Warren passou parte do tempo observando as pessoas no pátio. Mas naquele dia, ele apenas procurava por alguém em especial. Mas seus olhos não haviam avistado tal pessoa. Estava inquieto e continuaria assim até que encontrasse Joseph.

A verdade era que o rapaz deveria estar estudando, pois logo as provas estariam começando, mas ele simplesmente não conseguia.

— Mas porque você está tão disperso hoje?

Nina e Hillary eram as únicas, além de Warren, que continuavam a estudar até tão tarde na biblioteca naquele sábado. Já passava das onze da noite e mesmo assim, Warren esperava que Joseph aparecesse de um daqueles longos corredores da biblioteca.

Ele tinha quase certeza absoluta de que Joseph não se lembrava que havia tocado em seus cabelos na noite da festa do filho do prefeito. Warren lamentava por ser o único a se lembrar, pois gostaria que tal coisa acontecesse mais vezes. Joseph havia causado um arrepio em seu corpo que ninguém nunca havia causado.

Quis sentir tal sensação novamente.

— Eu não estou com cabeça para estudar hoje. Estou completamente disperso. Acho melhor eu ir andando. Vocês não querem ir? Está muito tarde.

— As provas começam na segunda e amanhã a biblioteca estará fechada. Vamos ficar até o horário de fechar, já que é impossível estudar em casa amanhã — Hillary respondia o colega de classe sem sequer tirar os olhos dos livros e do caderno cheio de anotações.

Ambas estavam extremamente concentradas e nada parecia tirar a atenção delas. Estavam respondendo exercícios e tirando dúvidas uma da outra desde a hora que chegaram, à tarde. Warren simplesmente não conseguia se dedicar como aquelas irmãs.

— Por que estudar tanto? Você não vai ficar em primeiro lugar e já tem sua vaga garantida na faculdade...

— Já passou o tempo em que eu estudava apenas para ficar na mesma sala que o Tony. Tenho novos planos agora

— Essa é minha garota.

Fora extremamente engrado o modo como Nina soltou rapidamente a lapiseira e tocou nos ombros da irmã, aprovando seu último comentário.

Warren não entendia muito bem, pois não sabia muito sobre o passado delas duas, mas estava feliz pelo simples fato de Hillary ter um novo objetivo, ao invés de centrar apenas em um rapaz. Que não dava a mínima para ela.

— Bem, eu vou indo. Tomem cuidado quando voltarem para casa.

E assim, elas continuaram.

Por apenas 10 minutos, quando o celular de Hillary começou a vibrar sem parar.

Era Rose, que estava chorando. Woon Ho tinha acabado de embarcar para a Coréia novamente.

— Desculpa. Eu preciso ir.

— Tudo bem, apenas vá. Vejo você em casa mais tarde.

— Cuidado quando voltar pra casa. Eu estou indo.

A verdade era que Nina aguentou apenas mais meia hora naquele ritmo. Estava fazendo muito frio. O que ela queria mesmo era uma bebida quente e sua cama.

A garota apenas escorregou na cadeira de madeira e respirou fundo. Estava começando a ficar com sono, então ela apenas arrumou suas coisas e rumou para fora da biblioteca.

Baek Jon Woo e Nina se esbarraram na porta.

— Marido Baek!

Inesperadamente, ela sorriu e agarrou no braço do professor, firme e forte e sem nenhuma intenção de soltá-lo.

— Você enlouqueceu de vez? Outro dia mesmo não disse que ia parar de fazer isso? Você disse!

— Eu não sei o que eu disse, mas eu não consigo me controlar perto de você.

— Me solta logo — Jon Woo tentava tirar o braço da menina do seu, mas ela parecia estar completamente colada.

— Me deixe aqui, eu estou com frio.

— Você vai acabar causando problemas para nós dois.

— Mas não tem ninguém vendo...

— Nina, esse lugar está cheio de câmeras.

