High School: Here We Go Again - Interativa escrita por RP C


Capítulo 5
Uma de Nós


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco, mas aqui está o capítulo. Ainda não pude responder os comentários, estou sem Internet, já estava com esse capítulo ponto há dois dias e só agora consegui postar. Espero que gostem. E ainda tem mais personagens para aparecer, aguentem só mais um capítulo. Música do capítulo:
Red Velvet - Ice Cream Cake!



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Tony chegara na escola naquele dia exatamente às 7:56. No caminho, havia encontrado Joseph e Isabelle, dois dos novatos. Joseph era parceiro de Yan e haviam conversado algumas vezes. Mas era a primeira vez que conversava com Isabelle.

– Sério que você é irmã deles? Eu sequer poderia imaginar. Isso é tão incrível mal posso esperar pra contar pro pessoal, eles vão ficar de boca aberta!

A aula começava 8:30, e o primeiro sinal tocava aulas 8:20. Mas quando o jovem entrou na sala antes mesmo do primeiro sinal, alguém já estava ali. Hillary tinha seu rosto coberto por um livro de física da biblioteca. Na mesa - e até mesmo no chão - alguns papéis eram vistos. Cheios de cálculos e anotações diversas.

– O que faz aqui tão cedo? - Ele perguntou. Hillary se assustou, deixando o livro cair em suas pernas. Passou as mãos nos olhos e bocejou.

– Que horas são?

– Oito e quinze - Hillary resmungou um "já?" e bocejou. - Desde que horas você tá aí? Tá estudando?

Hillary despencou a cabeça na mesa, sem se preocular com a batida forte e fechou os olhos, virando o rosto para o lado da parede.

– Sei lá... Acho que cheguei aqui seis horas... Eu precisava estudar e é impossível fazer isso de noite. Mamãe insiste em entrar no meu quarto a cada cinco minutos pra me contar alguma coisa extremamente importante que aconteceu em seu dia. E a voz dela anda me tirando do sério. E eu preciso terminar de estudar. Não posso deixar acumular.

– Você tomou café da manhã?

– Não lembro, acho que comi uma maçã.

Tony segurou um sorriso e voltou para porta da sala.

– Vou deixar você estudando então...

– Estudar? Eu vou dormir... - De repente, a jovem levantou a cabeça, cerrando os olhos para Tony, que a olhou com certa desconfiança. - Você... Você está usando lentes de contato. Onde estão seus óculos?

Tony coçou a cabeça, soltando um leve sorriso tímido.

– Eu quebrei.

Hillary abaixou a cabeça novamente, fechando os olhos.

– Então, pelo menos compre lentes transparentes. A cor dos seus olhos são lindas demais pra você esconder com essa cor verde. Aliás, nem combina com você. Agora sai, quero dormir e você me distrai.

Tony sai da sala com uma expressão inconformada. Desde quando ela a expulsava desse jeito? Se bem que, por um lado era bom, mas por outro... Ashlley Nagase esbarrou no garoto que continuava andando como um zumbi pelo corredor, ainda perdido em sua confusão mental. A ruiva tomava um chá gelado e olhou com demasiado tédio quando o jovem não deu a mínima atenção para ela.

Seguiu para a sala e fez uma cara de nojo ao ver Hillary de cabeça baixa em sua cadeira. Estava louca pra infernizar a vida da garota e aquela era uma situação perfeita. Seguiu até a sua cadeira, que era a última na fileira do lado direito da sala, jogando sua bolsa com força em cima da mesa, assustando Hillary, que em um pulo, levantou da cadeira, derrubando o livro de física no chão.

Em um bocejo, ela desviou um olhar sádico à Ashlley, que lhe mandou um sorriso cínico como resposta.

– Bom dia, pequena nerd - provocou a ruiva. Hillary se limitou a virar o rosto e abaixar para pegar o livro. Agindo por impulso e sem pensar, Ashlley foi até a loira, esbarrando nela, deixando que seu chá gelado caísse no seu uniforme e livro. Hillary respirou fundo antes de lançar um xingamento a ruiva.

– Isso é um livro da biblioteca, maluca.

– Oops. Eu não vi.

E então a garota deixou Hillary naquele estado e seguiu para fora da sala, ainda faltam dois minutos para o primeiro sinal. Hillary rezou por paciência e seguiu para o seu armário, procurando seu uniforme extra. Mas ela apenas colocou a saia e a camisa social branca. Na ia se dar o trabalho de se arrumar toda novamente.

Apesar da brincadeira infantil e sem nenhuma graça de Ashlley, a loira não se deixou atingir. Havia mudado seu comportamento e não deixaria aquela garota a atingir. Mas a sua paciência era mínima e sempre havia sido. Sempre fora do tipo que provocava e lutava até ter tudo que queria. Não tolerava que a desafiassem. Mas jurou a si mesmo que teria todo o controle caso ela a atormentasse mais uma vez.

