Efeito Dominó escrita por Snowflake


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, olá! Estou aqui, na cara dura, para me desculpar pela demora. Sim, passaram-se décadas desde que postei o capítulo IV. Esforcei-me bastante para deixar esse capítulo pelo menos aceitável. Devo admitir que não estava/estou em condições de escrever. Envergonho-me ao confessar que a minha criatividade estava em 0%, sem contar minhas provas (que são muitas, por sinal), simulados e que estava treinando feito uma condenada para um evento de três fucking dias para conseguir a minha tão aguardada faixa. Agora, caro leitor (ao menos espero que alguém esteja lendo!), deixarei-o com o melhor que pude fazer no quinto capítulo. Ah, antes que eu me esqueça, não definirei um prazo de postagem. Sempre que puder, dou uma passadinha por aqui e atualizo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596758/chapter/5

POV Dominique.

Como se já não bastasse toda essa farsa miserável elaborada pela brilhante mente de Van der Bilt e a desagradável aparição de meu pai com suas novidades matrimoniais, fui catastroficamente lembrada de que amanhã, segunda, teria uma prova terrível de Direito Penal. O resultado dessa lamentável recordação foi que permaneci enfurnada em meu quarto com a cabeça atrás dos livros, as mãos sujas de marca texto e uma grande xícara de café. Mesmo assim, era difícil me manter concentrada com James hospedado na minha casa. Durante todo o meu tempo de estudo, ele e Tony, meu irmão, ficavam rindo alto e fazendo mais barulho do que uma construção seria capaz.

À medida que passava meus olhos pela matéria, mais a minha mente se distanciava, afastando-se cada vez mais dos meus objetivos. Por mais que eu tentasse não pensar na desgraça que seria o casamento, o maldito evento recusava-se a sair da minha linha de pensamento. Para piorar a minha situação, a aliança que eu devia usar me encarava da cômoda ao lado da minha cama. Só a imagem daquele bastardo andando ao meu lado durante toda a cerimônia me deixava com náuseas. Sem contar, é claro, o repugnante contato físico que tive com Van der Bilt na sexta-feira. Aquela maldita sensação de quando os braços dele estavam na minha cintura ainda me atormentava, tirando-me o sono e a paciência. Toda essa análise só fez com que eu odiasse ainda mais aquele resto de aborto que eu teria de chamar de “namorado” pelos próximos dias. Nesse ponto, já ignorava completamente o Direito Penal e minhas responsabilidades, continuando meu devaneio sobre o quanto eu queria aleijar Jude Van der Bilt.

– Ei, Cardumi. – Disse uma voz alegre atrás de mim, a qual deduzi ser de James, logo que, em seus momentos mais débeis, ele me chama assim. De qualquer maneira, isso me assustou tanto que eu quase atirei um sapato. Em vez disso, simplesmente me virei. – Preciso conversar contigo.

– Pode falar, jovem.

Jay se sentou na ponta da minha cama, mexendo-se desconfortavelmente enquanto, aparentemente, tentava encontrar uma maneira adequada para introduzir o assunto. Pigarreando, tomou a palavra.

– Bom, por acaso a Megan... Na verdade, eu... É só que... – Ele respirou fundo. – A Meg ainda está por aí? Eu realmente gostaria de chama-la para... bem, não é nada pessoal, apenas...

– Wow, James. – Interrompi. – Vai com calma. Para responder a sua pergunta, sim, a Meg nunca sai de perto de mim. E não precisa de toda essa cena para me falar que vai convidá-la para sair. Seu “penhasco” por ela sempre foi óbvio para todos. Aliás, daqui a pouco ela aparece por aqui.

– O que quer dizer com “daqui a pouco”?

A campainha tocou e, na esperança de que fosse Megan, sorri para James.

– Deve ser ela.

