As Crônicas do Guardião de Mundos escrita por godjjjita


Capítulo 9
Capítulo 9




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Enquanto eu caminhava em direção à clareira, Valerik me observava atento, se eu não iria invocar um tornado com a minha mente o que eu faria contra uma criatura daquelas? Eu certamente poderia eliminar o Vassar com muita facilidade, Quando glorificado, Deus me concedeu poderes além da compreensão de um mortal, mas até mesmo Deus segue suas próprias regras, e as regras não estão ali para agir como um guia, há conseqüências para aqueles que quebram as regras, eu notei isso quando criei meu castelo, transformar uma montanha em um castelo com quartos, salões e torres consumiu muito a minha energia, usou milhões de comandos, mas o principal foi o que veio depois, a vegetação ao redor começou a morrer, os pássaros que sobrevoavam o castelo perdiam seu senso de direção, muitos chegaram a cair, o solo infértil não absorvia a água das chuvas e as ondas eletro-magnéticas ao redor se distorciam e davam ao ar uma sensação estranha, quando meu poder era usado para algo grandioso gerava uma energia residual muito grande para o planeta absorver e isso poderia gerar catástrofes, por isso eu só podia usar meus poderes em menor escala, para que a energia pudesse ser absorvida e o planeta não sofresse com a minha interferência.

Tendo que eliminar o uso de poderes extremos, me sobrou o uso da inteligência e a manipulação da realidade em menor escala, pensei logo no mais óbvio, derrotaria o Vassar do mesmo jeito que me derrotaram, usando uma flecha envenenada, mas para isso eu precisava saber que tipo de veneno poderia afetá-lo.

–Se eu tiver um pouco de seu sangue eu poderia analisar seu DNA e a estrutura de suas células para descobrir o que lhe afeta.

Pouco após eu terminar minha frase eu ouço um barulho vindo do outro lado da clareira, ao me virar para olhar eu vi um Vassar correndo em minha direção em uma frenesi digna de um bárbaro, seu punho cerrado vindo em minha direção é uma visão assustadora até mesmo para um imortal, o ar ao seu redor se distorce, um zunido se espalha pela clareira e então um silêncio se forma, gotículas de sangue flutuam, minha respiração torna-se um martírio e meu corpo é jogado para trás com uma velocidade incrível.

Não fosse eu imortal teria morrido antes de sentir o punho do Vassar, meu corpo se regenerava e à medida que minha visão clareava-se eu pude ver o estrago que meu corpo fez; As árvores ao meu redor se encontravam quebradas, a pedra na qual meu corpo foi jogado se encontrava rachada, minhas roupas estavam rasgadas, mas em meu rosto um sorriso se formava, vendo o meu sangue escorrer eu pude me lembrar que, até mesmo o mais forte dos seres vivos pode sangrar se tiver uma forma física, e tendo as árvores e pedras como testemunha eu podia dizer com toda certeza que não havia um único traço etéreo naquele Vassar, como meu general disse na batalha mais importante da minha vida:”uma armadura protege seu usuário, mas até mesmo a melhor armadura têm um ponto fraco, concentre toda sua força nesse ponto e a batalha estará vencida antes mesmo de começar”.

Posicionei meus dedos menores em meus lábios e assoprei, usando um comando de ampliação tornei a freqüência do som que saia de minha boca mais alta do que qualquer criatura poderia produzir, o som vibrou e cortou o seu caminho em direção ao Vassar, a poeira levantou-se, feridas se abriram nas árvores, o ar vibrava e antes que o monstro pudesse levar suas mãos aos seus ouvidos o sangue escorria, tudo o que eu precisava era uma gota e esta luta acabaria; Levantei-me lentamente e caminhei em sua direção, ainda desorientado a criatura olhava em minha direção com a ira de mil demônios, novamente seu punho veio em minha direção, mas o seu equilíbrio estava afetado e pude desviar facilmente, enquanto desviava fui capaz de recolher algumas gotas de seu sangue que ainda escorriam pelos braços e as levei em direção à minha boca, quando tocaram na minha língua outra habilidade divina despertou, pude identificar a composição de seu sangue, sua cadeia de DNA e todas a propriedades científicas possíveis, das quais lhe pouparei os detalhes, e com isso pude concluir qual a combinação química que eu precisaria para terminar essa luta vitorioso, Levando minha mão à pequena bolsa que carregava em minha cintura peguei um pequeno frasco com um conteúdo verde e pastoso, era o veneno que Valerik usara, mudei a composição química do veneno para algo que afetaria o Vassar.

–Valerik, use este veneno em suas flechas e atire no Vassar.

Joguei o frasco para Valerik à tempo de desviar do golpe que a criatura deferira saltando por entre suas pernas, ao se virar para me acertar ouvi um zumbido, a flecha cortou o ar e acertou o monstro na base de sua nuca, seu corpo pesado cambaleou por alguns metros e caiu, pode-se chamar de ironia, acaso ou justiça poética do destino, o Vassar caiu na mesmo pedra em que momentos antes ele me arremessara.


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