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Jon Woo decidiu caminhar ao lado dela. Não viu mal algum em fazer isso, visto que faltavam apenas dez minutos para a meia noite e ele não poderia deixar de acompanha-la até em casa. Não era uma cidade perigosa, mas um adolescente não deveria estar andando a essa hora sozinho.

— Desculpa por não conseguir parar de me perturbar.

— Nina... — Jon Woo parou de caminhar e virou-se para a menor. — Não é questão de perturbar. Você não me perturba ou algo do tipo. A questão real é que alguém pode descobrir sobre nós dois e eu vou ser severamente punido.

— Sobre nós dois? — Nina sorriu. — Então você reconhece que existe algo? Você gosta de mim?

— Nina!

Jon Woo precisava parar para pensar no mínimo dez vezes antes de falar. Ela deixava o professor inquieto. Meu Deus, como ele gostava dela, e ele queria tanto poder dizer que gostava dela tanto quanto ela gostava dele, mas ele simplesmente não poderia.

Ela é sua aluna.

Ela é sua aluna.

Ela é sua aluna.

Ele repetia incansavelmente no seu subconsciente. Não deveria cometer qualquer deslize.

— Você precisa esquecer esse sentimento. Não quero que você se sinta encorajada a continuar, principalmente por mim. Viva sua juventude e apenas escute esse cara velho quando estiver dando aulas de matemática.

Nina apenas resmungou e ambos voltaram a caminhar. Quando ele se despediu dela, finalmente pode relaxar e se segurar em seus joelhos, pois suas pernas tremiam como nunca.

— Controle-se, Jon Woo. Ela é apenas uma colegial. Sim, uma colegial.

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— O que você faz aqui?

Ash estava visitando a loja de cupcakes onde Cam trabalhava. Naquele dia em especial, não estava planejando arrumar confusão com ninguém. Tudo o que queria era simplesmente comer um cupcake.

Cam era educado e, apesar de se sentir incomodado por atende-la, apenas o fez, assim logo era iria embora.

Quando estava prestes a fazer seu pedido, Alistair apareceu ao seu lado, junto de seu mais novo amigo, Leon.

— Megeras gostam de doces? — Provocou Leon, que tinha seus cabelos prateados presos em um coque.

— Não me provoque hoje — retrucou a ruiva.

— Você quer sair comigo?

— O que?

Fora uma pergunta inesperada. Inclusive seu irmão Alistair surpreendeu-se com o pedido. Onde ele estava com a cabeça para fazer tal coisa? Quer dizer, ela era sinônimo de confusão.

— Você está ficando louco? — Ele perguntou em seu ouvido, mas o gêmeo não lhe deu ouvidos.

— Ah, vamos. Comida, filme. Sem compromisso.

Ela pareceu pensar por alguns instantes enquanto a pessoa da frente fazia seu pedido. Quando fez seu pedido à Cam, deu de ombros.

— Você paga.

Mas o que havia acabado de acontecer? Cam segurava uma risada e Alistair percebera. Preferiu não falar absolutamente nada. O irmão tinha juízo e sabia que uma hora ou outra iria se dar conta do que fizera. Ashlley era problemática. Todo dia conseguia se meter em uma confusão diferente e tinha medo que o irmão pudesse ser afetado de qualquer forma.

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Yan havia recebido mais uma carta de amor em seu armário. No começo, ele achava realmente legal ser popular, mas tudo aquilo foi perdendo a graça, principalmente as cartinhas que caiam toda vez que abria seu armário.

— Quando começa o campeonato nacional?

— Só em fevereiro.

— O que é isso?

— É mais uma carta.

— Wow, Yan, você é tão popular.

— Hill, você ainda recebe cartas?

— Não, mas eu recebo alguns convites pra sair.

— E por que você não sai com nenhum deles?

— E por que você não responde nenhuma dessas garotas?

Bem, fazia todo o sentido. Hillary gostava de uma pessoa em especial e Yan simplesmente não gostava de ninguém. Então não havia sentido em responder qualquer uma daquelas cartas.

O primeiro sinal tocou e dez minutos depois, o segundo. Dava-se início os testes do segundo bimestre.