Caminhei até a porta, com Jay em meus pés. Durante o perímetro, ele parecia desconfortável, arriscaria até nervoso, o que não fazia parte de sua personalidade. Assim como qualquer DiNozzo do sexo masculino, James era um perfeito canalha. Sempre que tinha a oportunidade, acordava com uma garota diferente ao seu lado. Tudo bem, não vou exagerar, mas meu primo (assim como meu irmão) não é nenhum santo. Contudo, à medida que ele percebia sua queda pela minha melhor amiga, foi abandonando tais hábitos infames. Aliás, antes que você me pergunte, essa paixão platônica é recíproca. Porém, nosso querido Romeu se mudou para a Flórida antes que ele e Megan pudessem começar uma bela vida juntos. Estaria mentindo se dissesse que eu não fico com ciúmes dessa “relação”, afinal, a Meg é minha. Deixando meu passageiro ciúme de melhor amiga, atendi a porta. Surpreendentemente, quem esperava não era Megan, mas sim meu pai.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei, um pouco confusa.

– Não, nada. – Anthony sorriu. – Posso entrar? – Dei um passo para trás, permitindo sua entrada. Meu pai sentou-se no sofá, respirando fundo.

Creio que, por ter ouvido a voz de nosso genitor, Tony apareceu na sala. Sênior o cumprimentou com um sorriso, exclamando “Junior!”.

– Não interprete mal, mas o que veio fazer aqui?

– Vim propor um jantar, Dominique. – Ele sorriu. – Digo, acho que nós devemos conhecer o seu namorado, não é?

– A Domi está namorando? – Tony interrompeu, e lembrei-me de que não havia mencionado nada para ele sobre toda essa farsa. Jay e eu nos entreolhamos, e engoli em seco.

– Pois é... Eu ia te contar, mas não tive a oportunidade. – Disse, gaguejando um pouco.

– Bom, então será uma ótima oportunidade para Júnior também conhecê-lo. Avise-o para nos encontrar hoje às 20h30 no restaurante do Adam’s House, pode ser?

Concordei com a cabeça, mandando uma mensagem para Van der Bilt, alertando-o sobre o jantar. Enquanto isso, podia sentir o olhar de meu irmão pairando em minhas costas. A reação de Tony perante essa situação era realmente uma incógnita para mim, logo que nunca tínhamos passado por um momento “irmão mais velho conhece o namorado da irmãzinha”. Quero dizer, isso definitivamente nunca acontecera, e não planejava que fosse justo com Van Der Bilt. Antes que você possa tirar suas próprias conclusões, devo confessar que sim, eu jamais tinha estado em um relacionamento sério, muito menos meu irmão. Com a finalidade de evitar uma conversa desagradável (na qual eu não saberia o que seria o certo a dizer), fui até o meu quarto, com a justificativa de que retornaria aos estudos.

Após alguns minutos sozinha, Sênior entrou no quarto, fechando a porta atrás de si. Ele sentou-se na minha cama, não muito próximo de mim, e ficamos em silêncio por um tempo. Tirando uma pequena caixinha do bolso do paletó, tomou a palavra.

– Eu estava revirando algumas caixas no sótão da minha casa... Bem, apenas as que continham coisas da sua mãe e... – Levantei meu olhar para ele, fazendo-o pigarrear. – Era de desejo dela que nós lhe entregássemos isto quando completasse dezoito anos. – Anthony me entregou a pequena caixa preta de veludo. Hesitei ao abri-la, mas, assim que o fiz, ela revelou-me um colar de ouro, cujo pingente era o brasão da nossa família.

Lembro-me bem desse cordão. Minha mãe nunca o tirava do pescoço e dizia que, algum dia, ele seria meu. Entretanto, depois de sua morte, nunca mais soube do paradeiro da joia. Sempre que pensava nisso, jurava que meu pai tinha o vendido para pagar alguma dívida ou dado a uma de suas esposas.

– Pai, eu já tenho vinte anos. – Foi tudo o que consegui dizer. Ele se mexeu desconfortavelmente antes de me responder.

