High School: Here We Go Again - Interativa escrita por RP C


Capítulo 9
Capítulo Extra 02 - Lágrimas e Melodias


Notas iniciais do capítulo

Certo, certo. Um capítulo extra! Estou com outro capítulo em desenvolvimento, mas acho que não vou postar ele hoje. Sim, Gary será um personagem presente na fic, não tanto nessa temporada, mas na próxima.
Sim, teremos uma terceira temporada!!
Só pra deixar o ar mais frio, a música que a Nina toca no teclado é Melted, de Akdong Musician. Música que ando escutando muito esses dias. Espero que gostem!



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– Já faz três dias. Digo, o que ela ainda faz aqui? Ela pode muito bem se recuperar em casa. Mas ela é idiota demais pra isso, então ela pegou uma gripe forte e vai ficar por aqui mais um pouco. E ela se recusa a comer a comida nojenta daqui. O que mais ela pode comer?

– Eu odeio comida de hospital.

– Então coma, se recupere logo e vá pra casa. É tão difícil assim?

– Ou você quer que eu coloque na sua boca?

– Cai fora, Cameron.

Apendicite. Hillary havia suportado muita dor e acabou desmaiando no meio da visita. Desmaiou em cima do projetor de vídeo do pessoal de cinema. Felizmente, quando o vizinho de Jon Woo passou, viu o que estava acontecendo e acabou levando a jovem e a irmã até o hospital universitário. E ali estava ela, três dias depois da cirurgia, com uma baixa gripe e se recusando a comer.

– Veja seu vizinho de cama, ele sempre come tudo. Aposto que vai sair logo.

– Ele? Está aqui há quase três meses-

–Você - Nina interrompeu - é impossível.

– Se prometer que vai me deixar dar uma volta assim que eu terminar de comer... Ah, vamos! - Hillary implorou quando viu a cara de reprovação de Nina diante do pedido. - Eu preciso sair desse quarto. Da uma olhada nos médicos gatos e nos pacientes e ver qual deles é menos horrendo.

Cam logo se animou com a ideia na loira, levantando cama e indo abraçar Nina.

– Vamos, eu também quero dar uma volta. Dizem que tem uma psiquiatra nova de Londres aqui e que ela é muito gata.

– Certo, certo.

Cam e Hillary logo se animaram.

– Mas coma tudo.

Assim que Hillary comeu - sempre com a cara mais de ia do mundo - eles saíram. Havia um jardim atrás do hospital, onde os pacientes da ala de psiquiatria gostavam de passar o tempo. Era um local bem agradável, bonito. Haviam uma fonte bem escondida entre as árvores, onde Hillary gostava de ir.

– Fonte dos desejos. As pessoas jogam uma moeda e fazem um pedido - Hillary dizia enquanto se sentava num banco.

– Quem acredita nisso? - Indagou Cam, sorrindo.

– Rápido, - Nina passava a mão pelo casaco de Cam - me dê uma moeda.

Cam gargalhou enquanto Nina pegava sua carteira e tirava três moedas de dentro.

– Advinha quem chegou?

– Yan!

– Trouxe os filmes que pediu. E o DVD. Espero que seus colegas de quarto curtam minha seleção de filmes.

Yan, passando a mão nos cabelos prateados, esbanjou um enorme sorriso, entregando a jovem a bolsa que carregava nas costas.

– Esta voltando do treino?

– Na verdade, estou indo. Só passei pra deixar isso. Eu prometo que na volta eu passo aqui de novo.

– Ei, me dá uma carona - Nina pediu, enquanto entregava a carteira de Cam. - Eu já estava de saída. Até mais, meninas malvadas.

– Leve esse câncer com você - Hillary reclamou, se referindo a Cameron, que agora sentava ao seu lado.

– Você acabou de fazer uma cirurgia, não fale coisas desse tipo - respondeu Nina. - Fique bem. Não saia sem casaco de novo e mais tarde eu volto.

– Ah, Nina. - Hillary chamou. A puxou para um local afastado com Yan do lado , enquanto Cam catava as moedas da fonte. - Promete que hoje é a última vez?

