Mil e um casos de amor (HIATUS) escrita por Moon, Luanara


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Hoje a fanfic está debutando Uhuuuuu 1.5
Bem, e como é um dia especial será um capítulo especial... Vocês sabem que têm muita coisa rolando e que ainda virá muito pela frente, então esse capítulo é meio que uma folga antes de tudo explodir.
Ok, não é tãããão folga assim! Mas ainda assim... Boa leitura, espero que gostem!
Ah e o capítulo foi narrado apenas pela Amy (porque eu quis)
Até lá em baixo, goxtosos!



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POV Amy

– Eu deixo elas em casa. – Liam falou.

– Obrigado, Liam! – Bruce respondeu.

– Fique com elas, querido! Eu vou ficar essa noite, e sua irmã está indo pra Europa no lugar do seu pai. Eu prefiro que você não fiquei sozinho. – Jennifer falou pra ele e se virou pra minha mãe. – Se não for um problema, claro!

– Não. De modo algum. Será bom saber que elas não estarão sozinhas!

– Eu e Liam estaremos aqui bem cedo! – falei pra Jennifer.

– Obrigada! – ela sorriu triste e me deu um abraço.

Todos se despediram e fomos.

– Porque vocês não vão indo pro carro? Enquanto eu pago o estacionamento. – Liam propôs.

– Claro! – Lauren respondeu e foi me puxando.

– Lauren, calma! Não precisa sair correndo. – eu ri da atitude dela. – Porque você está tão agitada?

– Eu menti pro papai. E ele quase morreu! Se ele tivesse morrido eu nunca me perdoaria por minhas últimas palavras terem sido uma mentira. – ela suspirou aliviada.

– Nada aconteceu! Então relaxa, seu pai está bem! – falava pra ela quando alguém segurou meu braço.

– Ora, ora... Não seria essa minha filha querida? Ah, essa mesma, a que me renegou horas atrás.

– Ora, ora... Não seria esse um completo estranho? Ah, não, eu o vi essa manhã quando o informei que eu não tenho pai! – debochei com a mesmo ironia.

– Não seja rude, garota! – ele mudou o tom de voz.

– Ou o que? Vai me abandonar? – o encarei. – Ah, não essa você já fez! Qual vai ser dessa vez? Tortura?

– Eu posso ter ido embora. Mas eu continuo sendo seu pai e eu exijo respeito. – ele se irritou com minhas provocação, e falou quase gritando.

– O que está rolando aqui? – Liam se aproximou.

– Só o doador de esperma da Amy que não quer nos deixar em paz. – Lauren respondeu e tive de sorrir com o fato de ela estar usando a arrogância dela para me ajudar.

– Que tal a gente brincar de reciprocidade? Eu te deixei ir, e te deixei em paz por dez anos. Agora você me deixa ir, e volta daqui a dez anos! – respondi irônica soltando meu braço das mãos dele.

Quando estávamos indo embora ele falou:

– Eu consegui te achar hoje! Não vai ser difícil te achar de novo.

– Como você me achou? – perguntei intrigada.

– Algumas pessoas têm GPS, você tem a Karma! – ele respondeu e fui embora irritada.

Como ela pôde?

– Dá uma passada na casa da Karma. – falei entrando no carro.

– Não acho que seja uma boa idéia, Amy – Lauren falou.

– E eu vou ter que concordar com ela. Vocês podem ter essa discussão amanhã. – Liam tentou me convencer.

– Não, isso não pode esperar. – falei olhando pela janela a rua quieta na madrugada.

Liam atendeu meu pedido e quando me dei por mim estávamos na casa da Karma.

– Sai! Eu sei que você não está dormindo! – gritei jogando pedras na janela do quarto dela.

– Covarde! – gritei ainda mais alto, e ela saiu irritada.

– O que você quer aqui? Nós não somos mais nada. E eu não te quero na minha vida! – ela falou fria.

– Você disse pra ele onde eu estava! Como você pôde?

– Ah, tadinha dela. O pai dela a quer de volta! Até disso você faz drama. Ou talvez só não esteja acostumada com alguém querendo você! – ela fez uma cara de tristeza cínica.

– Você estava comigo quando ele foi embora. Passei noites chorando. E você estava lá. Como você pode usar isso como uma piada pra me machucar? – perguntei em lágrimas.

– Você tem as suas maneiras de me machucar. – ela olhou pro Liam. - E eu tenho as minhas! – ela sorriu.

– Mas não mais! Agora você é uma estranha e a tratarei como tal. Sem brigas, sem intrigas. Nada além de alguém que eu convivo com educação. – ela falou quando estávamos indo embora.

Chegamos em casa naquele silêncio ao qual eu já estava habituada. Como é possível que tanto tenha acontecido em um dia?

A Reagan termina comigo, Meu pai aparece, Bruce sofreu um acidente, John está em coma e a Karma me odeia.– Pensava nessas coisas enquanto pegava travesseiro lençol e cobertor pro Liam. Ele entrou no quarto pra buscar essas coisas.

– Você vai ficar ok? – Liam me perguntou.

– É. Eu vou sobreviver! – pensei por um momento sobre como as coisas seriam pela frente e continuei. – E você?

