High School: Here We Go Again - Interativa escrita por RP C


Capítulo 12
Uma Garrafa de Vodka e um Joseph


Notas iniciais do capítulo

I'm Back! Eu tenho uma lista de desculpas pra vocês, mas como tenho um trabalho pra terminar e o que me distraiu nesse momento e me trouxe até o ponto de postar este capítulo - que eu postaria apenas no fim do dia - foi a droga do whatsapp. Peço um pouco mais de tempo para que eu possa responder os comentários. Obrigado por esperarem esse capítulo, e aos que sentem saudades do casal Jared e Lily, vão ficar contentes em saber que os próximos capítulos serão dedicados a eles. Sem mais delongas, a música deste capítulo é Cushion - Sonamoo. Leiam as notas finais!



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Era por volta de nove da noite. As ruas da cidade ainda estavam cheias de gente, principalmente com o fato de ser sexta feira.
Depois de perder uma aposta em um jogo de cartas para Warren, Isabelle topou sair com ele e os colegas de classe. Todos estavam usando algum acessório que ostentasse o símbolo da escola. O filho do prefeito estaria dando uma de suas famosas festas perto da igreja e todos os alunos do departamento de ensino médio e universitário eram convidados. Há poucos metros de distância do grupo, que era formando, além de Isabelle e Warren, pelos gêmeos de cabelos prateados, Crystal e os "irmãos" Elizabeth e Lucas.
Leon foi o primeiro a notar um jovem com um moletom em vinho que esbanjava o símbolo da escola, mas Isabelle foi a primeira a correr até o colega de classe.
– Joseph!
O jovem tímido se assustou com o grupo que vinha em sua direção, mas se acalmou quando viu que uma deles era Isabelle.
– O que faz aqui?
– Eu esqueci que o dia de leitura é só amanhã... De poesias. - Se apressou em explicar: - Eles convidam alguns pequenos escritores para lerem algumas de suas obras... Essa semana é poesia.
– Ah, agora entendo. Então, já que você se precipitou, que tal ir com a gente até a festa do filho do prefeito?
– Filho do prefeito? Aquela festa perto da igreja onde só os convidados podem ter acesso? - Ele enfatizou a palavra "convidado", mas Warren sorriu.
– Todo e qualquer aluno de Dong Si pode comparecer. Basta usar algo que identifique a escola. É melhor do que ficar esperando o dia da poesia sentado aí.
Ele sorriu e continuou a caminhar, sendo acompanhado por Crystal, que não estava lá muito animada pra festas cheias de álcool.
– Vamos logo - Isabelle fez o garoto se levantar e seguir junto dos outros.
– Certo, certo, não precisa me empurrar...
Isabelle segurou no braço do jovem e ambos andaram lado a lado, enquanto os outros iam mais a frente, perdidos em um assunto qualquer. Joseph observava os jovens sorrindo e logo os reconheceu Crystal, Leon e Warren como sendo alunos da sala ao lado.
– Eu costumo jogar cartas com ele no tempo livre - Isabelle explicou quando percebeu que Joseph os observava com bastante atenção. - O mais alto é o Warren. Ele é meio esquentadinho às vezes. Depois vem o Leon e a garota no meio deles é a Crystal. Ela não é bonita?
Joseph apenas balançou a cabeça. Sim, ela era muito bonita. A beleza dela era exótica. Até mesmo mais bonita que Hillary. Mas a sua atenção não ia apenas para a morena. Ela era dividida com Warren. O jovem não sabia em quem prestava atenção, em Warren ou Crystal? Tentava desviar o olhar, mas não conseguia.
– Carona, pequenos viajantes?
Uma quatro por quatro parou para o grupo.
– Cam? - Isabelle e Joseph disseram juntos.
– Você tem uma quatro por quatro? - Warren indagou ao jovem de topete.
– Cameron anda sempre com o melhor - respondeu, convencido. - Rapazes vão no perigo, damas no carona, sempre seguras comigo.
– Por que o Aaron vai aí dentro?
– Por que o algodão doce tem área vip. Sacou? V.I.P.. Anda, subam logo.
Warren deu de ombros e subiu na parte de trás com Lucas e Leon. Joseph ficou com um pé atrás sobre subir ali. Warren não demorou em esticar uma mão para o menor, que lançou ao maior um sorriso tímido, segurando em sua mão e subindo ali.
– Mamãe! Pelo amor de Deus! Já disse que não vai acontecer nada! - Aaron conversava com a mãe no celular, tentando acalmar a mulher. Ela queria que ele voltasse pra casa, mas era lógico que ele não faria isso. Iria para a festa, era a primeira vez que iria. - O Cameron vai deixar todo mundo em casa. Aquele Cameron. Sim, esse. Glória, certo. Certo. Tchau, mãe.
– Quem disse que vou deixar todo mundo em casa?
– Eu disse - respondeu Aaron, sem tirar os olhos da tela do celular.

