High School: Here We Go Again - Interativa escrita por RP C


Capítulo 10
Fatality


Notas iniciais do capítulo

Então, demorei! Mas está aqui. Admito que não gostei muito do capítulo, mas isso acontece às vezes. Muito obrigado por todos os comentários e acompanhamentos. Quero agradecer também a minha amiga Lianka Boo, que eu adoro chamar de Lianta, que agora está acompanhando a história, além de estar doida pra ver a Nina e o Woo juntos.
Música do capítulo:
Cool Kids, Echosmith. Espero que gostem!



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Ethan e Yan estavam quase se dando por vencido. Ethan estava jogado em uma das poltronas da biblioteca de Nina, enquanto Yan estava de pernas para cima enquanto mordiscava uma bolacha recheada.

– É impossível. Não tem como saber. Eu não sou muito bom nisso, então eu não tenho como simplesmente invadir - Ethan se desculpava com Nina, que estava encostada na porta do recinto.

– Por que não pegar o notebook dela? Você não pode entrar mesmo sem a senha? - Marco perguntou enquanto folheava uma revista de fofoca.

Yan se ajeitou na cadeira. Ethan fez o mesmo na poltrona. Era um plano idiota demais. E fácil. Ele só precisava do notebook da ruiva. E apenas isso. Ethan de um um salto da poltrona, rumando a porta da biblioteca.

– Preciso passar meu uniforme. Vamos, meu amor - Ethan deu meia volta. - E o celular dela? Eu não sou um super hacker.

– Rápido, vai! Daqui a três minutos o sinal bate!

Claro que Ethan ainda tinha o uniforme do ensino médio. Ao vestir aquele vermelho do blazer, sentiu certa nostalgia, mas não havia tempo para sentimentalismo. Sem nenhum problema, ele havia entrado já escola sem ser reconhecido pelo porteiro, devido ao mar de alunos que entrava a todo instante.

Subiram as escadas pela área dos clubes, para não chamar atenção dos conhecidos, indo em direção a turma 2 - A. Não havia quase ninguém no corredor. A dupla caminhava rápido, sempre em alerta. Se algum professor aparecesse, seria o caos.

Mas, um pouco antes de chegar a porta da frente da sala, Ash estava saindo da sala 2 - B, indo na direção dos garotos, que se viraram logo, fingindo uma conversa engraçada. Por um momento, ficaram com medo de não conseguirem nunca, até escutarem Tony chamando Ashlley do outro lado.

– Tampinha - Ash sorriu de lado, se virando. - O que quer?

– Falar com você!

– Desembucha. Tenho mais o que fazer. Se Hillary não estiver perto de nós, não tem graça ficar com você.

Tony pensava em algo para falar, mas nada vinha na mente. Logo Ash se cansaria e iria embora. E o plano B iria por água abaixo. E como pensado, Ash revirou os olhos e virou para ir embora, mas Tony a puxou.

– Tem algo que quero fazer.

Tony ficou na porta dos pés e puxou a ruiva para um beijo. Ethan e Yan não acreditaram no que viram.

– Ah meu Deus! - Ethan sussurrou. - Hillary vai matar os dois.

– Eu quero ver isso, mas temos que pegar o notebook dela! Vai, entra logo.

Sala vazia, momento perfeito pra fazer o que queriam. Yan apontou a mesa onde a ruiva sentava e Ethan logo foi até lá. Vasculhando a mochila preta, ele logo se irritou.

– Não tá aqui!

– O quê?!

– Não tá! - Yan se jogou em uma cadeira qualquer e respirou fundo enquanto Ethan continuava a mexer na bolsa. - Mas a chave dela está.

Com um sorriso vencedor, ele mostrou as chaves a Yan, que não entendeu.

– O que nós vamos fazer?

– Nós não. Você fica, eu vou até a casa dela, pego o notebook e volto.

– Isso é invasão!

– Não se você tiver a chave.

E dizendo isso, eles saíram da classe, indo em direção a escada principal. Quando Yan passou por Tony, que pedia desculpas a Ash e andava na direção oposta à dupla, pegou o celular e ligou pro asiático.

– Onde fica o covil do mal da Ashlley?

– Na rua Bakersville, no prédio Walsh. Apartamento 502. Ah, não tem elevador.

