria blefando?

–Queria saber de Luna e Myle estão bem. – Kelsey Parecia estar preocupada e de certa maneira triste, não que sentisse que a presença de Miranda não fosse boa mas...Era difícil estar junto com alguém que era a sobrinha de Severo Snape.

–Myle pode parecer bobinha mas sabe se cuidar, e Luna... Bem, Myle vai saber o que fazer. –Miranda não podia demonstrar mas também estava preocupada.

Passaram o resto do caminho sem dizer uma única palavra uma à outra, isso é, cerca de trinta minutos, e a cada minuto, segunda a sombra em seus corações aumentava, suavam frio com a sensação de alem de estarem sendo observado, estarem sendo seguidas. Uma cobra surgiu no meio do caminho Kelsey não havia percebido, Miranda apenas olhou para a cobra que logo parecia também estar a encarando e logo foi embora.

–Acho que eu vi alguma coisa se movendo atrás daquela árvore Miranda... - Sussurrou baixo para que apenas a ruiva ouvisse. Miranda saiu correndo a morena a seguia desviando das arvores e das raízes no chão. Quando pararam... Estavam cercadas por seres de cabelos longos e loiros com arco e flecha, eram todos de uma beleza estupenda que fazia qualquer garota de Hogwarts suspirar... Menos Miranda e talvez Myle.

–Vish... –Reclamou Kelsey colocando a mão em seu bolso, Miranda a impediu a tempo, o que parecia ser o líder daquele grupo de belos homens loiros.

–O que duas pequenas humanas estariam fazendo aqui? –Disse num tom irônico olhando ambas demoradamente.

–Humana? Ele me chamou de Trouxa ? – Kelsey Sussurrou para Miranda.

–Por enquanto teremos que ser... Trouxas

Kelsey Grunhiu baixo desaprovando aquilo.

–Estamos... Apenas observando, já iríamos voltar para... Casa.

–Vocês não parecem ser daqui, suas roupas e a maneira de falar... De que lugar são? –Perguntou o homem com um pequeno sorriso no rosto, Miranda travou assim como Kelsey, não conheciam o lugar nem nada.

–Como suspeitei... São espiãs? Foram mandadas por quem? Sauron? Digam! – Os arqueiros continuavam com suas flechas levantadas em direção as garotas.

–Sauron? Quem seria esse...?

–Mas o que... É realmente não são daqui, vamos responda-me de onde vieram?

– Kelsey... Essa é a extrema emergência. – A morena não perdeu tempo, pegou sua varinha e envolveu o lugar com uma densa nevoa, ninguém conseguia enxergar um palmo a sua frente.

–Temos que correr, a magia que vou usar vai nos denunciar mas já ganhamos algum tempo.

–Pra onde vamos?

–Eu não sei... – Miranda tirou de seu bolso sua varinha, mal notara que ainda estava com o uniforme de Quadribol da Sonserina.

–LUMUS MAXIMA! – Disse alto e bom tom fazendo com que a luz aparecesse de sua varinha e ambas correram o Maximo que podiam, os arqueiros logo observaram a luz distante e trataram de correr atrás das meninas.

–Se estivesse com minha vassoura...

Logo a nevou se dissipou a frente às meninas corriam, atrás os homens lançavam varias flechas quando...

“BASTA!” – todos puderam ouvir a voz no ar, os arqueiros logo baixaram as flechas, o homem andou até a frente deles.

–Senhorita Galadriel o que deseja?

Miranda olhava seria, suando frio com a varinha levantada assim como Kelsey, o homem parecia estar conversando com... Ninguém? Miranda já ouvirá aquela voz, foi à mesma voz que disse que sabia o que ela era.

–Desculpem-me os modos senhoritas, sou Lutri de Valfenda, tem sido tempos difíceis.

–O que a gente faz?

–Entra no jogo... Eu acho – sussurrou a ruiva- Me chamo... Miranda essa é minha amiga Kelsey.

–A senhorita Galadriel as aguarda.

–Uma pergunta. O que são vocês? –Miranda perguntou inocentemente Kelsey deu-lhe uma bela cotovelada no braço.

–Elfos.

Foi então que Kelsey deu uma risada, foi à vez de Miranda lhe dar uma cotovelada.

–Qual o motivo da graça? – Disse Lutri parecendo levemente ofendido pela inesperada risada da moça.

–É que... De onde viemos, os elfos não são tão encantadores assim.

–Eu acho que Merlin cometeu um erro apenas isso.

