Tapiando o Destino escrita por caroline_03


Capítulo 25
O tour furado.


Notas iniciais do capítulo

Gente, nesse capítulo vocês vão conhecer um pouco mais do meu gosto músical... HAHAAHAHAH espero que não se assustem! :(
aviso no fim...



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Dei uma espiada para fora do banheiro. Jackson ainda estava dormindo na cama com a TV ligada. Respirei fundo e peguei meu cartão do quarto, correndo para a porta com o celular na mão e o cartão de crédito na outra.

Eu ia matar a Clara!

Eu ia matar o Jackson.

Não! Melhor... Eu ia ME matar!

Olhei para os dois lados do corredor, vendo que ninguém passava por ali naquela hora. Também, pudera... Eram onze horas da manha, pessoas normais deveriam estar dormindo... Ou no meu caso fugindo, mas isso não vem ao caso.

Disquei o número de Clara, que já sabia de cor, e corri para o elevador. Faltava pouco tempo para o almoço...

-alô? –a voz de Clara parecia sonolenta.

-CLARA! –gritei alto de mais, recebendo um olhar fuzilador de alguns hospedes.

-ai meu ouvido! –ela murmurou. –diga Maggie.

-como assim “diga Maggie”? Eu estou à beira de uma crise existencial e tudo o que você tem a me dizer é: “Diga Maggie”? –falei, tomando cuidado para não gritar outra vez.

-crise existencial? –Clara ecoou. –do que diabos você está falando?

-você sabe muito bem! –sussurrei furiosamente.

-ah, entendi... –ela fez uma pausa para bocejar. –é a divisão de quartos, não é? Eu disse ao John que essa não era uma boa idéia. Se você quiser...

-você e o John planejaram isso? –falei alto de mais, novamente recebendo um olhar assassino das pessoas, mas dessa vez nem me importei. Apenas saí do elevador, olhando em volta.

-não, é claro que não... Maggie, onde você está? –ela perguntou parecendo se lembrar desse detalhe.

-andando pelo hotel, está quase na hora de almoçar. –suspirei.

-vá à recepção, eu te encontro lá em cinco minutos... Ahn, talvez em dez! –ela riu um pouco quando terminou de dizer.

-tudo bem. –respirei fundo, olhando em volta mais uma vez.

 

Clara apareceu alguns minutos depois, com os cabelos todos desarrumados e com cara de quem tinha corrido escadas a baixo. Ela ainda me olhava com uma cara de quem não estava entendendo porcaria nenhuma, mas manteve o controle.

-então...

-como você fez isso comigo? Eu estou à beira de me jogar em um precipício. –me queixei olhando ao redor.

-desculpe. –ela pediu franzindo a testa. –mas eu realmente não achei que você ir ter uma coisa. –ela riu baixinho. –achei que não ia se importar...

-na verdade não me importo em dividir o mesmo quarto com Jackson... –respondi, sentindo minhas bochechas pegando fogo. –me incomodo por não ter ninguém por perto!

-como é? –ela ergueu uma sobrancelha.

-é que... Bem, Jackson tem pulado a janela de meu quarto quase todos os dias durante a noite. –suspirei, sentindo todo meu rosto ficando ainda mais vermelho.

-bem, então qual é o problema? –agora sim Clara parecia estar perdida. Ela me olhava como se eu fosse louca, ou alguma coisa do tipo.

-é que Eric sempre está no quarto ao lado e minha mãe...

-calma aí! –ela ergueu as duas mãos, me puxando para um canto vazio onde ninguém poderia nos ouvir conversar. –quer dizer que você e Jackson ainda não... Você sabe...

-não! –arregalei os olhos. –é claro que não!

-mas... –ela franziu a testa, coçando o queixo. Clara ficou muda por algum tempo, apenas pensando a respeito. –estranho...

-estranho por quê? –revirei os olhos cruzando os braços sobre o peito. –não tem nada de estranho nisso!

-na verdade tem sim! –ela sorriu. –se vocês têm dormido juntos todas as noites, qual é o problema de passar mais uma? Eu posso apostar que ele não vai te estuprar caso você não quiser fazer nada...

-mas...

-e depois Maggie você não é nenhuma Madre Tereza. –ela deu um tapinha em meu ombro. –mas vamos dar um jeito nisso... Vamos nos manter ocupados durante todo o dia, assim você não vai correr nenhum risco! –ela revirou os olhos. –mas eu ainda acho que você...