Yan logo passou o endereço para Ethan, que reclamou. Nada de elevador? Só morando na Bakersville. No pé da escada principal, a dupla deu de cara com...

– Lily! - Ethan ficou surpreso. - O que faz aqui?

– Vim deixar o almoço do Jared? - Ela mostrou a marmita.

– Não, não! Cadê o Marco? Ele disse que ia pegar carona com você pra faculdade

– Ele não disse? Meu carro morreu ontem...

Ethan não esperou ela terminar, se afastou e logo ligou pra Marco. Que, por sinal, estava com o celular desligado. Caiu na caixa postal.

– Marco! Amor, onde você está? Estou com o carro, eu posso te levar hoje. Poderia ter me avisado que Lily estava sem carro. Me liga.

Ethan então foi correndo até a saída da escola, e foi observado por Lily, que ficou preocupado com o jeito que ele saiu atordoado.

– Você não sabe onde o Marco está? É a melhor amiga dele. - Yan perguntou.

– Não... - Ela ainda olhava preocupado para Ethan, que já virava no corredor que levava até o pátio de entrada. - Entrega isso pro Jared. Eu vou com o Ethan.

– E não deixa ele dirigir.

Lily foi correndo, tentando alcançar Ethan. O garoto poderia ser meio desligado e viver no próprio mundo de fantasia, mas apenas se Marco estiver bem e em um local onde Ethan possa achá-lo. O moreno se preocupava demais e quando não conseguia falar com o loiro, pensava nas piores coisas. Lily fez uma anotação mental de matar Marco quando este aparecer.

Assim que viu Ethan chegando perto do carro, já fora da escola, foi rápida o bastante para pegar as chaves da sua mão e ocupar o banco do motorista.

– Onde nós vamos?

– Apartamentos Walsh.

– Bakersville? - Ethan confirmou com a cabeça, dando a volta no carro e sentando no banco do carona.

– Isso não é invasão - argumentou Ethan. - Temos a chave. E ela acabou de abrir a porta, confirmando a teoria de que nós não estamos invadindo... Espera, meu celular tá tocando.

– Retorna depois.

– Não, pode ser impor... Marco!

Ele gritou no meio do corredor quando atendeu o telefone. Lily se assustou e pensou que alguém logo apareceria pra ver quem havia gritado. A loira puxou o amigo para dentro do apartamento e fechou a porta.

– Pegou carona? - Marco indagava no telefone. - Com um amigo... Espera. Que, que amigo?

– Ethan ciumento, essa é boa... - Lily cochichava para sim mesmo enquanto olhava o apartamento impecável. - Tudo que eu tenho que achar é um notebook, certo?

Era impressionante. Tudo ali dentro era de primeira categoria. Quem via do lado de fora, achava que era um simples apartamento como qualquer outro. Mas ali era tudo tão luxuoso.

Lily adentrou o quarto e se segurou pra não se jogar naquela enorme cama.

– Minha sala inteira pode dormir nessa cama sem nenhum tocar no outro. Isso é um absurdo.

Em cima da escrivaninha, o notebook. Cheio de strass e mais brilho.

– Ethan, achei o notebook! Coloque sua DR no modo espera e vem fazer o que você veio fazer.

Ethan vinha reclamando da sala. Março reclamou que o tal amigo não era ninguém mais que um conhecido da turma e só. O moreno ficou mais calmo por saber que o namorado estava bem, mas seu lado ciumento havia despertado. Dali pra frente, ele começara a soltar resmungou baixos enquanto criava um novo administrador.

Depois disso, a coisa foi absurdamente fácil. E algo passaria despercebido... Se não fosse por um álbum de fotos aberto em cima da mesinha, bem ao lado do notebook. Quem percebeu o objeto foi Lily, que não se segurou e acabou abrindo.

Não eram fotos e sim recortes velhos de jornais. Os primeiros falavam sobre uma jovem desaparecida, e logo depois, sobre uma francesa da alta sociedade. As notícias da francesa que vinham com fotografias mostrava uma garotinha que acompanhava a socialite.

– Certo, tem algo muito errado aqui - Lily disse, sentando na cama.

