High School: Here We Go Again - Interativa escrita por RP C


Capítulo 17
Um novo candidato a quem devo entregar meu coração


Notas iniciais do capítulo

AH
MINHA LÍNGUA ESTÁ COÇANDO PRA CONTAR COISAS.
Mas seria tipo spoiler, então vou ficar bem calada aqui no meu canto.
Como prometido, aqui está o novo capítulo.
Música do Capítulo: The Boxer, versão do Mumford and Sons ♥

Estou planejando o próximo capítulo para sexta feira. Mas é bem possível que poste antes.
Espero que gostem ♥



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O quão mal uma pessoa pode ir ou se sentir em uma única vida? O que seria considerado sorte ou azar? Sorte em poder encontrar alguém que você possa dividir um cobertor? Azar em descobrir uma terrível doença?

Sorte em conseguir uma vaga na tão sonhada universidade?

Azar em ter perdido aquele maravilhoso filme que saiu de cartaz?

Nina pensava arduamente sobre como o ser humano se importava de um jeito absurdo com todas as coisas, sejam elas boas ou ruins, sejam elas grandes ou pequenas.

Aaron havia recebido os seus exames: metástase óssea.

As quimioterapias começariam no dia seguinte, mas ele não estava com medo: desde que seguisse todo o tratamento, com perseverança, força e esperança, estaria tudo bem com ele. Ele poderia ter uma vida longa, apesar da chance zero de cura.

— Eu estou bem aliviado, na verdade. Quero dizer, é raro alguém com câncer não ter metástase.

— Mas você nunca vai se curar — Nina dizia, pensando no tamanho do azar que tinha sido sua curta vida.

— Mas eu ainda vou viver por muito tempo.

Seria mesmo azar? Ou seria sorte ele ainda ter chance de viver por muito mais tempo do que ele achava?

— Quando descobri que tinha leucemia, achei que fosse morrer em poucos meses. Houve um momento em que nem mesmo fui capaz de abrir meus olhos, porque as dores eram tão fortes, eu estava tão debilitado. Eu achei que aquela fosse finalmente a minha vez. Mas eu estou aqui hoje. Tomando café com você enquanto neva lá fora — ele não deixou de sorrir em nenhum momento.

x.x.x.x.x

Bela Smith estava se saindo estranhamente bem em sua graduação. Fazia cálculos como se já tivesse nascido com todos os conhecimentos em matemática. Phillipe costumava ir à biblioteca para acompanhar Bela.

Mas ele sentia que simplesmente não conseguia acompanhar. Passava minutos perdido em olhares lançados para as longas folhas de exercícios, e ela o respondia com tamanha facilidade que nem em sonhos lembrava aquela Bela que não conseguia responder um simples cálculo no começo do ano.

Acontece que ela simplesmente havia entendido. Bastava decorar as fórmulas e pronto. Nada era um bicho de sete cabeças. Era realmente fácil. Bela descobriu que gostava bastante de números. E a física simplesmente conquistou ela.

— Você é um monstro — ele sussurrou para si mesmo.

— O que? — Ela nem mesmo havia entendido. Não piscava e nem tirou os olhos dos cálculos um segundo.

De qualquer forma, Phillipe se sentia feliz por ver que ela finalmente havia encontrado algo que realmente gostasse de verdade. Estava incerto sobre a escolha da namorada, mas ela definitivamente havia se encontrado. Eram áreas completamente diferentes. Biológicas e exatas. Mas parecia funcionar perfeitamente.

O engraçado é que, quem olhasse Bela de longe, jamais imaginaria que ela estivesse estudando física. Bela era extremamente preguiçosa e vivia com sono. Parecia o tipo de pessoa que ia para faculdade apenas por ir, para fazer seus pais felizes. Mas era só o jeito preguiçoso dela de ser. Pelo menos isso não afetava seus objetivos.

Phillipe até mesmo sentia, às vezes, que precisava se dedicar muito mais em suas aulas. Bela estava sempre entre os primeiros da turma. Na universidade não havia a separação por nota, mas cada turma continha um ranking, e sempre os cinco primeiros, com as melhores notas, eram destacados. Eles sempre tinham vantagens em várias coisas, como viagens para palestras e intercâmbios, além da participação de projetos e competições em outros países.

Se Bela tinha facilidade nas suas aulas, Phillipe sentia-se perdido em várias delas. Entendia, mas demorava. Jamais imaginou que pudesse ter dificuldade em alguma matéria, mas se via em apuros, visto que, no ensino médio, estava sempre entre os primeiros. Às vezes não dava conta dos trabalhos passados.

— Por que você continua me olhando? Olhe para as suas anotações e seus livros... — Bela comentou, finalmente descansando a lapiseira em cima da mesa, acomodando-se na cadeira e respirando fundo. Olhava fixamente nos olhos de seu namorado. — Eu sei que anda tendo dificuldades nas matérias. Queria poder te ajudar.

Phillipe sorriu.

— Eu só preciso me dedicar um pouco mais. Não se preocupe.