Suspirei pesadamente e desviei o olhar por um segundo, vendo todo o ambiente tranqüilo, enquanto John e Jackson... EPA! Enquanto John e Jackson se aproximavam de nós sorrindo abertamente. Tampei a boca de Clara com uma das mãos.

-AH! OHMNS AHNSO! –ela reclamava tentando tirar minha mão de sua boca.

-SHIU! –fiz sorrindo sem graça para os meninos.

-está tudo bem? –John perguntou erguendo uma sobrancelha. Clara arregalou os olhos.

-claro que sim. –ri sem graça. –a Clara só se afogou com a própria saliva... Sabe como é, essas coisas acontecem! –Clara começou a assentir freneticamente agitando as mãos.

-Maggie, acho que você está a sufocando. –Jackson riu, segurando meu braço.

Clara respirou fundo, aliviada, enquanto eu novamente sentia meu rosto pegar fogo olhando para Jackson, que ergueu uma sobrancelha para mim. O que eu iria dizer? Que eu estava profundamente envergonhada? Como se já não fosse obvio.

-está na hora de almoçar, o que vocês acham? –John falou abraçando Clara por trás. Pela visão periférica eu pude ver a atendente da recepção passar por nós encarando Jackson. Trinquei os dentes e forcei um sorriso.

-acho ótimo! –comecei a puxar Jackson pela mão até a porta, onde seria seguro mantê-lo, sem que aquela uma ficasse o olhando. Fala sério! É cada uma que me aparece!

Continuei bufando e andando, sem soltar a mão de Jackson por nem sequer um instante. Eu tinha certeza que, se ficasse mais um instante naquela maldita recepção tinha certeza que ia voar no pescoço daquela coisinha... Ou não me chamo Megan Fuller! Deve ser TPM, só pode!

-Maggie, tenho certeza que a recepcionista não pode mais nos ver. –Jackson disse rindo, puxando minha mão para que eu parasse de andar tão rápido.

Fiz careta novamente, erguendo uma sobrancelha para ele. Clara ria descaradamente, enquanto John fazia careta passando a mão sobre sua barriga. Suspirei pesadamente, olhando pela primeira vez aonde tínhamos parado.

Parecia ser uma daquelas casas de passeios turísticos que tem pelas cidades. Jackson olhou o mesmo que eu. Um menino, que aparentava ser bem novo, entregou um panfleto.

 “Conheça as maravilhas da cidade de Dallas!

Passeio turístico pelos arredores da cidade, com almoço, lanche e brindes inclusos.

Volta prevista para: 18:30”

Bem, me parecia uma boa maneira de passar o dia se você quer saber. Jackson e eu trocamos um olhar interessado, enquanto Clara já pulava de animação. No panfleto tinha desenhos de cachoeiras e trilhas com lindos trechos.

-gente! Isso é tudo que estávamos procurando! –Clara bateu palmas dando pulinhos, olhando diretamente para mim ao dizer isso, é claro.

-eu não sei... –John disse franzindo a testa. –acha que...

-está louco? –Clara colocou as mãos na cintura. –é lindo! É perfeito! É magnífico!

-eu acho uma boa idéia. –Jackson falou sorrindo, segurando minha mão. –o que você acha Maggie?

-adorei a idéia! –mesmo que eu odeie qualquer coisa relacionada com mato, insetos e longas caminhadas.

-espero que eles tenham um daqueles almoços para já! –John deu de ombros.

-quanto é? –Jackson perguntou para o menino, apontando o panfleto.

-vinte e cinco dólares! Paga adiantado! –o menino com cara de sono deu de ombros.

Vinte e cinco dólares? Com almoço incluso? Me parecia suspeito, mas não quis comentar. Seria pior se ficássemos trancados no hotel durante todo o dia. Tirei o cartão do bolso e o menino fez careta.

-sinto muito, não aceitamos cartão.

-eu pago para ela. –Jackson disse tirando a carteira do bolso de trás da calça. Arregalei os olhos para ele e coloquei as mãos na cintura. –depois você me paga! –ele revirou os olhos rindo. –mas vou ficar sem dinheiro pelo resto do dia.

-estou na mesma situação que Maggie. –Clara disse mostrando o cartão. –e John vai ficar como você! –ela riu apontando para Jackson.

Alguma coisa me dizia que era bom levar algum dinheiro extra para o caso de uma emergência. Olhei para a fachada da agencia e dei de ombros. Parecia ser confiável, pelo menos.