– Claro que tem. Marco pegou carona com um cara que eu não conheço e desligou o telefone. E quem deixa o Gmail aberto? Nem acredito no quão fácil isso foi. Todas as fotos foram apagadas e não tem nada no drive do Gmail e em nenhum outro drive. Limpei toda a caixa de entrada, saída, lixeira e tudo que você pode imaginar. Não tem mais rastro de foto. Só faltam as fotos do celular. Deveria ter feito isso bem antes.

Lily não dava atenção ao jovem. Estava ocupada demais guardando aquele estranho álbum de notícias na mochila.

– Leve isso aqui também.

– Vai levar o notebook?

– Fui pago pra apagar os dados dados e levar a evidência até Hillary.

– O que ela te pagou?

– GTA V, Injustice e Battefield.

– Você se vende por muito pouco.

– O que eu deveria ter pedido?

– Uma viagem pra Bahamas? Ou talvez um remédio pra ciumes...

– Cala a boca e vamos sair logo daqui.

– Bom dia, Ash quebra barraco.

Hillary estava sentada no oitavo degrau da escada com o uniforme completo. Os cabelos estavam soltos e belas ondas foram feitas especialmente para aquele momento. Ash sequer sonhava no que iria passar. Então logo o deboche tomou conta.

– Não sabia que tinha saído do hospital. Soube que não tem mais o apêndice. Que pena. Por que você não volta pro hospital? Aproveita pra examinar seu cérebro. Deve ter algo errado pra você ter coragem de aparecer na minha frente assim...

– Você sabe que estamos em outubro, certo?

– Que bom que você pôde perceber que o tempo não gira em torno de você...

– Calouro que é calouro não se torna um aluno de verdade de Dong Si sem passar por outubro. Você que duvidou tanto dos poderes do palhaço, vai sentir a fúria do nosso querido amigo.

Ash, que estava com os cabelos presos num raio de cavalo e com headphones no pescoço, subiu cinco degraus.

– Me poupe, loirinha.

– O que você não sabe é que ele escutou tudo o que você falou dele. É uma pena que ele guarde rancor. Parece que você se tornou um belo alvo.

Hillary tocou em uma mecha de cabelo da garota e sorriu com desdém pra ela.

– Se você sobreviver até o almoço, teremos uma conversa sobre seu futuro na minha escola.

E dizendo isso, passou por ela, descendo os degrais. Ash a acompanhou com os olhos queimando de raiva, com uma vontade enorme de empurrar a loira. E quando virou completamente, no fim da escada aquela figura estava a espera. Desde quando ele estava ali?

Sim, era mesmo o palhaço. O palhaço que todo mundo falava. Não era possível que existisse mesmo um palhaço.

Ash sorriu debochada para o ser fantasiado a sua frente. Os cabelos vermelhos, aquele enorme nariz, aquela máscara perfeita. Os enormes sapatos com enormes fivelas. Era um péssimo gosto pra fantasias.

– Ridículo.

Aquela fantasia mantinha o sorriso. Uma coisa era o o palhaço brincar com você. Outra coisa era você virar um alvo da escola toda. Ele subiu os degraus e a entregou um broche. Um grande broche vermelho. Como o nariz daquele palhaço.

– O que foi? Vai jogar uma torta na minha cara?

Ela sorriu enquanto pegava o broche e o examinava. Segundos depois, um balde cheio de tinta preta foi virado em sua cabeça por dois estudantes do terceiro ano. Ash gritou. Todos que estavam no pátio assistiam aquela cena. Que foi gravada, por sinal. Depois do ataque da garota, o palhaço jogou uma torta no seu rosto. Deu um pulinho, soltou uma risada e saiu correndo, jogando mais tortas nas pessoas.

Outubro havia finalmente começado.

– Tinta preta?! - Ela gritou para Hillary.

– Não teria graça se fosse tinta vermelha. Seu cabelo e uniforme são vermelhos, lembra? Ou você é daltônica? E é melhor se apressar. Matilda está vindo aí. Se ela ver você nesse estado, vai ter que limpar a escola inteira até a sua formatura.

– Sabe que eu não vou me render - Ash provocou.

– É isso que acontece quando mexem comigo. Mas eu ainda não terminei. Me procura na sala de pintura hoje, na hora do almoço.

Nina estava no andar de cima com Tony e Isabelle. A loirinha, por acaso, rolava de tanto rir da cena da ruiva tendo um ataque.

– Não que eu goste de ver as pessoas humilhadas assim, mas... Foi bem feito.

