High School: Here We Go Again - Interativa escrita por RP C


Capítulo 13
Tortinhas de Chocolate e Ciúmes de Halloween


Notas iniciais do capítulo

Olá! Era pra eu postar no sábado, mas o Tio M. esqueceu de postar, me matem x.x
Mas aqui está o capítulo novo! Um agradecimento especial a Johnatan pelos comentários nos últimos capítulos! A música de hoje é Rain - Mika.



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– Segure minha mão.
Ethan tentava a todo custo fazer com que Marco segurasse sua mão, mas este se recusava. Desde que um vizinho preconceituoso bateu na porta da casa do jovem reclamar sobre o quanto a sexualidade dele era repugnante, ele estava pra baixo e não queria fazer os programas que costumava fazer sempre com o namorado.
– Eu não aguento ver vocês dois de namorico na minha porta, seus moleques sujos - havia dito o velho preconceituoso.
– Primeiro, não estávamos fazendo nada, apenas sorrindo de um vídeo. E segundo, não estávamos na sua porta. Estávamos no quintal do Marco, você é quem foi o curioso intrometido de olhar por cima da cerca, seu velho abusado. Cai fora da nossa porta!
Marco bateu a porta na cara do vizinho sem pensar duas vezes, mas ver que ainda existia um grosso preconceituoso morando na casa ao lado que sempre cuspia no chão quando ele passava era algo que o deixava para baixo e dificilmente ele levantava com rapidez. Apesar de ser o único que se incomodava, aquele velho que insistia em dizer que Marco era repugnante era o mesmo que costumava brincar com ele no gramado quando o mesmo tinha cinco anos de idade.
– Não fique assim por causa dele - Ethan parou de andar, se posicionado na frente do namorado. Segurou em seus ombros e depositou um beijo rápido na bochecha do menor.
– Ya! - Marco gritou, colocando a mão na bochecha e corando.
– Não acredito que aquele velho está te impedindo de segurar minha mão - Ethan estendeu a mão para ele. Balançou ela esperando uma resposta... Que veio bem rápido, depois de Marco revirar os olhos e entrelaçar seus dedos com os do maior.
Ethan sorriu e ambos seguiram em direção a tão gostosa confeitaria da cidade, que se tornou o lugar favorito de Ethan.
– Hello, Cameron.
– Meu casal favorito! Vão querer o de sempre?
– E mais sete cupcakes daqueles bem recheados, por favor.
Era um local cheio de rosa. Da cor rosa. Tudo era cor de rosa. Até o uniforme de Cam era rosa, mas como ele era sempre estiloso, não importa o que ele usasse, tudo ficaria muito bem nele e ele sabia disso. Mesmo aquele chapéu de cupcake ridículo. Ele tinha prazer em usar coisas assim porque sabia que ele ficava muito bem de qualquer jeito.
– E como vão as coisas com tal Clarinha? - Marco perguntou enquanto Ethan conversava com uma das atendentes. - Ou você perdeu a aposta?
– Não perdi, mas estou quase. Admito. Ela é mais difícil do que enrolar Woo. Ou ela se faz de idiota, ou de desentendida.
– Ou talvez ela não esteja na sua. Já pensou nessa possibilidade?
– Elas sempre estão afim de mim. Além disso, ela vem aqui todos os dias no meu turno, lógico que ela está afim de mim... Olha só o meu amorzinho entrando.
Marco virou para olhar uma jovem loira de cabelos encaracolados entrando na confeitaria. E como ela era mesmo bonita, estudava em uma das escolas públicas da região.
– Clarinha! - Cam gritou para a menina, que lançou um sorriso simpático pra ela.
– Opa, celular tocando, aproveite a garota - completou Marco, saindo na loja.
Clarinha estava pronta pra falar com Cam quando Ethan a interrompeu.
– Já paguei a conta, será que posso ter meu pedido agora? - Ele falava num tom brincalhão. Cam bufou e piscou para Clarinha antes de ir até a cozinha pegar o pedido.
Mas Clarinha sequer percebeu Cam saindo já que estava ocupada demais olhando para Ethan e sorrindo como uma boba.
– Oi! - Ela disse quase pulando em cima dele.
– Oi - Ethan deu um passo pra trás.
– Sou Clarinha. Então você é o Ethan? - O moreno confirmou com a cabeça. Clarinha segurou em sua mão. - Eu sempre observava você de longe, venho aqui todos os dias só pra ver se consigo ter a chance de topar com você...
– Entrega! - Cam mordeu os lábios. Entendeu tudo. - Agora eu sei o motivo de perder a aposta. Saco.
Ethan puxou sua mão e pegou suas tortinhas de chocolate e os cupcakes.
– Cadê o Marco? - Ethan percebeu que o loiro já não estava por perto - Cadê?!
– Se acalme, apaixonadinho, ele está lá fora no celular. Agora vai, xô.
O moreno saiu da loja e Clarinha ia fazendo o mesmo, mas Cam a interrompeu.
– Clarinha, minha linda. Está indo atrás da pessoa errada...
– Do que você está falando? - Ela deu de ombros.
– Você está afim do cara mais comprometido dessa cidade.
– Ele tem... Namorada? - Indagou a garota, já olhando triste para o lado de fora.
– Ele tem namorado.
– Ele é gay?!
– Não, não... Ele é Marcossexual. Desiste. Se não for o Marco, não é ninguém.
– É o que vamos ver.
Clarinha saiu da loja, procurando Ethan e toda a sua glória. Clarinha sempre conseguia o garoto que quisesse e não seria um tal de Marco que iria impedir que ela ficasse com um. Era a primeira vez que gostava de verdade de alguém e isso era motivo suficiente pra resolver lutar por ele, mesmo que fosse contra o namoradinho dele. Ela então o enxergou já atravessando um quarteirão. Do seu lado andava um garoto um pouco mais baixo que ele, loiro.
– Ethan!
O casal parou de repente enquanto a menina corria na direção de ambos. Ela parou um pouco para respirar. O moreno perguntou rapidamente o que ela queria e um sorriso antecedeu a resposta.
– Clarinha? - Marco indagou.
– Ela é a Clarinha?
– Você me conhece? - O rosto da menor de iluminou.
– Cam vive falando de você! Quer saber alguma coisa sobre ele?
– Eu... - Então ela olhou para Marco e subiu uma sobrancelha. - Será que pode nos dar uma licença? É particular.
Ethan não demorou em segurar na mão de Marco, que bufou com ironia. - O que quer que tenha pra falar, fale na minha cara também.
– Não!
– Então não fale pra nenhum.
Marco, completamente tomado pelo ciúme puxou o namorado e ambos retomaram o caminho para casa. Ele pisava pesado, com muita raiva.
– Por que você namora um garoto? - a gritou de longe, atraindo olhares.
– Porque eu o amo - e a resposta final do maior gerou alguns sorrisos nos olhares curiosos, todos voltando aos seus afazeres.
Marco continuava andando sem olhar para trás, mas quando Ethan viu seu enorme sorriso, percebeu que ele já não era mais tão desconfiado como costumava ser com o romance deles. Existia amor verdadeiro e era o suficiente.