O menino pegou o dinheiro e apontou para a rua, onde lá na esquina estava parado um ônibus grande, muito bem arrumado. Nós sorrimos, sem acreditar na sorte que tínhamos conseguido.

Bem, mais ou menos...

(http://www.youtube.com/watch?v=tBQ0_9IFzU0 escuteeeeeem! ++ CARA, EU AMO ESSA MÚSICA!)

Paramos na porta do ônibus, arregalando os olhos e deixando que um gemido escapasse. Se por fora o ônibus mais parecia uma casa super luxo ambulante, por dentro, parecia uma carroça.

As janelas (que eram escuras do lado de fora) tinham crostas de terra grudadas. Os bancos algum dia fora de um azul escuro porque naquele momento estavam mais para marrom do que qualquer outra cor.

-ainda dá tempo de pedir o dinheiro de volta! –John sussurrou atrás de mim.

-FECHANDO AS PORTAS! –Uma voz grossa gritou, fazendo com que todos nós déssemos um pulo.

Uma senhora de cabelos bem brancos, que não tinha nenhuma aparência de que era uma velhinha boazinha, veio andando, nos empurrando nas poltronas. John foi parar do meu lado, enquanto Clara fora jogada para o colo de Jackson. Ambos deram um pulo e Clara se sentou, com cara de nojo, na poltrona suja.

Olhei para os outros bancos, encontrando apenas uns três passageiros além de nós. Nenhum deles tinha cara de animação, ou alguma coisa do tipo. John ao meu lado engoliu em seco, enquanto a senhora voltava do fundo do ônibus, trazendo um carrinho, com alguma coisa coberta, que rangia estridente.

-abre a janela, abre a janela, abre a janela! –John pediu pulando em cima de mim para tentar abrir. –ESTÁ TRANCADA!

-isso é para não entrar terra no ônibus menino! –a velhinha falou, tirando o pano branco (que agora eu podia ver que tinha manchas amarelas e vermelhas em todo o tecido) de cima do carrinho. –almoço?

Uma mosca pousou em cima daquilo que deveria ser um sanduíche. O pão estava meio esverdeado, e aquilo que eu julguei como presunto tinha um tom esbranquiçado. Ouvi John engolir em seco, enquanto eu tentava fazer com que meu estomago voltasse para seu lugar.

-não, não, obrigada. –falei sentindo um fio gélido de suor descer pela minha testa.

-eu sou vegetariano micro-biótico*! –John disse sorrindo abertamente. Um sorriso muito falso se quer saber.

*Vegetariano Micro-biótico é aquelas pessoas que, além de vegetariano, ainda só come os grãos “vivos”, ou seja... Feijão sem cozinhar e Cia... 

-tudo bem, não sabem o que estão perdendo. –ela deu de ombros, olhando para Clara e Jackson que sacudiram a cabeça com cara de pavor.

John se sentou ao meu lado resmungando segurando a barriga com as duas mãos. Eu podia entender o lado dele. Estávamos morrendo de fome, tínhamos chegado de Beeville naquela mesma manha e não tínhamos comido nada desde o café da manha.

Eu comeria a primeira coisa que eu visse pela frente... Menos o John e os sanduíches da senhora.

Jackson fez sinal para mim de sua poltrona. Ele parecia apavorado e Clara... bem, Clara parecia estar na Disneylândia ambulante. Senti meu estomago embrulhar ao sentir o cheiro dos sanduíches.

-eu vou ter uma coisa! –murmurei para John prendendo o nariz com a mão.

-relaxa e finge naturalidade! –ele falou novamente, forçando um sorriso apavorado no rosto.

ISSO SIM É NATURALIDADE!

Ergui a cabeça e olhei para os outros passageiros, que mastigavam o sanduichinho da morte como se fosse apenas um pedaço de isopor. Senti meu estomago dar sinais de vida novamente.

-precisamos sair daqui! –falei vendo o ônibus se distanciando cada vez mais da cidade.

-eu tenho um plano! –John sussurrou, já se levantando e apontando um dedo para a velhinha. –você sabia que está violando o direito a vida desse pobre porco que agora é um presunto?

-hã? –a velha ergueu uma sobrancelha.

-é verdade! Esse presunto já foi um porco um dia! Ele teve vida, ele corria feliz pelos campos floridos, ele brincava com a família dele, ele pode ter tido filhos! O que vai ser daqueles pobres porquinhos sem um pai? O que vai ser da senhora porquinho sem o marido? Me diga! COMO PODE ASSASSINAR UMA POBRE CRIATURA INDEFESA DESSA MANEIRA? –John parecia ter realmente incorporado o personagem, já que seu rosto estava realmente vermelho.