– Eu nem estou tão mal sabe?! É estranho. – ele parecia abatido.

– Você parece bem mal. – falei e ele riu.

– Valeu! – ele suspirou. – Não, eu... Foi um dia longo, mas... – ele parecia procurar pelas palavras, me sentei na cama e ele se sentou na ponta da cama e continuou.

– Eu não me sinto mal pelo término com a Karma, eu estou decepcionado por causa das atitudes dela, e porque nós não conseguimos fazer isso dar certo. Mas ao mesmo tempo eu me sinto... Aliviado?! – ele parou. – Não sei se ‘aliviado’ é a palavra certa. Eu sito que poderia ter sido pior, que nós poderíamos nos sufocar em um relacionamento infeliz por muito tempo, um relacionamento cheio de cobrança, sabe e acabar com muito mais mágoa. Dá pra entender?

– Dá. Eu entendi o que quer dizer. – eu pensei sobre o que ele disse e fiquei quieta me recordando da Reagan.

– O que foi?

– É que a Reagan... Ela usou essa mesma idéia pra terminar comigo. Não as mesmas palavras, mas a mesma idéia. – suspirei me lembrando do momento.

Você sabe quantos relacionamentos à distância eu assisti acabar em mágoa e tristeza? Eu não quero que o nosso amor acabe assim, porque eu te amo e eu sei que você me ama também, mas eu prefiro me lembrar do amor que eu deixei intacto. Um amor que curou feridas e um amor que permitiu duas pessoas mergulhar na mais singela doçura.

– Você não me contou. Porque terminaram?

– Ela vai embora. Pro Canadá, e não têm pretensão de voltar. – eu pensei. – Mas pelo o que eu sei, meu pai também não tinha intenção de voltar.

– E o meu quase morrendo. - ele respirou pensativo. – Eu e ele nunca tivemos o melhor dos relacionamentos, ele nunca foi uma figura de exemplo pra mim. E nós ficamos ainda pior depois que eu descobri que ele na verdade é o meu avô. Mas ainda assim... Eu não entendo como você rejeita seu pai. Eu faria qual quer coisa para o meu estar bem!

– Ele errou muito com você, mas sempre esteve lá. Nos seus aniversários, no natal. Tenho certeza que você ganhou bons presentes! – ele riu. – Ele não te apóia, mas de alguma maneira ele está lá, sabe?! O meu não! Ele foi embora quando eu tinha oito, hoje eu tenho dezoito! Imagina dez anos sem você ver ele, saber se ele está vivo, se ele está bem. Se imagina criança, sem pai e com uma mãe devastada. Ele é um estranho, eu nem o conheço!

– Parece que você sente mais por como ele deixou sua mãe do que por como ele deixou você na verdade!

– De fato! Eu nunca vi minha mãe tão pra baixo como quando ele foi embora, ela passou o final de semana no quarto com as luzes apagadas, sem falar comigo, sem falar com ninguém. Ela passou o dia das mães no quarto chorando, e eu sem entende o que estava acontecendo! – as imagens passaram na minha cabeça. – Ela nunca mais foi a mesma.

Nós dois conversamos até cair no sono. O celular dele tocou me acordando. Olhei pro chão e ele estava deitado no chão com o travesseiro e o cobertor.

– Porque você dormiu no chão?

– O chão é bem fofinho e confortável, sabe?! Não... Eu peguei no sono, sem nem ver. Acordei com frio, me cobri e dormi aqui mesmo.

– Já ouviu dizer que preguiça mata? – brinquei.

– Já, mas a pessoa que disse isso também disse que já está na nossa hora de doar sangue. – ele falou fingindo alegria, e eu ri de como ele está ficando irônico.

– Você está passando muito tempo comigo, senhor ironia.

– Ah, claro. - ele jogou o travesseiro em mim, rindo. – Só você pode ser irônica. – ele falou saindo do quarto.

Ainda era muito cedo. Estava com preguiça, mas me levantei mesmo assim. Fui ao banheiro tomar um banho breve e Lauren entrou no banheiro comigo.

– Vocês dois... – ela fez um gesto estranho e engraçado. – vocês?

– Vocês o que, Lauren? – tentei entender.

– Para de se fazer de sonsa! – ela fez uma careta. – Eu vi ele saindo do seu quarto!

– Não. Não! – respondi percebendo o que ela quis dizer. – A gente conversou até tarde e caímos no sono! Apenas!

– Você tem sentimentos por ele? – ela perguntou curiosa.

– Sai daqui, Lauren! Eu tenho que doar sangue antes de ir pra escola. E você está me atrasando! – eu a empurrei o segui para o meu banho.

Coloquei uma calça jeans, um suéter vermelho e minha bota marrom. Peguei a mochila e saí.

– Lauren! – chamei. - A gente já ta indo. Arruma algo pra comer! – falei antes de sair.

Lauren não me responde e eu vou até o quarto pra ter certeza que ela ouviu, abri a porta e ela estava catatônica encarando o celular.

– O Anthony foi baleado!


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Anthony...
O que vai rolar? O que acharam? Comentem!