Landon Johnson era um cara que realmente sabia dar festas, apesar de raramente ser visto nelas. O filho do prefeito costumava aparecer em suas festas e sumir cinco minutos depois, sendo que apenas os amigos mais íntimos conseguiam ver ele nessas festas. O garoto fazia Direito no departamento universitário de Dong Si e tinha certo apreço pelo nome. Logo, todos que tinham uma jaqueta ou moletom ou qualquer acessório que comprovasse que estudasse na escola, era automaticamente um convidado.
Mas talvez aquele não fosse um lugar tão bom assim pra festas... Ou talvez fosse.
Ficava, literalmente, no meio da floresta, já saindo dos limites da cidade. Os convidados entravam em uma estrada de terra perto da igreja e seguiam direto. Até o fim da estrada. E seguiam o resto a pé.
Era um cheiro incontrolável de bebidas e cigarros. Havia uma grande fogueira e um carro de som.
Joseph respirou fundo e colocou as mãos no bolso.
– Esse é definitivamente meu tipo de lugar - Elizabeth anunciou, já se afastando do grupo atrás de alguma bebida.
– Ei, - Lucas chamou sua atenção - se você acha que vai beber, está muito enganada... Volta aqui! Liz!
Lucas foi correndo atrás da meia irmã, que já entrava na multidão de jovens.
– Afim de alguma bebida, Crystal? - Leon perguntou a morena que estava ao seu lado. Ela deu de ombros e aceitou.
– Tony não veio? - Joseph indagou Isabelle.
– Não, ele teve um jantar de família. Por isso que Hillary não veio.
Eles precisavam gritar para que o outro escutasse alguma coisa. Era uma baixa de uma festa, estavam todos bêbados, felizes, dançando, estavam esquentados por causa da fogueira e ninguém se importava com o fato de estarem numa floresta escura e cheia de bichos.
Landon Johnson sabia mesmo dar a festa.
– O que os encrenqueiros da Hollister fazem aqui? - Cam bufou, cruzando os braços.
– Hollister?! - Aaron indagou ao mesmo tempo que Ninally. Pareciam procurar alguém.
– Provavelmente pularam o muro daquele hospital psiquiátrico.
– Pare de falar assim da escola deles. A educação é muito boa, okay?
– Boa é a minha mãe. São todos uns animais.
– Você é mesmo imbecil.

Eram duas e quarenta e sete da madrugada.
– Os pais dele vão matá lo. Ele olhava o amigo com a cabeça do lado de fora da janela do carro. - Eles são conservadores demais. Ele já era.
– Ele pode ficar na minha casa sem problemas. Amanhã ele vai pra casa.
– Não é problema meu de qualquer forma. Ou melhor, ele vai morrer de um jeito ou de outro. Dormindo em casa ou não. Ou talvez seja melhor ele dormir mesmo fora de casa?
– Você fala demais. Deixa que ele fica aqui em casa mesmo. Apenas dirija pra casa, vai.
Cam, como Aaron o fizera prometer, deixou todos em casa. Joseph seria o último, mas o trabalho de Cam terminou uma carona mais cedo, já que ele precisou não poderia ir pra casa. Ele mal se aguentava em pé.
– Segure firme, estamos quase lá.
A casa de Warren não era de dois andares como a de Joseph, o que era muito bom para ambos já que não precisariam subir escadas até o quarto de Warren, que por acaso ficava apenas no fim do corredor.
– Agora descansa aí. Boa noite, senhor bêbado.
Joseph virou na cama de repente antes de Warren sair do quarto.
– Ei, você, cara do cabelo bonito, você...
– Eu o quê? - O maior se virou.
Joseph o chamou com a mão, todo desengonçado. - O que?
– Se abaixa aí.
Warren o fez. E quando encostou no chão do quarto, Joseph tocou seus cabelos. Ele se assustou com o gesto, mas não se afastou.
– Bom garoto, agora me deixa dormir.
E se virou para o lado da parede. E dormiu.
Warren ainda ficou um tempo ali, observando aquele minúsculo corpo encolhido na cama contra a parede do seu quarto.
Roncando alto.