-Bem, nesse caso... –a senhora falou coçando o queixo nos analisando com cuidado.

(...)

-ÓTIMO! –gritei vendo o ônibus se distanciar.

-bem, pelo menos nós nos livramos do ônibus. –John deu de ombros chutando uma pedrinha.

Senti todo o sangue do corpo correr para minhas bochechas. E ele realmente via aquilo como uma boa notícia? Nós estávamos a pé!  A QUILOMETROS DE DISTANCIA DA CIDADE! Provavelmente iríamos demorar um dia inteiro para chegar ao hotel... E tudo o que tínhamos eram dois cartões de crédito. Duvidava muito que alguma coisa ali aceitasse cartão.

-a intenção era chegar em segurança no hotel! –falei o fuzilando com o olhar. –E NÃO SER ABANDONADOS EM UMA ESTRADA DE CHÃO!

-sempre tão controlada. –Jackson sacudiu a cabeça rindo.

-AH, VÁ PARA O INFERNO! –bufei cruzando os braços, o que apenas fez com que a risada dele aumentasse.

-Maggie, ficar brava não vai resolver nossos problemas. –Jackson beijou meu rosto. –vamos andar...

-mas vai demorar anos... –choraminguei fazendo bico.

 Jackson sorriu abertamente, tirando uma mecha de cabelo de meu rosto e se abaixando para dar um beijo em meus lábios rapidamente. Depois ele se virou e se abaixou um pouco. Não pude deixar de notar que a camiseta branca estava toda suja.

-suba! –ele falou olhando por cima dos ombros.

-está falando sério? –perguntei piscando os olhos.

-hm, deixe eu pensar... É claro que sim, vamos logo! –ele disse com aquele sorriso de canto malicioso. Não pensei uma segunda vez, pulei em suas costas e ele me pegou, já começando a andar.

-amor, que tal nós tentarmos isso também? –Clara falou piscando os olhos para John.

-ótima idéia, vira aí! –ele disse já pulando sobre Clara.

Arregalei os olhos, mais impressionada pelo fato de Clara realmente ter agüentado com ele do que por John não ter entendido o que ela disse. Afinal, aquele era o John... Bonito... Mas uma porta de inteligência. Na verdade, desconfio que a porta fosse mais inteligente!

 

Andamos pelo o que me pareceu a eternidade. John segurava Clara nas costas, já que a mesma tinha o derrubado no chão depois de dois minutos andando. Jackson parecia firme, sem diminuir a velocidade que andava.

Quando o sol estava a pino, nossos estômagos já tinham roncado milhares de vezes e Clara estava com cara de enjoada pelos pulos que John dava, avistamos uma fazenda distante. A troca de olhares foi praticamente inevitável. Jackson e John correram com a gente até lá.

Desci das costas de Jackson e Clara fez o mesmo, já batendo palmas na porteira da fazendinha. Algumas vacas pastavam tranquilamente ali perto, e John as olhava com muito interesse. Um senhor saiu da casa, nos olhando meio desconfiado.

-boa di... Tarde senhor. –sorri abertamente. –será que o senhor poderia...

-EI! Nós poderíamos usar uma das suas vacas para fazer hambúrguer? –John sorriu abertamente. Vi o velhinho arregalar os olhos e tampei a boca de John com pressa.

-ele quis dizer...

-Vocês parecem famintos. –ele falou com a voz mansa, abrindo a porta inteiramente e vindo até nós. –como vieram parar aqui?

-bem, é complicado. –Jackson disse coçando a cabeça.

-visita turística por Dallas? –ele falou já sorrindo.

-ahn, como sabe? –Clara arregalou os olhos.

-bem, toda semana aparecem turistas por aqui. –ele riu novamente. –venham, vou achar alguma coisa para vocês comerem.

(...)

Depois de nos dar um sanduíche DE VERDADE para nós comermos, o senhor concordou em nos levar até um bar de um conhecido, onde passava ônibus para a cidade direto. Quando perguntei se os ônibus aceitavam cartão, ele simplesmente ficou me olhando como se eu viesse do planeta marte. “O que é cartão de crédito?” ele me perguntou.

Desisti!

-espero que façam um bom retorno. –ele disse, acenando da cabine de sua camionete, que era pequena demais para os cinco... O que fez com que Jackson e John fossem sentados na carroceria em feno.