–Seu mundo? Adoraria que me contassem mais, só que não aqui. – Logo vários cavalos surgiram, cavalos de coloração branca, com a ajuda de Lutri Kelsey subiu em um dos cavalos, Miranda parecia não querer.

–Você não tem uma vassoura?

–Vassoura? Até parece uma bruxa.

–É o que somos se não percebeu o “truque” que usamos para fugir, se quer uma demonstração lhe darei mais tarde caro senhor Lutri. – Disse Miranda educadamente. Finalmente subiu em um cavalo.
O silencio predominou o caminho inteiro, Miranda parecia estar hipnotizada, porém o fato era que estava a mais ou menos quinze minutos ouvindo e conversando com a “voz” no qual chamaram de Galadriel.

“Terás que enfrentar a prova de fogo pequena.

–Que prova? E pra que

Sabes do que falo, a sua herança, o seu destino.

–Como é que você sabe o que sou?

É algo que está escrito há muito tempo, apenas estou lhe informando.

–Me diga o que eu sou?

És a herdeira de... Salazar Sonserina”

Miranda foi tirada de seu “transe” pelo cutucão de Kelsey que parecia angustiada.

–Está tudo bem?

–Ah... Sim...

–Não parece... Olha acho que chegamos.

O lugar era simplesmente magnífico, ainda mais com o por do sol, Miranda arregalou os olhos enquanto Kelsey sorria de felicidade por estar naquele lugar tão belo e calmo.

–Sejam bem vindas em Valfenda.

Com a ajuda Lutri, Kelsey desceu do cavalo, na vez para ajudar Miranda, a ruiva pulou do cavalo, elegante e silenciosa o elfo apenas observou atentamente a agilidade da pequena menina. Todos seguiram descendo uma pequena escadaria que dava acesso a parte central do que parecia ser o lugar mais belo do mundo, talvez mais belo que Hogwarts.

–Ora finalmente chegaram? Ótimo. – Comentou alguém saindo de uma estrutura do que parecia ser um pátio ou coisa parecida, os olhos demoradamente fixos em Miranda e logo passaram a analisar Kelsey.

–Meu nome é Hector, sejam bem vindas, a terra media pequenas viajantes.

–Sou Kelsey, desculpe-me se sou intrometida, mas vocês realmente são elfos? –

–Somos, porque não seriamos elfos? – O homem pergunta com certa curiosidade em sua pergunta.

–Em nosso mundo... Como vou dizer elfos não são assim... Eles são mais... Digamos assim...

–Pequenos feios e ranzinzas- Encurtou direta e seria a pequena ruiva. - Acho que realmente devemos falar sobre isso com o diretor quando voltarmos.

–Ora, ora acho que fizeram uma confusão nas raças minhas caras- O homem sorriu aquilo o divertia de certa maneira. – O que me descreveu parece um... Gnomo. E você menina, como se chama?

–Miranda... – A pequena ficou em silencio por alguns segundos -... Snape.

O homem se silenciou, seu sorriso se fora ao ouvir o nome da pequena garota, deu um longo suspiro e se aproximou de ambas e tocou seus ombros num gesto amigável e acolhedor.

–Mestra Miranda alguém deseja vê-la e mestra Kelsey me siga, coma e descanse enquanto sua amiga fala com “ela”.

–Mas... – Kelsey interrompia quando Miranda tomou a palavra primeira- Não se preocupe, é preciso, depois eu te explico.

A ruiva se afastou dando o que parecia ser um aceno de mão, a morena observou e nada disse, seguiu o elfo para o lado oposto. Miranda subia uma longa escadaria, dos lados era possível ver a paisagem do por do sol naquele lugar que parecia acalmar seu coração flamejante. Lembrou-se novamente que ainda estava usando o uniforme de Quadribol da Sonserina, claro que se soubesse que viria para um mundo novo teria escolhido melhor suas roupas e... Dado um jeito de escapar de seu tio é claro.

–Aproxime-se... – A voz estava perto, Miranda não estava com medo apenas preocupada, subiu o ultimo degrau agradecendo a Merlin por ter acabado, olhou para o outro lado e lá estava “ela”, uma mulher com orelhas pontudas, usando um belo vestido azul, seus cabelos loiros soltos e cacheados, em sua cabeça uma pequena coroa.

–Sente-se minha pequena, eu sou Galadriel, a muito venho esperando você Miranda.

–Como é que... –A ruiva olhou desconfiada no momento em que se sentou na cadeira, até a mesa parecia uma verdadeira obra de arte.

–Sei de muitas coisas, seu nome, sua historia... E o que você é. Confesso que estava um pouco preocupada de que tivesse sido pega.

–Pega? Por quem?