Que aconteceu no mesmo dia, e no outro e no outro. As pessoas sequer a respeitavam no corredor como era antigamente. O jogo havia sido virado. De tirana, ela caiu pra saco de pancada da novata.

– Você tem que se controlar - Joseph, ou simplesmente Jo, como preferia ser chamado, tentava fazer com que sua mais nova colega de classe não trocasse os pés pelas mãos.

– Controlar? - Indagou Isabelle, que se debruçando sobre a mesa, para pegar um pouco do suco de Cam, que concordava plenamente com a jovem. - Você tem mais é que revidar. Digo, essa garota tá te pisando e humilhando. Você tem mais é que mostrar quem manda.

– Minha querida Isabelle tem razão. - Cam concordava em tudo que a garota falava. - Lembrando da garota que você costumava ser, assustar ela não vai ser nada difícil. Será como nega um doce de uma criança. Vamos, Hillary! - Ele levantou e passou o braço pelos ombros da garota. - Eu sinto falta da tirana que vivia em você. Quero ver sangue!

– Pulguento. Pára de induzir Hillary a voltar a ser o nojo que ela era - rebateu Nina, recebendo uma cara feia de Cam. - Aliás, - lembrou ela - desde quando você anda com a gente?

– Desde quando a Hillary perdeu o juízo e ficou boazinha.

– Eu não fiquei boazinha, só tô me controlando.

– E mal - o jovem conquistador do topete sorriu ganancioso. - Vamos, Hillary. Digo, você bater na Bella foi covardia. Mas você lembra como se vingar de alguém.

Hillary não queria fazer nada. Não, era mentira. Ela queria sim. E estava se controlando ao máximo.

– Aí, você comeu todos os meus cookies! - Reclamou Tony, que tinha ficado quieto durante toda a discussão.

– Ih, bobeou, dançou, mané - Isabelle respondeu, mostrando seu sorriso mais maroto.

– E Hillary! - Ela olhou o garoto que tanto gostava, com um olhar cabisbaixo.- Esquece essa garota. Com o tempo ela vai perceber que não está te afetando.

– Mas você não percebe o quanto ela tá abalada? - Cam cutucou na ferida ainda mais.

– Então que fique só entre nós. Não deixe ela saber. Ela vai acabar vendo que não tem mais graça e vai partir pra outra.

– Então ela vai perturbar outra pessoa, do jeito que ela quer - lembrou Isabelle, atacando o refrigerante de Nina.

– Nem todo mundo pode sair ileso, mas se ela parar de pegar no seu pé, então já tá bom.

E dizendo isso, ele levantou do banco e seguiu na direção da piscina, onde já Yan treinava com os amigos.

OoO

– Rose, aqui! - Bella gritava, chamando atenção da loira.

Rose acenou de volta, eram três e quarenta e sete da tarde. Queria muito falar com seu melhor amigo, mas era de madrugada na Coréia e seria impossível falar com ele. A loira andava com o cabelo preso em um raio de cavalo, com boné preto e com a aba vermelha.

Estava de short e tênis, além de uma camisa de manga curta de tom pastel.

– Você está péssima - Bella deixou escapar.

– Eu estou péssima - repetiu ela, sem a animo. - E com olheiras.

– O que houve?

– O que houve? - Ela deixou a pergunta adentrar seus ouvidos, repetindo logo em seguida, gritando e segurando nos ombros de Bella. - O que houve? Meu computador quebrou ontem a noite, as duas da madrugada enquanto eu terminava meu trabalho e conversava com o Woo Ho! Eu perdi toda a minha pesquisa, tudo! Então eu tive que recomeçar tudo do zero, sem minhas pesquisas, apenas com algumas anotações que havia feito! E então... Hoje de manhã, quando eu estava desesperada porque achava que levaria uma nota zero por causa do trabalho superficial que fiz as presas, meu computador ligou de novo!

– Então deu tudo certo?

– Não, porque meu colega de turma derramou o café dele no meu notebook! Agora meu mundo já era.

– E o que vai fazer agora?

– Me mudar pra uma ilha deserta e caçar borboletas.

– Deveria falar com o professor sobre o quanto você é azarada - Marco comentou assim que sentou na mesa, acompanhado de Philipe e Ethan. - Vamos, coma alguma coisa.

– E tentei falar com ele, mas ele apenas me chamou de irresponsável.

Rose sentiu seus olhos lacrimejarem, enquanto Marco se comovia e abraçava a jovem, que se deixou chorar um pouco.

– Chore nos meus ombros e chore de felicidade!

Rose bateu os pés como uma jovem mimada e se recusou a sair dos braços de Marco. Não queria olhar no rosto cínico e irônico de Jason. Apenas a lembrava do passado. E ela achava que não devia lembrar dessas coisas. Mas no fim, ela teve que olhar nos olhos daquele rapaz.