– Não - ela respondeu na mesma hora, fazendo Hillary respirar fundo com a resposta. Yan esfregou o rosto e logo chamou sua atenção.

– Você é maluca? Nós nem sabemos ainda onde ela guarda as fotos. Só pode estar brincando com a gente...

– Olha, não é tão fácil quanto parece.

– O que não é tão fácil?

– Deixar de gostar de alguém. - Por um momento, o silêncio se instalou. - Eu não prometo que hoje será a última vez. Mas... Droga, por que é tão difícil gostar de alguém?

– Isso está se tornando muito melancólico. Não fique assim - Yan segurou em sua mão. - Faça o que tem que fazer hoje e vamos dar um jeito naquela ruiva sem noção.

– Quer saber? Yan tem razão. Se resolva por hoje e depois nós vemos o que vamos fazer.

Nina balançou a cabeça positivamente e acompanhou Yan a até a saída. Hillary então voltou para ponte, onde Cam já havia pegado quase todas as moedas.

– O que acha de mim como cunhado?

– O que acha de mim como sua assassina? Sério, fique longe da Nina.

– Ela senta do meu lado.

– Você entendeu o que eu quis dizer. Além disso, ela tá numa situação complicada. Não precisa de ninguem distraindo ela.

Yan sentava no banco do motorista enquanto Nina colocava o sinto. O treino seria na escola, mas o jovem de cabelos platinados prometeu que levaria a amiga até o café, onde ela sabia que Jon Woo gostava de ir. Não ficava longe, apesar de ser contra mão para Yan. Ambos conversavam sobre qualquer coisa, até passarem por Aaron, apesar de não ter percebido o jovem, que andava pela rua. Estavam quase em novembro e o frio já tomava conta. Não era nada parecido com três dias atrás, dia em que o termômetro subiu e parecia que não ia descer nunca.

Aaron usava um boné, que escondia parte dos cabelos rosados. Além de estar abaixado, dando um novo laço no tênis.

– Ora, vejam só. O jovem mimado da escola mimada.

Aaron logo olhou para a sua frente, prestando atenção nos cabelos vermelhos. Estalou os dedos.

– Hollister. Você é o gato do Bob Esponja.

Gary abriu os braços enquanto Aaron levantava.

– O próprio.

Do outro lado da rua, três lojas a frente, Yan estacionava o carro. Nina não havia marcado nada com o professor, mas sabia que ele estaria lá naquele horário. E antes de sair do carro, ela logo percebeu que ele estava ali dentro.

– Boa sorte, Nina - disse Yan, assim que Nina abriu a porta do carro, saindo.

A morena agradeceu e abriu e se dirigiu a porta do café, que teve o sino balançado assim que a porta foi aberta. Na terceira mesa, do lado direito, ele estava sentado, com fontes de ouvido. Dava rápidas olhadas através do vidro, no movimento na rua. Parecia que estava esperando alguém.

Era um lugar levemente sofisticado. Principalmente pelo pequeno palco ali instalado, contendo um belo piano e dois violões.

A morena que estava de boné e os cabelos presos em um rabo de cavalo logo se aproximou da mesa onde o professor estava.

– Oi - ela disse, tendo a sua voz falhando diante do nervosismo.

– Nina? O que faz aqui?

– Você me disse uma vez que gostava de vir aqui no fim de semana. Não devia ter me falando tanto de você, sabia?

Ela sentou na sua frente, naquele estofado de cor marrom e bem aconchegante naquele dia de frio. Jon pareceu um tanto nervoso - e estava mesmo -, mas ela nada iria fazer. Principalmente em público. Ainda mais que todos que ali trabalhavam sabiam que ele era professor. Afinal, quem na cidade não sabia que ele era professor de Dong Si?

– Como a Hillary está? - Puxou assunto, tentando não demonstrar o nervosismo.

– Gripada, - ela bebeu um pouco do café dele - acabei de vir de lá.

– E...

– Jon-ah, se não se importa, eu não vim aqui pra conversar sobre a Hillary.

Pareceu, para Baek Jon Woo, que seu coração estava prestes a explodir. Se ela tocasse naquele assunto...