– Hi five, Hillary Mc'Bleiy! - Tony disse, quando esta se aproximou do trio.

– Mas ainda falta o celular dela.

– A gente da um jeito.

Tony voltou sua atenção a Isabelle enquanto Hillary observava Nina olhando distraída para o andar de baixo... E percebeu que Jon Woo conversava com uma aluna em uma das mesas. Ela parou de sorrir e pediu para que Tony levasse Isabelle para longe. Precisava conversar com ela.

– Eu percebo esse seu olhar triste.

– Ele está lá conversando com uma garota sobre limites - ela nem negou o fato de esses tarde chateada. - E eu aqui tendo apenas que observar, sendo chantageada por uma colega de classe e esperando minha irmã rainha da escola dar um jeito nisso. Por que eu tive que gostar do meu professor? Por que ele tem que ser tão bonito e engraçado...

– Bonito? Em que mundo Jon Woo é bonito? - Hillary indagou, fazendo Nina sorrir.

– Em Ninópolis? - Ela se sentou no chão, olhando para baixo. - Eu vou ficar bem?

– Claro que vai. Eu vou dar um jeito na Ash quebra barraco, vamos todos tomar sorvete e você vai esbarrar em um cara lindo e ele vai te olhar e você vai sorrir e então... Você vai conhecer eles e seus filhos se chamarão Rosa e Choque.

– São nomes terríveis.

– Não importa. Vamos, logo o sinal vai bater.

Nina se levantou com a ajuda de Hillary e já era possível ver que estava mais animada.

– Como sabia que era limites?

– Eu vi a página do livro.

– Você é um monstro...

Na hora do almoço, Ash já estava usando o uniforme de Educação Física. Ela conversava com Chris, que ouvia as frustrações da garota com o maior tédio do mundo todo. Mas, ou era ficar com ela ou ficar observando Aaron com suas amizades e longe. E como era esquentado demais, ficar próximo do garoto o deixaria ansioso e nervoso e mais uma briga estaria formada. E ele já estava atolado de detenções.

– Você não vai encontrar a loira na sala de e artes? - ele perguntou, queria mesmo se livrar dela.

– Uma ova que eu vou.

– Então fique aí. Eu vou comer em algum lugar.

Chris logo saiu da sala e a deixou sozinha. Mais uma vez ela estava sozinha. De novo. Por que ela sempre ficava sozinha no fim das contas? Enquanto fechava a cara para os problemas, Hillary entrou na sala. Acompanhada de Yan, Nina e Tony.

– Posso saber o motivo de estar andando com ela?

– Seu problema é comigo. Não com eles.

Hillary se aproximou dela, fixando cara a cara com a ruiva, que mostrava um sorriso debochado. Ela passava o celular de uma mão para outra.

– Sabe que não pode me provocar.

– Eu vou direto ao assunto. Odeio ficar enrolando.

– O que foi? Vai me bater? - Ash provocou.

Hillary revirou os olhos, pegou o celular da garota e o jogou no chão. Pisando em cima dele, até que estivesse completamente destruído.

– Ficou maluca?

– Já fiz isso com alguém. Não foi legal. Ameaçar da um gostinho bem melhor. Apagamos todas as fotos do seu notebook e acabei de destruir seu celular. Hillary um, Ash zero.

Yan tirou o notebook da sua bolsa que estava em cima da sua mesa e o entregou a ruiva, que olhou espantada com o objeto. Como eles pegaram seu notebook?

– Invadiram minha casa?

– Não foi invasão, entramos com a chave - Yan tratou de explicar. - Mas não importa, né?...

– Sabia que lá tem câmeras de segurança? Posso denunciar vocês.

– Denúncia. Aproveita e mostra seu álbum de notícias.

Dessa vez foi Nina quem abriu a própria bolsa para tirar de dentro um álbum de fotos que Ash reconheceu na hora.

– Puxamos todas as informações. Tente mais uma gracinha com a gente e basta apenas duas ligações pra eu acabar com a sua vida. Uma pro Conselho, e outra pros seus verdadeiros país na França. Vão voltar rapidinho pra te pegar.

– Não te coragem de fazer isso.

– Me provoca pra ver se eu não faço. Eu não brinco em serviço. Se voltar com brincadeirinhas pra cima de qualquer um deles, você já era, Ashlley Kagerou.


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