Lily experimentava um tteobbokki sentada no balcão da cozinha foi apartamento de Jared Maincroft. Ele experimentava reproduzir um dos pratos mais comuns da culinária coreana, e um dos mais pedidos no refeitório da escola.
– Muito picante, muito - concluiu a loirinha, tomando um grande gole de água gelada. - Mas por que você quer tanto fazer tteobbokki?
O professor respirou fundo e se sentou em uma cadeira.
– Foi a e condição do Jon. Caso contrário ele não vem no jantar.
– Por que precisa que ele venha no jantar.
– Sei que parece meio antiquado, mas com ele aqui fica mais fácil da minha família aceitar qualquer coisa... Fora que minha mãe quer muito que ele compareça.
– Então nós precisamos comprar mais ingredientes porque esses daqui já eram... - Ela sorriu e desceu do balcão. Pegou sua bolsa e ambos seguiram para fora do apartamento afim de comprar mais ingredientes.
Após passar um cachecol no pescoço da menor, ambos saíram do prédio de mãos dadas. Jared depositava um beijo nos lábios de Lily quando alguém a reconheceu.
– Lily?
– Papai?
Como um movimento involuntário, ambos soltaram as mãos como se ele não pudesse vê-las entrelaçadas. Lily ficou mais branca do que o normal quando viu seu pai ao lado da madrasta. Por algum motivo, a mulher não parecia nada surpresa. Na verdade, ela segurava um sorriso.
– Você... - O homem com bigode começou, ao olhar para Jared.
– Pai, esse... Esse é Jared...
– Jared Maincroft, sr. Cockburn - esticou a mão para o pai da amante, que a apertou sem pensar duas vezes. Jared estava tremendo.
– Você - o homem não demorou em associar imagens - é ex professor dela, certo?
Lily olhou para Jared que estava mais do que assustado.
– Lily, querida. Venha pra casa comigo, certo? Acho que seu pai precisa ter uma conversa de homem com o sr. Maincroft. Vamos - a madrasta da garota esticou a mão, segurando no ombro da loirinha.
– Mas...
– Vamos, acabei de comprar frutas. Vamos fazer uma salada.
Lily se virou pra dar uma última olhada naquela situação. O pai de Lily ainda estava sem palavras diante de tudo aquilo, mas ainda havia muita coisa para ser dita.