–Uma coisa de cada vez, primeiro... – A bela Galadriel andava em volta da mesa olhando fixamente para a ruiva que desviava o olhar a todo custo,

–Você reluta em aceitar quem é o que carrega em seu sangue.

–Eu sou apenas uma bruxa no ultimo ano.

–Sei que não é apenas isso, você reluta, pois... A sua herança causa pânico, raiva e medo em seu mundo.

–Não diga...

–Você é a herdeira de Salazar Sonserina. – Disse por fim parando de andar, Miranda fixou seus olhos com os da bela elfa.

–Não posso ser Tom... Digo Voldemort é o verdadeiro herdeiro, ele pode falar com as cobras.

–Ele é o que se pode chamar de Regente. Ele fez com que todos em seu mundo acreditassem que era o único herdeiro quando na verdade é você, a coisas que apenas o herdeiro pode fazer... E eu já notei que sabe falar com as cobras, antes de vir para cá atiçou uma para que não atacasse sua amiga.

–Coisas? Que tipo de coisas? Ele abriu a câmara secreta, isso não conta?

–Tanto um regente quando o herdeiro poderia ter aberto, existe uma coisa das varias que o regente não pode... E é por isso que futuramente ele vai atrás de você

–... Atrás de mim? Pensei que quisesse apenas o Potter. – Miranda parecia pela primeira vez estar surpreendida com tudo aquilo.

–O jovem bruxo de seu mundo tem um papel muito importante e quando o regente descobrir será tarde.

–E... O que eu posso fazer que ele não possa.

–Você é a única que pode manejar a espada de Salazar Sonserina! – Comentou Galadriel com certa força em sua voz apontando para uma espada que estava em outra mesa no canto.

–Eu pensei que...

–Vá e maneje a espada. – Miranda se silencia, se levantou e andou até a mesa parecendo não gostar da idéia. Quando estava frente a frente, deu um longo suspiro erguendo a mão direita aproximando-se da espada.

–Quem não é digno de manejar a espada tem a mão queimada pela mesma.

–Só agora me avisa isso? – Miranda reclama baixinho, toma coragem e coloca a mão na espada e fecha os olhos com força. Foi então que veio a surpresa, a espada não a queimou, na verdade nada aconteceu... Para infelicidade da ruiva. Segurou a espada firmemente e começou a manuseá-la com elegância, força, agilidade como se fosse uma dança. A espada era media, em seu cabo pedras preciosas e ouro simbolizando a apreciação de Salazar por riquezas assim como as masmorras em Hogwarts, a lamina reluzia, havia algo escrito, “Salazar Sonserina”

–A espada finalmente achou seu mestre.

–Senhorita Galadriel... Disse-me sobre algo que poderia ter me pego antes de chegar aqui, o que seria? – Miranda baixou a espada, pegou a bainha que estava na mesa prendeu em sua cintura e colocou a espada em segurança.

–Seria como... O que chama de rival. A espada é do herdeiro, mas tem alguém... Ou melhor, algo que também a quer.

–Que no caso seria?

–Uma cobra, comparada aquela que tinha na câmara secreta em seu mundo, só que... Maior, não tem o poder de petrificar ou matar com o olhar e reflexos, essa cobra vai te perseguir pra onde for atrás de sua espada.

–E o que eu devo fazer...?

–Deve matar a cobra, não estará livre se não matar ela.

Foi quando a porta se abriu e lá estava Kelsey parecendo assustada com tudo o que ouvira, mas ao mesmo tempo parecia ter adorado aquilo, deu um passo à frente se desculpando.

– Kelsey, nunca fomos amigas... Mas preciso da sua ajuda mais do que tudo nesse mundo.

–Minha ajuda?

–Sim, deve ter ouvido tudo não é? Bem aquele Bazilisco não vai parar até me achar e não vai poupar vilas ou cidades que se opuser em seu caminho, em vez de salvar Hogwarts... Vamos salvar um mundo inteiro.

–Eu vou com você, além do mais, quando voltarmos essa vai ser uma ótima historia melhor do que as aventuras do Potter.

Galadriel nada fez, sabia que Kelsey estava à escuta e de certa maneira isso precisava ser feito, Miranda precisava confiar em alguém e a elfa sabia que a morena seria de grande ajuda e em seu interior sabia que a amizade iria crescer mais.

–Vamos à caça!


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Notas finais do capítulo

Como Galadriel sabia sobre Miranda? Como a pequena herdeira se portará com a responsabilidade que lhe foi passado? E Myle e Luna? Estariam onde? Confiram no próximo capitulo.



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