– O que você quer, cascão de ferida?

– Que me escute.

– Fala com a minha mão - disse ela, levantando o braço.

– O professor Rupert comentou comigo sobre uma aluna irresponsável que não usa e hum tipo de drive ou armazenamento online pra salvar seus arquivos pessoais.

E então todos começaram a indagar a garota.

– Você... Não usa nenhum drive?

– Nenhum tipo de drive?

– Você é corajosa.

– Não armazena suas coisas online? Até eu uso.

– Do... Do que estão falando? Armazenamentoo online? Drive, o que... O que é isso?

Jason trocou de lugar com Bella e sentou ao lado de Rose, abrindo seu notebook. Ele adentrou um site e colocou o objeto na frente da loira, que não se incomodou com a proximidade dele.

– Vamos, preencha. Coloque o email e a senha, como você faz normalmente.

Rose obedeceu, colocando seus dados nos campos respectivos e logo Jason começou mexer.

– Veja, - ele apontou para a tela - esse é seu drive. E, julgando pelos dados aqui salvo, você deve ter apertado sim pra a pergunta que você não leu. "Deseja salvar seus arquivos automaticamente?"

– Quer parar de complicar minha mente?

– Sim, significa que seu trabalho foi enviado automaticamente para o seu drive antes do seu notebook dar problema. Tecnologia, querida. Agora apenas... - ele mexeu em mais alguma coisa e apertou o enter. - Pronto, enviado com sucesso para o professor Rupert.

OoO

Na aula de Educação Física, o esporte escolhido havia sido futebol. Os times eram divididos igualmente, sendo homens e mulheres em um mesmo jogo. O professor Temperence pegava pesado e gostava de ver os alunos correndo feito idiotas atrás de uma bola debaixo do sol quente. Apesar de ser um dia nublado. Ele apitava e mandava Aaron não deixar que a bola escapasse por entre as penas mais uma vez por causa da falta de atenção do garoto.

Aaron havia se desculpado pelo erro, mas o professor insistia em focar apenas nele, até que Cam, que era do time adversário acabou tirando a bola menor, fazendo um gol no grande Chris. E esse grande Chris se irritou com o gol e acabou voando em cima de Aaron, desferindo um soco no colega de classe, deixando que o sangue escorresse pelo nariz. Aaron urrou de dor, chamando Chris de brutamontes violento, sendo guiado por Cam até a enfermaria. Temperence se prontificou a levar o goleiro até a sala do seu professor responsável, deixando que os alunos continuassem o jogo sozinhos. Mas é claro que alguns, como Isabelle e Nina, se jogaram na grama, na busca por ar e um rápido descanso.

Tony se virou para ir ao banheiro molhar um pouco o rosto, afim de se refrescar, e quando voltou ao campo, deu de cara com Ashlley. Tony bufou, revirando os olhos. Ele coçou a testa e tentou se desviar da ruiva, sem sucesso.

Ela segurou nas bochechas do asiático e olhou para baixo.

– Você sempre foi pequeno assim?

– É meu charme - respondeu, tentado sair dali. Jamais iria medir forças com a garota, eracontra a sua natureza. E mesmo porque ela parecia bastante forte.

– É verdade que Hillary gosta de você?

– Você dá ouvidos a esse tipo de fofoca?

Ela sorriu.

– Então vamos ver se é verdade.

Ela a beijou. Alguém exclamou um "Ah, meu Deus", e o sangue de Hillary ferveu. Ela se ajeitou na grama, observando com atenção. Alguns alunos olhavam de Hillary para Ashlley e vice-versa.

– Eu posso acabar com ela agora? - Indagou para os amigos.

Yan tocou em seu ombro, dando três batidas e respondeu, sentando ao seu lado.

– Acaba com ela.

Ela levantou, estralou os dedos e começar a caminhar lentamente até os dois. E parou atrás deles, assim que Ashlley o soltou, Tony olhou através da ruiva, respirou fundo e dirigiu a palavra a Hillary.

– Hillary, - respirou fundo - termina logo com isso.

A loira gritou, chutou a canela da jovem com força, a derrubou no chão, sentando nas costas da garota, prendendo seus braços. Hillary não era forte, mas aquela posição era favorável à ela. Infalível.

Ela se abaixou, sussurrando no ouvido da jovem, que tinha sua bochecha esquerda na grama.

– Só vou falar uma vez, então presta atenção. Eu deixei passar das outras vezes, mas agora você me provocou de verdade. Escuta bem: essa escola é minha.

– Acha que vai mesmo passar por mim?

– Eu tenho certeza. Você é a minha versão antiga. Só que ruiva. Sei o que vai fazer, sei como vai fazer, sei o porque também. Sei como lidar com você. Mas é melhor escolher seus alvos muito bem, pois se mexer com um deles, você estará morta.


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