Para relaxar, acabaram indo ao habitual café. Lá, encontraram Nina e um jovem de cabelo rosa, em um tom pastel. Eles haviam combinado de se encontrar com Cameron, que já estava chegando.

— Isso é um encontro? — Nina perguntou animada, olhando para os dois em pé ao seu lado.

— Como isso pode ser um encontro? Passamos o tempo todo juntos... — Bela sorriu. — É só uma pausa para o café, na verdade. Temos que voltar para biblioteca em pouco tempo.

— Como vão as aulas? Puxadas?

— Nem me fale — Phillipe saiu da conversa, indo em direção ao balcão.

Aaron logo entrou na conversa e pouco tempo depois, Cameron chegou. Não puderam ficar muito mais tempo, pois Cam já havia comprado os ingressos do cinema. Logo se despediram e seguiram para a saída.

Mas alguém conhecido adentrou o lugar.

Alguém que Nina não via há algum tempo.

— Gary?

Lembrava perfeitamente daqueles cabelos. E do dia em que o conheceu.

— Nina? — Cameron a chamava, mas ela apenas pediu para que fossem na frente.

— Então seu nome é Nina? Nossa, descobrir seu nome foi uma coisa bem demorada.

— Sério? — Nina sorria, um tanto envergonhada. Fora quase uma surpresa encontrar o jovem ali, visto que não o via há bastante tempo. — Já faz um tempo.

— Eu estive doente por um tempo, mas já me recuperei.

Por alguns segundos, eles ficaram em silêncio. Por algum motivo, estavam envergonhados. Ambos. Para quebrar o silêncio e aquela cena um tanto estranha, Nina logo começou a se despedir.

— Eu tenho que ir. Meus amigos estão esperando.

— Tudo bem... Tchau... Ah, espera! — Ele segurou em seu braço. Quando percebeu o que fez, soltou imediatamente, dando um passo para trás.

— O que foi? — Nina sorriu.

— Me dá seu telefone. Eu pensei que seria legal... Se a gente saísse qualquer dia.

Gary olhava para as suas mãos, que estavam inquietas.

— Tudo bem, parece uma boa ideia. Me dá seu telefone.

Nina tirou seu aparelho da bolsa e entregou na mão de Gary. Em contrapartida, Gary fez o mesmo. Quando ambos anotaram os números, os celulares foram devolvidos ao dono.

Depois disso, eles se despediram.

x.x.x.x.x

— Você percebe que está se saindo bem em alguma coisa, quando nada ao seu redor está indo mal.

— Como assim? Isso tem lógica?

— Claro que tem. Pensa comigo. Minhas notas estão maravilhosas. O assunto entra na minha cabeça do mesmo jeito que um refrão de uma música chata. Em compensação, tudo ao meu redor está na mais perfeita harmonia. Tanto com meus amigos, quanto comigo.

Sua vida vai bem? Seus planos atuais estão correndo como o planejado?

Alistair conversava com seus colegas de classe. Estavam reunidos perto da piscina, enquanto os nadadores se preparavam para o treino.

— Bem, — Elizabeth começou a falar. — Eu fui bem na última competição de skate que teve no estádio. Então está indo às mil maravilhas comigo.

— Comigo não está nada indo bem.

— Você não conta, Lucas. Você é o erro que a natureza cometeu — Liz comentou, fazendo uma careta para seu irmão, que respondeu com outra careta.

— Tem razão, Alistair. Tudo está como deve estar. As brigas de Liz e Lucas continuam, então está tudo normal. Você só esqueceu o fato do seu irmão estar de castigo agora mesmo.

— Ah.

Leon havia se enrolado na entrega de um trabalho. Confundira as datas, e acabou não fazendo um dos trabalhos, na realidade. De História. A professora Yoon o deixou de castigo.

Estava limpando todas as salas do segundo ano. Ao lado de Ash.

E por incrível que pareça, eles haviam se dado bem.

Naquele instante mesmo, era possível ouvir ambos sorrindo de alguma coisa engraçada que Leon havia dito. Como ele poderia ter se dado tão bem na primeira conversa que tiveram? Amos eram extremamente diferente um do outro, realmente diferente. Mas, mesmo assim, conversavam como se tivessem inúmeras coisas em comum. E talvez tivessem mesmo, apesar das distintas personalidades.


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Notas finais do capítulo

Eu planejava postar pela manhã. Mas minhas pesquisas sobre Leucemia atrasaram um pouco, eu só terminei - terminei virgula, ainda vou pesquisar mais - ontem. Pesquisei bastante antes de ter a decisão final. Então, resumindo: eu NUNCA daria um final triste pro Aaron. Ele é nosso Algodão Doce.
De acordo com minhas pesquisas, a metástase aparece em quase todos os pacientes que sofreram de câncer. NÃO tem cura, mas a pessoa pode viver tranquilamente sua vida, desde que siga tudo o que os médicos falem, e cumpra todos os tratamentos necessários. Nosso Aaron vai ficar conosco até muito depois da história acabar ♥



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