-obrigada! –acenei feliz. –por tudo!

-disponham crianças! –ele sorriu novamente.

Entramos no bar e, novamente, quase saímos correndo. Estávamos bem mais perto da cidade agora, mas ainda assim era longe e demoraríamos a vida toda para chegar até lá. Muito provavelmente não chegaríamos a tempo do show.

O lugar era meio escuro. Alguns homens bebiam no balcão enquanto algumas garçonetes com roupas curtas andavam de um lado para o outro. Engoli em seco e senti toda a minha esperança se esvair.

-AH! MEU! DEUS! –ouvi John dizer.

Olhei para onde ele apontava e deixei a boca cair. Era uma parede inteira com dedicatória a Celine Dion. Desde pôster, CDs autografados, fotos, roupas e até ingressos para shows. Arregalei os olhos correndo até lá.

-eu não acredito. –murmurei.

-ué, para que servem esses microfones? –John perguntou com um rodando nas mãos.

-deixe-me ver. –peguei nas mãos sorrindo que nem uma boba alegre

CARA! É CELINE!

John tirou outro microfone sei deus de onde e deu alguns pulinhos. Mais do que nunca eu tinha que admitir: ele era feito para Clara.

 

(http://www.youtube.com/watch?v=9CkKuA86Mis Música super necessária!)

Quando menos esperava a música romântica começou a tocar, e sem querer me vi cantando me balançando de um lado para o outro. John ao meu lado fazia a mesma coisa. Vi quando Jackson e Clara se olharam e se esconderam atrás de um cardápio, mas não dei bola.

-you were my strength when I was weak. –John cantou.

-you were my voice when I coulnd’t speak. –completei balançando a cabeça.

-YOU WERE MY EYES WHEN I COULND’T SEE!

-YOU SOW THE BEST THERE WAS IN ME!

Continuamos cantando distraídos. Nem acreditava que estava fazendo aquilo, ainda mais com John, mas estava tão divertido!

[Jackson]

Eu e Clara olhamos para as pessoas que assistiam minha linda namorada, que parecia estar bem entretida cantando desafinada com John, que eu nem tinha idéia de onde tinha saído a coisa de gostar de Celine Dion, mas tudo bem, e então tivemos uma idéia.

O dono do bar parecia ter uma queda pela cantora, e parecia estar bem satisfeito, então... Por que não abusar um pouco? Peguei o chapéu de um cara que estava completamente absorvido pela cantoria e comecei a sair, pegando algumas moedas de cinco centavos que tinha em meu bolso e colocando no chapéu para as pessoas entenderem para que servia.

Alguns nem se importaram, só tiraram do bolso o que tinham e jogavam no chapéu. Até o dono do bar ajudou, colocando cinco dólares lá dentro. Clara dava pulinhos contando superficialmente as notas de um e dois dólares.

Quando o chapéu já tinha passado por todos, tiramos todas as moedas e começamos a contar. John e Maggie ainda cantavam, pareciam animados. Precisava me lembrar de perguntar a ela mais tarde desde quando gostava de Celine. Mas achava que resposta mais engraçada ainda seria de John.

Fiz sinal para Maggie que de tínhamos conseguido dinheiro suficiente e ela sorriu, desligando o microfone e se despedindo de seus “fãs”. Bufei um pouco para um homem que começou a segui-la, mas ele logo se distanciou. Saímos do bar bem a tempo de pegar o ônibus em direção a cidade.

-AH! NEM ACREDITO! –ela falou sorrindo.

-John, desde quando você escuta Celine? –Clara perguntou com uma sobrancelha levantada.

-ué, minha mãe me obrigava a fazer aulas de piano, o que você acha que ela me fazia ouvir? –ele revirou os olhos ainda sorrindo.

-nem acredito que estamos voltando! –Maggie falou, abraçando meu pescoço e me beijou.

-nem eu! –falei, abraçando sua cintura e dando um beijo em seu pescoço. –nem eu!


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Notas finais do capítulo

Gente.... A fic está acabando! :T
pois é... Essa também! HDUHDAUIDASHIUDAHIUASHDAIADSIUSDHUI
vai ter mais uns 5 ou 6 capítulos, mas acho que não vai muito além não!
estou com o coração partido, por que eu acho que vocês sabem o quanto eu gosto dessa história e o quanto eu me apego aos meus personagens! :T
bem, espero que tenham gostado do capítulo e, por favor, comentem...
Próximo capítulo: O Show!



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