– Bom, eu não tinha... Quero dizer, é claro que sabia. – Sênior respirou fundo. – Não importa, Dominique. Agora é seu. – Mesmo que tentasse disfarçar, meu pai não tirava os olhos do porta-retratos que ficava na minha mesa de cabeceira. A foto mostrava minha mãe no centro, creio que ela tinha uns trinta, 35 anos. Em seu lado direito estava uma versão de dez anos do meu irmão, e eu estava do outro lado. Devia ter uns seis anos na época. – Marquei de resolver algumas coisas do casamento com Jessica dentro de 10 minutos. Nos vemos a noite?

Concordei, observando ele se afastar. Coloquei o colar na minha bolsa, na dúvida se devia usá-lo. Eu estava confusa, exausta e minha cabeça latejava. Espalhei-me na cama com um travesseiro contra o meu rosto, como se aquilo absorvesse todas as minhas preocupações. Além disso, temia que Tony ficasse furioso comigo. Mas o que é que eu podia fazer? Contar a ele que estava participando de um "teatro" ridículo e que, a primeira visa, sairia ilesa? Gritar a todos os meus pulmões que odiava Jude Van der Bilt mais do que tudo na minha vida? Apesar de ser da minha vontade, sabia que estragaria tudo se o fizesse. Amaldiçoei-me mentalmente por, involuntariamente, trazer Van der Bilt de volta para a minha linha de raciocínio. Bufei, ouvindo o bipe de meu celular e tirando o travesseiro do rosto para que pudesse localizar o aparelho. A tela do mesmo mostrava o nome daquela peste que atormentava minha consciência e, embaixo, uma resposta ao meu convite (ou melhor, ao convite de meu pai).

"Não aguenta ficar muito tempo longe de mim, não é DiNozzo? De qualquer forma, estarei lá."

Senti meu sangue fervilhar em minhas veias, subindo até a minha cabeça. Mordi o lábio inferior, tentando controlar meus impulsos naturais de agredir fisicamente meu nem tão querido namorado. Era óbvio que eu não suportaria passar a noite com duas das pessoas que mais detesto e com um irmão raivoso. Tudo bem, James estaria lá, porém eu sentia que precisava de Megan ao meu lado. Queria a minha melhor amiga comigo. Por outro lado, também ajudaria Jay a dar um primeiro passo. Foi com esse pensamento que peguei o telefone e disquei seu número, o qual já havia memorizado.

– Pode falar, little D. – Ri fraco ao ouvir sua voz abafada pelo comida em sua boca.

– Jantar hoje às 20h30 no Adam's House. É melhor que você esteja lá.

E qual seria o motivo do evento? – Suspirei com sua fala.

– Seguinte, digamos que meu pai está na cidade, e também compareceu àquela festa onde acompanhei Van der Bilt. E, bem... o show teve que continuar, consequentemente meu pai sabe... digo, acha que nós realmente estamos juntos. Tony está meio puto comigo por eu não ter mencionado nada. – Parei para respirar. – Agora o Sênior quer conhecer melhor o Van der Bilt.

Calma, uma coisa de cada vez! – Ela riu do outro lado da linha. – Resumindo, você está ferrada e precisa de mim, o ar que você respira, a razão do seu viver para que você não faça nenhuma besteira?

– Exatamente. – Foi a minha vez de gargalhar. – Sério, estou te obrigando a ir. Aliás, o James voltou da Flórida e está na minha casa. Mais um bom motivo para a sua presença, não é? – Pude ouvir Meg gaguejar algo ininteligível. – Ok, não precisa falar nada. Sei que você irá única e especificamente por mim. – Nós duas rimos. – Até mais tarde, babe. – Megan se despediu, com a voz um pouco trêmula, antes que eu desligasse o celular.

Automaticamente, olhei para a aliança sobre o meu bidê e bufei, resolvendo ir tomar um banho para tentar colocar em ordem as minhas ideias. Senti a água escorrendo pelo meu corpo, torcendo para que levasse consigo minhas preocupações.