No sábado de manhã, Jared tomava um de seus frapuccinos diários ao lado do melhor amigo, Jon Woo, na cafeteira de sempre.
– Você sabe que eu nunca concordei com isso.
– Você é sempre um bom amigo, sempre me dando bons conselhos.
– Pena que você nunca os seguiu.
– Porque são caretas e detestáveis.
– Pelo menos você não iria pra cadeia se seguisse eles.
– Você me trata como um criminoso.
– E você me trata como um trouxa. Jared, eu estou falando sério. Mesmo que ela não seja mais sua aluna, acha que o sindicado concordaria quando descobrisse que você começou a sair com ela quando ainda era sua aluna? E os pais dela? Quer mesmo perder tudo por causa de uma garota?
Jared deu mais um gole no seu habitual café.
– Eu amo essa garota.
– Eu desisto de você. E não vou te visitar na cadeira. E tira essa barba. Seu babaca.
– Lily gosta dela.
Jon Woo revirou os olhos pela décima vez apenas naquela conversa. Tentou alertar o amigo do perigo que era sair com uma aluna - ex no caso - e em como perderia tudo se o sindicado descobrisse - quase quase a mesma coisa que falava para si mesmo sobre Nina. Pelo menos ele era inteligente o suficiente para ouvir seus conselhos, mas Jerry por outro lado.
– Eu não vou fazer parte disso...
– Quer saber? Não precisa ir. Sério - Jared Maincroft levantou, tirando uma nota de 10 e colocando em cima da mesa. - Preciso ir corrigir provas. Afinal, nós professores não podemos ter vida social, apenas corrigir provas em um fim de semana sem nuvens no céu, mesmo que esteja começando a fazer frio. Espero que morra congelado.
– Você está agindo como uma grande criança barbuda!
O sino da porta tocou e ela bateu. Jon Woo comeu mais um do seu pão de queijo, olhando o amigo atravessar a rua. O sino da porta tocou e ela abriu mais uma vez.
Nina entrou na loja ao lado de Cameron.
– Soossaenim! - Cam sorriu ao ver o homem, se curvando como cumprimento. Nina fez o mesmo, lançando ao mestre um sorriso pequeno. - Como vai o senhor?
– Eu vim ver o professor Jared, mas ele já foi...
Cam puxava assunto, apesar de Woo não estar prestando tanta atenção assim. Nina deu a volta pelo jovem de topete e foi em direção ao balcão, para fazer os pedidos.
– Cam, venha logo fazer os pedidos. Rápido.
Mais uma vez eles se curvaram e Jon os lançou um sorriso. E olhou pra janela. Seu melhor amigo precisava dele. Jon tinha um jantar para comparecer. Ele tirou uma nota, deixou em cima da mesa e mais uma vez o habitual sino tocou. Mas a porta não bateu.
– Ei, você não é aquela jovem que tocou aqui um outro dia? Com o Gary?
Gary? Jon virou a cabeça rápido demais. A atendente estava sorrindo pra ela.
– Sim, acho que era eu sim... - Nina sorriu, parecendo tímida.
– Foi tão bonito, os clientes adoraram. Não sabia que ele tinha namorada. Como ele está?
– Não, não - Ela se apressou em dizer. - Ele não é meu namorado, eu sequer o conheço, mas... Ele costuma muito vir aqui?
– Costuma. Ele sempre vem, mas algumas vezes ele some do nada e depois reaparece como se nada tivesse acontecido.
– Então aquele dia foi o último dia que o viu?
– Bem, um casal veio aqui pouco depois que você saiu. Acho que eram seus pais. E dois enfermeiros também. Do hospital universitário. Eles estavam muito sérios, mas o Gary abriu os braços e sorriu pra eles. Ele parecia muito feliz. E então ele não voltou mais.
– Ei, você está me traindo com um cara chamado Gary? Quem no mundo se chama Gary? - Nina beliscou o braço do colega de classe. Até mesmo havia esquecido que ele estava ali.
– Quem é sua namorada, quem, pra estar te traindo? Apenas pague a conta.
A porta bateu. Nina não olhou quando Jon saiu. Ao invés disso, olhou para o piano.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, espero os comentários de vocês! Essa semana não terá mais um capítulo de High School, porque estou focando na minha outra fic, Casos e Acasos de uma Lúcia que está em sua reta final. Então até semana que vem! Beijos e abraços do Tio M.!



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