– Me desculpe. Por ter feito aquelas coisas que você não queria que eu fizesse. Eu... E

– O que? - Ele não quis acreditar que ela estava finalmente cedendo aos pedidos dele.

– Eu realmente, realmente gosto de você. Então, sem contar as coisas sobre professor e aluno e sobre a diferença de idade, sem contar na da disso, considerando apenas o agora... Eu quero saber.

– Nina...

– Droga, por que você é tão lerdo. Me diga se você gosta de mim ou não! Não é difícil, - ela falava rápido, tropeçando nas próprias palavras - é só dizer sim ou.... Não. Qualquer que seja a resposta, eu prometi que não vou te perturbar mais.

Jon acabou sem saber o que falar. Não era sobre rejeitar ou não. No fim, ele realmente gostava dela. Mas haviam outras coisas no que focar. Nina não era uma delas. Ele já havia tomado uma decisão.

– Eu sinto muito, Ninally. Receio que você... Seja a única com esse sentimento... Desculpa.

O coreano então se levantou, deixando uma nota em cima da mesa, dando uma última olhada em Nina. Ele logo seguiu pra fora.

Nina se acomodou no estofado e tomou o resto do café que Jon havia deixado. No fim, o que restava era apenas as fotos. Ethan daria um jeito e Hillary acabaria com toda aquela brincadeira.

Nina observou o piano.

– Com licença, - uma atendente passava - posso tocar?

A mulher de belos cabelos loiros olhou para o piano e depois sorriu gentilmente para Nina. Estava liberada para tocar.

Ela andou até o piano. Por um momento, pensou em qual música iria tocar. Até que lembrou de uma dupla que havia conhecido a pouco tempo.

E quando a melodia começou a invadir o local, o sino tocou mais uma vez, revelando uma cabeça vermelha, tendo seus fios lisos cobrindo sua testa, sem chegar aos olhos puxados. Devidamente protegido do frio, ele seguiu passo por passo, lentamente, até a garota que tocava o piano. Uma música conhecida por ele, que logo a acompanhou.

Enquanto cantava e tocava, Nina observou o jovem que começou a se aproximar, não parou, apenas o olhou e o esperou fazer a segunda parte. Logo o violão se juntou a melodia e ele sentou ao seu lado, no banco do piano. Não havia muitas pessoas no recinto, mas as que ali estavam logo pararam pra observar a dupla em perfeita harmonia. Por que o dia tinha que estar tão frio, afinal?

– Gary - o ruivo esticou o braço, esperando que ela apertasse sua mão, mas o que veio depois foram lágrimas que escorregaram sem que ela sequer percebesse. - O que, o que? Eu fiz ou disse algo? Eu desafinei?

Ela o olhava, com os olhos ficando vermelhos. Ao sentir o rosto molhado, ela soltou um sorriso tímido, passando a mão no rosto.

– Desculpe.

– Você está bem?

Nina apenas confirmou com a cabeça, com um sorriso de canto.

– Eu estou bem.

– Posso pagar um café?

– Não precisa, Hollister.

Gary se surpreendeu, arregalando os olhos.

– Oh! Você lembra de mim? Eu esbarrei em você em Dong Si!

– Como eu poderia esquecer? Eu poderia reconhecer seus cabelos de longe.

– Então deixa eu me desculpar devidamente. Vamos, me deixe te pagar café.

– Realmente, não precisa. Eu preciso mesmo ir.

– Então não chore mais, certo? Apenas não chore... - Ele soltou um sorriso igualmente tímido, sentindo a voz falhar no fim da frase.

– Ye, eu prometo - ela o mostrou o dedo mindinho, levantando e indo em direção a saída. - Até mais, Gary.

– Até mais...

Ela então continuou seu caminho e o barulho do sino foi o sinal da sua saída, quando Gary lembrou que ele não sabia o nome da garota.

– Tsc... O ensino médio de Dong Si não é tão grande assim, certo?


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Notas finais do capítulo

... Ou talvez não gostem... E essa rejeição do Jon? Em alto e bom som. Não me matem u.u



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