– O que houve com você?! Está completamente acabado... - Jon Woo se assustou assim que entrou na cafeteira e se deparou com um Jared com a boca inchada e um olho roxo. Havia um corte na sobrancelha e o nariz deixara um rastro de sangue.
– Eu fui nocauteado por um cara de quase 60 anos.
– O pai da Lily tem 62.
– Cala a boca, Baek Jon Woo.
– Eu avisei você.
– Cala a boca. Eu não chamei você pra ficar jogando as coisas na minha cara. Se fosse assim eu não teria implorado pro pai da Lily parar de me bater.
– Mas eu...
Jared acabou cansando dos sermões de Jon e o chutou por debaixo da mesa, fazendo o coreano reclamar.
– Se não calar a boca, eu mato você.
Por um momento, eles ficaram em silêncio. Jared apoiou a cabeça na mesa e continuou com o saco de gelo em cima do ferimento da bochecha esquerda. Naquela hora, era pra ele estar fazendo um chocolate quente para os dois em seu apartamento. Assistiriam um filme e ficariam com as pernas embaixo de um lençol na frente da TV.
– Vai cancelar o jantar?
– Não. Minha família vem de longe só pra jantar comigo.
Jon passou a mão nos cabelos negros de Jared. Estavam sujos de terra.
– O que ele falou? Jerry, o que ele falou?
– O que acha? Lógico que ele me mandou ficar longe da filha dele. Ele disse que eu a seduzi. Tá, eu a seduzi. Mas eu não sou um maníaco pervertido, droga, eu amo aquela garota.

Em casa, Lily olhava o teto do quarto enquanto o pai batia a porta com força. Ele havia gritado horrores, mas a garota não escutou nenhuma palavra. Ela precisa a ver Jared, tinha um jantar pra ir, tinha um tteobbokki pra fazer, pessoas para conhecer. O pai sequer a escutou.
Não passava nem das oito da noite e ela já estava de castigo no quarto.
A madrasta começou a bater na porta. Não tinha tranca, então qualquer um poderia entrar quando bem entendesse. Mas ela sempre batia batia e esperava uma resposta, que dessa vez não veio.
– Talvez você não queria conversar, mas...
– Talvez eu queria conversar - ela se virou na cama.
A mulher entrou e fechou a porta, caminhando lentamente até a cama. Ela se sentou no chão, ficando cara a cara com a menina.
– Aquele é um baita de um homem... Que músculos eram aqueles, menina?
Lily ficou vermelha, se encolhendo ainda mais na cama, fazendo a mais velha sorrir.
– Olha, sei que não nos entendemos muito bem no começo, mas eu não sou tão ruim assim.
– Eu sei. Você viu ele me beijando naquele dia e nunca disse nada pro papai.
A mulher sorriu maliciosamente.
– Hmm, então era mesmo ele. Eu o tinha visto na escola quando fui conhecer com seu pai. E se quer saber, ele é um baita de um pretendente.

No dia do jantar, na quarta feira da semana seguinte, a família de Jared apareceu, cada um trazendo um prato diferente. O apartamento se tornou minúsculo com tanta gente. Haviam os pais, alguns tios, os primos e seus filhos, seus irmãos e sobrinhos. Jared era de longe o filho mais novo de Sarah e Rolan Maincroft. Todos os seus irmãos estavam com mais de trinta e já tinham suas famílias.
– Meu filho, - começou a simpática Sarah com sua preocupação de mãe - por que mora em um lugar tão pequeno?
– Mãe, não reclama, meu apartamento é bem maior do que o do Jon.
– E por que não moram juntos? - perguntou o pai.
– Um gato de rua é mais limpo que ele.
– Cheguei, família Maincroft - Baek Jon Woo chegara um pouco depois do combinado, mas pelo menos ele trouxe seu famoso tteobbokki, já que Jared sequer lembrou de fazer outro.
A família estava ansiosa para reverem Baek Jon Woo. Jared e ele são bons amigos desde a faculdade e nunca mais se separam.
– Eomonni, abeoji! - correu em encontro dos Abraços dos mais velhos. - Quanto tempo!
Nem era preciso dizer que o tteobbokki de Jon Woo foi o prato mais apreciado do jantar, mesmo não sendo o prato principal. Apesar de Lily não estar presente, Jared teve um alívio passeando pela espinha e pelos pensamentos. Não a manteve muito tempo na cabeça durante os jantar, quase se esquecendo do motivo da garota não estar presente. Sua família estava ali e no momento era a coisa mais importante.
Já rumando a sobremesa tão esperada, Jared pediu licença e saiu da mesa, indo até a cozinha buscar a torta de limão. Jon Woo já estava lá pegando colheres e pratos para servi-la quando a mãe Maincrof apareceu, já perguntando algo que não deveria ser lembrado naquele jantar.
– Onde está a garota que disse que iria nos apresentar?
Jared respirou fundo, depositando a torta em cima do mármore.
– Bem, - quem começou a explicação foi Jon - ela... Não pode comparecer hoje porque... Bem...
– Porque o pai dela descobriu que o namorado dela foi professor dela nos três últimos anos letivos.
Ele sequer olhou para mãe quando terminou. Sara Maincroft abriu a boca, entrando não emitiu um som qualquer. Acabou engolindo as palavras.
Quem falou foi Rolan, que entrou na cozinha no momento em que Jared falava.
– Você está namorando uma aluna?
– Na verdade, eles começaram a namorar depois que o novo ano letivo começou - Jon mentiu ao pai do melhor amigo. - Começaram a sair depois no início de setembro.


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Notas finais do capítulo

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