Não demorei muito no banho, mas, quando dei por mim, o relógio já marcava 20h10min. Sem me preocupar com o que vestir, me arrumei em milagrosos quinze minutos e fui esperar pelos outros na sala. Tony estava sentado no sofá, assistindo a algum programa de televisão.

– Quando voltarmos, precisaremos ter uma conversinha. – Ele quebrou o silêncio e mostrou seu melhor sorriso cínico. Típico dele. Antes que pudesse responder, James apareceu no cômodo, passando as mãos no cabelo. – Finalmente. Vamos logo. – E, sem dizer mais nenhuma palavra, nos dirigimos ao restaurante.

Assim que chegamos no local, pude avistar meu pai sentado em uma mesa no centro do ambiente. Ele bebericava um drink, e parecia impaciente. Assim que nos viu, sorriu falsamente e levantou a taça em saudação. Sentei-me a sua frente, enquanto Jay e Tony se posicionaram cada um de um lado de Senior. Não tardou para que Jude chegasse e me flagrasse brincando com aliança em meu dedo, abrindo um sorriso cafajeste que derreteria qualquer outra garota que estivesse no meu lugar. Mordi o lábio inferior, tentando controlar o possível ódio que tomou conta do meu corpo.

Van der Bilt usava uma camisa social por cima dos jeans escuros, e seus cabelos estavam desalinhados. Irritantemente atraente. Esforcei-me ao máximo para esboçar um sorriso enquanto ele saudava os demais presentes. Ignorei o início da conversa, tamborilando meus dedos na mesa por puro nervosismo e ansiedade, me perguntando onde diabos estaria Megan.

– Dominique, vai querer beber algo? – A voz de meu pai trouxe-me de volta para a realidade.

– Ahn... Sim, sim. O mesmo que ele, por favor. – Indiquei a taça de Sênior.

– Então, Jude, conte-me sobre como você e Dominique começaram um relacionamento. Quero dizer, desde pequenos sempre discutiam por tudo!

Percebi que Jude gelou, abrindo a boca para dar início à sua fala, desistindo logo em seguida. Todos na mesa pareciam extremamente curiosos para ouvir a resposta de Van der Bilt. Tony tinha um sorriso maldoso no rosto, e James nos encarava, segurando o riso, como quem duvida que conseguiríamos sair dessa. Revirei os olhos discretamente perante a falta de atitude do meu suposto namorado, tomando a palavra.

– Digamos que o Van d... o Jude – corrigi – deixou de ser tão idiota quanto antigamente. – Alfinetei, piscando para ele. Não me julguem por isso, afinal, não dá para perder o hábito. Aliás, meu comentário mordaz pareceu ter despertado Jude de seu transe, que sorriu debochado para mim.

– E você se tornou mais suportável com o tempo, não é mesmo Domi? – Senti um arrepio passando pela minha espinha quando ele me chamou pelo apelido. Ignorando tal reação, retribuí o sorriso de Van der Bilt, com uma pergunta transparecendo em meus olhos: "Hey, você quer jogar?".

POV Jude.

Entendi na hora a mensagem que Dominique transmitia, e levantei as minhas sobrancelhas como se respondesse "Sim, eu quero jogar. Eu realmente quero". Era incrível como até nessas situações aquela loira conseguia me provocar. De qualquer maneira, estava louco para descobrir onde esse pequeno jogo nos levaria, e faria o possível para vencê-lo.

Só desviei os olhos de DiNozzo segundos depois, quando o garçom colocou um copo na minha frente, fazendo o mesmo com os outros. James revirava seu cálice na mesa, e Dominique imitava esse movimento, em um ato de pura impaciência. Se não a conhecesse tão bem, até arriscaria dizer que era por estar apresentando o "namorado" – ênfase nas aspas, por obséquio – à família.

– Cerveja sem álcool, Junior? – Perguntou Anthony ao seu filho, o qual apenas confirmou com a cabeça, bebericando a bebida. – Uma das desvantagens de ser um homem da lei.

– Pelo menos eu posso carregar uma arma. – O irmão de Dominique soltou tal sentença olhando diretamente para mim, e seus olhos eram tão frios quanto os da irmã. Logo depois, levantou as sobrancelhas e sorriu sarcástico, me deixando sem reação.

Antes mesmo que eu pudesse raciocinar e elaborar uma resposta, James levantou-se abruptamente, com o olhar fixo na entrada do restaurante e um meio sorriso. Virei-me para entender o que prendia sua atenção e deparei-me com Megan, que usava um vestido vermelho e salto alto. Era tão raro vê-la vestida daquela maneira quanto Dominique, e não deixei de surpreender-me.

– Desculpem-me pelo atraso. – Ela sorriu e saudou a todos, sentando-se na cadeira vaga ao lado de Dominique, em frente a James.

– O que aconteceu? – Consegui ouvir a DiNozzo sussurrando para a amiga.

– Nada, só estava meio indecisa. – Respondeu Megan no mesmo tom.

POV Dominique.

Sorri ao perceber que, minutos depois, Meg e James já conversavam animadamente. É claro que meu primo estava agindo como um verdadeiro idiota apaixonado, sorrindo de uma maneira que, durante toda a minha vida, só o vi fazendo perto de Megan. Não posso dizer que minha melhor amiga estava muito diferente. De vez em quando, suas bochechas tomavam uma coloração rosada, e ela desviava o olhar para suas mãos. Tudo bem, sei que sou leiga no assunto, mas consigo reconhecer quando duas pessoas realmente se amam. Agora, imagine o contrário disso tudo. Eis a minha relação com Jude Van der Bilt. E lá vou eu, insistindo para que esse garoto continue preso na minha cabeça.

Observar Meg e Jay fez com que eu perdesse o fio da meada da conversa, mas despertei quando ouvi um certo assunto:

– E você, Jude? Pratica algum esporte? – Perguntou Anthony.

– Sim senhor. Sou o capitão do time de Lacrosse da Universidade. – Controlei-me para não revirar os olhos, com sucesso. É claro que Jude se vangloriaria sobre sua ilustre equipe, enfatizando que era o líder.

– Lacrosse, é? Lembro-me bem de quando Dominique e os garotos eram crianças e passavam o dia todo jogando isso na casa de campo. Sempre se machucavam! Até você se juntava a eles, lembra Megan? – Respondeu meu pai. Corei instantaneamente com a recordação. Apesar de antigamente ser um dos meus sonhos, Lacrosse já tinha ficado para trás há muito tempo.

Pelo visto, a informação pareceu entreter Jude, que sorriu largo, olhando para mim. Acredito que o fato do meu rosto ainda estar enrubescido levou-o a novos patamares de inspiração.

– Não sabia que você jogava, Domi. – Ótimo, mais uma vez aquele maldito arrepio.

– Realmente, sr. DiNozzo. Também me lembro de que eu e a Domi sempre vencíamos. – Megan manifestou-se, arrancando-me risadas e protestos de meu irmão e de James. O pequeno tumulto me deu a oportunidade de jogar com meu suposto namorado. Aproximei-me de seu ouvido e sussurrei da maneira mais sexy que consegui.

– Você não sabe de nada sobre mim, Van der Bilt. – Creio que, pela expressão dele, minha fala fez efeito. Entretanto, como Jude não se dá por vencido, repetiu o meu ato e se aproximou, cochichando bem próximo ao meu rosto.

– Então por que você não me conta? – Parei apenas por alguns instantes para inspirar o perfume sutil que ele usava. Apenas para me tirar do sério, Jude percorreu firmemente minha coxa, coberta por tecido, com uma de suas mãos, parando na região mais afastada do joelho e apertando o lugar. Como resposta, sorri e chutei seu tornozelo com a ponta do meu salto. Aparentemente, nosso inocente joguinho seguiria para níveis mais avançados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!